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Lucas Silva Resumo de cirurgia AV2 Cirurgia de dente incluso 1.0 Introdução - Quando impactado no osso; - Pode ser: - Intraosseo (totalmente intraosseo); - Submucosa (Abaixo da mucosa); - Semi-retido (parcialmente erupcionado). - Inclusão do terceiro molar ou anodontia podem ser hereditárias; 1.1 Dente incluso - Causa idiopática; - Está verticalizado; - Está com espaço porem não erupcionado 2.1 Classificação quanto a angulação - Mesioangulado - Distoangulado - Vertical - Horizontal 2.2 Classificação do terceiro molar (George Winter) - Vertical; - Horizontal - Mesioangulado; - Distoangulado; - Vestíbulo angular; - Línguo angular; - Oclusão rara —> coroa voltada para o ângulo da mandíbula 2.3 Classificação de Gregory e Pell (1933) - Classe I: Dente está a frente do ramo da mandíbula - Classe II: Parte a frente do ramo e a outra parte no corpo da mandíbula; - Classe III: Dente está todo no ramo da mandíbula. Página � de �1 9 2.4 Posição - Posição A: altura igual (2M = 3M); - Posição B: terceiro molar na região cervical do segundo molar; - Posição C: terceiro molar abaixo da cervical do segundo. 3.0 Incisão na arcada inferior 3.1 Instrumentos utilizados - Cabo de bisturi número 3 com lâmina 15; - Afastador de minessota; - Descolado de Molt; - Para papila lâmina 11; - Para arcada superior lâmina 12 3.2 Em relação aos tipos de retalhos mais utilizados em cirurgia de 3º molar incluso, destacamos: 3.2.1 Retalho em - Deve se tomar cuidado para que a incisão não seja direcionada para a região lingual, onde o bisturi cairia no vazio, pelofato da mandíbula não seguir o contorno do arco dentário); Terence Ward (vai até distal do segundo molar); Terence ward modificada (vai até distal do primeiro molar) **Descolar sempre pelos vértices das incisões; ** Dar o ponto sempre pelos vértices das incisões (ponto intrapapilar); 3.2.2 Retalho em envelope (não pode ter incisão vertical); - Quando o dente estiver intraosseo, sempre deve-se começar 2 dentes a frente 4.0 Incisão na arcada superior 4.1 Retalho em L - Acompanha o osso e vai até a distal do primeiro molar. - Incisão de Newman (retalho em envelope) (?) 5.0 Osteotomia - Deve ser iniciada na região distovestibular do 2º molar até a distal do 3º molar; - Utiliza-se a broca esférica de aço 6 ou 8 para cortar osso; - Utiliza-se a broca zecrya para cortar o dente; - Cinzel monobiselado para cortar osso; - Cinzel biselado (?) para cortar dente; - Para cortar a maxila —> pinça goiva, broca baixa rotação irrigada com soro; 6.0 Odontosecção - Visa separar a coroa das raízes; - Não deve ser completada através da ação da broca, esta deve apenas criar um sulco no dente que se estenda até 2/3 do seu diâmetro vestíbulolingual; 7.0 Exodontia - Retirar o dente do alvéolo por meio de alavancas; Homeostasia e Síntese 1.0 Hemostasia - Tem por objetivo impedir ou coibir a hemorragia - Tipos: - Preventiva; - Temporária; - Definitiva. 1.1 Hemostasia preventiva - Compressão: - Pressionas-se com o polegar no trajeto vascular contra a superfície Página � de �2 9 - Garroteamento: - Faixa de Esmarch: enrolada no membro a ser operado; - Manguito pneumático: à distância, em locais com pouca massa muscular - Ação farmacológica: - Via sistêmica ou local; - Sistêmica: - Hipotensão controlada; - Fármacos para corrigir distúrbios da coagulação; - Local: - Vasoconstritores; 1.2 Hemostasia definitiva - Quase sempre cruenta, interrompe para sempre a circulação sanguínea no vaso sobre o qual é