Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Derivac¸a˜o Impl´ıcita Objetivo: O primeiro passo e´ entender com bastante clareza o que significa uma equac¸a˜o do tipo F (x, y) = 0 determinar implicitamente uma func¸a˜o f(x). Em seguida, utilizar me´todos de derivac¸a˜o para obter a derivada desta func¸a˜o f(x), isto e´, obter f ′(x), e com base nesta informac¸a˜o, responder outros questiona- mentos. Func¸a˜o dada implicitamente por uma equac¸a˜o Para entender o que siginifica uma equac¸a˜o F (x, y) = 0 determinar implicitamente uma func¸a˜o f(x) incicamos analisando um exemplo. Exemplo 1 Considere a equec¸a˜o x2+y2 = 1. A curva C que representa o conjunto dos pontos (x, y) ∈ R2, tal que, x2 + y2 = 1, e´ uma circunfereˆncia de centro no ponto C = (0, 0) e raio r = 1. Como ilustra a figura a seguir. Da equac¸a˜o x2 + y2 = 1 podemos encarar y como func¸a˜o de x, ou seja, isolar y, obtendo y = ±√1− x2. Note que podemos considerar duas func¸o˜es, a saber, y = f1(x) = + √ 1− x2 e y = f2(x) = − √ 1− x2. Considere a func¸a˜o f1(x) = + √ 1− x2. Observe que a expressa˜o 1 − x2 ocorre sob uma raiz quadrada, e portanto o domı´nio da func¸a˜o e´ dado por Dom(f) = {x ∈ R, tal que 1− x2 ≥ 0} = [−1, 1]. Neste caso, a descric¸a˜o da func¸a˜o e´ f1 : [−1, 1] −→ R, dada por f1(x) = + √ 1− x2. A figura seguir representa o gra´fico da func¸a˜o f1. Note que o Gr(f1) na˜o descreve a curva C toda, e sim, apenas a parte em que y e´ positivo. 1 Considere a func¸a˜o f2 : [−1, 1] −→ R, dada por f2(x) = − √ 1− x2. A figura seguir representa o gra´fico da func¸a˜o f2. Note que o Gr(f1) na˜o descreve a curva C toda, e sim, apenas a parte em que y e´ negativo. Em ambos os casos nenhuma das func¸o˜es, f1 ou f2, descreve a curva C completamente. Mas, tomando a equac¸a˜o x2 + y2 − 1 = 0, e substuindo y por f1(x) = + √ 1− x2 na equac¸a˜o anterior temos, que x2 + (f1(x)) 2 − 1 = x2 + (+ √ 1− x2)2 − 1 = x2 + 1− x2 − 1 = 0. Ou seja, a func¸a˜o f1(x) = + √ 1− x2 sa- tisfaz a equac¸a˜o x2 + y2 − 1 = 0. Neste caso, por tra´s, escondido, na equac¸a˜o x2 + y2 − 1 = 0 esta´ contida a func¸a˜o f1(x) = + √ 1− x2. Assim, dizemos que a equac¸a˜o x2 + y2− 1 = 0 define implicitamente a func¸a˜o f1(x) = + √ 1− x2. Demaneira totalmente ana´loga, substuindo y por f2(x) = − √ 1− x2 na equac¸a˜o x2 + y2 − 1 = 0 temos, x2 + (f2(x)) 2 − 1 = x2 + (− √ 1− x2)2 − 1 = x2 + 1− x2 − 1 = 0. Ou seja, a func¸a˜o f2(x) = − √ 1− x2 satisfaz a equac¸a˜o x2 +y2−1 = 0. Neste caso, por tra´s, escondido, na equac¸a˜o x2 +y2−1 = 0 esta´ contida a func¸a˜o f2(x) = − √ 