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Slides Penal I Estacio ATÉ AULA 8 (1)

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Direito Penal I
Estácio 
Professora Beatriz Abraão
www.beatrizabraao.com.br
Email: beatriz@beatrizabraao.com.br
Aula 1 - Evolução Histórica do Direito Penal
• Introdução
• Pré-história
• Grécia Antiga
– Sócrates
• Roma Antiga
– Jesus
• Idade Média
• Beccaria
• Positivismo
– Lombroso
• Escolas Ecléticas
• Crítica do direito penal
• Paradigma sociológico da criminologia
– Labelling approach
Direito Penal Brasileiro
Aula 2 - Princípios Penais
Princípios Explícitos:
– Dignidade humana
– Legalidade
– Reserva legal
– Igualdade
– Intranscedência
– Individualização da pena
Princípios Implícitos:
– Culpabilidade
– Responsabilidade subjetiva
– Insignificância
– A teoria da adequação social
– Lesividade
– Intervenção mínima
– Proporcionalidade
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. APLICAÇÃO DA LEI PENAL EM
RELAÇÃO AO TEMPO, AO LUGAR E ÀS PESSOAS. FRAÇÕES
NÃO COMPUTÁVEIS DE PENA. APLICAÇÃO DA PARTE GERAL À
LEGISLAÇÃO ESPECIAL. CONFLITO APARENTE DE NORMAS.
1 – Princípio da Legalidade: para que uma conduta seja
considerada como crime, a lei tem que prever, o mesmo
ocorrendo em relação à pena.
Art. 1º do CP: não há crime sem lei anterior que o
defina; não há pena sem prévia cominação legal.
1.1 – Princípio da anterioridade: segundo o qual uma
pessoa só pode ser punida se, à época do fato por ela
praticado, já estava em vigor a lei que descrevia o
delito. O mesmo ocorre em relação à pena, que
somente poderá ser aplicada se antes houver sido
cominada a alguma conduta estabelecida como crime.
1.2 – Princípio da reserva legal: segundo o qual apenas
a lei pode descrever condutas criminosas. É vedado ao
legislador utilizar-se de decretos, medidas provisórias
ou outras formas legislativas para incriminar condutas.
Princípio da proporcionalidade
• Lei de talião
• Escolha de bens jurídicos e mensuração da pena
• Desproporções
– Homicídio culposo x lesão seguida de morte
– Lesão culposa x furto simples
– Deixar alguém tetraplégico x roubo relógio
– Art. 273, CP
– Dano x furto
– Pena do tráfico de drogas
• Proporções
– Lesão corporal
– Crimes contra honra
– Furto e roubo
Princípio da Dignidade Humana 
(Humanidade) 
• Consequência jurídica
• Art. 5º., III, XLVII, XLIX, CF
• Art. 5º. da DUDH.
• Penas cruéis, degradantes, infamantes, tortura, maus tratos, estrutura 
carcerária
– RDD
• Pena de morte
• Pena de prisão perpétua
• Pena de trabalhos forçados
• Pena de banimento
Princípio da igualdade
• Art. 5º., caput, I, XLI, XLII e 7º., XXX, CF.
• Art. 3º., IV, CF.
• DUDH: art. 7º.
• Igualdade formal e material
Princípio da intranscendência da pena
• Tiradentes
• Art. 5º., XLV, CF.
• Transcendência midiática
• Auxílio-reclusão
• *Pensão alimentícia
• Princípio da individualização da pena
Princípio da culpabilidade
• “Nullum crimen sine culpa”
• Livre-arbítrio
• Direito e moral
• Autor do fato ou fato do autor?
• Direito penal do inimigo
• Funções da culpabilidade
• Fundamenta a pena
• Limita a pena
Princípio da Insignificância 
• Princípio supra-legal, implícito.
• Claus Roxin, 1964.
• Exclui tipicidade material penal
• Restrições
• Porte de droga
• Delitos tributários
• Princípio da irrelevância penal do fato
* A teoria da adequação social
• Pirataria CD / DVD
• Casa de prostituição
• Apontador do jogo do bicho
– O Risco no moderno direito penal
• Proibido, intolerável: inadequado socialmente;
• Criado ou incrementado: imputação objetiva
• Juridicamente irrelevante: insignificante
• Aprovado socialmente: adequado socialmente
• Permitido: risco social normal 
Princípio da lesividade
• “Non omne quod licet honestum est.”
• Lesividade a bens jurídicos de terceiros 
• Não à moral de terceiros
• Atitudes internas
• “cogitatio criminis”
• Estados
• Condutas “socialmente desviadas”
• Escolhas dos bens jurídicos
• Crimes de perigo abstrato: porte de arma / condução veículo 
estando embriagado
Princípio da Intervenção Mínima
(Fragmentariedade / subsidiariedade)
• Fato x Pena
• “Minima non curat praetor”
• “Ultima ratio”  “Ratio extrema”
• Teoria dos círculos concêntricos
• Proporção e necessidade
Aula 3 - Fontes do direito penal
• Art. 22, I, CF; Ver art. 22, §ú, CF. 
