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Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 1 Apostila de Cálculo II Carga Horária: 80h Conteúdo: Somas de Riemann; Integral Definida e Suas Aplicações (Área e Volume); Técnicas de Integração; Integrais Impróprias; Funções Reais de Várias Variáveis Reais; Derivadas Parciais; Máximos, Mínimos e Pontos de Sela de Funções de Mais de Uma Variável Independente Professora: Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro dmaa@iff.edu.br Engenharia Ambiental 2º Período 2016 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 2 A Notação Sigma Para Somatórios Para tornar clara a discussão sobre integrais definidas, é importante introduzir aqui uma notação matemática padrão usada para abreviar grandes somas. Esta é chamada "notação sigma" ou somatórios, porque utiliza a letra grega (sigma). Assim, se naaa ,...,, 21 são números dados, sua soma é denotada por n i ia 1 . Esse símbolo lê-se "a soma de ia , de i = 1 a i = n ", ou seja, n n i i aaaa ...21 1 . O número 1 é chamado o limite inferior da soma e n é o limite superior. O símbolo i é chamado o índice da soma. Ele é um símbolo arbitrário, pois qualquer outra letra pode ser usada. As seguintes propriedades para somatórios são úteis e facilmente demonstradas. Considere c uma constante qualquer. 1) n i cnc 1 2) n i i n i i acca 11 3) n i i n i i n i ii baba 111 )( 4) 0 1 1 aaaa n n i ii 5) Seja nm , então 1 11 m i i n i i n mi i aaa As fórmulas seguintes são úteis também. 1) 2) 3) 4 1 22 1 3 nn i n i 4) 30 1961 23 1 4 nnnnn i n i Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 3 Exercícios 1) Calcule os somatórios abaixo: a) 6 1 23 k k b) 6 1 )23( i i c) 1 5 2 i i i d) 3 2 2 i i e) k k k 14 1 1 2) Calcule . 3) Calcule a soma indicada, usando propriedades e fórmulas: a) 15 2 2 1 k k b) 50 20 24 k k c) 25 1 12 i ii d) n i ii 1 1 1010 e) n i ii 1 2 24 4) Determine o valor de k para que cada igualdade seja verdadeira: a) ∑ (5 + 𝑖) = 10 𝑘 + ∑ 𝑖50𝑖=5 50 𝑖=1 b) ∑ 𝑖2. = ∑ 𝑖2 + 𝑘18𝑖=10 20 𝑖=10 Respostas: 1)a) 75; b) 51; c) 12 73 ; d) 4 63 ; e) 12 7 ; 2) 2 1 ; 3)a)1225; b) 4402; c) 10400; d) 11010 n ; e) nnnn 3 4 3 3 2 234 , 4)a) 26, b) 761 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 4 Sugestão: Assistir à vídeo-aula, que pode ser acessada no link: http://eaulas.usp.br/portal/video?idItem=2752 Somas de Riemann Em matemática, uma soma de Riemann é um método para aproximação da área total inferior à curva em um gráfico, de outro modo conhecida como uma integral. Pode também ser usada para definir a operação integração. O método é nomeado em relação ao matemático alemão Bernhard Riemann. Definição: Considere uma função RDf : , onde D é um subconjunto dos números reais R e I = [a, b] um intervalo fechado contido em D. Dividimos este intervalo em n subintervalos escolhendo (n – 1) pontos intermediários quaisquer entre a e b. Dizemos que um conjunto finito de pontos nxxxx ,...,,, 210 com os pontos intermediários tais que bxxxxa n ...210 é uma partição ],[),...,,[),,[ 12110 nn xxxxxxouP de I. Devemos notar que a definição de partição não implica em intervalos iguais entre o conjunto finito de pontos, ou seja, os pontos não são necessariamente equidistantes. A partição contém n subintervalos. O comprimento do maior subintervalo da partição , chamado a norma da partição, é denotado por . Definimos a soma de Riemann de f em I com a partição como n i ii xyfS 1 )( , onde iii xxy ,1 e 1 iii xxx . Uma função é definida ser integrável pela integral de Riemann se as somas de Riemann se tornarem mais próximas à medida que a partição se torne mais fina (ou seja, conforme se aumente o número de pontos na partição P de I, que é o mesmo que dizer que a amplitude da partição é diminuída), ou seja, se as somas convergirem para o mesmo valor. Teorema: Seja Rbaf ,: uma função contínua em [a, b]. Então f é integrável no intervalo [a, b] se o limite dxxfxyfS b a n i ii )()(limlim 1 00 existe. Exercícios 1- Use o Método da Soma de Riemann para encontrar a área da região dada. Faça um gráfico, mostrando a região. Também determine a área da região, através de fórmulas de Geometria, quando possível e por Integral Definida. a) A região limitada por y = x2, o eixo x e a reta x = 2. b) A região limitada por y = 2x, o eixo x e as retas x = 1 e x = 4. c) A região limitada por f(x) = x, o eixo x e a reta x = b, com Rb . Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 5 2- Use o Método da Soma de Riemann para encontrar a área da região acima do eixo x e à direita da reta x = 1 limitada pelo eixo x, a reta x = 1 e a curva 𝑦 = 4 − 𝑥2. Faça um gráfico, mostrando a região. Respostas: 1-a) 8/3 u. a., b) 15 u. a., c) 𝑏2 2 u. a. Teorema fundamental do cálculo O teorema fundamental do cálculo é base das duas operações centrais do cálculo, diferenciação e integração, que são consideradas como inversas uma da outra. Este teorema é de importância central no cálculo tanto que recebe o nome teorema fundamental para todo o campo de estudo. Uma consequência importante disto, às vezes chamada de segundo teorema fundamental do cálculo, permite computar integrais utilizando a antiderivada da função a ser integrada. Este teorema estabelece a importante conexão entre o Cálculo Diferencial e o Cálculo Integral. O primeiro surgiu a partir do problema de se determinar a reta tangente a uma curva em um ponto, enquanto o segundo surgiu a partir do problema de se encontrar a área de uma figura plana. Os dois problemas estão intimamente relacionados, percebendo que os processos de diferenciação e integração são inversos. O Teorema Fundamental permite encontrar a área de uma figura plana de uma forma muito fácil, sem a necessidade de se calcular a soma de áreas de um número indefinidamente grande de retângulos, mas sim usando a primitiva da função envolvida. O teorema afirma que se I for um intervalo de R com mais do que um ponto e se f for uma função contínua de I em R, então, para cada ∈ a função F de I em R definida por dxxfxF x a )()( é derivável e a sua derivada é precisamente a função f. Por outras palavras, F é uma primitiva de f. Formalmente: Considere f uma função contínua de valores reais, definida num intervalo fechado [a, b]. Se F for a função definida para x em [a, b] por dxxfxF x a )()( então )()(' xfxF para todo x em [a, b] e )()()( aFbFdxxf b a . Exemplo: Calcular ∫ 𝒙𝟐𝒅𝒙 𝟓 𝟐 . Aqui, 𝑓(𝑥) = 𝑥2 e podemos usar 3 )( 3x xF como a antiderivada. Logo: ∫ 𝒙𝟐𝒅𝒙 𝟓 𝟐 = 𝐹(5) − 𝐹(2) = 125 3 − 8 3 = 117 3 = 39. Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 6 INTEGRAL DEFINIDA Se uma função f for definida e contínua no intervalo fechado [a,b] e se F for uma antiderivada de f em [a,b], então a integral definida de f(x), de a até b, é o número real F(b) – F(a). Em símbolos: n i ii b a xyfdxxf 1 0 )(lim)( )()()( aFbFdxxf b a , onde: ∫ 𝑑𝑥 é o sinal de integração, a é o limite inferior, b é o limite superior e f(x) é o integrando. Exemplos: 1) 1 0 xdx 2) b xdx 0 3) 2 1 2dxx 4) 4 0 cos xdx Respostas: 1) 1 2 , 2) 𝑏2 2 , 3) 7 3 , 4) √2 2 Note que a integral definida independe do valor de c, onde c R. Há uma diferença importante entre a integral definida e a integral indefinida: a integral definida é representada por um número, enquanto que a integral indefinida por uma função (ou uma família de funções). Pão Integral PROPRIEDADES DA INTEGRAL DEFINIDA Se f e g são funções contínuas no intervalo [a, b], então: 1) Se )(af 0)()()( aFaFdxxf a a 2) a b b a dxxfdxxf )()( 3) b a b a dxxfkdxxkf )()( , onde k é uma constante Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 7 4) b c c a b a dxxfdxxfdxxf )()()( , onde 𝑎 ≤ 𝑐 ≤ 𝑏 . 5) b a b a b a dxxgdxxfdxxgxf )()()()( 6) 0)(],[,0)( b a dxxfbaxxf 7) b a b a dxxgdxxfbaxxgxf )()(],[),()( EXERCÍCIOS Calcule as integrais definidas indicadas: 1) 10 1 4dx 2) 1 0 2 1 xdx 3) 1 1 2dxx 4) 0 1 3dxx 5) 2 0 2 )3( dxx 6) 1 0 2 )15 4 1 ( dxxx 7) 10 0 dxe x 8) 2 1 4 dxe x 9) 5 0 4 4 dx x 10) 1 0 2 4 dx x x 11) 16 1 dxx 12) 8 1 1 dx x 13) 2 0 334 )1( dxxx 14) 1 0 2 3 dxex x 15) 1 1 2 1dxxx 16) 1 0 32 dxx 17) 1 0 2 2 dxxe x 18) 0 )1( dxsenx 19) 3 3 sec4 xtgxdx 20) 4 0 3 4 cos dx x 21) ∫ (𝑥4 + 1)5 𝑥3𝑑𝑥 1 0 22)∫ 3 𝑥2+2𝑥 𝑥3+ 𝑥2 𝑑𝑥 2 1 23) Se ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑏) − 𝐹(𝑎) 𝑏 𝑎 , sendo F a primitiva de f, então: I) ∫ 𝑥 𝑥2+1 𝑑𝑥 = 2 𝑙𝑛2 1 0 II) ∫ 𝑑𝑥 𝑥 = 1 𝑒 1 III) ∫ 𝑒𝑥 𝑑𝑥 = 𝑒 − 1 1 0 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 8 Marque: a. ( ) se todas as afirmativas são verdadeiras. b. ( ) se todas as afirmativas são falsas. c. ( ) se apenas I é verdadeira. d. ( ) se apenas I e III são verdadeiras. e. ( ) se apenas II e III são verdadeiras. 