aplicada - Ligadura: amarração os vasos com fios cirúrgicos; - Cauterização: Consiste na parada de sangramento de um vaso provocada pela formação de um coágulo com aplicação de agentes físicos como: - Calor: termocautério; - Eletricidade: eletrocautério - Ou com substâncias químicas: quimiocautério - Fotocoagulação: aplicada luz monocromática, o que permite a seletividade do seu uso de acordo com a absorção do tecido que se quer atingir; - Sutura: englobam os vasos com finalidade hemostática; - Grampeamento: - Grampos metálicos: aço ou titânio; - Grampos absorvíveis: digeridos pelo organismo - Obturação: aplicação de substâncias exógenas para ocluir a luz do vaso. Agem aderindo-se firmemente ao local, provocando obturação mecânica. Absorvidas posteriormente. Exemplos: - Ceras para tecido ósseo; - Esponjas de gelatina; - Celulose oxidada - Tamponamento: - Compressão da área sangrante com gaze - **Tamponamento suturado: óxido de zinco + fibras de algodão, suturados no alvéolo com hemorragia rebelde (fatinorragia) 2.0 Síntese cirúrgica - Consiste na aproximação das bordas dos tecidos e mantê-los próximos por materiais que resistam a trações (fios, grampos metálicos ou absorvíveis); 2.1 Instrumentos para síntese - Oferece conforto ao cirurgião e melhor condução da agulha curva - Porta agulha castroviejo com Vidia; - Porta agulha Mayo Hegar com Vidia 2.2 Tipos de Fios - Absorvíveis: - Orgânicos: Quase sempre tem origem na camada serosa de intestinos de animais; - Seda: Tipo de fio animal; - monofilamentar ou multifilamentar - Vantagens: força tensional; não irritante; barato; esterilização; nó firme; cicatrização; - Desvantagens: infecções; tempo operatório; corpo estranho - Sintéticos: obtidos de polímeros extraídos de ácidos orgânicos; 2.3 Nós - De fácil execução; - Evitam que o fio se solte. 2.4 Síntese sem suturas - Aproximação das bordas com fitas de rayon ou material dotado de microporos e aderentes por acrilatos. Página � de �3 9 3.0 Detalhes que fazem a diferença - Após a exodontia: verificar a integridade do dente extraído; - Curetagem: Não só para remoção de prováveis focos periapicais ou periodontais, ou como também para remoção de esquílulas ósseas produzidas pela osteotomia, seja qual for o método empregado; - Irrigação: Ferida cirúrgica deve ser abundantemente irrigada com soro fisiológico estéril a fim de eliminar ocasionais fragmentos de tecido dental ou cálculo, reduzindo o risco de alveolite pós exodontia; - Compressão do alvéolo; - Controle da formação do coágulo; - Colocação da gaze umedecida; - Eliminação do excesso de tecidos moles; - Preparo da região a ser suturada: - Plastia; - Quebra das tensões teciduais (divulsão); - Limpeza Incisões Cirúrgicas na Cavidade Bucal 1.0 Incisões em cirurgias bucais (retalhos) - Técnicas exodônticas a retalhos: - Extrações abertas; - Extrações com alveoloplastias; - Extrações cirúrgicas; - Definição: consiste em colocar-se descoberto o processo alveolar e extrair o dente por meio de ostectomia da tábua óssea vestibular. - Técnica Iª —> exodontia a fórceps; - Técnica IIª —> exodontia com alavancas; - Técnica IIIª —> de Grazianni; - Indicações: - Dentes fraturados durante extração tornando-se impossível sua remoção por via alveolar; - Dentes com hipercementose; - Dentes com anomalias radiculares = divergências ou convergências; - Dentes portadores de enfermidades periapicais que necessitem de uma curetagem rigorosa; - Dentes retidos 2.0 Marcação da incisão - A posição da incisão pode ser desenhada ou riscada na mucosa bucal para orientar a diérese (lápis demográfico ou tinturas). 