• Fonte direta (imediata) / indireta (mediata)
• Interpretação e integração
• Analogia, costumes, princípios gerais do direito
• Fonte material e formal
• Analogia e interpretação analógica
• Ler CF – Princípios.
Lei, Norma e Tipo Penal
• Lei penal, exs. Arts. 1o., 24, 121, CP
• Norma penal: impõe o comportamento. A lei penal é 
o veículo da norma penal.
• Tipo penal: lei + desaprovação da conduta + 
desaprovação do resultado + imputação objetiva do 
resultado
• Tipicidade (formal e material)
• Lei penal em branco (própria / imprópria / ao revés 
ou invertida)
• Lei penal em branco e tipo penal aberto
Interpretação da lei penal
• Legal ex. art. 150, § 4º., 327, CP
• Doutrinária ex. exposição de motivos, “communis opinium doctorum”
• Jurisprudencial 
Sujeito
• Gramatical ex.: cheque
• Teleológica “ratio legis” 
• Histórica, sistemática etc.Meio
• Declarativa – diz o exato art. 288 (mais de 3)
• Extensiva – diz a menos ex.: art. 235, CP (poligamia / poliandria)
• Restritiva – diz a mais art. 28, I e II c/c art. 26, CP
• Analógica (modalidade da extensiva) – a lei manda comparar. Ex.: 121, §
2º., IV, CP
Resultado 
Como se deve interpretar a lei penal?
• Restritivamente
• “In dubio pro reo”
Interpretação analógica e Analogia
Interpretação analógica Analogia 
Forma de interpretar a lei Forma de integrar a lei
Não há lacuna na lei Há lacuna na lei
Aplicável quando a lei determina Só é possível in bonam partem
Às vezes a própria lei pretende que a 
ausência de previsão legislativa seja 
suprimida pela analogia
A regra é que não haja a aplicação da 
analogia em Direito Penal porque a lei 
penal não admite lacunas 
A voluntas legis pretende que a norma 
abranja os casos semelhantes por ela (a 
lei) regulados.
É a aplicação de uma hipótese não 
prevista em lei a disposição relativa a um 
caso semelhante
Ex.: art. 28, II (efeitos análogos); 61, c e e; 
71; 121, § 2º., III e IV; 146; 147; 157; etc.
Ex.: 66, 181, I e 348, § 2º. (Concubina)
que não admite, e 343 e 198.
* É proibida a analogia in malam partem
Conflito Aparente de Normas Penais: 
Princípios 
Especialidade Subsidiariedade
Consunção ou 
absorção
Alternatividade
Especialidade ex.: 123 x 121, CP; 121 CP ou CTN?
Subsidiariedade, ex. expressos: 132; 163, parágrafo único, II; 238; 239; 
245. “Soldado de reserva”, Nelson Hungria (NORMAS)
Consunção ou absorção, ex.: 157=155+129 ou 147, CP; Tentativa e 
consumação; ver súmula 17, STJ (FATOS)
Alternatividade, ex.: art. 33, lei 11.343/06, 122, CP
Conflito Aparente de Normas
• Subsidiariedade: comparam-se normas, Tipo
art. 121 contém o art. 129, CP. Outros
exemplos: arts. 249 e 307. Implícito: 213 (já
tem o 146); 155 c/c 163 é 155 qualificado.
• Consunção: comparam-se fatos. Fases.
• Art. 150 para o 155; porte de arma para 121.
Conflito Aparente de Normas
Especialidade
Lex specialis
derogat legi
generali
Elemento 
especializador
Roubo/furto; 
qualificadoras; art. 334 e 
art. 33, 11.343/06.
Subsidiariedade
Lex primaria derogat legi
subsidiariae
Fases diferentes, 
graus diferentes
Expor a vida de outrem a perigo e 
tentativa de homicídio; lesão e 
homicídio
Consunção ou 
absorção
Lex concumes
derogat legi
consumptae
Meio x fim “ne bis in 
idem”
Violação de domicílio e furto; falsificação e 
estelionato; tentativa e consumação
AlternatividadeUm tipo com duas condutas 
(elemento objetivo)
Art. 122; art. 33, 11.343/06.
Aula 4 - Eficácia da lei penal
Tempo
Espaço
Prerrogativas Funcionais
Lei Penal no Tempo
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei
posterior deixa de considerar crime, cessando em
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores,
ainda que decididos por sentença condenatória
transitada em julgado.
4.1 – Irretroatividade da lei penal: em regra a
lei não é aplicada a fatos anteriores à sua
vigência, ou seja, a lei não retroage;
4.2 – Retroatividade da lei penal: de acordo
com o § 2º do art. 2º, a lei que de alguma
forma favoreça o acusado, retroagirá. (vide
art. 5º XL da Constituição).
4.3 – Hipóteses de conflitos de leis penais no tempo
– Abolitio criminis: pode ocorrer que uma lei posterior
deixe de considerar como infração um fato que era
anteriormente punido. É a abolitio criminis, hipótese do
art. 2º, caput, do CP: a lei nova retira do campo da
ilicitude penal a conduta precedentemente incriminada.