24) Calcule as integrais definidas, fazendo uma substituição apropriada: a) ∫ 𝑠𝑒𝑛2(𝜋𝑥) cos(𝜋𝑥)𝑑𝑥 1 0 b)∫ 𝑑𝑥 √𝑒𝑥 1 0 RESPOSTAS: 1) 36 2) ¼ 3) 2/3 4) – ¼ 5) 26/3 6) 43/12 7) 1- e-10 8) ¼ (e8 - e4 ) 9) 4 ln(9/4) 10) ½ ln (5/4) 11) 42 12) ln8 13) 16 1 (154 -1) 14) e 1 1 3 1 15) 0 16) 2ln3 7 17) e 1 1 18) 2 19) 0 , 20) 8 33 , 22) 8 33 , 23) e, 24)a)0, b) −2+2√𝑒 √𝑒 ÁREA E INTEGRAIS DEFINIDAS Pelo estudo da geometria, sabemos que a área é um número que sugere o tamanho de uma região limitada. Para regiões simples, como retângulos, triângulos e círculos, a área pode ser determinada por uma fórmula geométrica. A seguir, veremos como aplicar o cálculo para determinar a área de regiões mais gerais. Calcule a área de cada região hachurada: 1º) 2º) x y x y Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 9 3º) 4º) Calcule as integrais definidas e compare-as com as áreas anteriores: a) 4 0 3dx b) c) d) 2 0 )2( dxx e) 0 2 )2( dxx Respostas: a) 12, b) 8, c) 16, d) -2, e) 2 Seja f uma função contínua no intervalo fechado [a,b]. A área da região delimitada pelo gráfico de f, pelo eixo x e pelas retas x = a e x = b é representada por: Área= b a dxxf )( Área = b a dxxf )( = a b dxxf )( = b a dxxf )( x y x y 4 0 xdx dxx 4 0 2 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 10 Área = a b dxxf )( c b dxxf )( c d dxxf )( ÁREA DE UMA REGIÃO DELIMITADA POR DOIS GRÁFICOS Com poucas modificações, podemos generalizar o uso das integrais definidas do cálculo da área sob um gráfico para o cálculo da área de uma região delimitada por dois gráficos. Para isto, consideremos a área da região definida pelos gráficos de f, g, x = a e x = b. Se os gráficos de f e g estão ambos acima do eixo x, podemos interpretar a área da região entre os dois gráficos como a área da região sob o gráfico de g subtraída da área da região sob o gráfico de f. (Área entre f e g) = (Área da região sob f) - (Área da região sob g) b a dxxgxf )]()([ = b a dxxf )( - b a dxxg )( Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 11 EXERCÍCIOS 1) Calcule as áreas das regiões hachuradas: a) b) c) d) e) f) x y y = 6 - x/2 x y y = e^x x y y = e^x - 1 x y y = 25 - x^2 y = 9 x y y = - x^2 + 22 y = x^2 + 4 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 12 g) h) i) j) 2) Determine o valor da área da região limitada pela (s): a) Curva xxy 42 , o eixo x e as retas x = 1 e x = 3. b) Curva 652 23 xxxy , o eixo dos x e as retas x = -1 e x = 2. c) Curvas 2xy e xxy 42 . d) Parábola 222 xy e a reta 5 xy . 3) Na figura seguinte, a reta r é tangente ao gráfico da função dada por 𝑦 = 𝑥2, no ponto (2, 4). Determine o valor da área hachurada da figura. x y y = 10 y = x^3 + 2 x y y = 1 + 1/x (x,y) = (1,2) (x,y) = (3,4/3) x y DayseMaria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 13 4) Calcule a área da região assinalada limitada pela curva da função definida por 𝑦 = 𝑥 𝑥2+1 . 5) Construa um gráfico para ajudar a determinar o valor da seguinte integral definida∫ |3𝑥| 𝑑𝑥 2 −2 . 6) Sendo A a área da região do plano Oxy limitada pela parábola 𝑦 = 𝑥2 e pela reta y = 1, pode-se afirmar que: a) 𝐴 < 1 2 b) 𝐴 = 1 2 c) 1 2 < 𝐴 < 1 d) 𝐴 = 1 e) 1 < 𝐴 < 2 Respostas: 1)a) 12 u. a., b) 6 u. a., c) e – 1 u. a., d) e – 2 u. a., e) 128/3 u. a., f) 36 u. a., g) 12 u. a., h) ln 3 u. a., i) 1 u. a., j) 32 u. a., 2)a) 22/3 u. a., b) 157/12 u. a., c) 8/3 u. a., d) 18 u. a., 3) 2/3 u. a. , 4) ln 2 unidades de área, 5) 12 u. a., 6)e x y x y y = x/(x^2 + 1) Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 14 TEOREMA DO VALOR MÉDIO PARA INTEGRAIS Outra aplicaç ão da Integral Definida é o Teorema do Valor Médio para Integrais. Se f é uma função contínua no intervalo fechado [a, b], então existe um número X tal que bXa e ))(()( abXfdxxf b a . O valor f(X) é chamado valor médio de f no intervalo [a,b] e é dado por ab dxxf XfVM b a )( )( . Este teorema tem aplicações importantes na Física, Engenharia, Economia e outras áreas do conhecimento. Existem duas interpretações para o valor médio: (1) Interpretação como taxa: o valor médio de uma função f(x), contínua em um intervalo a ≤ x ≤ b é igual à taxa média de variação de qualquer primitiva F(x) de f(x) no mesmo intervalo. (2) Interpretação geométrica: Considerando 0)( xf para todo valor de x em [a, b], então b a dxxf )( é a medida da área da região limitada pelas curvas y = f(x), o eixo x e as retas x = a e x = b, que é igual à área do retângulo de lados (b – a) e f(X). EXERCÍCIOS 1) Determine o valor de X, que satisfaça o teorema do valor médio para integrais: a) 3 1 2dxx b) 2 1 3dxx c) 4 1 2 54 dxxx d) 2 2 3 1 dxx 2) Determine o valor médio da função f definida por 2)( xxf , no intervalo [1, 3]. Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 15 3) Um pesquisador estima que t horas depois da meia-noite, em um período típico de 24 horas, a temperatura em certa cidade é dada por 213 3 2 3)( ttT , 240 t graus Celsius. Qual é a temperatura média na cidade entre 6 da manhã e 4 da tarde? 4) Encontre o valor médio de 13)( xxf no intervalo [-1,8] e determine o valor de x que corresponde ao valor médio de f. 5) Um fabricante estima que t meses após lançar um produto no mercado, a receita da empresa com a venda desse produto será dada pela função 254 750 )( 2 t t tS milhares de reais. Qual será a receita média da empresa com a venda do produto nos seis primeiros meses? 6) Um copo de limonada a uma temperatura de 40° F é deixado numa sala cuja temperatura constante é de 70° F. Usando um princípio da Física denominado Lei do Resfriamento de Newton, pode-se mostrar que, se a temperatura da limonada atingir os 52° F em uma hora, então sua temperatura T como função do tempo decorrido pode ser modelada pela equação 𝑇 = 70 − 30 𝑒−0,5𝑡 em que T está em graus Fahrenheit e t, em horas. Determine a temperatura média 𝑇𝑚 da limonada ao longo das primeiras 5 horas. 7) Suponha que f seja integrável em [-4, 7]. Se o valor médio de f no intervalo [-4, 7] é 17 4 , determine o valor da integral definida ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 7 −4 . Respostas: 1)a) 𝑥 = √39 3 , b) 𝑥 = √30 3 2 , c) 𝑥 = −2 + √21, d) x = 0, 2) 13/3, 3) −5,22°𝐶, 4) 6, x = 3, 5) 250 mil reais, 6) 𝑇𝑚 ≈ 59°𝐹. VOLUMES DE SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO Obtém-se um sólido de revolução fazendo-se uma região plana revolver em torno de uma reta. A reta é chamada de eixo de revolução. Calcule, em cada item, o volume do sólido gerado pela rotação da região plana em torno do eixo x: 1) 2) x yy = 3 x yy = - 2x + 3 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 16 3) 4) Calcule as integrais definidas e compare-as com as medidas dos volumes anteriores: 1) 4 1 23 dx 2) 2 3 0 232 dxx 3) 2 2 2 24 dxx 4) 0 2 22 dxx + 3 0 2222 dxx Respostas: 1) 45𝜋, 2) 4,5𝜋, 3) 32𝜋 3 , 4) 89𝜋 3 As integrais são iguais aos volumes anteriores, respectivamente. Logo, podemos calcular alguns volumes de sólidos por fórmulas da Geometria Espacial ou por Integral Definida. Métodos para Cálculo de Volume de Sólidos de Revolução Método do Disco Circular De modo geral, o volume do sólido formado pela revolução, em torno do eixo x, da região delimitada pelo gráfico da função 𝑓(𝑥) ≥ 0 e contínua no intervalo fechado [a, b] e pelo eixo x ( bxa ), é Volume = dxxf b a 2)( . Este resultado é chamado o Método do Disco. Método do Anel Circular ou da Arruela Podemos ampliar o Método do Disco para calcular o volume de um sólido de revolução que apresente um buraco. Consideremos uma região delimitada pelos gráficos das funções contínuas f e g, no intervalo fechado [a, b] e admitamos que 𝑓(𝑥) ≥ 𝑔(𝑥) ≥ 0 para todo x em [a, b]. Se a região revolve em torno do eixo x, podemos achar o volume do