3.0 Incisão - Feita com instrumentos de corte, promovendo o seccionamento dos tecidos 4.0 Secção - Ato de cortar com bisturi (lâmina), tesoura, serra, ultra-som, raios laser 5.0 Técnica da secção da mucosa bucal - O retalho deve ser amplo para permitir uma boa visibilidade e planejamento com uma margem de segurança; - 5.1 Quanto a direção:- Retilíneas; - Anguladas; - Curvas 5.2 Quanto ao sentido: - De distal para proximal nas incisões transversais; - Da papila para o teto ou fundo de vestíbulo; 5.3 Incisão magistral - Executada em um único tempo ***Tipos de retalho mais usados para excisão do terceiro molar: retalho em envelope; e em L 5.4 Retalho em envelope - Inferior Página � de �4 9 5.5 Retalho em L - Inferior 5.6 Incisão de Terence Ward - Incisão vertical na mucosa próxima à distal do segundo molar até junção da mucosa inserida com a jugal e a incisão horizontal, inclinada até a região retro-molar; - Incisão horizontal de trás para frente, de fora para dentro (vestibular para lingual) e vertical na altura da distal do 2º molar; - Incisão pouco ampla, dificulta a visualização e o trabalho cirúrgico; - O retalho cirúrgico quando suturado repousa sobre de espaço vazio da osteotomia (descência de sutura e necrose do retalho - base pequena). 5.7 Incisão de Terence Ward Modificada - Incisão horizontal é realizada na papila interproximal de segundo e primeiro molar inferior até a junção da mucosa inserida com a jugal; - Incisão horizontal de trás para frente, de fora para dentro (vestibular para lingual) e vertical na altura da mesial do 2º molar (a mais indicada para cirurgia de 3os molares inferiores retidos) **Incisão horizontal —> ERRADA 6.0 Incisão e osteotomia 6.1 Superior - Retalho em L - superior (Newman) - Incisão de Newman (triangular): Uma incisão horizontal e uma vertical - Vertical: do teto do vestíbulo até a papila interproximal, um dente a frente da área a ser trabalhada; - Horizontal: contornando os elementos dentários ou acompanhando o meio do rebordo alveolar, no mínimo um dente atrás da área a ser trabalhada. - ** A base do retalho deve ser ampla para preservar a nutrição e a inervação do mesmo; - ** O retalho deve ser muco-perióstio (preserva a futura nutrição sangüínea do osso). - Incisão de Newman modificada - Incisão horizontal 3/5 mm acima das papilas; - ** Cirurgia de raízes (exodontias); - ** Cirurgia paraendodonticas (curetagens e apicectomias); - ** Preservação da papila em trabalhos protéticos; - ** Ostectomia com pinça goiva, baixa rotação (maxila), baixa rotação e cinzel e martelo, alta rotação (mandíbula); - ** Primeiro ponto no vértice do retalho e quantos mais necessários - Incisão de Novak (trapezoidal): horizontal e duas verticais para dentes ântero- superiores - Base do retalho ampla; - Incisões verticais inclinadas para a distal; - Retalho muco-periósteo Página � de �5 9 - ** Os primeiros pontos nos vértices da ferida cirúrgica (a sutura do retalho horizontal poderá ser intra-papilar); - ** INCISÃO DE WASSMUND – incisão horizontal 3/5 mm acima das papilas, e as verticais iguais as da Incisão de Novak. - Incisão Semi-lunar ou de Partsch: incisão em forma de arco com concavidade voltada para os ápices dentários; - ** Incisão de Fischer: concavidade voltada para a coroa dos dentes - Incisão Caldwell-Luc: antrotomia maxilar - **Abertura do seio maxilar para retirada de corpos estranhos (dentes), tumores (benignos ou