Qual a lei a ser aplicada: a anterior, que incrimina, ou a
posterior, que descrimina? Claro que a posterior, em
face do princípio da retroatividade da lei mais favorável,
consagrado na legislação penal e na Carta Magna (art.
5º, XL). A abolitio criminis, também chamada novatio
legis, constitui fato jurídico extintivo da punibilidade, ex
vi do art. 107, III, do CP, que reza: extingue-se a
punibilidade pela retroatividade da lei que não mais
considera o fato como criminoso.
4.4 – Novatio legis incriminadora: ocorre
novatio legis incriminadora quando um
indiferente penal em face de lei antiga é
considerado crime pela posterior. A lei que
incrimina novos fatos é irretroativa, uma vez
que prejudica o sujeito. O fundamento desse
princípio se encontra no aforismo nullum
crimen sine preavia lege (não há crime sem lei
anterior). Se não há crime sem lei anterior, a lei
nova incriminadora não pode retroagir para
alcançar fatos antes de entrar em vigor.
4.5 – Novatio legis in pejus (a lei nova modifica o regime
anterior, agravando a situação do sujeito): se a lei
posterior, sem criar novas incriminações ou abolir
outras precedentes, agrava a situação do sujeito, não
retroage. Há duas leis em conflito: a anterior, mais
benigna, e a posterior, mais severa. Em relação a esta,
aplica-se o princípio da irretroatividade da lei mais
severa; quanto àquela, o da ultra-atividade da lei mais
benéfica. Dessa forma, se o sujeito pratica um fato
criminoso na vigência da lei X, mais benigna, e, no
transcorrer da ação penal, surge a lei Y, mais severa, o
caso deve ser apreciado sob a eficácia da antiga, em
face da exigência de não fazer recair sobre ele uma
valoração mais grave que a existente no momento da
conduta delituosa.
4.6 – Novatio legis in mellius (a lei nova modifica
o regime anterior, beneficiando o sujeito): se a
lei nova, sem excluir a incriminação, é mais
favorável ao sujeito. Aplica-se o princípio da
retroatividade da lei mais benigna. Ex: A pratica
o crime sob a vigência da lei X, que comina pena
de detenção. Após, passa a vigorar a lei Y,
cominando, para o mesmo fato, pena pecuniária.
A lei nova comina pena menos rigorosa e, assim,
deve retroagir.
4.7 – Combinação de leis: é possível combinar várias
leis para favorecer o sujeito? Há autores que
entendem que sim, outros que não. Dentre os que
têm posição negativa, a exemplo de Nelson Hungria,
argumentam que a disposição mais favorável ao
sujeito não deve ser obtida através da combinação
da lei antiga com a lei nova. Se isso fosse possível,
afirmam, o juiz estaria criando uma terceira lei, o
que não é permitido. Por outro lado, os que adotam
posição favorável, dentre os quais Rogério Greco,
assim se posicionam por entender que se estende
aos princípios da ultra-atividade e retroatividade
benéficas.
– Ultratividade da lei penal: existem leis que
somente regulam fatos praticados durante sua
vigência, não retroagindo mesmo se forem mais
benéficas aos acusados, são as chamadas leis ultra-
ativas, que continuam a ser aplicadas aos fatos
praticados durante sua vigência mesmo depois de
sua auto-revogação. Estamos falando da lei
excepcional e da lei temporária.
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora
decorrido o período de sua duração ou cessadas as
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao
fato praticado durante sua vigência.
– Lei temporária: é aquela feita para vigorar
por determinado tempo, estabelecido
previamente pelo legislador. Este determina
que a lei terá vigência até certa data.
– Lei excepcional: é aquela feita para vigorar
em épocas especiais como guerra, calamidade
pública, revoluções, epidemias, etc. É
aprovada para vigorar enquanto perdurar o
período excepcional.
Lei penal no tempo
Retroatividade
(Extra-
atividade)
Atividade
Ultra-atividade
(Extra-
atividade)
Tempo do crime: a análise do âmbito temporal de
aplicação da lei penal necessita da fixação do
momento em que se considera o delito cometido. A
determinação do tempo em que se reputa
praticado o delito tem relevância jurídica não
somente para fixar a lei que o vai reger, mas
também para fixar a imputabilidade do sujeito.
Além disso, é preciso fixar o momento da prática do
delito para efeitos da apreciação de seus elementos
subjetivos, circunstâncias, prescrição, anistia, etc.
Há três teorias acerca do tempo do crime: da
atividade, do resultado e mista.
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.
5.1 – Teoria da ação ou da atividade: o crime é
considerado praticado no momento da ação ou da
omissão, ainda que outro momento seja o do resultado.
Esta é a teoria adotada pelo Código Penal.
5.2 – Teoria do resultado: o crime é considerado
praticado no momento da consumação.