sólido resultante aplicando o Método do Disco a f e a g e subtraindo os resultados. x yy = (4 - x^2) ^(1/2) x yy = x + 2 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 17 Volume = dxxf b a 2)( - dxxg b a 2)( Escrevendo esta expressão como uma única integral, obtemos o Método da Arruela. Volume = dxxg b a xf )2)(2)(( . Método do Invólucro Cilíndrico ou Camadas Cilíndricas Seja f uma função contínua num intervalo fechado [a, b], onde 0a . Admitamos que 0)( xf , para todo x em [a, b]. Se R for a região limitada pelas curvas y = f(x), o eixo x e as retas x = a e x = b, se S for o sólido de revolução obtido por rotação de R em torno do eixo y e se V unidades cúbicas for o volume de S, então dxxfxV b a )(2 . Este método usa cascas cilíndricas ao invés de discos. Se a área plana de revolução estiver limitada pelas funções y= f(x) e y = g(x), no intervalo bxa , o volume do sólido de revolução em torno de y será igual a dxxgxfxV b a )()(2 . EXERCÍCIOS 1) Determine o volume do sólido formado pela revolução, em torno do eixo x, da região delimitada pelo gráfico de f(x) = - x2 + x e pelo eixo x. 2) Calcule o volume do sólido gerado pela revolução, em torno do eixo x, da região limitada pelos gráficos de f(x) = 225 x e g(x) = 3 . x yy = 3 y = (25-xx)^(1/2) Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 18 3) De acordo com o regulamentouma bola de rugby (futebol americano) pode ter como modelo um sólido formado pela revolução, em torno do eixo x, do gráfico de f(x) = - 0,0944 x2 + 3,4, com 5,55,5 x . Os valores de x e y são dados em polegadas. Determine o volume da bola. 4) Calcule o volume do sólido de revolução gerado pela rotação da região hachurada na figura quando esta gira em torno do eixo x. 5) Calcule o volume do sólido gerado pela rotação da área plana delimitada por 𝑦 = 2𝑥2, y = 0, x = 0 e x = 5 ao redor do eixo y. 6) Área e Volume a) Determine o valor da área da região limitada pela curva 𝑦 = 𝑥2−4 𝑥2 , o eixo x e a reta x = 4. Represente graficamente a região. b) Determine o volume do sólido de revolução gerado pela rotação da mesma região anterior delimitada pela curva 𝑦 = 𝑥2−4 𝑥2 em torno do eixo x, com 𝑥 ∈ [0,4]. Visualize o sólido. Respostas: 1) 𝜋 30 u. c., 2) 256𝜋 3 u. c., 3) aproximadamente 74𝜋 u. c., 4) 36𝜋u. c., 5) 625𝜋 𝑢. 𝑐. x y x y Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 19 1ª LISTA DE EXERCÍCIOS REFERENTE À INTEGRAL DEFINIDA E SUAS APLICAÇÕES 1- Trace uma figura mostrando a região limitada pelas curvas 012 yx , 01 yx e calcule a área desta região, utilizando integral definida. 2- Represente graficamente a região limitada pelas curvas e xxy 42 2 . Calculando integral definida mediante o teorema fundamental do cálculo, determine a área desta região. 3- Encontre mediante integração a área com vértices em (-1, -1), (2, 2), (6, 2) e (7, -1). 4- Encontre o volume do sólido gerado pela revolução em torno do eixo dos y da região limitada pela curva 3xy , pelo eixo dos x e pela reta x = 2. 5- Encontre o volume do sólido gerado pela revolução em torno do eixo dos x da região limitada pelo gráfico de curva 3 xy e pelas retas x = 1, x = 4 e y = 0. 6- A região limitada por um pentágono com vértices em (-4, 4), (-2, 0), (0, 8), (2, 0) e (4, 4) é rodada em torno do eixo dos x. Encontre o volume do sólido gerado. 7- Encontre a área da região limitada pelo gráfico de xy 3 e pelas retas x = 1 e y = 1. 8- Trace um esboço dos gráficos de xy 2 e xy 2 sobre o mesmo conjunto de eixos. Encontre a área da região limitada por estes dois gráficos e a reta x = 2. 9- Determine o valor médio da função definida por 28)( xxxf no intervalo [a, b] = [0, 4]. Determine também o valor de x em que o valor médio de f ocorre e trace um esboço. 10- Determine a área da região limitada pela curva 1 xy , as retas, y = 0, x = 0 e x = 8. Esboce uma figura, mostrando a região. 11- Considere a região do plano delimitada pelo eixo x, o gráfico de xy , para 20 x , sendo girada primeiro ao redor do eixo x e depois ao redor do eixo y. Calcule o volume dos dois sólidos gerados. xxxy 23 23 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 20 12- Encontre o volume do sólido obtido pela rotação da região compreendida entre os gráficos de 3xy e y = x, para 10 x , ao redor do eixo y. 13- Calcule o volume de um sólido de revolução obtido pela rotação ao redor do eixo x da região compreendida pelo gráfico de xy e x y 1 , no intervalo 3, 2 1 . Calcule também o volume do sólido obtido ao girar a mesma região ao redor do eixo y. 14- Calcule as seguintes integrais definidas: a) 1 0 23 )14( dxxx b) 1 0 2 1x dxx c) 2 1 12 dxxe x d) 0 )1cos32( dxxxsen 15- Faça um esboço da região limitada pelas curvas xy e 3xy . Calcule o valor da área dessa região. 16- Calcule a área hachurada: x y x y z x y y = 5x-x^2 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 21 17- Determine o volume do sólido gerado pela região delimitada pela curva x y 1 , pelas retas 4 1 y , 4y e pelo eixo y, em torno do eixo y. Faça um esboço da região. 18- Mostre, através do cálculo de integral definida, que o volume de uma esfera de raio r é igual a 4 3 𝜋𝑟3. Observe o gráfico da função 𝑓(𝑥) = √𝑟2 − 𝑥2. 19- Determine o volume do tronco de cone gerado pela rotação do segmento de reta AB, em torno do eixo dos x, sendo A = (1, 1) e B = (2, 3). 20- O volume do sólido resultante da rotação da região delimitada por 𝑦 = 𝑥2 e 𝑦 = √𝑥 ao redor do eixo x pode ser expresso como uma fração 𝑎 𝑏 𝜋, onde a e b são inteiros positivos primos entre si. Qual é o par ordenado (a, b)? 21- Determine o volume do sólido gerado pela rotação da região limitada pela curva 𝑦 = |𝑥 − 2|, o eixo x e as retas x = 1 e x = 4 em torno do eixo x. RESPOSTAS:1) 1/6 u. a.; 2) 35/12 u. a.; 3) 18 u. a.; 4) 64𝜋 5 𝑢. 𝑐.; 5) 3𝜋 𝑢. 𝑐.; 6) 832𝜋 3 𝑢. 𝑐.; 7) 2 𝑙𝑛3 − 1 unidades quadradas; 8) aproximadamente 3,25 u. a.; 9) 32/3 ; x é aproximadamente igual a x y x y Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 22 1,69 ; 10) 52/3 u. q.; 11) 2𝜋 ~ 6,28319 𝑢. 𝑐. ; 16√2𝜋 5 ~ 14, 2172 𝑢. 𝑐.; 12) 4𝜋 15 𝑢. 𝑐.; 13) 95𝜋 24 𝑢. 𝑣. ; 2𝜋 (− 23 10 + 1 10√2 + 18√3 5 ) 𝑢. 𝑐.; 14)a)-1/12; b) ln 2 2 ; c) −1+𝑒3 2𝑒3 ; d) 4 + 𝜋; 15) 5/12 u. a.; 16) 9/2 u. a.; 17) 15𝜋 4 𝑢. 𝑣. ; 19) 13𝜋 3 𝑢. 𝑣.; 20) (3, 10); 21) 3𝜋 𝑢. 𝑐. Para descontrair... TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO Integração por Partes A principal dificuldade que enfrentamos ao aplicar as técnicas de integração é encontrar, para cada situação, a técnica mais indicada. A experiência levará ao reconhecimento de certos indícios que facilitam a escolha. A prática fará o resto. Um método de integração que é muito útil é a integração por partes. Este depende da fórmula para o diferencial de um produto. Dedução da Fórmula para a Integração por Partes: Se f e g são funções diferenciáveis, então, pela regra de diferenciação do produto, )()(')(')()]()([ xgxfxgxfxgxf dx d . Integrando ambos os lados, obtemos dxxgxfdxxgxfdxxgxf dx d )()(')(')()]()([ ou dxxgxfdxxgxfCxgxf )()(')(')()()( ou Cdxxfxgxgxfdxxgxf )(')()()()(')( . x y Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 23 Uma vez que a integral à direita irá produzir uma outra constante de integração, não há necessidade de manter o C nesta última equação; assim sendo, obtemos dxxfxgxgxfdxxgxf )(')()()()(')( , a qual é chamada de fórmula de integração por partes. Usando esta fórmula, podemos tornar um problema de integração mais simples. Na prática, é usual reescrever u=f(x), du=f '(x)dx, v = g(x) e dv = g’(x)dx. Isso dá lugar à seguinte fórmula escrita: d(uv) = u dv + v du ou u dv = d(uv) – v du. Integrando em ambos os membros, temos duvuvdvu . Esta é a fórmula para integração por partes, que expressa a integral dvu em termos de outra integral, duv . Para uma escolha apropriada de u e dv pode ser mais fácil integrar a segundaintegral do que a primeira. Este método será mostrado no exemplo seguinte. Exemplo: Compare as duas integrais: dxxxI 2 1 cos e dxxxI cos2 . Em 1I , utilizando a substituição de variáveis, resolvemos facilmente. Já em 2I , não há uma substituição tão evidente. Isto é, precisamos de outra estratégia para atacar a questão. Uma segunda observação nos leva a perceber que a função f(x) = x cosx é uma parcela da derivada da função G(x) = x sen x: (x sen x)’ = sen x + x cosx. Como a primeira parcela é fácil de ser integrada, podemos fazer: dxxxdxsenxdxsenxx cos' . Note que essa é uma igualdade de famílias de primitivas. Isto é, faremos ajustes das constantes sempre que for conveniente. Assim, integrando dxsenxx ' e dxsenx , obtemos dxxxxCxsenx coscos . Finalmente, podemos escrever Cxxsenxdxxx coscos . Há situações nas quais a técnica precisa ser usada vezes seguidas. EXERCÍCIOS 1) Calcule: a) dxxx cos b) dxxe x c) dxxx ln d) dxxsenx e) dxex x 2 f) dxxsenex g) dxx ln Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 24 h) dxxex cos 2) Calcule as integrais definidas: a) dxxxsen 3 0 cos3 b) dxxe x 2 0 2 c) dxxsene x 4 0 3 4 3) Esboce o gráfico da região limitada pela curva y = ln x, o eixo x e a reta 𝑥 = 𝑒2 e calcule a área correspondente. 