malignos), cistos, etc; - Incisão de Dorrance: No palato (cirurgias de torus); - Incisão que possui forma de dois Y unidos pelas bases; - ** Não se aconselha incisão transversal no palato, porque poderá lesar artérias e nervos oriundos do forame palatino posterior; - ** O nervo naso-palatino poderá ser seccionado em incisões com descolamento da mucosa palatina anterior. Página � de �6 9 - Incisão linear ou horizontal ou sulcular - Incisão executada sob as papilas da mucosa palatal ou lingual. (na vestibular, incisão em envelope); * Retalho palatal * Retalho lingual 6.2 Acessos cirúrgicos para a mandíbula - É intrabucal; 6.2.1 Incisão anterior * Incisão curvilínea de canino a canino * Mandíbula anterior exposta 6.2.2 Incisão Posterior * Dissecação subperiosteal do ramo * Incisão para exposição do ramo Página � de �7 9 6.3 Acessos cirúrgicos para a maxila - É intrabucal; - A incisão é realizada de 3 a 5 mm acima da junção mucogengival. 6.4 Incisão na língua - Deve se ter cuidado para não atingir nervo e artéria; - Cirurgias de macroglossias; - Cirurgia de língua bifida; 7.0 Sutura - Dividir a ferida em 1/3 para não sobrar tecido; - 1º ponto e 2º ponto nas extremidades; - 3º ponto sempre no terço médio e os demais entre 1º e 3º e 2º e 3º. - Na retirada do ponto (sutura) deve-se cortar o fio o mais próximo possível da ferida e removê-lo pelo lado direito. Para que não haja contaminação da lesão internamente por resíduos existentes no fio.; COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS 1.0 Introdução - Diferença entre acidentes e complicações: - Acidente: acontecimento casual; - Complicações: Embraraço; - Somente um estudo radiográfico prévio permitirá um correto planejamento da técnica cirúrgica e previnirá o operador contra possíveis insucessos; 2.0 Principais acidentes e complicações - Algias pós operatórias; - Alveolite; - Comunicação buco-nasal e buco-sinusal; - Lesão de nervos sensitivos e motores; - Penetração de corpos estranhos; - Fratura radicular; - Hemorragia bucal; 2.1 Algias pós operatórias - É causada por: - traumatismo; - edemas; - fratura óssea não-reparada; - remanescentes de corpos estranhos 2.2 Alveolite - Etiologia: - Hiperaquecimento do dente; - Falta de coágulo; - Fatores irritativos locais; - Fatores sistêmicos 2.3 Comunicação buconasal - Etiologia: - Intimidade do terço apical dos dentes ântero-superiores com a fossa nasal; Página � de �8 9 - Dentes anteriores inclusos; - Lesão extensa; - (Troca de ar entre as cavidades ou introdução de um instrumento fino); 2.3 Comunicação bucosinusal - Etiologia: - Intimidade do terço apical dos dentes póstero-superiores com o seio maxilar; - Perfuração da mucosa sinusal por instrumento operatório; - Fratura óssea; - Lesões volumosas; - Alveolotomia posterior; - Pneumatização sinusal; 2.4 Lesões de nervos - Sensitivos - Resulta em parestesia, uma redução de sensibilidade; - Nervos mais afetados: - N. alveolar inferior; - N. nasopalatino - Motores - Resulta em paralisia, a eliminação da mobilização muscular; - Nervos mais afetados: - N. do ramo facial 2.5 Penetração de corpos estranhos nas vias aéreas - Uso inadequado de instrumental; - Posição cirúrgica do paciente inadequada; - Há possiblidade de fragmentos penetrarem na laringe, na traqueia ou nos brônquios; 2.6 Penetração de corpos estranhos no seio maxilar 2.7 Hemorragias Locais - Disturbios vasculares, plaquetários, plasmáticos ou de fibrinólise; - Incisão mal planejada; - Irritações crônicas; - Fraturas e acidentes Página � de �9 9