5.3 – Teoria mista (ou da ubiqüidade): o crime é
considerado praticado tanto no momento da ação
quanto no do resultado.
5.4 – Aplicação da teoria da atividade nos crimes
permanentes: nos crimes permanentes, em que o
momento consumativo se prolonga no tempo sob a
dependência da vontade do sujeito ativo, se iniciado
sobre a eficácia de uma lei e prolongado sob outra,
aplica-se esta, mesmo que mais severa. Aplica-se a
lei nova também em relação ao crime habitual e ao
crime continuado.
Súmula nº 711, do STF:
“A lei penal mais grave aplica-se ao crime
continuado ou ao crime permanente, se a sua
vigência é anterior à cessação da continuidade ou
permanência”.
6 – Aplicação da lei penal no espaço
Art. 5º, do Código Penal:
“aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de
convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território
nacional”.
6.1 – Territorialidade
Absoluta e Temperada
6.2 – Extraterritorialidade
a) – Extraterritorialidade Incondicionada
Art. 7°, inciso I, do Código Penal
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira,
embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente
da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da
União, do Distrito Federal, de Estado, de
Território, de Município, de empresa pública,
sociedade de economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem
está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for
brasileiro ou domiciliado no Brasil.
b) – Extraterritorialidade Condicionada
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora
cometidos no estrangeiro:
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se
obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações
brasileiras, mercantesou de propriedade privada,
quando em território estrangeiro e aí não sejam
julgados.
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido
segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei
brasileira depende do concurso das seguintes
condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi
praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos
quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no
estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no
estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais
favorável.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao
crime cometido por estrangeiro contra
brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as
condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
7 - Regra Ne bis in idem
“Art. 8°. A pena cumprida no estrangeiro
atenua a pena imposta no Brasil pelo
mesmo crime, quando diversas, ou nela é
computada, quando idênticas”.
8 - PRINCÍPIOS RELACIONADOS À APLICAÇÃO DA LEI NO
ESPAÇO
Princípio da Territorialidade: segundo esse princípio,
a lei penal só tem aplicação no território do Estado
que a determinou, sem atender à nacionalidade do
sujeito ativo do delito ou do titular do bem jurídico
lesado. É também denominado princípio territorial
exclusivo ou absoluto, pois exclui a aplicação da lei
penal de um país fora de seu território.
Princípio da Extraterritorialidade: o princípio da
extraterritorialidade preocupa-se com a aplicação da
lei brasileira às infrações penais cometidas fora de
nossas fronteiras, em países estrangeiros. A
extraterritorialidade pode ser incondicionada ou
condicionada.
Princípio da Nacionalidade: de acordo com esse
princípio, também denominado da personalidade, a
lei penal do Estado é aplicável a seus cidadãos onde
quer que se encontrem. Assim, para esse princípio,
por exemplo, se um brasileiro praticar crime no
Uruguai, cairá o fato sobre o império da lei penal de
nosso país. O que importa é a nacionalidade do
sujeito.
a) Princípio da Nacionalidade Ativa: o critério levado em
conta é o da nacionalidade do sujeito ativo.
b) Princípio da Nacionalidade Passiva: o critério levado
em conta é o da nacionalidade do sujeito passivo.
Princípio da Defesa: é também chamado princípio real.
Leva em conta a nacionalidade do bem jurídico lesado
pelo crime, independentemente do local de sua prática
ou da nacionalidade do sujeito ativo.
Princípio da Justiça Penal Universal: é também
denominado princípio universal, da universalidade da
justiça cosmopolita, da jurisdição mundial, da repressão
mundial e da universalidade do direito de punir.
Preconiza o poder de cada Estado de punir qualquer
crime, seja qual for a nacionalidade do delinqüente e da
vítima, ou o local de sua prática. Para a imposição da
pena bastaria encontrar-se o criminoso dentro do
território de um país.
Princípio da Representação: nos termos do
sistema da representação, a lei penal de
determinado país é também aplicável aos delitos
cometidos em aeronaves e embarcações privadas,
quando realizados no estrangeiro e aí não venham a
ser julgados.
* O Código Penal adotou o princípio da
Territorialidade como regra; os outros como
exceção.
9 – Lugar do Crime
Art. 6º, do Código Penal:
“considera-se praticado o crime no lugar em que
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte,
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se
o resultado”.
a) Teoria da ação ou da atividade: é considerado o
lugar do crime aquele em que o agente
desenvolveu a atividade criminosa (ação ou
omissão)
a) Teoria do resultado: é considerado o lugar do
crime aquele em que se produziu o resultado.
c) Teoria mista (ou da ubiqüidade): é considerado
o lugar do crime tanto aquele em que se praticou
a ação ou omissão, quanto o lugar onde se
produziu ou deveria produzir-se o resultado. Esta
foi a teoria adotada pelo nosso Código.