4) Encontre o volume do sólido gerado pela rotação da região do exercício 12 em torno do eixo y. 5) Resolva as integrais trigonométricas, através de substituição de variáveis: a) ∫(sin 𝑥)2𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑑𝑥 b) ∫ csc 𝑥 cot 𝑥 𝑑𝑥 6) Em certo experimento, o número de bactérias presentes em uma cultura após t minutos foi 𝑄(𝑡) = 2000 𝑒0,05𝑡 . Qual foi o número médio de bactérias presentes na cultura durante os primeiros 5 minutos do experimento? 7) Fórmula de Integração por partes ∫ 𝑢 𝑑𝑣 = 𝑢𝑣 − ∫ 𝑣 𝑑𝑢 Para a escolha de u e dv, a sugestão divulgada na revista American Mathematical Monthly funciona bem. No esquema das funções elementares, u deve caracterizar-se pela letra mais próxima de L e dv pela mais próxima de E. L I A/P T E Logarítmicas Inversas de Trigonométricas Algébricas/ Polinomiais Trigonométricas Exponenciais Seguindo a sugestão anterior, integre por partes: Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 25 a) ∫(3 𝑥 + 7) cos 𝑥 𝑑𝑥 b) ∫(2𝑥 − 3) 𝑒1−3𝑥 𝑑𝑥 c) ∫(2𝑥 − 1) 𝑒𝑥 𝑑𝑥 d) ∫ 𝑥𝑒2𝑥𝑑𝑥 2 0 e) ∫ 𝑥 𝑒−𝑥𝑑𝑥 1 0 8) Resolva a integral definida ∫ 𝑥3 ln 𝑥 𝑑𝑥 𝑒 1 e marque a resposta correta. a) 3𝑒4 16 + 1 16 b) 5e4 16 − 1 16 c) 2e4 9 + 1 9 d) 2e3 9 + 1 9 9) Utilizando a fórmula de integração por partes ∫ 𝑢 𝑑𝑣 = 𝑢𝑣 − ∫ 𝑣 𝑑𝑢, calculamos: I) ∫ 𝑥 . 2−𝑥 𝑑𝑥 = −𝑥𝑙𝑛 2−1 (ln 2) 2 . 2𝑥 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅 II) ∫ 𝑥 ln 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥2 ln 𝑥−𝑥2 2 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅 III) ∫ 𝑥 𝑒3𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥𝑒3𝑥 3 − 𝑒3𝑥 9 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅 Marque: a. ( ) se todas as afirmativas são verdadeiras. b. ( ) se todas as afirmativas são falsas. c. ( ) se apenas I é verdadeira. d. ( ) se apenas I e III são verdadeiras. e. ( ) se apenas II e III são verdadeiras. 10) Calcule a integral definida ∫ 𝑥3𝑒−𝑥 2𝑑𝑥 1 0 , através da integração por partes. CANTINHO DA SABEDORIA: 1) ∫ 𝒄𝒐𝒔 𝒙 𝒅𝒙 = 𝒔𝒊𝒏 𝒙 2) ∫ 𝒔𝒊𝒏 𝒙 𝒅𝒙 = −𝒄𝒐𝒔 𝒙 3) 𝒄𝒔𝒄 𝒙 = 𝟏 𝒔𝒊𝒏 𝒙 4) 𝒄𝒐𝒕 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔 𝒙 𝒔𝒊𝒏 𝒙 5)𝑽𝑴 = ∫ 𝒇(𝒙)𝒅𝒙 𝒃 𝒂 𝒃−𝒂 RESPOSTAS: 1)a) 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 𝑥 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅 , b)𝑥𝑒𝑥 − 𝑒𝑥 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, c) 𝑥2 2 𝑙𝑛 𝑥 − 𝑥2 4 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅 , d) −𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅 , e) 𝑒𝑥( 𝑥2 − 2𝑥 + 2) + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅 , f) 𝑒𝑥 2 ( 𝑠𝑒𝑛 𝑥 − 𝑐𝑜𝑠 𝑥) + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, g) 𝑥 (𝑙𝑛 𝑥 − 1) + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, h) 𝑒𝑥 2 ( 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 𝑥) + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 2)a) 9 16 , b) 3𝑒4+1 4 , c) 4 25 (𝑒 3𝜋 4 + 1), 3)𝑒2 + 1 unidades quadradas; 4) (3𝑒4+1)𝜋 2 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑐ú𝑏𝑖𝑐𝑎𝑠; 5)a) 𝑠𝑖𝑛3𝑥 3 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅; b) − csc 𝑥 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅 ; 6) aproximadamente 2272 bactérias; 7) a) (3𝑥 + 7)𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 3 𝑐𝑜𝑠 𝑥 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, b) (− 2 3 𝑥 + 7 9 ) 𝑒1−3𝑥 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, c) (2𝑥 − 3)𝑒𝑥 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, d) 3𝑒4+1 4 , e) 1 − 2 𝑒 , 8)a; 9) d Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 26 Integrais de Funções Trigonométricas Duas funções trigonométricas já nos são bem familiares. São as definidas por: y = sen x e y = cos x. As funções tangente, cotangente, secante e cossecante são definidas em termos de seno e cosseno. Razões e Identidades Trigonométricas Importantes: x xsen xtg cos , xsen x xg cos cot , x x cos 1 sec , xsen xec 1 cos , 1cos 22 xsenx Dividindo ambos os membros da identidade 1cos 22 xsenx por cos2x, obtemos: xxtg 22 sec1 . E por sen2x, obtemos outra identidade: xecxg 22 cos1cot . Outras fórmulas importantes: 1cos xecxsen , 1seccos xx , 1cot xgxtg , btgatg btgatg batg 1 )( , btgatg btgatg batg 1 )( , btgbtg )( As integrais das funções seno e cosseno são: Cxdxxsen cos e Cxsendxxcos . As demais fórmulas das integrais trigonométricas podem ser deduzidas com base nas anteriores. EXERCÍCIOS Calcule: 1) dx x x)cos(ln 2) dx x xsen cos1 3) 0 )1( dxxsen 4) dxx 3cos 5) dxxsen 5 6) dxxxsen )cos23( 7) dxexsen xcos 8) dxxsenxsen )(cos 9) dxxsen 3 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 27 10) 2 0 2 dxxsen 11) 2 0 3cos dxx 12) dxxtg 13) dxxgcot 14) dxxsec 15) dxxeccos 16) Num circuito elétrico, suponha que E volts é a força eletromotriz em t seg e E = 2 sen 3t. Encontre o valor médio de E de t = 0 a 3 t . 17) As fórmulas de integral indefinida a seguir são decorrentes das fórmulas correspondentes de derivação. CCxtgdxx ,sec 2 CCxdxxtgx ,secsec CCxgdxxec ,cotcos 2 CCxecdxxgxec ,coscotcos Verifique, usando a derivação. 18) Calcule as integrais definidas: a) ∫ 𝑑𝑥 𝑥(ln 𝑥) 𝑒2 𝑒 ∫ 𝑡𝑔 4𝑥 𝑑𝑥 𝜋 12 𝜋 16 19) Considerando a função tangente, a) Demonstre a fórmula ∫ 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = ln|sec 𝑥| + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅. b) Calcule a integral indefinida ∫ 𝑡𝑔 2𝑥 𝑑𝑥. Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 28 c) Comprove que a área limitada pela curva y = tg x e pelas retas x = 0, 𝑥 = 𝜋 4 e o eixo x é igual a ln 2 2 unidades quadradas. d) Calcule o volume do sólido de revolução da mesma região anterior, em torno do eixo x. Fórmulas de Integrais de Funções Trigonométricas 1) CCxdxxsen ,cos 2) CCxsendxx ,cos 3) CCxdxxtg ,secln 4) CCxsendxxg ,lncot x y y = tan(x) x zDayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 29 5) CCxtgxdxx ,seclnsec 6) CCxgxecdxxec ,cotcoslncos 7) CCxtgdxx ,sec 2 8) ∫ csc2 𝑥 𝑑𝑥 = − cot 𝑥 + 𝐶, 𝐶 ∈ 𝑅 9) CCxdxxtgx ,secsec 10) CCxecdxxgxec ,coscotcos RESPOSTAS: 1) sen (ln x) + c, 𝑐 ∈ 𝑅, 2) ln|1 − cos 𝑥| + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 3) 𝜋 + 2, 4) 𝑠𝑒𝑛 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛3 𝑥 3 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 5) − cos 𝑥 + 2 cos3 𝑥 3 − cos5 𝑥 5 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 6) −3 cos x + 2 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 7) −𝑒cos 𝑥 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 8) cos (𝑐𝑜𝑠𝑥) + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 9) − cos 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠3 𝑥 3 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 10) 1, 11) 2/3, 12) 𝑙𝑛|sec 𝑥| + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 13) ln|𝑠𝑒𝑛 𝑥| + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 14) 𝑙𝑛|sec 𝑥 + 𝑡𝑔 𝑥| + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 15) 𝑙𝑛|𝑐𝑜𝑠𝑒𝑐 𝑥 − 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥| + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 16) 4 𝜋 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑠, 18)a) ln 2, b) 𝑙𝑛2 8 , 19)b) ln|sec 2𝑥| 2 + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅 Integração por Substituição Trigonométrica Em muitas integrais, o integrando contém uma expressão da forma 22 ua , 22 ua ou 22 au , onde 0a . O artifício usado para o cálculo destas integrais é chamado de Substituição Trigonométrica, que resulta numa integral envolvendo funções trigonométricas. Para cada um dos três casos, existe uma substituição trigonométrica conveniente. 