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CEL0354_A6_ Aluno: REJANE Matrícula: Disciplina: CEL0354 - CONT MET ENSINO LING Período Acad.: 2016.3 EAD (G) / EX 1. (ENADE 2008) Leia e assinale a alternativa adequada: Numa sala de aula de terceiro ano do ensino fundamental, com crianças oriundas de várias regiões do Brasil, um aluno pronunciou a palavra olho como [oio]. Outra criança da turma chamou-lhe a atenção, corrigindo-lhe a fala. A professora aproveitou a oportunidade e pediu a todos para que, a partir dali, falassem sempre como se escreve, ou seja: os que falassem [sau] deveriam sempre falar [sal]; os que falassem [viage] deveriam sempre falar [viagem]; os que falassem [bodi] deveriam sempre falar [bode]; os que falassem [cantano] deveriam sempre falar [cantando]. Rapidamente as crianças perceberam que ficou muito difícil falar e que seria impossível falar sempre exatamente como se escreve. A professora aproveitou para explicar que ninguém fala exatamente como se escreve. as variações da língua falada têm significados afetivos e culturais. as relações arbitrárias e não perfeitas entre sons e letras são raras. as variações dialetais de origem social e regional devem ser superadas. a correspondência entre os sons da fala e a escrita fonética é invariável. a língua portuguesa escrita não é fonética. 2. O alfabetizando traz para a escola a variedade lingüística do meio em que vive, em que aprendeu a falar. Segundo Cagliari (1998), no livro Alfabetização e Linguística, é preciso que a escola: entenda que as modalidades da língua, caracterizadas por peculiaridades fonológicas, sintáticas e semânticas são determinadas, de um modo geral por fatores estruturais, e familiares. considere as construções e formas de uma variante lingüística divergente da forma culta como erros que precisam ser sinalizados aos alunos. respeite à fala do aluno e ensine a variedade padrão como uma das possibilidades de uso da língua, adequada a determinadas situações. valorize a norma culta e reveja toda a metodologia de ensino a fim de sanar os déficits cognitivos de alunos provenientes de meios socioculturais economicamente desprivilegiados. trabalhe como a homogeneidade dialetal, possibilitando que o aluno tenha consciência da importância de se apropriar do dialeto padrão. 3. Como surgiram os diferentes sotaques do Brasil? Renata Costa (novaescola@fvc.org.br) Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/fundamentos/como-surgiram-diferentes- sotaques-brasil-492066.shtml Acesso em 23 mar. 2015. As origens dos sotaques brasileiros estão na colonização do país feita por vários povos em diferentes momentos históricos. O português, como se sabe, imperou sobre os outros idiomas que chegaram por aqui, mas sofreu influências do holandês, do espanhol, do alemão, do italiano, entre outros. Além disso, havia diferença no idioma português falado entre os colonizadores que chegavam aqui, vindos de várias regiões de Portugal e em distintas décadas. "Os portugueses vinham em ondas, em diferentes épocas. Por isso, o idioma trazido nunca foi uniforme", explica Ataliba Teixeira de Castilho, linguista e filólogo, consultor do Museu da Língua Portuguesa e professor da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp). Os primeiros contatos linguísticos do português no Brasil foram com as línguas indígenas e africanas. "A partir do século XIX, os imigrantes europeus e asiáticos temperaram essa base portuguesa, surgindo o atual conjunto de sotaques", diz o professor Ataliba. É só reparar o sotaque e a região para lembrar os vários imigrantes que contribuíram para a história do país. No Sul, os alemães, italianos e outros povos vindos do leste Roberto Realce Roberto Realce europeu. No Rio Grande do Sul, acrescenta-se a estes a influência dos países de fronteira, de língua espanhola. São Paulo e sua grande comunidade italiana, misturada a pessoas vindas de várias partes do Brasil e do mundo; Pernambuco e os holandeses dos tempos de Mauricio de Nassau. Os exemplos são muitos e provam que os sotaques são parte da história da formação do país. Por isso mesmo, não se pode dizer que haja um sotaque mais "correto" que outro. "Quem acha que fala um português sem sotaque, em geral não se dá conta de que também tem o seu próprio, já que ele caracteriza a variação linguística regional, comum a qualquer língua", afirma o professor. De acordo com a leitura do texto, pode-se depreender que: O conjunto de sotaques no Brasil se deve ao contato com outras línguas; A Língua Portuguesa é homogênea e faz parte da cultura de outros países; O sotaque individual não se caracteriza como variação linguística; Existe um sotaque considerado padrão e que deve ser seguido; Apenas no português falado no Brasil há a predominância de sotaques. 