10 – Aplicação da Lei Penal em relação às pessoas:
10.1 – Imunidades Diplomáticas: as denominadas
imunidades diplomáticas advêm do Direito
Internacional, excluindo os Chefes de Estado e os
representantes dos governos estrangeiros da
jurisdição criminal dos países onde se encontram
acreditados. Os funcionários do corpo diplomático
também gozam dessa imunidade, acontecendo o
mesmo com os componentes da família do
representante. A embaixada é considerada território
estrangeiro. Os lugares em que se exercem os serviços
da embaixada são invioláveis, não no sentido da
extraterritorialidade, mas em função da imunidade
dos representantes.
10.2 – Imunidades Parlamentares: ao lado das
imunidades diplomáticas há as parlamentares,
que diferem das primeiras porque constituem,
em parte, causas funcionais de exclusão de pena
e, em parte, prerrogativa processual, enquanto
aquelas não excluem o crime e suas
conseqüências, apenas colocando os seus
titulares fora da jurisdição criminal do Estado
onde estão acreditados, submetendo-os às de
seus países. A imunidade parlamentar pode ser:
a) Material: que constitui causa de isenção de pena,
referindo-se à imunidade do parlamentar (senador,
deputados federal e estadual e vereador), garantindo
que tais autoridades não podem ser punidas por
crime de opinião quando no desempenho da função.
No caso específico dos vereadores, essa imunidade
restringe-se ao município de usa atuação.
b) Formal (processual): que constitui prerrogativas
processuais que, entretanto, não se estendem a
vereadores. As imunidades parlamentares
processuais, ou relativas, são as que se referem à
prisão, ao processo, às prerrogativas de foro e para
servir como testemunha. No caso específico de
vereador, não têm eles imunidade processual.
10.3 – Imunidade Prisional: de acordo com o art.
50, § 2º, da Constituição, “desde a expedição do
diploma, os membros do Congresso Nacional
não poderão ser presos, salvo em flagrante de
crime inafiançável”. Nesse caso, os autos serão
remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva,
para que, pelo voto da maioria de seus
membros, resolva sobre a prisão. Em crimes
afiançáveis os parlamentares jamais podem ser
presos. Membros do Ministério Público e da
Magistratura também só podem ser presos em
flagrante de crime inafiançável.
10.4 – Imunidade para servir de Testemunha: o
agente diplomático não é obrigado a prestar
depoimento como testemunha; só é obrigado a
depor sobre fatos relacionados com o exercício de
suas funções. Os deputados e senadores não são
obrigados a testemunhar sobre informações
recebidas ou prestadas em razão do exercício do
mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram
ou dele receberam informações (art. 53, § 6°, CF).
Os presidentes da República, do Senado, da Câmara
e do STF poderão, inclusive, optarem pelo
depoimento por escrito (art. 221, § 1º, CPP).
10.5 – Imunidade penal temporária do Presidente da
República: A Constituição Federal, no art. 86, § 4°,
impede, durante a vigência do mandato presidencial,
a instauração de processo-crime contra o Chefe do
Executivo. É necessário, no entanto, que os fatos
imputados sejam estranhos ao exercício da função,
uma vez que, em se tratando de atos estanhos não
estará impedida a persecução penal.
10.6 – Imunidades Parlamentares e Estado de Sítio: as
imunidades de deputados e senadores subsistirão
durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas
mediante o voto de 2/3 dos membros da respectiva
Casa (art. 53, § 8º, CF)
10.7 – Imunidade de advogado: o artigo 7º, § 2º
do Estatuto da OAB (Lei nº 8.906/94) estabelece
que “o advogado tem imunidade profissional,
não constituindo injúria, difamação puníveis
qualquer manifestaçãode sua parte, no exercício
de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem
prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB,
pelos excessos que cometer”. O § 3º do mesmo
artigo estabelece ainda que:
“o advogado somente poderá ser preso em flagrante,
por motivo de exercício da profissão, em caso de
crime inafiançável”, devendo “ter a presença de
representante da OAB, quando preso em flagrante,
por motivo ligado ao exercício da advocacia, para
lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade
e, nos demais casos, a comunicação expressa à
seccional da OAB” (inciso IV).
Por sua vez, o art. 133, da Constituição Federal
estabelece o seguinte:
“o advogado é indispensável à administração da
justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites
da lei”.
10.8 – Foro especial por prerrogativa de função
(ratione personae) (art. 84): em face da
relevância do cargo ou da função exercida por
determinadas pessoas, são elas julgadas
originariamente por órgãos superiores da
jurisdição e não pelos órgãos comuns. A
competência por prerrogativa de função é do
Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal
de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e
Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito
Federal, relativamente às pessoas que devam
responder perante eles por crimes comuns e de
responsabilidade.
a) Supremo Tribunal Federal (STF): julga o
Presidente da República, o Vice-Presidente,
Deputados Federais, Senadores, os próprios
Ministros do Supremo Tribunal Federal,
Procurador-Geral da República, Ministros de
Estado, Membros dos Tribunais Superiores (STJ,
TSE, TST e STM), os membros dos Tribunais de
Contas da União, os Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica e os chefes de
missão diplomática de caráter permanente (art.
