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Paper - Trabalho acadêmico - O princípio da presunção de inocência e a possibilidade de prisão a partir da condenação

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INQUÉRITO POLICIAL
Franciele Fátima Giachini
Prof. Miguel Kerbes
Associação Educacional Frei Nivaldo Liebel – Celer Faculdades
Curso de Direito (DIR16)– Direito Processual Penal I
Paper - Trabalho acadêmico - O princípio da presunção de inocência e a possibilidade de prisão a partir da condenação criminal em segunda instância (HC 126.292 DO STF).
O art. 5º, LVII da Constituição Federal do Brasil (CF), diz que ninguém é considerado culpado antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória, que é a última fase do processo. Ou seja, ninguém será considerado culpado até que o Estado prove a culpabilidade, permitindo que este se defenda, e não tenha sua liberdade privada.
O Princípio da Presunção de Inocência, previsto na Constituição Federal do Brasil (CF), e confirmado por tratados e convenções internacionais, como: a Declaração dos Direitos dos Homens e dos Cidadãos, de 1971 que afirmava no art. 11: “Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não se prova sua culpabilidade, de acordo com a lei e em processo público no qual se assegurem todas as garantias necessárias para sua defesa”, da mesma forma, na Convenção Americana sobre Direitos Humanos de 1969, também nominada de Pacto de São José da Costa Rica, cujo item 2, do art. 8º, diz: “toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa”.
O Princípio da Presunção de Inocência visa respeitar e proteger um direito humano fundamental que é a liberdade. É claro que o estado tem o direito e dever de punir os indivíduos que cometem atos ilícitos, porem esse direito e dever de punir deve respeitar a liberdade pessoal, um bem jurídico do qual o cidadão não pode ser privado, pois é um direito garantido constitucionalmente. E quando esta liberdade é violada podemos nos utilizar do Habeas Corpus (HC), que um remédio constitucional, utilizado para proteger o direito de ir e vir ou daqueles que sentem que este direito encontra-se ameaçado. A constituição federal do Brasil adotou a Presunção de Inocência como um dos princípios basilares do Direito, responsável por tutelar a liberdade dos indivíduos.
Na constituição ainda temos dois incisos do artigo 5º onde diz no seu inciso LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; e no seu inciso LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; ou seja, a liberdade não pode ser ameaçada ou privada, senão dentro dos limites da lei.
 Ao negar o Habeas Corpus na sessão do dia 17/02/2016, por maioria de votos no Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Entender-se-á que a possibilidade de início da execução da pena condenatória após a confirmação da sentença em segundo grau, e que não ofende o princípio constitucional da presunção da inocência. A vários países que seguem o sistema do “duplo grau de jurisdição”, pois o direito internacional deixa que cada país regule o direito a presunção da inocência ao seu modo, de acordo com o seu ordenamento jurídico, a única exigência internacional é que a presunção da inocência seja observada, como corolário lógico da dignidade da pessoa. E como podemos apreciar diante o exposto é que  Constituição Federal brasileira adotou o sistema do trânsito em julgado da decisão condenatória. 
Através deste breve estudo sobre Presunção de Inocência conseguimos perceber que a decisão adotada STF, além de ferir um direito humano fundamental, neste caso o da liberdade, fere a constituição, onde assegura esse direito no seu artigo 5ºinciso, LVII, e a da liberdade no inciso LXI, além disso foi privado do remédio constitucional que é o Habeas Corpus (HC). Tendo visto o relatado essa decisão é um retrocesso nos direitos assegurados constitucionalmente, sendo assim foi uma decisão inconstitucional.

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