1º Caso: O integrando envolve uma expressão da forma 22 ua . Para este caso, devemos usar sempre a substituição senau . Assim, dadu cos e considerando 22 , temos: cos1 222222 asenasenaaua . Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 30 O triângulo retângulo nos dá uma interpretação geométrica deste artifício. 2º Caso: O integrando envolve uma expressão da forma 22 ua . Para este caso, devemos usar sempre a substituição tgau . Assim, dadu 2sec e considerando 22 , temos: sec1 222222 atgatgaaua . O triângulo retângulo nos dá uma interpretação geométrica deste artifício. 3º Caso: O integrando envolve uma expressão da forma 22 au . Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 31 Para este caso, devemos usar sempre a substituição secau . Assim, datgdu sec e considerando 2 0 ou 2 3 , temos: tgaaaaau 1secsec 222222 . O triângulo retângulo nos dá uma interpretação geométrica deste artifício. EXERCÍCIOS 1) Aplicando uma conveniente substituição trigonométrica, calcule as seguintes integrais indefinidas: a) dx x x 2 29 b) dxx 5 2 c) 923 xx dx d) 252x dx e) dxxa 22 f) 22 4 xx dx g) 29 x dx h) 225 xx dx i) 22 ax dx j) 29 x dx k) 92x dx l) 25 2 4tt dt Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 32 m) 24 xx dx n) 2 3 2 2 4 sec xtg xdx o) 22 xa dx p) 22 16 xx dx q) ∫ 2 𝑥2−1 𝑑𝑥 g) 42xx dx j) 22 2 4x dxx k) 2 3 2 94x dx o) 4ln ln ww wdw 2) Calcule as integrais definidas: a) ∫ 𝑑𝑥 (6−𝑥2) 3 2 2 1 b) ∫ 𝑥3𝑑𝑥 √16−𝑥2 2 0 c) ∫ 𝑑𝑥 𝑥2√𝑥2+9 3√3 √3 3) Calcule o volume do sólido que resulta quando a região delimitada pelas curvas y = 1 √4+x2 , x = -2, x = 2 e y = 0, gira em torno do eixo x. 4) Calcule 22 16 xx dx , pela técnica de integração por substituição trigonométrica. Cantinho da Sabedoria: ∫ csc2 𝑥 𝑑𝑥 = − cot 𝑥 + 𝐶, 𝐶 ∈ 𝑅 Expressão no Integrando Substituição Trigonométrica √𝑎2 − 𝑥2 𝑥 = 𝑎 sin 𝜃 √𝑎2 + 𝑥2 𝑥 = 𝑎 tan 𝜃 √𝑥2 − 𝑎2 𝑥 = 𝑎 sec 𝜃 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 33 RESPOSTAS: 1)a) − √9−𝑥2 𝑥 − 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥 3 ) + 𝑐, 𝑐𝑜𝑚 𝑐 ∈ 𝑅, b) √𝑥2+5 ∙ 𝑥 2 + 5 2 𝑙𝑛(√𝑥2 + 5 + 𝑥) + 𝑐, 𝑐𝑜𝑚 𝑐 ∈ 𝑅, c) { 1 54 𝑎𝑟𝑐 sec 𝑥 3 + 𝑐, 𝑐𝑜𝑚 𝑐 ∈ 𝑅 2) a) 2√5−√2 6√10 , b) 128 3 − 24√3, b) 6−2√3 27 ; 3) 𝜋2 4 𝑢. 𝑣. Integração de Funções Racionais Por Frações Parciais Já vimos vários exemplos de integrais cujo integrando consistia em uma função racional, ou seja, uma função dada por 𝑓(𝑥) = 𝑝(𝑥) 𝑞(𝑥) , onde p(x) e q(x) são polinômios reais, com q(x)≠0. Quando não podemos integrar esta função f, por nenhuma das técnicas estudadas anteriormente, a solução pode ser obtida através de um resultado algébrico conhecido, que é a decomposição da fração que define a função integrando em frações parciais. O método consiste em escrever a fração que aparece no integrando como uma soma de outras frações mais simples, cuja integração é necessariamente mais simples. A decomposição é feita a partir do polinômio q(x) (denominador) e associa a cada fator linear ou quadrático irredutível (que não possua raízes) que este possuir uma ou mais frações parciais, conforme a multiplicidade do referido fator. Para a decomposição em frações parciais: A fração a ser decomposta deve ser própria, ou seja, o grau de p(x) deve ser menor do que o de q(x). Caso isto não ocorra, devemos antes dividir p(x) por q(x). O coeficiente do termo de maior grau de p(x) deve ser igual a 1. Se o mesmo não ocorrer, basta dividir ambos os termos da fração por este coeficiente. A determinação das frações parciais dependerá da fatoração do denominador. Quatro casos são considerados: 1. Os fatores de q(x) são lineares e distintos. 𝑝(𝑥) 𝑞(𝑥) = 𝐴1 𝑎1𝑥+𝑏1 + 𝐴2 𝑎2𝑥+𝑏2 + ⋯ + 𝐴𝑛 𝑎𝑛𝑥+𝑏𝑛 , onde 𝐴1, 𝐴2, … , 𝐴𝑛 são constantes a serem determinadas. 2. Os fatores de q(x) são lineares, porém um ou mais deles se repetem. 𝑝(𝑥) 𝑞(𝑥) = 𝐴1 𝑎1𝑥+𝑏1 + 𝐵1 𝑎2𝑥+𝑏2 + 𝐵2 (𝑎2𝑥+𝑏2)2 + ⋯ + 𝐵𝑝 (𝑎2𝑥+𝑏2)𝑝 + 𝐶1 𝑎3𝑥+𝑏3 , onde 𝐴1, 𝐵1, 𝐵2, … , 𝐵𝑝, 𝐶1 são constantes a serem determinadas. Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 34 3. O denominador q(x) contém fatores lineares e quadráticos irredutíveis, porém todos os fatores quadráticos são distintos. 𝑝(𝑥) 𝑞(𝑥) = 𝐴1 𝑚1𝑥+𝑛1 + 𝐴2 𝑚2𝑥+𝑛2 + ⋯ + 𝐴𝑟 𝑚𝑟𝑥+𝑛𝑟 + 𝐵1𝑥+𝐶1 𝑎1𝑥2+𝑏1𝑥+𝑐1 + + 𝐵2𝑥+𝐶2 𝑎2𝑥2+𝑏2𝑥+𝑐2 + ⋯ + 𝐵𝑠𝑥+𝐶𝑠 𝑎𝑠𝑥2+𝑏𝑠𝑥+𝑐𝑠 e as constantes A B e C são determinadas. 4. O denominador q(x) contém fatores lineares e quadráticos irredutíveis, e um ou mais fatores quadráticos se repetem. 𝑝(𝑥) 𝑞(𝑥) = 𝐴1 𝑚1𝑥+𝑛1 + 𝐴2 𝑚2𝑥+𝑛2 + ⋯ + 𝐴𝑟 𝑚𝑟𝑥+𝑛𝑟 + 𝐵1𝑥+𝐶1 𝑎1𝑥2+𝑏1𝑥+𝑐1 + ⋯ + 𝐵𝑖1𝑥+𝐶𝑖1 𝑎𝑖𝑥2+𝑏𝑖𝑥+𝑐𝑖 + 𝐵𝑖2𝑥+𝐶𝑖2 (𝑎𝑖𝑥2+𝑏𝑖𝑥+𝑐𝑖)2 + ⋯ + 𝐵𝑖𝑝𝑥+𝐶𝑖𝑝 (𝑎𝑖𝑥2+𝑏𝑖𝑥+𝑐𝑖)𝑝 + ⋯ + 𝐵𝑠𝑥+𝐶𝑠 𝑎𝑠𝑥2+𝑏𝑠𝑥+𝑐𝑠 Exercícios Calcule as integrais: 1) ∫ 𝑥−1 𝑥3−𝑥2−2𝑥 𝑑𝑥 2) ∫ 𝑥3+3𝑥−1 𝑥4−4𝑥2 𝑑𝑥 3) ∫ 𝑥2−2𝑥−3 (𝑥−1)(𝑥2+2𝑥+2) 𝑑𝑥 4) ∫ 𝑥−2 𝑥(𝑥2−4𝑥+5)2 𝑑𝑥 5) ∫ 𝑥2+𝑥−5 𝑥2−1 𝑑𝑥 6) ∫ 𝑥−5 −2𝑥+2 𝑑𝑥 7) ∫ 3𝑥+1 𝑥2+𝑥 𝑑𝑥 8) ∫ 2𝑥3+4𝑥2−5 𝑥+3 𝑑𝑥 9) ∫ 𝑥−1 2𝑥+4𝑑𝑥 10) ∫ 3𝑥3−5𝑥2+10 𝑥−3 3𝑥+1 𝑑𝑥 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 35 11) Expanda 4𝑥+12 𝑥2−4 , usando frações parciais. 12) Se 𝑓(𝑥) = 𝑥 𝑥2−2𝑥−3 , calcule a área da região delimitada pelo gráfico de f, pelo eixo x e pela reta x = 2. . RESPOSTAS: 5) 𝑥 + 5 2 𝑙𝑛|𝑥 + 1| − 3 2 𝑙𝑛|𝑥 − 1| + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 6) − 1 2 𝑥 + 2𝑙𝑛|𝑥 − 1| + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 7) 𝑙𝑛|𝑥| + 2𝑙𝑛|𝑥 + 1| + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 8) 2𝑥3 3 − 𝑥2 + 6𝑥 − 23𝑙𝑛|𝑥 + 3| + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 9) 1 2 𝑥 − 3 2 𝑙𝑛|𝑥 + 2| + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 10) 𝑥3 3 − 𝑥2 + 4𝑥 − 7 3 𝑙𝑛|3𝑥 + 1| + 𝑐, 𝑐 ∈ 𝑅, 11) − 1 𝑥+2 + 5 𝑥−2 x y y = x/(xx-2x-3) Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 36 INTEGRAIS IMPRÓPRIAS Na definição da Integral Definida de uma função f(x) num intervalo [a, b], esta função sempre é suposta contínua neste intervalo. Estenderemos este conceito de integral em intervalos infinitos, nos quais estas integrais receberão a nomenclatura de Integrais Impróprias. Determinar a área da região limitada pela curva 𝑦 = 𝑒−𝑥, pelo eixo x, pelo eixo y e pela reta x = b. 𝐴 = ∫ 𝑒−𝑥𝑑𝑥 = −𝑒−𝑥]0 𝑏 = 1 − 𝑒−𝑏 𝑏 0 Se fizermos b crescer ilimitadamente, então lim𝑏→ +∞ ∫ 𝑒 −𝑥𝑑𝑥 = lim𝑏→ +∞ 1 − 𝑒 −𝑏 = 1 𝑏 0 . Concluímos que independentemente do valor que tomamos para b, a área da região mostrada será sempre menor do que 1 unidade quadrada. Definições: 1) Se f é contínua ∀ 𝑥 ≥ 𝑎, ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim𝑏→ +∞ ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑎 +∞ 𝑎 . 2) Se f é contínua ∀ 𝑥 ≤ 𝑏, ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim𝑎→−∞ ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑎 𝑏 −∞ . 3) Se f é contínua ∀ 𝑥, ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim𝑎→ −∞ ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 0 𝑎 + lim𝑏→ +∞ ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 0 +∞ −∞ . Se os limites existirem, dizemos que a integral imprópria é convergente; se não existirem, a integral é divergente. x y Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 37 EXERCÍCIOS 1- Calcule as integrais impróprias se convergirem: a) 0 21 x dx b) 0 dxe x c) 1 dxe x d) 0 2x dx e) 2 2 4 x dx f) 2 2 4 8 x dx g) 0 dxxe x h) 1 x dx i) 1 x dx j) xdx k) 1 3 1 x dx l) 1 2x dx m) 0 2 dxxe x 2- Calcule ∫ 𝑑𝑥 (4−𝑥)2 2 −∞ se convergir. 3- Calcule a integral imprópria ∫ e−px f(x) +∞ 0 dx, com f(x) = λ e−λx, x ≥ 0, λ > 0 e p ≥ 0 . Respostas: 1)a) 𝜋 2 , b) 1, c) 1 𝑒 , d) 1 𝑙𝑛2 , e) 1 2 , f) 4, g) 1, nos itens h), i) e j) integrais divergentes, k) 1 8 , l) 1, m) 1 4 , 2) 1/2 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 38 Integrais cujos Integrandos têm Descontinuidades Infinitas A figura mostra a região limitada pela curva cuja equação é 𝑦 = 1 √𝑥 , pelos eixos x e y e pela reta x = 4. Se é possível encontrar um número finito para representar a medida da área desta região, este será dado por ∫ 𝑑𝑥 √𝑥 4 0 . Entretanto, o integrando é descontínuo no limite inferior zero. Além disso, lim𝑥→0+ 1 √𝑥 = +∞. Assim, afirmamos que o integrando tem uma descontinuidade infinita no limite inferior. Tal integral é imprópria e sua existência pode ser determinada da forma seguinte. Definições: 1. Se f é contínua em todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏], então ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim𝜖 → 0+ ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑎+ 𝜖 𝑏 𝑎 se este limite existir. Quando ocorrer descontinuidade no extremo esquerdo, calcularemos lim𝑡→𝑎+ ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑡 . 2. Se f é contínua em todo 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏), então ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim𝜖 → 0+ ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝑏− 𝜖 𝑎 𝑏 𝑎 se este limite existir. Quando ocorrer descontinuidade no extremo direito, calcularemos lim𝑡→𝑏− ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝑡 𝑎 . 3. Se existe uma descontinuidade infinita num ponto interior do intervalo de integração, a existência da integral imprópria é determinada pela definição abaixo. Se f é contínua em todo 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏] exceto c quando a < c < b, então x y Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 39 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim𝜖 → 0+ ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + lim𝛿 → 0+ ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑐+ 𝛿 𝑐− 𝜖 𝑎 𝑏 𝑎 se estes limites existirem. Se ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 𝑏 𝑎 é uma integral imprópria, esta será convergente se o limite correspondente existir; caso contrário, ela será divergente. EXERCÍCIOS 1- Determine se é possível encontrar um número finito para representar a medida da área da região mostrada anteriormente. 2- Determine se a integral imprópria é convergente ou divergente. Calcule a integral se ela for convergente: a) ∫ 𝑑𝑥 (𝑥−1)2 2 0 b) ∫ 𝑥 ln 𝑥 𝑑𝑥 1 0 c) ∫ 𝑑𝑥 𝑥 √𝑥2−1 + ∞ 1 d) ∫ 𝑑𝑥 √1−𝑥 1 0 e) ∫ sec 𝑥 𝑑𝑥 𝜋 2 𝜋 4 f) ∫ 𝑑𝑥 𝑥3 + ∞ 0 g) ∫ 𝑑𝑥 𝑥2−2𝑥−3 4 0 h) ∫ ln 𝑥 𝑑𝑥 + ∞ 0 i) ∫ 𝑑𝑡 (𝑡 + 1) 1 3⁄ 0 −2 j) ∫ 𝑑𝑥 𝑥3 2 −2 k) ∫ 𝑑𝑥 𝑥 √𝑥2−1 2 1 l) ∫ 𝑑𝑥 2𝑥+3 0 −2 m) ∫ 𝑑𝑥 (𝑥−2)2 0 − ∞ n) ∫ 𝑑𝑥 𝑥3+ 𝑥 1 0 o) ∫ 𝑑𝑦 √𝑦−2 3 3 1 p) ∫ 3−√𝑥 √𝑥 +∞ 0 𝑑𝑥 Respostas: 1) 4 unidades de área, 2) a)diverge, b) -1/4, c) 𝜋 2 , d) 2, e) diverge, f) diverge, g) diverge, h) diverge, i) 0, j) diverge, k) 𝜋 3 , l) diverge, m) ½, n) diverge Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 40 FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS REAIS Como no Cálculo de uma variável, uma das noções centrais da Matemática é o conceito de função. Uma função de várias variáveis reais é uma regra que descreve como uma quantidade é determinada por outras quantidades, de maneira única. Através das funções de várias variáveis poderemos modelar uma grande quantidade de fenômenos dos mais diversos ramos da Ciência. Definição de Função: Seja 𝐴 ⊂ 𝑅𝑛. A lei de uma função f definida no subconjunto A com valores em R é uma regra que associa a cada u ∈ A um único número real f(u). Os elementos de u ∈ A são as variáveis independentes da função e os elementos w = f(u) são as variáveis dependentes da função. A notação que utilizaremos é: 𝑓: 𝐴 ⊂ 𝑅𝑛 → 𝑅. O domínio de f é A e o contradomínio é R. Se n = 3, denotamos a variável independente por u = (x,y,z) e a função por: w = f(x,y,z); se n = 2, u = (x,y) e a função z = f(x,y). De forma análoga ao Cálculo de uma variável, os conjuntos Domínio e Imagem de uma função são relevantes para o estudo das funções de várias variáveis. O conjunto de todas as variáveis independentes é o domínio de f, denotado por Dom(f). O conjunto dos z ∈ R tais que f(u) = z e u ∈ Dom(f) é chamado imagem de f, denotado por Im(f). EXERCÍCIOS 1- Determine e represente geometricamente os domínios das seguintes funções. 𝑎) 𝑧 = √25 − 𝑥2 − 𝑦2 b) 𝑧 = √𝑥2+ 𝑦2−25 𝑦 𝑐) 𝑧 = 𝑦√ 𝑥2 + 𝑦2 − 25d) 𝑧 = 𝑦 √𝑥2+ 𝑦2−25 𝑒) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 4 𝑥2 − 1 f) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 3𝑦2−1 𝑥2+ 𝑦2+1 𝑔) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥3+3𝑦 𝑥2+ 𝑦2 ℎ) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥3 𝑥−𝑦 𝑖) 𝑓(𝑥, 𝑦) = ln ( 𝑥−𝑦 𝑦−1 ) j) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 3𝑥+𝑦 √ 𝑥2− 𝑦 2- Considerando a lei de formação de cada função, determine as imagens pedidas: a) 𝑓(𝑥, 𝑦) = √25 − 𝑥2 − 𝑦2 𝑓(3, −4) 𝑓(−2,1) 𝑓(𝑢, 3𝑣) b) 𝑔(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑥2 − 5𝑥𝑧 + 𝑦𝑧2 g (1,4, −2) 𝑔(2𝑎, −𝑏, 3𝑐) 𝑔(𝑥2, 𝑦2, 𝑧2) 𝑔( 𝑦, 𝑧, −𝑥) c) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 3𝑥2 𝑥+2𝑦 𝑓(0, 2) 𝑓(−2, 3) 𝑓(𝑘𝑥, 𝑘𝑦) Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 41 Mostre que 𝑓(𝑘𝑥, 𝑘𝑦) = 𝑘 𝑓(𝑥, 𝑦) d) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = − 𝑥2 + 2 𝑦2 + 𝑧2 𝑓(0, 0, 0) 𝑓(2, 1, 3) 𝑓(𝑘𝑥, 𝑘𝑦, 𝑘𝑧) Mostre que 𝑓(𝑘𝑥, 𝑘𝑦, 𝑘𝑧) = 𝑘2 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 3- Dada 𝑓(𝑡) = ln 𝑡 , 𝑔(𝑥, 𝑦) = 𝑥2 + 𝑦 , encontre ℎ(𝑥, 𝑦) se ℎ = 𝑓𝑜𝑔 e o domínio de h. 4- Dada F(𝑥) = arc sen 𝑥 𝑒 𝐺(𝑥, 𝑦, 𝑧) = √𝑥2 + 𝑦2 + 𝑧2 − 4 , encontre a função 𝐹𝑜𝐺 e o seu domínio. 5- Determine o conjunto domínio e o conjunto imagem da função f. Trace um esboço mostrando uma região sombreada em R2, como o conjunto de pontos no domínio de f. 𝑎)𝑓(𝑥, 𝑦) = √25− 𝑥2−𝑦2 𝑥 b) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 √25− 𝑥2− 𝑦2 c) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥2− 𝑦2 𝑥−𝑦 d) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 |𝑦| e) 𝑓(𝑥, 𝑦) = ln(𝑥𝑦 − 1) 6- Considerando a função g definida por 𝑔(𝑥, 𝑦) = √𝑥2+ 𝑦2−25 𝑦 , escreva o seu conjunto domínio e esboce-o no plano. 7- Determine: a) f(x(t), y(t)) f(x(0), y(0)) f(x(2), y(2)) considerando as funções definidas por f(x, y) = 𝑥 + 3 𝑥2𝑦2, x (𝑡) = 𝑡2, y(𝑡) = 𝑡3. b) F(f(𝑥), g(𝑦), h(z)), se F(x, y, z) = 𝑦𝑒𝑥𝑦𝑧, f(x) = 𝑥2, g( y) = 𝑦 + 1 e h(𝑧) = 𝑧2. 8- Escreva e esboce o conjunto domínio de f. Utilize linhas sólidas para as porções da fronteira que estão incluídas no domínio e linhas tracejadas para as porções que não estão incluídas. a) f(x, y) = ln(1 − x2 − y2) b) f(x, y) = 1 x− y2 9- Seja a função definida por 𝑓(𝑥, 𝑦) = 1 √𝑥2−𝑦 . a) Calcule f(1, 0), f(3, -7) e f(1, -1). b) Escreva o conjunto domínio da função f. c) Faça um esboço mostrando como região sombreada em R2 o conjunto de pontos no domínio de f. Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 42 Respostas: 1)a) 𝐷𝑜𝑚𝑧 = {(𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 2; 𝑥2 + 𝑦2 ≤ 25}, b) 𝐷𝑜𝑚𝑧 = {(𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 2; 𝑥2 + 𝑦2 ≥ 25 𝑒 𝑦 ≠ 0}, c) 𝐷𝑜𝑚𝑧 = {(𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 2; 𝑥2 + 𝑦2 ≥ 25}, d) 𝐷𝑜𝑚𝑧 = {(𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅 2; 𝑥2 + 𝑦2 > 25}, e) 𝐷𝑜𝑚𝑓 = 𝑅 2, f) 𝐷𝑜𝑚𝑓 = 𝑅 2, g) 𝐷𝑜𝑚𝑓 = 𝑅 2 − {(0, 0)}, 2) a) 0, 2√5 e √25 − 𝑢2 − 9𝑣2, b) 27, 4𝑎2 − 30𝑎𝑐 − 9𝑏𝑐2, 𝑥4 − 5𝑥2𝑧2 + 𝑦2𝑧4, 𝑦2 + 5𝑥𝑦 + 𝑥2𝑧, c) 0, 3, kf(x, y), d) 0, 7, 𝑓(𝑘𝑥, 𝑘𝑦, 𝑘𝑧) = 𝑘2𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧), 7) a) 𝑡2(1 + 3𝑡8), 0, 3076, b) (𝑦 + 1)𝑒𝑥 2𝑧2(𝑦+1) Limites de Funções de Mais de Uma Variável e Continuidade O limite da função de duas variáveis f(x,y), quando (x,y) tende a um valor (x0,y0), é o número L (se existir) e é representado por Lyxf yxyx ),(),( 00 ),(lim . Se o limite existir (resultar em um valor finito e real) no ponto (x0, y0), dizemos que a função é contínua neste ponto. Caso contrário a função será descontínua no ponto. O mesmo é válido para um intervalo, isto é, a função é contínua num intervalo quando o limite existe em todos os pontos desse intervalo. Em geral é fácil verificar a continuidade das funções, por simples inspeção da mesma. Nas funções abaixo o limite existirá sempre, com exceção nas restrições. Exemplos: 1) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥2 + 𝑦2 − 𝑥𝑦 é contínua para todo par (x, y). 2) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥3𝑦2 − 𝑥𝑦 + 𝑦3 + 6 é contínua ∀ 𝑥 𝑒 𝑦. 3) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥2+ 𝑦2 𝑥𝑦−1 é contínua ∀ 𝑥𝑦 ≠ 1, ou seja, 𝑦 ≠ 1 𝑥 . x y x y Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 43 4) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥+ 𝑦 𝑥− 𝑦 é contínua ∀ 𝑥 ≠ 𝑦 5) A função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 3𝑦2−1 𝑥2+ 𝑦2+1 é contínua em todo o seu domínio 𝐷𝑜𝑚 (𝑓) = 𝑅2. 