102 da CF)
b) Superior Tribunal de Justiça (STJ): julga os
Governadores de Estados e do Distrito Federal,
os Desembargadores e membros dos Tribunais
de Contas dos Estados e Distrito Federal, dos
Tribunais Regionais Federais, Tribunais Regionais
Eleitorais, Tribunais Regionais do Trabalho,
membros dos Tribunais de Contas dos
Municípios e os Membros do Ministério Público
da União que oficiem perante os Tribunais (art.
105 da CF).
c) Tribunais Regionais Federais: julgam os Juízes
Federais, incluídos os da Justiça Militar Federal e
da Justiça do Trabalho e os membros do Ministério
Público da União que oficiem junto à primeira
instância. (art. 108 da CF).
d) Tribunais de Justiça Estaduais: julgam os
Prefeitos, os Juízes Estaduais, (abrangendo os
integrantes dos Tribunais de Alçada, do Tribunal de
Justiça Militar Estadual, os Juízes de primeira
instância e os auditores da Justiça Militar) e os
membros do Ministério Público Estadual.
• Art. 10
– “dies a quo”
– “dies ad quem”
– Diferente do CPP
– Ano = 12 meses
– Mês = dia de um mês igual ao dia do mês seguinte
Art. 11: Frações não computáveis da pena
Aula 5 - INFRAÇÃO PENAL
Conceito de infração penal:
a) formal: típico e antijurídico (bipartido)
b) material: efetiva lesão a um bem jurídico
c) analítico: típico, antijurídico e culpável (tripartido)
Elementos das infrações penais:
verbo que descreve a conduta, objeto material (pessoa
ou coisa sobre as quais recai a conduta), objeto jurídico
(bem jurídico ou interesse protegido pela norma penal)
sujeitos ativo e passivo.
Espécies infrações penais: crimes ou delitos e
contravenções.
Conceito de crime
Art. 1º da Lei de Introdução ao Código Penal:
“considera-se crime a infração penal a que a lei
comina pena de reclusão ou de detenção, quer
isoladamente, quer alternativa ou
cumulativamente com a pena de multa”.
Aos crimes a lei comina as seguintes penas:
reclusão
reclusão e multa
reclusão ou multa
detenção
detenção e multa
detenção ou multa
Conceito de contravenção
Art. 1º da Lei de Introdução ao Código Penal:
“considera-se contravenção, a infração penal a
que lei comina, isoladamente, pena de prisão
simples ou multa, ou ambas, alternativa ou
cumulativamente”.
Para as contravenções a lei comina as penas de:
prisão simples
prisão simples e multa
prisão simples ou multa
multa
Diferenças entre crime e contravenção:
CRIME CONTRAVENÇÃO 
Ação pública incondicionada, condicionada 
ou privada 
Ação pública sempre incondicionada 
A peça inicial do processo é a denúncia ou 
a queixa 
A peça inicial do processo é sempre a 
denúncia 
A tentativa é punível A tentativa não é punível 
O elemento subjetivo é o dolo ou a culpa Basta a voluntariedade 
 
Elementos da Infração Penal
Sujeito ativo do crime
Sujeito passivo do crime
Objeto jurídico do delito: é o bem ou interesse que a
norma penal tutela. É o bem jurídico, que se
constitui em tudo o que é capaz de satisfazer as
necessidades do homem, como a vida, a integridade
física, a honra, o patrimônio, etc.
Objeto material do delito
A responsabilidade penal da pessoa 
jurídica
Controvérsias
Classificação das Infrações Penais
1) Comum e Próprio
2) Mão própria
3) De Dano e Perigo
4) Materiais, Formais e Mera 
Conduta
5) Instantâneo e 
Permanente/Habituais
6) Impossível e complexo
Outras classificações:
Crimes Hediondos
Crimes Qualificados
Crimes privilegiados
Aula 6 - Do Fato Típico e seus elementos
CONDUTA
 Conceito:
Conduta penalmente relevante é toda ação ou
omissão humana, consciente e voluntária,
dolosa ou culposa, voltada a uma finalidade,
que produz ou tenta produzir um resultado
previsto na lei como crime.
Fato Típico nos crimes materiais 
consumados
1) Conduta
2) Resultado
3) Relação de Causalidade
4) Tipicidade
 Teorias sobre a conduta
a) Teoria naturalista ou causal (Franz von Liszt)
Crime= fato típico + ilicitude + culpabilidade
b) Teoria finalista (Hans Welzel)
Fato típico (c , r, nexo causal e t) + ilicitude + culpabilidade
(imputabilidade + potencial consciência da ilicitude +
exigibilidade de conduta diversa)
OBS o finalismo pode adotar conceito tripartido ou
bipartido.
c) Teoria social (Hans-Heinrich Jescheck) conduta =
comportamento humano com transcendência social.
Resultado socialmente relevante.
Elementos da conduta – vontade, finalidade,
exteriorização (inexiste quando enclausurada
na mente) e consciência.