1− x2. Assim, dizemos que a equac¸a˜o x2 + y2− 1 = 0 define implicitamente a func¸a˜o f2(x) = − √ 1− x2. Definic¸a˜o: Dizemos que a func¸a˜o y = f(x) e´ definida implicitamente pela equac¸a˜o F (x, y) = 0, ou que a equac¸a˜o F (x, y) = 0 define implicitamente y como func¸a˜o de x, se existem um intervalo I e func¸a˜o f : I −→ R, tal que y = f(x) satisfaz a equac¸a˜o F (x, y) = 0, ou seja, fazendo y = f(x) na func¸a˜o F (x, y), tem-se F (x, f(x)) = 0. No caso do exemplo anterior a equac¸a˜o F (x, y) = 0 corresponde a` x2 + y2 − 1︸ ︷︷ ︸ F (x, y) = 0, o intervalo I corres- ponde ao intervalo [−1, 1]︸ ︷︷ ︸ I , e as func¸o˜es f : I −→ R, com y = f(x), correspondem a`s func¸o˜es f1 : [−1, 1] −→ R, dada por y = f1(x) = + √ 1− x2 e f2 : [−1, 1] −→ R, dada por y = f2(x) = − √ 1− x2. 2 Exerc´ıcio 1 Verifique se a func¸a˜o y2 + xy − 1 = 0 (∗) define y implicitamente em func¸a˜o de x. Em caso afirmativo, se poss´ıvel encontre a(s) func¸a˜o(o˜es) que satisfaz(em) a equac¸a˜o (∗). Soluc¸a˜o: Para solucionar este exerc´ıcio devemos utilizar a u´nica ferramenta que poss´ımos ate´ enta˜o, ou seja, de- vemos utilizar a definic¸a˜o de func¸a˜o dada implicitamente por uma equac¸a˜o. Neste caso, pela definic¸a˜o, devemos exibir intervalo I e func¸a˜o(o˜es) f : I −→ R, com y = f(x), que satifaz a equac¸a˜o (∗), isto e´, (f(x))2 + x(f(x))− 1 = 0. Neste exerc´ıcio a equac¸a˜o F (x, y) = 0 da definic¸a˜o corresponde a` equac¸a˜o (∗), ou seja, y2 + xy − 1︸ ︷︷ ︸ || F (x, y) = 0. Para determinar a(s) func¸a˜o(o˜es) que satisfaz(em) a equac¸a˜o (∗) basta encarar a equac¸a˜o y2 + xy − 1 = 0 como a equac¸a˜o de uma para´bola na varia´vel y e determinar as ra´ızes desta para´bola, isto e´, na forma ay2 + by + c = 0 teremos que a = 1, b = x e c = −1. Temos que o discriminante de Ba´skara e´ dado por ∆ = b2 − 4ac = (x)2 − 4(1)(−1) = x2 + 4. Note que ∆ = x2 + 4 > 0, para todo x ∈ R. Logo, a para´bola y2 + xy − 1 = 0 possui duas ra´ızes reais distin- tas, dadas por −b±√∆ 2a = −x±√x2 + 4 2(1) = −x±√x2 + 4 2 . Desta forma, as ra´ızes da para´bola sera˜o r1 = −x−√x2 + 4 2 e r2 = −x +√x2 + 4 2 . Considere a func¸a˜o f1(x) = −x−√x2 + 4 2 = − ( x + √ x2 + 4 2 ) . Vamos verificar se a func¸a˜o f1(x) satis- faz a equac¸a˜o (∗), ou seja, se vale que (f1(x))2 + x(f1(x))− 1 = 0. Temos que, (f1(x)) 2 + x(f1(x))− 1 = [ − ( x + √ x2 + 4 2 )]2 + x [ − ( x + √ x2 + 4 2 )] − 1 = = ( x2 + 2x √ x2 + 4 + ( √ x2 + 4 )2 4 ) + ( −x2 − x√x2 + 4 2 ) − 1 = = ( x2 + 2x √ x2 + 4 + x2 + 4 4 ) + ( −x2 − x√x2 + 4 2 ) − 1 = = ( 2x2 + 2x √ x2 + 4 + 4 4 ) + ( −x2 − x√x2 + 4 2 ) − 1 = 2x 2 4 + 2x √ x2 + 4 4 + 4 4 − x 2 2 − x √ x2 + 4 2 − 1 = = x2 2 + x √ x2 + 4 2 + 1− x 2 2 − x √ x2 + 4 2 − 1 = 0 Portanto, a func¸a˜o f1(x) = −x−√x2 + 4 2 satisfaz a equac¸a˜o y2 + xy − 1 = 0. E mais, o domı´nio da func¸a˜o f1 e´ R, enta˜o o intervalo I e´ R. Desta forma, a func¸a˜o f1 : I = R −→ R, dada por 3 y = f1(x) = −x−√x2 + 4 2 satisfaz a equac¸a˜o y2 + xy − 1 = 0. Assim, pela definic¸a˜o, podemos afir- mar que a func¸a˜o y = f1(x) = −x−√x2 + 4 2 e´ definida implicitamente pela equac¸a˜o y2 + xy − 1 = 0. Fac¸a em casa: Verificar que a func¸a˜o y = f2(x) = −x +√x2 + 4 2 satisfaz a equac¸a˜o y2 + xy − 1 = 0, e que Dom(f2) = R = I. Portanto, a func¸a˜o f2 : I = R −→ R, dada por y = f2(x) = −x + √ x2 + 4 2 e´ dada implcitamente pela equac¸a˜o y2 + xy − 1 = 0. Suponha que a equac¸a˜o F (x, y) = 0 (∗) define y implicitamente em func¸a˜o de x, ou seja, existem I in- tervalo, f : I −→ R func¸a˜o, tal que, y = f(x) satifaz a equac¸a˜o (∗), isto e´, F (x, f(x)) = 0. Neste caso, podemos encarar F (x, f(x)) como um func¸a˜o somente da vaira´vel x, ou seja, F (x, f(x)) = G(x). Assim, teremos G(x) = F (x, f(x)) = 0. A partir deste equac¸a˜o, podemos aplicar tudo o que sabemos sobre derivac¸a˜o, todas as regras e mecanismos de derivac¸a˜o. Este processo de derivar uma func¸a˜o y = f(x) que e´ dada implicitamente por uma equac¸a˜o F (x, y) = 0 recebe o nome de Derivac¸a˜o Impl´ıcita. No caso da derivac¸a˜o impl´ıtica e´ comum utilizar a notac¸a˜o dy dx para denotar a derivada da func¸a˜o y = f(x). De fato, temos que y = f(x)⇒ f ′(x) = df dx ⇒ f ′(x) = dy dx . Os exemplos/exerc´ıcios a seguir tem como objetivo descrever todo o processo de derivac¸a˜o impl´ıcita e fazer articulac¸a˜o disso com outros questionamentos relacionados a` derivadas. Exemplo 2 Suponha que a equac¸a˜o x2 + y2 = 9 define y implicitamente em func¸a˜o de x. Neste caso, y = f(x) esta´ ‘escondida, por tra´s’ da equac¸a˜o x2 + y2 = 9, e enta˜o na˜o temos como explicitar a lei de formac¸a˜o da func¸a˜o f . (a) Encontre dy dx . [Deseja-se encontrar a derivada da func¸a˜o y = f(x)]. (b) Determine a equac¸a˜o da reta tangente a` curva C = {(x, y) ∈ R2, tal que x2 + y2 = 9} nos pontos P = (x0, y0) ∈ C. (c) Observe que os pontos P1 = (−3, 0) e P2 = (3, 0) pertencem a` curva. Descreva qual e´ a curva tangente a` curva C nestes pontos (pode ser por meio de uma observac¸a˜o gra´fica) e relacione o que foi concluido com o que se observa pela equac¸a˜oque determina dy dx . Soluc¸a˜o: (a) No caso deste exerc´ıcio equac¸a˜o F (x, y) = 0 a que se refere