6) 𝑓(𝑥, 𝑦) = √1 − 𝑥2 − 𝑦2 é contínua se 1 − 𝑥2 − 𝑦2 ≥ 0 , ou seja, 𝑥2 + 𝑦2 ≤ 1. A representação do domínio da função f é um círculo centrado na origem e de raio 1. 7) 𝑓(𝑥, 𝑦) = √𝑦 − 1 𝑥 é uma função contínua se 𝑦 − 1 𝑥 ≥ 0, ou seja, 𝑦 ≥ 1 𝑥 . A representação do domínio é . O conceito de limite de funções ordinárias pode ser estendido para funções de várias variáveis. Assim, diz-se que f(x,y) tende para um valor definido L (ou que lim f(x,y) = L), quando o par (x,y) se aproxima de (xo,yo), se quanto mais perto (x,y) estiver de (xo,yo), mais perto f(x,y) estará de L. x y x y x y Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 44 Notação: Lyxf ou Lyxf yxyx yy xx o o o ),(lim ),(lim ),(),( 0 PROPRIEDADES DOS LIMITES Considerando f(x,y) e g(x,y) funções de duas variáveis, com lim (x,y)(xo,yo) f(x,y) = L e lim (x,y)(xo,yo) g(x,y) = M 0, são válidas as seguintes propriedades: 1) lim (x,y)(xo,yo) L = L 2) lim (x,y)(xo,yo) K.f(x,y) = k.lim (x,y)(xo,yo) f(x,y) = k.L 3) lim (f + g) = lim f + lim g = L + M 4) lim (f / g) = lim f / lim g = L / M 5) Lyxfyxf yxyx yxyx ),(lim),(lim ),(),( ),(),( 00 00 EXERCÍCIOS Determine o valor de cada limite, se existir: 1- lim(𝑥,𝑦,𝑧)→(2,2,−1) (5 𝑥 3𝑦𝑧 + 7𝑥𝑦𝑧3 + 2𝑥𝑦2+ 𝑥2𝑦𝑧 𝑥−𝑦𝑧 ) 2- lim(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥3− 𝑦3 𝑥−𝑦 3- lim(𝑥,𝑦)→(0,1) 𝑥−𝑥𝑦+3 𝑥2+5𝑥𝑦 −𝑦3 4- lim(𝑥,𝑦)→(3,−4) √𝑥2 + 𝑦2 5- lim(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥2− 𝑥𝑦 √𝑥− √𝑦 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 45 6- lim(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥2− 𝑦2 1+ 𝑥2+ 𝑦2 7- lim(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥2− 𝑦2 𝑥−𝑦 8- lim(𝑥,𝑦)→(−1,1) 𝑥2+2𝑥𝑦2+ 𝑦4 𝑥+𝑦2 9- lim(𝑥,𝑦)→(4,𝜋) 𝑥 2 sin ( 𝑦 𝑥 ) 10- lim(𝑥,𝑦)→(0,0) (1+ 𝑦2) sin 𝑥 𝑥 11- lim(𝑥,𝑦)→(1,0) √𝑥−𝑦−√𝑥 𝑦 12- lim(𝑥,𝑦)→(−1,2) 𝑥𝑦−2𝑥 𝑥𝑦−2𝑥+3𝑦−6 13- lim(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥4− 𝑦4 𝑥2+ 𝑦2 14- lim(𝑥,𝑦,𝑧)→(2,−1,2) 𝑥 𝑧2 √𝑥2+ 𝑦2+ 𝑧2 15- lim(𝑥,𝑦)→(1,−1) 3 𝑥2(𝑦2−1) 𝑥𝑦2(𝑦+1) Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 46 16- lim(𝑥,𝑦)→(0,1) 𝑥4−(𝑦−1)4 𝑥2+(𝑦−1)2 17- lim(𝑥,𝑦,𝑧)→(0,0,0) (𝑒𝑥+𝑒𝑦+𝑒𝑧)2 𝑒2𝑥+𝑒2𝑦+𝑒2𝑧 Para o cálculo de limites de funções polinomiais e “funções lineares” é só substituir os valores para os quais x e y estão tendendo. Para funções racionais, quando ocorre indeterminação, precisamos tentar eliminá-la com recursos da álgebra ou usar a regra dos dois caminhos (caminhos diferentes). Regra dos Dois caminhos Podemos concluir a não existência de limites, se estudarmos os limites direcionais. A “regra dos dois caminhos” consiste em: se dois caminhos diferentes para um ponto (a, b) resultam em dois limites diferentes, então lim(𝑥,𝑦)→(𝑎,𝑏) 𝑓(𝑥, 𝑦)não existe. Esta regra só prova a não existência de limite. Seja 2: f S IR IR . Se , , , lim x y a b f x y L , e se existirem os limites unidimensionais , lim x a f x y L e , lim y b f x y L então , , lim lim lim lim x a y b y b x a f x y f x y L . Os dois limites desta igualdade chamam- se limites iterados. 18- Determine se o limite existe. Se existir, determine o seu valor. Se não existir, justifique através de cálculos. a) lim(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥2−𝑦2 𝑥2+ 𝑦2 b) lim(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥𝑦 3𝑥2+ 2𝑦2 c) lim(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥𝑦 𝑥2+𝑦2 d) lim(𝑥,𝑦)→(0,0) 2𝑥𝑦2 𝑥2+𝑦4 e) lim(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥2 𝑥2+ 𝑦2 19- Analise a existência do limite da função f no ponto dado: a) lim(𝑥,𝑦)→(0,0) 𝑥4+3𝑥2𝑦2+2𝑥𝑦3 (𝑥2+𝑦2)2 b) lim(𝑥,𝑦)→(0,0) √𝑥𝑦 𝑥+𝑦 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 47 c) lim(𝑥,𝑦)→(1,2) 𝑥𝑦−2𝑥−𝑦+2 𝑥2+𝑦2−2𝑥−4𝑦+5 20- Se uma função de duas variáveis é descontínua no ponto (𝑥0 , 𝑦0), mas o lim(𝑥,𝑦)→(𝑥0,𝑦0) 𝑓(𝑥, 𝑦) existe, então dizemos que f tem uma descontinuidade removível em (𝑥0 , 𝑦0) porque se f for redefinida em (𝑥0 , 𝑦0), tal que 𝑓(𝑥0 , 𝑦0) = lim(𝑥,𝑦)→(𝑥0,𝑦0) 𝑓(𝑥, 𝑦), então f torna-se contínua em (𝑥0 , 𝑦0). Se a descontinuidade não for removível, ela é chamada de descontinuidade essencial. Para cada uma das seguintes funções, determine se a descontinuidade é removível ou essencial na origem: a) f(x, y) = x2 x2+y2 b) g(x, y) = 3x2y x2+y2 c) h(x, y) = xy x2+y2 Respostas: 1) -106, 2) 0, 3) -3, 4) 5, 5) 0, 6) 0, 7) 0, 8)0, 9) 8√2, 10)1, 11 e 12) -1/2, 13) 0, 14) 8/3,15 e 16)Os limites não existem. GRÁFICOS DE FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS REAIS Dada uma função f: 𝐷 → 𝑅, 𝐷 ⊂ 𝑅𝑛, seu gráfico é o conjunto 𝑔𝑟𝑎𝑓 (𝑓) = {(𝑎, 𝑓(𝑎)); 𝑎 ∈ 𝐷}. Os gráficos de funções reais de uma variável (n = 1) são curvas do 𝑅2. Para uma função de duas variáveis reais (n = 2) o gráfico é uma superfície do 𝑅3. E a projeção do gráfico de f sobre o plano xy é exatamente o domínio de f. Para valores de n > 2, a representação gráfica, claramente, não é possível. A representação gráfica das funções de duas variáveis nem sempre é fácil de ser feita. Por esse motivo, costuma-se representar a função por meio de um gráfico planificado chamado mapa de curvas de nível ou conjunto de nível f com valor c real: {𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚 𝑓/𝑓 = 𝑐}. O conjunto de nível c é dito curva de nível c de f. As curvas de nível são obtidas pelas projeções no plano xy, das curvas obtidas pela interseção do plano z = c com a superfície do gráfico de f. As curvas de nível nunca se interceptam. Caso contrário, a função assumiria dois valores diferentes para o mesmo elemento (x, y) do domínio, o que é impossível pela definição de função. Quando cada curva de nível é elevada à altura do nível correspondente, são obtidas curvas de contorno da função. Para o traçado preciso de gráficos de funções de duas variáveis é conveniente o uso de um recurso gráfico computacional. Mas, para um esboço devemos analisar: Domínio e Imagem da função; Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 48 Interseções com os planos coordenados, ou seja, os traços das superfícies nos planos coordenados. A curva resultante da superfície cortada por um plano é chamada de traço da superfície no plano; As interseções com os eixos coordenados; Curvas de nível; Curvas de contorno. Quando uma função é definida com 3 variáveis independentes, o máximo que conseguimos é o traçado das superfícies de nível da função. EXERCÍCIOS 1- Faça as curvas de nível das funções: a) z = 𝑥2 + 𝑦2 , (𝑧 = 0, 𝑧 = 1, 𝑧 = 4, 𝑧 = 9) b) z = 𝑦 − 𝑥2 , (𝑧 = 0, 𝑧 = 1, 𝑧 = 2) c) z = y − ln 𝑥 , (𝑧 = 0, 𝑧 = 1, 𝑧 = 2) d) z = x y , (𝑧 = 0, 𝑧 = 1 2 , 𝑧 = 1, 𝑧 = 2) 2- Faça as curvas de nível das funções seguintes, para 𝑥 ≥ 0 𝑒 𝑦 ≥ 0: a) C = y𝑒𝑥 , (𝐶 = 2, 𝐶 = 4, 𝐶 = 6) b) P = 𝑥2𝑦 , (𝑃 = 20, 𝑃 = 36, 𝑃 = 50) c) P = 10x𝑦 , (𝑃 = 10, 𝑃 = 20, 𝑃 = 30) d) U = 𝑥2𝑦 + 𝑥2 , (𝑈 = 1, 𝑈 = 2, 𝑈 = 4) e) C = 𝑥2 + 𝑦2 + 20 , (𝐶 = 21, 𝐶 = 24, 𝐶 = 29) 3- Esboce a curva de nível z = k para os valores especificados de k. a) z = 𝑥2 + 𝑦 , 𝑘 = −2, −1, 0, 1, 2 b) z = −x − 𝑦 + 10 , 𝑘 = 0, 2, 4 4- Esboce as curvas de nível de f, para os seguintes c: a) f(x, y) = √100 − 𝑥2 − 𝑦2 , 𝑐 = 0, 8, 10 b) f(x, y) = √𝑥2 + 𝑦2 , 𝑐 = 0, 1, 2, 3, 4 c) f(x, y) = 4x2 + 9y2 , 𝑐 = 0, 2, 4, 6 d) f(x, y) = 3x − 7y , 𝑐 = 0, ±1, ±2 5- Seja 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥2 − 2 𝑥3 + 3 𝑥𝑦. Determine uma equação da curva de nível que passa pelo ponto: a) (-1, 1) b) (0, 0) c) (2, -1) 6- Seja 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑥2 + 𝑦2 − 𝑧. Determine uma equação da superfície de nível que passa pelo ponto: a) (1, -2, 0) b) (1, 0, 3) c) (0, 0, 0) Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 49 7- Represente graficamente a função definida por: a) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥2 + 𝑦2 b) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 2 c) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑦2 d) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑦2 − 𝑥2 8- Esboce as seguintes superfícies quádricas: a) O elipsoide 𝑥2 4 + 𝑦2 16 + 𝑧2 9 = 1; b) O hiperboloide de uma folha 𝑥2 + 𝑦2 − 𝑧2 4 = 1 9- Se z = V(x, y) é o potencial elétrico em cada ponto (x, y) de uma região do plano, as curvas de nível correspondem a pontos de igual potencial elétrico. Neste caso, as curvas são chamadas equipotenciais. O potencial elétrico numa região do plano xy é dado por V(x, y) = 120 x2+y2 , em que V é medido em volts. a) Qual é o lugar geométrico (equação) dos pontos cujo potencial é 30 volts? b) Determine a equação da curva equipotencial que passa pelo ponto P=(1, 1). c) Desenhe, num mesmo plano xy, as curvas equipotenciais determinadas nos itens anteriores. 