Diferença entre ato e conduta 
Formas de conduta – ação: comportamento
positivo, movimentação corpórea; omissão:
comportamento negativo, abstenção de
movimento.
Ausência de conduta
Caracteres da conduta:
• Ser humano
• Conduta voluntária
• Atos realizados no mundo 
exterior/não cogitação
• Ato de vontade/ mundo exterior
Exclusão da conduta:
• Caso fortuito ou força maior
• Atos ou movimentos reflexos
• Coação física irresistível (física – exclui
tipicidade ou moral- exclui culpabilidade
• Sonambulismo e hipnose
Aula 7 – Das condutas dolosas e
culposas
O dolo integra a conduta (conceito
finalista). É elemento subjetivo do tipo
DOS CRIMES DOLOSOS
Teorias do Dolo:
a) Teoria da representação dolo é a vontade de
realizar a conduta, prevendo a possibilidade
de o resultado ocorrer sem desejá-lo.
Denomina-se assim porque basta ao agente
representar (prever) a possibilidade do
resultado para a conduta ser considerada
dolosa.
b) Teoria da vontade: dolo é a vontade de
realizar a conduta e produzir o resultado.
c) Teoria do assentimento: dolo é a
previsão do resultado, com a aceitação
dos riscos de produzi-lo. Não basta
representar, é preciso aceitar como
indiferente a produção do resultado.
OBS: Teorias adotadas pelo CP: duas
teorias, a da vontade e a do assentimento
Art. 18 do CP
Diz-se o crime:
CRIME DOLOSO
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou
assumiu o risco de produzi-lo.
Elementos do Dolo:Consciência + vontade
ESPÉCIES:
1.Dolo direto: vontade de realizar a conduta,
produzir o resultado (teoria da vontade)
2. Indireto – eventual: o agente não quer o
resultado, mas aceita a possibilidade de
produzi-lo (eventual) ou não se importa com
esse ou aquele resultado...(dolo alternativo)
- Dolo genérico e dolo específico (vontade de 
realizar uma conduta sem fim especial ou 
necessário fim de agir)
- Dolo de dano e dolo de perigo (vontade de 
produzir uma efetiva lesão ao bem jurídico ou 
expor a um bem a um perigo de lesão) arts. 132 
e 163 CP
- Dolo geral por erro sucessivo, dolus generalis
ou aberratio causae
- Dolo de primeiro grau e de segundo grau:
quando o agente quer cometer a conduta
descrita no tipo (art. 18, I CP)
quando o agente após selecionar os meios
necessários para a prática do delito
representa como certos e necessários os
efeitos colaterais. Ex. Político no avião
- Dolo geral por erro sucessivo, dolus
generalis ou aberratio causae após
realizar a conduta pratica o
exaurimento. O agente acha q tinha
cometido o crime mas na realidade o
resultado somente vem a se produzir
em virtude de uma ação posterior.
DOLO EVENTUAL:
1.O agente não quer o resultado;
2.Assume o risco de produzi-lo.
Diferença entre Dolo eventual e Culpa 
Consciente
CULPA CONSCIENTE
1.O agente não quer o resultado;
2.Existe previsibilidade;
3.Não aceita o resultado, pois acredita em suas
habilidades
Princípio da excepcionalidade do crime 
culposo
DOS CRIMES CULPOSOS
- É o elemento normativo da conduta, pois a sua
aferição depende da valoração do caso concreto
(concepção finalista)
- Geralmente previsto nos tipos penais abertos
- Fundamentos da punibilidade da conduta:
cautela na vida em sociedade e menor desvalor
da conduta
Conceito de crime culposo:
Quando o agente, deixando de observar o dever
objetivo de cuidado, por imprudência, negligência
ou imperícia, realiza voluntariamente uma
conduta que produz resultado naturalístico, não
previsto nem desejado, mas objetivamente
previsível e excepcionalmente previsto e querido,
que podia, com a devida atenção, ter evitado.
Elementos do crime culposo
a) Conduta voluntária
b) Violação do dever objetivo de cuidado
c) Resultado;
d) Nexo causal
e) Previsibilidade objetiva;
f) Tipicidade
g) Ausência de previsão
Diferenças entre modalidades, 
graus de culpa e espécies
Modalidades: imprudência (facere, 
comportamento positivo), negligência (não 
fazer) e imperícia (inaptidão)
Graus: No Direito Brasileiro não existe
Espécies de culpa
a) Consciente e inconsciente (qdo o agente acredita
q não vai ocorrer o resultado embora prevendo)
na outra não prevê aquilo q era previsível.
b) Própria ou imprópria (não quer e não assume o
risco do resultado) acha q está diante de uma
causa de justificação.
c) Presumida jamais de poderá presumir
Compensação de culpas: Não se 
admite no D. Penal
Culpa da Vítima Circunstância favorável ao 
acusado
Questão inerente a culpa exclusiva da vitima
Diferenças entre: Imperícia (a falha é do 
agente) configura a culpa 
O erro profissional: a falha é da ciência, exclui a 
culpa.
