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Curso de Medicina da FTC Transcrições e Anotações de Histologia II Discente: Matheus Lins | Docente: Adriana Moura Histologia Renal + Sistema Urinário Observações: Informações retiradas da aula de Histologia. 1. Informações retiradas do livro Histologia – Ross, Pawlina 6ºed. O rim é revestido por uma cápsula, que possui uma camada externa composta de uma camada mais externa de fibroblastos e fibras colágenas e uma camada interna de miofibroblastos (que são responsáveis pela leve capacidade contrátil para se contrapor uma distensão do órgão). 1. A cápsula penetra no hilo onde forma a cobertura de tecido conjuntivo do seio e se torna contínua com o tecido conjuntivo, formando as paredes dos cálices e da pelve renal. O córtex é caracterizado histologicamente por corpúsculos renais (que são os segmentos iniciais do néfron, incluindo o glomérulo), pelo raio medular ou de Ferrein (de característica reta na lâmina, na qual contém túbulos retos e ductos coletores) e pelo labirinto cortical (região confusa na lâmina, na qual possui os túbulos contorcidos). A região entre as pirâmides renais é histologicamente igual ao córtex, mas caracterizado como medula, pois não há presença de corpúsculos. Divisão em Lobos Renais: É a junção da pirâmide medular e o seu tecido cortical associado. Lóbulo Renal: Um lóbulo renal consiste na região de um ducto coletor e todos os néfrons que ele drena. Os ductos coletores se abrem na área crivosa que então o seu conteúdo é “drenado” para o cálice menor. 1. O néfron é a unidade funcional do rim, ele é constituído pelo corpúsculo renal, que consiste em um glomérulo (tufo de capilares), circundados por um capuz epitelial de duas camadas – a Cápsula de Bowman. Essa cápsula é por onde o sangue flui através dos capilares glomerulares para produzir o ultrafiltrado glomerular, que NÃO é sinônimo de urina. O local onde as A. aferentes/eferentes penetram/saem da camada parietal da cápsula de Bowman é chamado de polo vascular e por onde o túbulo contorcido distal começa com o ultrafiltrado é o polo urinário. Os néfrons são de dois tipos: i.Néfrons Corticais: Seus corpúsculos estão localizados na parte externa do córtex, tem alças de Henle mais curtas e se estendem até a parte externa da medula. ii. Néfrons Justamedulares: Seus corpúsculos ocorrem em proximidade À base de uma pirâmide medular, tem alças de Henle mais longas e segmentos ascendentes delgados longos que se estendem para dentro da região interna da pirâmide. O folheto parietal é formado pelos podócitos, e o parietal por células pavimentosas. O capilar glomerular é fenestrado. O podócito protege o endotélio, ou seja, eles se contrapõem as forças de distensão que agem sobre os capilares. A lâmina basal do capilar fenestrado e a lâmina basal da célula podocitária formam a membrana. E entre os podócitos existe a fenda de filtração, local de facilidade para substâncias atravessarem, mas são cobertas por um ultrafino chamado de diafragma da fenda de filtração, que é uma importante proteína transmembrana estrutural do diafragma. 1. A regulação e a manutenção do citoesqueleto de actina dos podócitos surgem como processo fundamental para regular o tamanho, a permeabilidade e a seletividade das fendas de filtração, mutações nos genes da nefrina – NPHS1 estão associados à S.Nefrótica Congênita, patologia caracterizada por proteinúria maciça/nefrótica e edema. Curso de Medicina da FTC Transcrições e Anotações de Histologia II Discente: Matheus Lins | Docente: Adriana Moura 1. A célula mesangial glomerular junto com sua matriz constitui o mesângio. Estão localizadas fora do corpúsculo ao longo do polo vascular e fazem parte do aparelho justaglomerular. Suas funções são: o Fagocitose: removem os resíduos aprisionados ao diafragma da fenda de filtração. o Dão suporte estrutural ao produzirem componentes da matriz mesangial que dão suporte aos podócitos onde a membrana basal epitelial é ausente. o Proliferam em determinadas patologias principalmente quando quantidades anormais de proteínas e de complexos são aprisionados na MBG, como na Doença de Berger (Nefropatia por IgA), glomerulonefrinite membranosas,nefrobatia diabética... o Tem receptores para o hormônio natriurético - vasodilatador e angiotensina II – vasoconstritor. A célula mesangial extraglomerular só sabe-se que ajuda a mesangial glomerular ou apenas mesangial a produzir matriz mesangial. A mácula densa está em proximidade ao túbulo contorcido distal e em conjunto com as células justaglomerulares (células modificadas a partir da túnica média da artéria) formam o aparelho justaglomerular. Na baixa ingestão de sódio ou em determinadas patologias que diminuam o volume de sangue circulante, as células JG são responsáveis pela liberação da renina. Ou seja, as células da mácula densa monitoram as concentrações de sódio no líquido tubular. Túbulo Contorcido Proximal é o principal local inicial de reabsorção. Suas células são mais espessas devido à presença de mitocrôndias em grandes quantidades, que servem para fornecer à célula energia (ATP) para realizar o transporte das substâncias. Suas células são cúbicas, com uma borda em escova com microvilosidades longas e dispostas, além de um complexo juncional constituído de uma zônula de adesão. 