10- Considere a função definida por f(x, y) = y x2 e representada pela superfície. . a) Escreva o conjunto domínio da função f. b) Faça um esboço mostrando como região sombreada em R2 o conjunto de pontos no domínio de f. c) Escreva o conjunto imagem da função f. d) Desenhe o mapa das curvas de nível k da função (k ∈ R). Considere um valor de k positivo, um negativo e k nulo x y z Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 50 11- Esboce o gráfico de f(x, y) = 4 − x2 − y2. Respostas: 1-a) b) c) d) x y x y x y x y (1)x + (0)y = 0 y = x y = 2x y = x/2 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 51 2-a) b) c) d) x y x y x y x y Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – CálculoII - Engenharia Ambiental – 2º Período 52 e) , 3) a) , b) , 4)a) , b) c) x y x y x y x y x y xx+yy=1 xx+yy= 4 xx+yy= 9 xx+yy=16 x y 4xx+9yy=2 4xx+9yy=4 4xx+9yy=6 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 53 4)d) 5) a)𝑥2 − 2𝑥3 + 3𝑥𝑦 = 0, b) 𝑥2 − 2𝑥3 + 3𝑥𝑦 = 0, c) 𝑥2 − 2𝑥3 + 3𝑥𝑦 = −18, 6)a) 𝑥2 + 𝑦2 − 𝑧 = 5 , b)𝑥2 + 𝑦2 − 𝑧 = −2 , c)𝑥2 + 𝑦2 = 𝑧 todas são paraboloides circulares somente deslocadas para cima ou para baixo. x y x y x y z x y z x y Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 54 7)a)Paraboloide Circular b)Plano Paralelo ao Plano xy c)Superfície Cilíndrica , d)Paraboloide Hiperbólico ,8)a) , b) y x y z x y z x y x y z x y z Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 55 Derivadas de Funções de 2 ou Mais Variáveis A definição de derivada parcial de uma função de 2 variáveis é a mesma que a de funções de uma variável. A única diferença aqui é que, como se tem duas variáveis, uma delas deve ser mantida fixa enquanto se dá acréscimos para a outra. Assim, seja a função f(x,y): △ 𝑓 = 𝑓(𝑥 + △ 𝑥, 𝑦) − 𝑓(𝑥, 𝑦) é o incremento da função △𝑓 △𝑥 = 𝑓(𝑥+ △𝑥,𝑦)−𝑓(𝑥,𝑦) △𝑥 é a taxa de variação da função em relação à variável x lim△𝑥→0 △𝑓 △𝑥 = 𝜕𝑓 𝜕𝑥 = 𝑓𝑥 (𝑥, 𝑦) é sua derivada em relação a x ou derivada parcial em x lim△𝑦→0 △𝑓 △𝑦 = 𝜕𝑓 𝜕𝑦 = 𝑓𝑦 (𝑥, 𝑦) é sua derivada em relação a y ou derivada parcial em y O símbolo usado para indicar derivadas parciais é ∂ (“d rond”), no francês “d arredondado”. Para distinguir derivadas de funções de mais de uma variável das derivadas de funções de uma variável, chamamos as últimas derivadas de derivadas ordinárias. Simbologia das Derivadas Parciais: lim△𝑥→0 𝑓(𝑥+△𝑥,𝑦)−𝑓(𝑥,𝑦) △𝑥 = 𝜕𝑓 𝜕𝑥 = 𝑓𝑥 (𝑥, 𝑦) = 𝐷1𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝐷1𝑓 = 𝑓1(𝑥, 𝑦) = 𝑓1 = 𝑓𝑥 = 𝐷𝑥 é a derivada parcial em x lim△𝑦→0 𝑓(𝑥,𝑦 +△ 𝑦)−𝑓(𝑥,𝑦) △𝑦 = 𝜕𝑓 𝜕𝑦 = 𝑓𝑦 (𝑥, 𝑦) = 𝐷2𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝐷2𝑓 = 𝑓2(𝑥, 𝑦) = 𝑓2 = 𝑓𝑦 = 𝐷𝑦 é a derivada parcial em y DERIVADAS PARCIAIS A derivada parcial em relação a x considera y como constante, enquanto que a derivada parcial em relação a y considera x como constante. As derivadas parciais de funções de várias variáveis têm a mesma definição já vista para duas variáveis e são representadas da mesma forma. EXERCÍCIOS 1- Escreva as derivadas parciais das funções: a) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 3𝑥3𝑦2 b) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥2 + 𝑦2 c) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 3𝑥2 − 2𝑥𝑦 + 𝑦2 d) 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 𝑥2+𝑦2 e) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑥2 + 𝑦3 + 𝑧2𝑥 Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 56 f) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡) = ln(2𝑥 + 3𝑦 − 𝑧2 + 𝑡2) g) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 3𝑥 + 5𝑦 − 6𝑧 h) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 2𝑥𝑦 + 2𝑥𝑧 + 3𝑦𝑧 i) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑥+𝑦 𝑥−𝑧 j) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = √𝑥𝑦𝑧 k) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = (𝑥2 + 2𝑦 − 3𝑧)3 l) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑥𝑦2 + 2𝑥2 + 𝑥𝑦𝑧 m) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡) = 2𝑥 − 3𝑧𝑡 n) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡) = ln( 3𝑥2 + 5𝑦2 − 𝑧𝑡3) o) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = −3𝑥2𝑦2𝑧−3 + 4𝑥−2𝑦2𝑧 + 6𝑥𝑦3 p) 𝑓(𝑥, 𝑦) = (𝑥2 + 𝑦3)𝑠𝑒𝑛 𝑥 q) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑡𝑔(𝑥2𝑧) + 𝑐𝑜𝑡𝑔(4𝑦2𝑧2) + 𝑠𝑒𝑛 (5𝑧𝑥𝑦3) 2- Seja z = e2x sin y. Calcule as derivadas parciais e apresente a resposta da forma mais simplificada possível. a) ∂z ∂x b) ∂z ∂y c) ∂z ∂x | (0,y) d) ∂z ∂y | (ln 2 ,0) Respostas: 1-a) 𝑓𝑥(𝑥, 𝑦) = 9𝑥 2𝑦2 , 𝑓𝑦(𝑥, 𝑦) = 6𝑥 3𝑦 , b) 𝑓𝑥(𝑥, 𝑦) = 2𝑥 𝑓𝑦(𝑥, 𝑦) = 2𝑦, c) 𝑓𝑥(𝑥, 𝑦) = 6𝑥 − 2𝑦, 𝑓𝑦(𝑥, 𝑦) = −2𝑥 + 2𝑦, d) 𝑓𝑥(𝑥, 𝑦) = 𝑦2−𝑥2 (𝑥2+𝑦2)2 , 𝑓𝑦(𝑥, 𝑦) = −𝑥2𝑦 (𝑥2+𝑦2)2 , e) 𝑓𝑥(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 2𝑥 + 𝑧 2, 𝑓𝑦(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 3𝑦 2, 𝑓𝑧(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 2𝑧𝑥, f) 𝑓𝑥 = 2 2𝑥+3𝑦−𝑧2+𝑡2 , 𝑓𝑦 = 3 2𝑥+3𝑦−𝑧2+𝑡2 , 𝑓𝑧 = −2𝑧 2𝑥+3𝑦−𝑧2+𝑡2 , 𝑓𝑡 = 2𝑡 2𝑥+3𝑦−𝑧2+𝑡2 ,g) 𝑓𝑥(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 3, 𝑓𝑦(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 5, 𝑓𝑧(𝑥, 𝑦, 𝑧) = −6, h) 𝑓𝑥(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 2𝑦 + 2𝑧, 𝑓𝑦(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 2𝑥 + 3𝑧, 𝑓𝑧(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 2𝑥 + 3𝑦, i) 𝑓1 = −𝑧−𝑦 (𝑥−𝑧)2 , 𝑓2 = 1 𝑥−𝑧 , 𝑓3 = 𝑥+𝑦 (𝑥−𝑧)2 , j) 𝑓1 = 𝑦𝑧 2√𝑥𝑦𝑧 , 𝑓2 = 𝑥𝑧 2√𝑥𝑦𝑧 , 𝑓3 = 𝑥𝑦 2√𝑥𝑦𝑧 , Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro – Cálculo II - Engenharia Ambiental – 2º Período 57 k) 𝑓1 = 6𝑥(𝑥 2 + 2𝑦 − 3𝑧)2, 𝑓2 = 6(𝑥 2 + 2𝑦 − 3𝑧)2, 𝑓3 = −9(𝑥 2 + 2𝑦 − 3𝑧)2, l) 𝑓1 = 𝑦 2 + 4𝑥 + 𝑦𝑧, 𝑓2 = 2𝑥𝑦 + 𝑥𝑧, 𝑓3 = 𝑥𝑦, m) 𝑓1 = 2, 𝑓2 = 0, 𝑓3 = −3𝑡, 𝑓4 = −3𝑧, n) 𝑓1 = 6𝑥 3𝑥2+5𝑦2−𝑧𝑡3 , 𝑓2 = 10𝑦 3𝑥2+5𝑦2−𝑧𝑡3 , 𝑓3 = − 𝑡3 3𝑥2+5𝑦2−𝑧𝑡3 , 𝑓4 = − 3𝑧𝑡2 3𝑥2+5𝑦2−𝑧𝑡3 ,o) 𝑓1 = −6𝑥𝑦 2𝑧−3 − 8𝑥−3𝑦2𝑧 + 6𝑦3, 𝑓2 = −6𝑥 2𝑦𝑧−3 + 8𝑥−2𝑦𝑧 + 18𝑥𝑦2, 𝑓3 = 9𝑥 2𝑦2𝑧−4 + 4𝑥−2𝑦2 , p) 𝜕𝑓 𝜕𝑥 = 2𝑥 sin 𝑥 + (𝑥2 + 𝑦3) cos 𝑥, 𝜕𝑓 𝜕𝑦 = 3𝑦2 sin 𝑥, q) 𝜕𝑓 𝜕𝑥 = sec2(𝑥2𝑧) ∙ 2𝑥𝑧 + cos(5𝑧𝑥𝑦3) ∙ 5𝑧𝑦3, DERIVADAS PARCIAIS DE SEGUNDA ORDEM As funções de duas ou mais variáveis também podem ser derivadas sucessivamente. Em especial, as derivadas parciais de segunda ordem serão bastante utilizadas. Elas podem ser mistas, ou seja, derivadas em relação a variáveis diferentes. As derivadas parciais de segunda ordem mistas são iguais. O que sempre acontecerá para funções contínuas com derivadas parciais contínuas. DERIVADAS PARCIAIS DE FUNÇÃO COMPOSTA (REGRA DA CADEIA) Considerando a função de duas variáveis z = f(u, v), onde u = g(x) e v = h(x), a função derivada de z em relação à variável x é 𝑑𝑧 𝑑𝑥 = 𝜕𝑧 𝜕𝑢 ∙ 𝑑𝑢 𝑑𝑥 + 𝜕𝑧 𝜕𝑣 ∙ 𝑑𝑣 𝑑𝑥 . DIFERENCIAL TOTAL DE UMA FUNÇÃO DE DUAS OU MAIS VARIÁVEIS A condição para que uma função seja diferenciável é que suas derivadas parciais existam. Assim, dada a função z = f(x, y), sua diferencial total é 𝑑𝑧 = 𝜕𝑓 𝜕𝑥 𝑑𝑥 + 𝜕𝑓 𝜕𝑦 𝑑𝑦. A função de várias variáveis é diferenciável se suas derivadas parciais forem contínuas. A diferencial de uma função 𝐹(𝑥1, 𝑥2, … , 𝑥𝑛) de n variáveis é 𝑑𝐹 = 𝜕𝐹 𝜕𝑥1 𝑑𝑥1 + 𝜕𝐹 𝜕𝑥2 𝑑𝑥2 + ⋯ + 𝜕𝐹 𝜕𝑥𝑛 𝑑𝑥𝑛 = ∑ 𝜕𝐹 𝜕𝑥𝑖 𝑛 𝑖=1 𝑑𝑥𝑖 . DERIVAÇÃO IMPLÍCITA Ocorre analogamente ao processo de derivação implícita de funções de uma variável independente. EXERCÍCIOS 1- Verifique, através do cálculo das derivadas parciais de segunda ordem, a afirmação a seguir. Se F(x, y, z) = 2 𝑧3 − 3 (𝑥2 + 𝑦2)𝑧, então F satisfaz a equação 𝐹𝑥𝑥 + 𝐹𝑦𝑦 + 𝐹𝑧𝑧 = 0. 2- Mostre que a função satisfaz a equação de Laplace 𝜕2𝑧 𝜕𝑥2 + 𝜕2𝑧 𝜕𝑦2 = 0. d) 𝑧 = 𝑥2 − 𝑦2 + 2𝑥𝑦 b) 𝑧 = 𝑒𝑥𝑠𝑒𝑛 𝑦 + 𝑒𝑦 cos 𝑥 3- Diferencie a função: a) 𝑧 = 3𝑥3𝑦2 − 2𝑥𝑦3 + 𝑥𝑦 − 1 b) F(x, y, z) = 2x + 3xy – 2zy Dayse Maria Alves de Andrade Ribeiro –
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