a teoria e´ a equac¸a˜o F (x, y) ||︷ ︸︸ ︷ x2 + y2 − 9 = 0. Para efeitos da soluc¸a˜o, podemos considerar a equac¸a˜o x2 + y2 = 9. Pensando y como f(x), obtemos a equac¸a˜o 4 x2 + (f(x))2 = 9 (∗) Derivando ambos os lados da equac¸a˜o (∗) teremos [x2]′ + [(f(x))2]′ = [9]′ Ver Janela de Pensamentos===========⇒ ⇒ 2x + 2y dy dx = 0 Dividir ambos os lados por 2 ===========⇒ x + y dy dx = 0⇒ dy dx = −x y Janela de Pensamentos/Explicac¸o˜es: Quais os mecanismos utilizados nas derivac¸o˜es Para calcular [x2]′ basta utilizar a tabela de derivadas, obtendo que [x2]′ = (2)x(2−1) = 2x. Para calcular [(f(x))2]′ deve-se observar que temos uma composic¸a˜o de func¸o˜es, a saber x f−→ f(x) Fc¸ eleva ao quadrado−−−−−− −→ (f(x))2 e utilizar a Regra da Cadeia na derivac¸a˜o, obtendo que [(f(x))2]′ = 2(f(x)).f ′(x). Utilizando que y = f(x) e que f ′(x) = dy dx , temos que [(f(x))2]′ = 2(f(x)).f ′(x) = 2y dy dx . Para calcular [9]′ basta lembrar que derivada de contante = 0 e, enta˜o, obtemos que [9]′ = 0. (b) Observando a resposta obtida no item anterior, que dy dx = −x y , conclui-se que dy dx , essencilamente, e´ uma func¸a˜o que depende de x e de y, ou seja, faz sentido aplicar a derovada dy dx em um ponto da forma P = (x0, y0) pertendenete a` Curva C. Lembrando que f ′(x0) representa o coeficiente angular da reta tangente ao gra´fico da func¸a˜o f no ponto P = (x0, f(x0)), temos que dy dx (x0, y0) representa o coeficiente angular da reta tangente a` Curva C no ponto P = (x0, y0). Desta forma, a equac¸a˜o da reta tangente a` Curva C no ponto P = (x0, y0) sera´ dada por y − y0 = dy dx (x0, y0)(x− x0), ou seja, y − y0 = ( −x0 y0 ) (x− x0), pois dy dx (x0, y0) = −x0 y0 A partir da equac¸a˜o anteriror podemos fazer algumas contas, como descrito a seguir. y − y0 = ( −x0 y0 ) (x− x0)⇒ y = −x0 y0 x + x0 y0 x0 + y0 ⇒ y = x0 x0 y0 x0 + y0 − x0 y0 x⇒ ⇒ y = x 2 0 y0 + y0 − x0 y0 x⇒ y = x 2 0 y0 + y0 y0 y0 − x0 y0 x⇒ y = x 2 0 y0 + y20 y0 − x0 y0 x⇒ 5 ⇒ y = x 2 0 + y 2 0 y0 − x0 y0 x⇒ y = 1 y0 [ x20 + y 2 0 − x0x ] Por exemplo: Se o ponto P for tal que a coordenada e´ x0 = 3 √ 2 2 , ou seja, P = ( 3 √ 2 2 , y0 ) , temos que descobrir o respectivo valor de y0 e subsituir na equac¸a˜o y = 1 y0 [ x20 + y 2 0 − x0x ] . Substituindo x0 = 3 √ 2 2 na equac¸a˜o da curva C, vamos obter que( 3 √ 2 2 )2 + y20 = 9⇒ y20 = 9− ( 3 √ 2 2 )2 ⇒ y20 = 9− 9 2 ⇒ y20 = 9 2 ⇒ y0 = ±3 √ 2 2 . Para o ponto A = ( 3 √ 2 2 , −3 √ 2 2 ) , temos que y = 1 y0 [ x20 + y 2 0 − x0x ]⇒ y = 1 −3 √ 2 2 [ 9− 3 √ 2 2 x ] Fazendo um monte de a´lgebras ============⇒ y = x− 3 √ 2 Para o ponto B = ( 3 √ 2 2 , 3 √ 2 2 ) , temos que y = 1 y0 [ x20 + y 2 0 − x0x ]⇒ y = 1 3 √ 2 2 [ 9− 3 √ 2 2 x ] Fazendo um monte de a´lgebras ============⇒ y = 3 √ 2− x (c) Note que a equac¸a˜o que determina f ′(x) = dy dx e´ dy dx = −x y . Enta˜o, se encararmos dy dx como uma func¸a˜o que depende das varia´veis x e y, poder´ıamos dizer que esta func¸a˜o na˜o esta´ bem definida quando y = 0. Pensando em lim y→0 dy dx = lim y→0 −x y = −x lim y→0 1 y = ±∞. Esse resultado nos conta que, essencialmente, f ′(x) → ±∞ nos pontos que esta˜osobre a curva C em que y = 0, ou seja, que nestes pontos a reta tan- gente a` curva devera´ ser vertical (uhuuuuu!!!! kkk!!! Como ja´ hav´ıamos analisado em situac¸o˜es anteriores). Pergunta: Quais sa˜o os pontos P = (x, 0) sobre a curva C? Resposta: Para encontrar tais pontos, basta substituir y = 0 na equac¸a˜o que determina a curva e encon- trar os respectivos valores de x. Fazendo y = 0 na equac¸a˜o da curva, temos que, x2 + 02 = 9⇒ x2 = 9⇒ x = ±3. Portanto, os pontos sobre a curva C em que y = 0 sa˜o (−3, 0) e (3, 0). Observando o comportamento da curva verifica-se que a reta tangente a` curva C no ponto (−3, 0) e´ a reta vertical x = −3 e reta tangente a` curva C no ponto (3, 0) e´ a reta vertical x = 3, como era de esperar, pelas concluso˜es obtidas anteriormente. 6 Mostrar Exemp-2-Derivac¸a˜o-Implicita Exemplo 3 Suponha que a equac¸a˜o y2+xy−1 = 0 define y implicitamente em func¸a˜o de x. (a) Determine dy dx . (b) Determine a equac¸a˜o da reta tangente a` curva C = {(x, y) ∈ R2, tal que y2 + xy− 1 = 0} nos pontos em que x = 0. Soluc¸a˜o: (a) Neste caso, e quac¸a˜o y2 + xy − 1 = 0 (∗), faz o papel de F (x, y) = 0 abordado na teoria. Para encontrar dy dx basta derivar ambos os lados da equac¸a˜o (∗). Derivando ambos os lados da equac¸a˜o (∗), obtemos [y2 + xy − 1]′ = [0]′ Regra da Soma=======⇒ [y2]′ + [xy]′ − [1]′ = [0]′ Regra do Produto=======⇒ [y2]′ + [x]′y + x[y]′ − [1]′ = [0]′ ⇒ Derivada de const. = 0 =========⇒ [y2]′ + [x]′y + x[y]′ − 0 = 0 Ver Janela de Pensamentos==========⇒ 2y dy dx + y + x dy dx = 0 Agregar tudo que tem dy dx==========⇒ ⇒ [2y + x] dy dx + y = 0⇒ [2y + x] dy dx = −y ⇒ dy dx = − y 2y + x Janela de Pensamentos/Explicac¸o˜es: Mecanismos utilizados para calcular as derivadas Para o ca´lculo da derivada [y2]′ deve-se lembrar que y = f(x), e enta˜o, y2 = (f(x))2. Olhando a Janela de Pensamentos do exemplo anterior, verifica-se que [y2]′ = [(f(x))2]′ = 2f(x).f ′(x) Usar que y=f⇒f ′=dy/dx ==========⇒ [y2]′ = 2y dy dx Para o ca´lculo da derivada [x]′ basta utilizar a Tabela de Derivadas. [x]′ = [x1]′ = (1)x(1−1) = x0 = 1 Para o ca´lculo da derivada [y]′ basta lembrar que y = f(x), e enta˜o, y′ = f ′(x) = df dx = dy dx ⇒ y′ = dy dx 7 Algumas observac¸o˜es bem bacanas Observe que se encararmos dy dx = − y 2y + x como uma func¸a˜o que depende das varia´veis x e y, esta func¸a˜o na˜o estria bem definida nos pontos P = (x, y) tais que 2y + x = 0, ou seja, nos pontos da forma P = (x, y) tais que x = −2y ou y = −1 2 x. Pergunta que na˜o quer calar: Quem sa˜o os pontos da curva C da forma (−2y, y)? Resposta: Para encontrar tais pontos, basta substituir x = −2y na equac¸a˜o da curva, como a seguir. y2 + xy − 1 = 0 Subst. x=−2y=====⇒ y2 + (−2y)y − 1 = 0⇒ y2 − 2y2 − 1 = 0⇒ −y2 − 1 = 0⇒ y2 = −1 Absurdo!!!! Conclusa˜o: Na˜o existe pontos da forma (−2y, y) sobre a curva C. Logo, a ‘func¸a˜o’ dy dx (x, y) = − y 2y + x esta´ bem definida para todo ponto P = (x, y) ∈ C. (c) Primeiramente, vamos encontrar os pontos da forma P = (0, y) sobre a curva de equac¸a˜o y2+xy−1 = 0. Para tanto, basta substituir x = 0 na equac¸a˜o da curva, como a seguir. Temos que, y2 + xy − 1 = 0 Substituir x=0======⇒ y2 + (0)y − 1 = 0⇒ y2 − 1 = 0⇒ y2 = 1⇒ y = ±1 Portanto, os pontos requeridos sa˜o A = (0, −1) e B = (0, 1). Como ja´ comentado no exxemplo anterior, a equac¸a˜o da reta tangente a` curva C em um ponto (x0, y0) e´ dada por y − y0 = dy dx (x0, y0)(x− x0). • Para o ponto A = (0, −1), temos que dy dx (0, −1) Usar equac¸a˜o do item (a)============ − −1 2(−1) + 0 = − 1 2 . Logo, a equac¸a˜o da reta tangente a` curva C no ponto A = (0, −1) sera´ y − (−1) = ( −1 2 ) (x− 0)⇒ y + 1 = −1 2 x⇒ y = −1 2 x− 1 • Para o ponto B = (0, 1), temos que dy dx (0, 1) Usar equac¸a˜o do item (a) ============ − 1 2(1) + 0 = −1 2 . Logo, a equac¸a˜o da reta tangente a` curva C no ponto B = (0, 1) sera´ y − 1 = ( −1 2 ) (x− 0)⇒ y − 1 = −1 2 x⇒ y = 1− 1 2 x 8 Mostrar Exemp-3-Derivac¸a˜o-Implicita Exemplo 4 Sopunha que a equac¸a˜o y4 + 3xy+ 2 ln(y) = 0 (∗) define y implicitamente em func¸a˜o de x. (a) Encontre dy dx . (b) Determine a equac¸a˜o da reta tangente a` curva dada pela equac¸a˜o (∗) nos pontos em que y = 1. Soluc¸a˜o: (a) Dizer que a equac¸a˜o (∗) define y em func¸a˜o de x significa que ‘por tra´s da equac¸a˜o (∗) esta´ contida uma informac¸a˜o’. Esta informac¸a˜o e´ a func¸a˜o y = f(x). Tomando F (x, y) = y4 + 3xy + 2 ln(y), obtemos que existe um intervalo I e uma func¸a˜o f : I −→ R, tal que y = f(x) satistaz a equac¸a˜o F (x, y) = 0, ou seja, fazendo y = f(x) na func¸a˜o F (x, y), obetremos F (x, f(x)︸︷︷︸ || y ) = 0, isto e´, (f(x))4 +3x(f(x))+2 ln(f(x)) = 0. Derivando ambos os lados da equac¸a˜o (∗) teremos [y4 + 3xy + 2 ln(y)]′ = [0]′ Regra da Soma ======⇒ [y4]′ + [3xy]′ + [2 ln(y)]′ = [0]′ Regra do Produto e Const. vai p/ fora na derivada====================⇒ ⇒ [y4]′ + 3{[x]′y + x[y]′}+ 2[ln(y)]′ = [0]′ Janela de Pensamentos=========⇒ ⇒ 4y3 [ dy dx ] + 3 { [1]y + x [ dy dx ]} + 2 ( 1 y )[ dy dx ] = 0 Agregar tudo que tem dy/dx ============⇒ ⇒ [ dy dx ] [ 4y3 + 3x + 2 y ] + 3y = 0⇒ [ dy dx ] [ 4y3 + 3x + 2 y ] = −3y Tirar o mı´nimo======⇒ ⇒ [ dy dx ] [ 4y4 + 3xy + 2 y ] = −3y ⇒ dy dx = − 3y 4y4+3xy+2 y ⇒ dy dx = − 3y 2 4y4 + 3xy + 2 (b) Para encontrar a reta tangente a` curva C = {(x, y) ∈ R2, tal que y4 + 3xy + 2 ln(y) = 0} deve-se, primeiramente, encontrar os pontos sobre a curva C em que y = 1, ou seja, substituir y = 1 na equac¸a˜o da curva, como a seguir. Temos que, y4 + 3xy + 2 ln(y) = 0 Fazer y=1 ====⇒ (1)4 + 3x(1) + 2 ln(1) = 0 ln(1)=0===⇒ 1 + 3x = 0⇒ x = −1 3 . Portanto, P = ( −1 3 , 1 ) ∈ C e´ o ponto em questa˜o. 9 A equac¸a˜o da reta tangente a` curva C no ponto P = ( −1 3 , 1 ) e´ dada por y − 1 = mT ( x− [ −1 3 ]) , em que mT = dy dx ( −1 3 , 1 ) = − 3(1) 2 4(1)4 + 3 ( −1 3 ) (1) + 2 = −3 5 . Assim, a equac¸a˜o da reta tangente a` curva C no ponto P = ( −1 3 , 1 ) sera´ y − 1 = ( −3 5 )( x− [ −1 3 ]) ⇒ y − 1 = −3 5 x− 1 5 ⇒ y = −3 5 x− 1 5 + 1⇒ y = −3 5 x + 4 5 . Janela de Pensamentos/Explicac¸o˜es: Mecanismos utilizados nas derivac¸o˜es • Para derivar [y4]′ deve-se lembrar que y = f(x)⇒ y4 = (f(x))4. Enta˜o, (f(x))4 e´ uma composta de func¸o˜es, como descrito a seguir x Aplicar fc¸ f−−−− → f(x) Aplicar fc¸ eleva a` 4−−−−−− → (f(x))4. Aplicando a Regra da Cadeia para derivar (f(x))4 temos, [y4]′ = [(f(x))4]′ Regra da Cadeia ======== 4(f(x))(4−1)︸ ︷︷ ︸ Derivada da fc¸ elevado a 4, atuando em f(x) .f ′(x) f(x)=y e f ′(x)=dy/dx ========== 4(y)3 dy dx . • Temos que [x]′ = [x1]′ Tabela de Derivadas========== (1)x(1−1) = x0 = 1 • Temos que [y]′ y=f(x)==== f ′(x) Notac¸a˜o de Derivada========== df dx (x) y=f(x) ==== dy dx • Para derivar [ln(y)]′ deve-se lembrar que y = f(x)⇒ ln(y) = ln(f(x)). Enta˜o, ln(f(x)) e´ uma composta de func¸o˜es, como descrito a seguir x Aplicar fc¸ f−−−− → f(x) Aplicar fc¸ ln−−−− → ln(f(x)). Aplicando a Regra da Cadeia para derivar ln(f(x)) temos, [ln(y)]′ = [ln(f(x))]′ Regra da Cadeia ======== [ln]′(f(x)).f ′(x) ln ′= um sobre ======= 1 f(x) f ′(x) f(x)=y e f ′(x)=dy/dx ========== 1 y dy dx . Mostrar Exemp-4-Derivac¸a˜o-Implicita Bons Estudos! 10
Compartilhar