1. Duas principais proteínas são responsáveis pela reabsorção de líquido nos túbulos contorcidos proximais: a. Bomba de Na+/K+ - ATPase: localizadas nas pregas laterais, são responsáveis pela reabsorção de Na+, que é a principal força impulsionadora para a reabsorção de água no túbulo contorcido proximal. O transporte ativo de Na+ é seguido pela difusão passiva de Cl- para manter a neutralidade eletroquímica. b. AQP-1: Funciona como canal de água molecular na membrana celular dos túbulos contorcidos proximais, sem necessitar de um alto nível de energia como o necessário das bombas ativas. OBS: O túbulo contorcido reabsorve aminoácidos, açucares e polipeptídeos. Sendo que a reabsorção de aminoácidos e glicose depende do transporte ativo de Na+. As proteínas sofrem endocitose ao ligarem-se ao glicocálice que reveste a membrana plasmática das invaginações, então vesículas endocitarias brotam e se fundem ao citoplasma formando endossomos. Então formam-se lisossomos e as proteínas são degradadas, e os aminoácidos são reciclados na circulação através do compartimento intercelular. Alça de Henle: o Ramo descedente espesso da Alça: Não são especializados em absorção, possuem borda em escova menos desenvolvida e prolongamentos laterais e basolaterais menos complexos e em menor número. o Ramo descendente delgado da Alça: Altamente permeável a água e menos permeável a substâncias como NaCl e ureia. Vários tipos celulares estão presentes. o Segmento ascendente delgado: Não realiza transporte ativo de íons, mas é altamente permeável ao NaCl, permitindo sua difusão passiva pra dentro do interstício. O Cl- se difunde para dentro do interstício através do gradiente de concentração. É impermeável a água, logo à medida que a concentração de sal aumenta no interstício, o mesmo se torna hiperosmótico e o líquido hiposmótico. As células epiteliais que revestem o ramo ascendente produzem uma proteína chamada de uromodulina (p. de Tamm-Horsfall) que influencia na reabsorção de NaCl e também modula a adesão celular e inebe a agregação de cristais de cálcio que poderiam formar cálculos renais. Curso de Medicina da FTC Transcrições e Anotações de Histologia IIDiscente: Matheus Lins | Docente: Adriana Moura Túbulo reto distal – ascendente espesso: Sua membrana apical possui simportes que Na+, Cl-, K+ entrem na célula provenientes da luz, enquanto que na sua membrana basolateral existem diversas bombas de Na+/K+-ATPase para bombear o Na+. Suas células são cúbicas baixas com poucos microvilos, poucas interdigitações e presença de zonas de oclusão. Túbulo Contorcido Distal: células menores, sem borda em escova, com invaginações da membrana basolateral e a presença da mácula densa. A troca de Na+ por K+ é influenciada pela aldosterona, existe ainda a reabsorção de íons bicarbonato com secreção de H+ e secreção de amônia. Túbulo Coletor: São compostos de epitélio simples com células achatadas (observação: os ductos coletores medulares as células são cúbicas mudando para colunares). Existem dois tipos celulares: o Células Principais: células com núcleo central, prolongamentos verdadeiros, com um único cílio e quantidade pequena de vilosidades, além de poucas mitocôndrias. São abundantes de canais de água regulados pelo hormônio ADH, a AQP-2 e a AQP-3 E 4 que estão presentes na membrana basolateral. o Células Intercalares: são células de citoplasma mais denso, com muitas mitocôndrias. Estão envolvidas na secreção de H+ (Células alfa) e bicarbonato (células beta). O ADH aumenta a permeabilidade do ducto coletor à água, produzindo urina mais concentrada, ele age na AQP-2 ligando aos receptores e causando as ações: 1. Translocação das vesículas intracitoplasmáticas com AQP-2 para a superfície apical (Curto prazo). 2. Síntese de mais AQP-2 (longo prazo). Ureter possui um epitélio de transição, variando no seu número de camadas, a partir da sua capacidade de acomodarem à distensão. É altamente impermeável aos sais e água a partir de placas proteicas serodrosidias. A submucosa é ausente, e depois da mucosa existe a muscular de músculo liso com a circular externa e longitudinal interna (ao contrário do habitual). A bexiga é um reservatório distensível, contendendo três aberturas. O músculo liso da parede vesical forma o músculo detrusor. Suas células são arredondadas, em forma de cúpula. VER PRANCHAS 74-79 no HISTOLOGIA – ROSS, para revisar.
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