4. Durante as aulas de Língua Portuguesa, o professor deve priorizar uma prática pedagógica que promova o desenvolvimento de várias habilidades, entre elas, a da leitura. Acerca dessa habilidade, julgue os itens que seguem e depois assinale a alternativa CORRETA. I. Uma boa estratégia de leitura para o aluno criar expectativas sobre o texto é, antes de lê-lo, o professor analisar, com eles, elementos como: título, subtítulo, imagens, gráficos, tabelas etc. II. Permitir que o aluno escolha o que ler não é uma prática recomendável, já que o estudante dos anos iniciais não tem condições de saber é bom ou ruim para sua faixa etária. III. Solicitar aos alunos que busquem no texto informações específicas que possam ser relevantes é uma das importantes estratégias de leitura. Assinale se apenas os itens I e III estiverem corretos. se apenas o item I estiver correto. se apenas os itens II e III estiverem corretos. se apenas o item III estiver correto. se apenas os itens I e II estiverem corretos. 5. Segundo Cagliari (2003): "Todo falante nativo usa sua língua conforme as regras próprias de seu dialeto, espelho da comunidade linguística a que está ligado". Sendo assim, é correto afirmar que: As mudanças ocorridas na língua não são percebidas facilmente pelos falantes. Os falantes não se identificam como pertencentes a uma comunidade linguística. As comunidades linguísticas não refletem a fala de seus membros. Cada falante elege a sua forma única de falar. Cada falante constrói e segue as regras próprias de sua comunidade linguística. Roberto Realce Roberto Realce Roberto Realce 6. Leia o fragmento abaixo: "Todo falante nativo usa a língua conforme as regras próprias de seu dialeto, espelho da comunidade lingüística a que está ligado". CAGLIARI, Alfabetização e Linguística.São Paulo: Editora Scipione, 1998 p. 19). Neste sentido, cabe à Escola: interpretar a realidade das crianças e ensinar o dialeto padrão, como o único meio de serem alfabetizadas. fazer uso de exercícios de fixação para ensinar o dialeto padrão, por acreditar que já deveria ser de domínio das crianças. valorizar a escrita ortográfica dos alunos, através de exercícios que possibilitem o domínio das regras sobre o seu funcionamento. criar atividades que valorizarem os diferentes dialetos das comunidades lingüísticas nas quais os alunos estão ligados. partir do abecedário para motivar as crianças a descobrirem o mistério do aprender a escrever. 7. Para um professor trabalhar as variedades de dialeto dos falantes da língua, é necessário que ele conheça as diferençasde vocabulário de cada região. Leia o trecho abaixo: 1 - Ei,bichim... este sol é da moléstia!... 2 - Ô sô, prestenção... esse trem tá quente! 3. Ô guri,... os pampas estão quentes demais! 4. Seguinte, bicho... tá mô solão hoje... 5. Ô meu rei.......que sol arretado!... As falas apresentadas são respectivamente variantes regionais, específicas dos seguintes estados brasileiros: Minas Gerais - Ceará- Bahia- Rio de Janeiro - Rio Grande do Sul Bahia - Minas Gerais - Rio de Janeiro - Rio Grande do Sul - Ceará Minas Gerais - Ceará -Bahia - Rio Grande do Sul - Rio de Janeiro Ceará - Rio de Janeiro - Rio Grande do Sul - Minas Gerais - Bahia Ceará - Minas Gerais - Rio Grande do Sul - Rio de Janeiro - Bahia 8. Leia o trecho abaixo: "A língua portuguesa, como qualquer língua, tem o certo e o errado somente em relação à sua estrutura. Com relação a seu uso pelas comunidades falantes, não existe o certo e o errado linguisticamente falando, mas o diferente." (CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & Linguística.São Paulo: Scipione, 2008. p.35) A afirmativa que está de acordo com esse trecho é: Roberto Realce Roberto Realce Para a escola, a variação linguística deve ser vista como uma questão gramatical. Com relação ao dialeto existem diferentes registros de fala, que devem ser considerados errados pela escola. A noção de certo e errado tem de persistir sempre , mesmo considerando as diferenças de dialeto. A gramática normativa da língua, que estabelece as regras de uso linguístico, não pode aceitar as diferenças de dialeto para manter suas regras. Com relação ao dialeto existem diferentes registros de fala, adequados a cada comunidade falante. Roberto Realce
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