Concorrência de culpas
quando duas ou mais pessoas concorrem, 
contribuem culposamente para a produção 
de um resultado naturalístico. 
Art. 13
• Exclusão da culpa: caso fortuito e 
forca maior
• Erro profissional
• Risco tolerado
• Princípio da confiança
Aula 8 - RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
 Nexo de causalidade (nexo causal): é o elo físico que se
estabelece entre a conduta do agente e o resultado. Art.
13, caput. CP
 Teoria da equivalência dos antecedentes: conhecida
como teoria da conditio sine qua non, segundo a qual
causa é toda ação ou omissão anterior que contribui para
a produção do resultado.
 Teoria da causalidade adequada: Causa é o antecedente,
não só necessário, mas adequado à produção do
resultado. (art. 13p. 1º) exceção.
 Teoria da imputação objetiva: deve haver um risco
proibido e causador de conduta que se amolde no tipo
penal. Ex. no hospital enfermeiro não esteriliza
instrumentos.
Damásio de Jesus:
“Suponha-se que ‘A’ tenha matado ‘B’. A conduta típica
do homicídio possui uma série de fatos, alguns
antecedentes, dentre os quais sugerem-se os seguintes:
1) a produção do revólver pela indústria; 2) aquisição da
arma pelo comerciante; 3) compra do revólver pelo
agente; 4) refeição feita pelo homicida; 5) emboscada; 6)
disparo dos projéteis na vítima; 7) resultado morte.
Dentro dessa cadeia, excluindo-se os fatos sob os
números 1 a 3, 5 e 6, o resultado não teria ocorrido.
Logo, são considerados causa. Excluindo-se o fato sob o
número 4, ainda assim o resultado teria ocorrido. Logo, a
refeição feita pelo sujeito não é considerada causa”. A
esse sistema, preconizado por Thyrén, de aferição, dá-se
o nome de “procedimento hipotético de eliminação”.
 Superveniência causal: o art. 13, § 1º do CP, dispõe
que a superveniência de causa relativamente
independente exclui a imputação quando, por si só,
produziu o resultado.
Causa – é toda condição que atua paralelamente à
conduta, interferindo no processo causal.
Causa dependente – é aquela que, originando-se da
conduta, insere-se dentro da linha normal de
desdobramento causal da conduta.
Causa independente – é aquela que refoge ao
desdobramento causal da conduta, produzindo por si
só, o resultado.
Causas absolutamente independentes: são aquelas
que têm origem totalmente diversa da conduta. O
advérbio de modo “absolutamente” serve para
designar que a causa não partiu da conduta, mas de
forma totalmente distinta.
 Espécies de causas absolutamente independentes:
a) preexistentes: atuam antes da conduta. Ex: “A” atira
em “B” e este não morre em conseqüência dos tiros,
mas de um envenenamento provocado por “C” no
dia anterior.
• b) concomitantes: atuam no mesmo tempo da 
conduta. Ex: “A” e “B”, um desconhecendo a conduta 
do outro, atiram ao mesmo tempo em “C”, tendo 
este morrido em conseqüência dos tiros de “B”. 
• b) supervenientes: atuam após a conduta. Ex: “A” 
envenena “B”, que morre posteriormente 
assassinado a facadas. O fato posterior não tem 
qualquer relação com a conduta de “A”. 
Conseqüência das causas absolutamente
independentes – rompem totalmente o nexo causal,
e o agente só responde até então praticados. Nos
três exemplos, “A” responderá por tentativa de
homicídio.
Causas relativamente independentes: como são
causas independentes, produzem por si só o
resultado, não se situando dentro da linha de
desdobramento causal da conduta.
 Espécies de causas relativamente independentes
• a) preexistentes: atuam antes da conduta. Ex: “A”
desfere um golpe de faca na vítima, que é hemofílica
e vem a morrer em face da conduta, somada à
contribuição de seu peculiar estado fisiológico.
• b) concomitantes: atuam no mesmo tempo da
conduta. Ex: “A” atira na vítima que, assustada, sofre
um ataque cardíaco e morre.
• b) supervenientes: atuam após a conduta. Ex: a
vítima sofre um atentado e, levada ao hospital, sofre
um acidente no trajeto, vindo, por esse motivo,
falecer.
Conseqüência das causas relativamente
independentes – nenhuma causa relativamente
independente tem o condão de romper o nexo
causal.
 Relevância causal da omissão (art. 13, § 2º). O dever de
agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou
vigilância. Ex: dever de proteção e assistência para com
os filhos. A imposição resulta da lei civil.
b) de outra forma assumiu a responsabilidade de impedir o
resultado: pode resultar de relação contratual, profissão
ou quando, por qualquer outra forma, assumiu a pessoa
a posição de garantidora (garante) de que o resultado
nãoocorreria.
c) com o seu comportamento anterior, criou o risco da
ocorrência do resultado: Ex: aquele que, por brincadeira,
joga uma pessoa na piscina e, posteriormente, percebe-
se que esta não sabe nadar tem o dever de salvá-la. Se
não fizer, responde pelo crime.

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