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livro hermeneutica juridica em crise de streck lenio

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S914h Streck, Lenio Luiz
Hermenêutica jurídica e(m) crise: uma exploração hermenêutica da construção do Direito / Lenio Luiz Streck. — Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1999.
264p.; 16x23 cm.
ISBN 85-7348-103-X
	Direito. 2. Dogmática jurídica. I. Título.
CDU 34
índices para catálogo sistemático Direito
Dogmática jurídica
(Bibliotecária responsável: Marta Roberto, CRB 10/652)Lenio Luiz Streck
HERMENÊUTICA JURÍDICA E(M) CRISE
Uma exploração hermenêutica da construção do Direito
A
livraria/
DO ADVOGADO /editora
Porto Alegre 1999© Lenio Luiz Streck, 1999
© Lenio Luiz Streck, 1999
Revisão de Rosane Marques Borba
Capa, projeto gráfico e diagramação de Livraria do Advogado / Valmor Bortoloti
Gravura da capa extraída do livro O amor do censor - ensaio sobre a ordem dogmática, de Pierre Legendre
Direitos desta edição reservados por Livraria do Advogado Ltda.
Rua Riachuelo, 1338 90010-273 Porto Alegre RS Fone/fax (051) 225 3311 E-mail: livadv@vanet.com.br Internet: www.liv-advogado.com.br
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Quando as águas da enchente derrubam as ca­sas, e o rio transborda arrasando tudo, quer dizer que há muitos dias começou a chover na serra, ainda que não nos déssemos conta
Eraclio Zepeda
Agradecimentos que se impõem
O presente livro é resultado de projeto de pesquisa patrocinado pela UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos, através do Curso de Mestrado em Direi­to, ligado ao Centro de Ciências Jurídicas e Sociais. Agradeço também o apoio recebido da Direção do Cen­tro: Profs. José Bernando Ramos Boeira, Diretor; Clóvis Gorczevski, Pró-Diretor Administrativo, e Floriano Müller Neto, ex-Diretor. Também foram importantes alguns interlocutores, como Albano Marcos Pepe (Re­cife) e os meus alunos da disciplina Hermenêutica Ju­rídica, do Curso de Mestrado em Direito. Um especial agradecimento ao bacharelando-pesquisador Douglas Bernardes Wayss, bolsista da UNISINOS, cuja partici­pação no projeto foi de fundamental importância.
E para Rosane e Malu, que sabem por quê.
O autor desenvolve em seu livro elementos centrais para uma hermenêutica jurídica que sirva de vetor e de moldura para todo o debate sobre a mudança de paradigma no universo jurídico. Herme­nêutica perde aqui seu significado de rotina e de capa formal que vinha reforçar a aplicação conservadora da dogmática jurídica. Her­menêutica passa a nos remeter a uma nova matriz de racionalidade, em que se possa desenvolver toda crítica ao direito vigente e todo esfor­ço na construção de um horizonte novo para pensarmos os funda­mentos do conhecimento jurídico.
Quem acompanhou o nascimento do paradigma hermenêutico seguiu em muitos passos o desenvolvimento da hermenêutica clás­sica e se deixou empolgar pelo novo trazido pela filosofia hermenêu­tica de Heidegger e pela hermenêutica filosófica de Gadamer, de um lado, e quem se aprofundou nas teorias contemporâneas do signifi­cado e da linguagem e nas diversas direções desenvolvidas pelas discussões lingüísticas e da pragmática, de outro lado, pode avaliar o que o autor conseguiu articular no seu livro, a partir da filosofia atual da linguagem, na exploração da construção do direito.
Não é simplesmente repetir o autor quando se procura ver na sua hermenêutica crítica o instrumento de ruptura do objetivismo ingênuo em que se funda toda construção jurídica na sua visão positivista, partindo da relação sujeito-objeto na fundamentação do conhecimento. A grande novidade da obra de STRECK nos leva para um território situado além das ontologias ingênuas que em geral sustentam a dogmática jurídica até hoje e lhe dão, assim, um irrenunciável caráter ideológico.
Somente quando percebemos que tudo se funda na linguagem, que direito é linguagem, que seu funcionamento desliza sobre pres­supostos lingüísticos, é que começamos a perceber os contornos da profunda inovação que traz para a ciência e a filosofia do direito e para a hermenêutica jurídica, essa obra surpreendente.
Mas o autor nos leva um passo adiante e com ele nos situa diante do desafio mais criativo: no direito, a hermenêutica filosófi­ca nos leva a uma resolução da crise da representação através da superação das teorias da consciência. Todo o conteúdo epistêmico do direito até agora era apresentado através de múltiplas e alea­tórias epistemologias jurídicas baseadas nas teorias da repre­sentação e orientadas na fudamentação, no esquema da relação sujeito-objeto.
LENIO STRECK nos remete a um universo em que a hermenêutica se refere ao mundo prático, o mundo da pré-compreensão, em que já sempre somos no mundo e nos compreendemos como ser-no-mundo a partir e na estrutura prévia de sentido. É ela que nos carrega e é dela que surgimos enquanto estrutura que nos precede e toda teoria da consciência chega tarde com sua pretensão de fundar. A lingua­gem torna-se aí o meio especulativo a partir do qual se determina a lingüisticidade de todo o nosso conhecimento.
Uma vez estabelecida tal matriz lingüística que, ao mesmo tem­po, nos sustenta, na qual nos movemos e de quem nunca somos proprietários, temos as condições para a instauração do diálogo. Todo conhecimento jurídico é situado inovadoramente pelo autor no quadro dessa matriz.
É nesse contexto que o livro passa a definir sua forma e sua dinâmica interna. É no quadro da matriz hermenêutico-lingüística que então terá que ser compreendida a condição essencial do direito na sua relação com a sociedade. Só assim a solução para sua crise se apresentará com um potencial de constante revisão e ajustamento.
A crise do direito é crise de fundamento, e STRECK nos mostra isso através da crítica do paradigma que sustentou o direito até agora, introduzindo o paradigma hermenêutico-lingüístico em que situa o direito e a todos os que com ele trabalham, no universo do sentido e da compreensão.
O direito não trabalha com objetos, não opera com normas ob- jetificadas, não se confronta com pessoas coaguladas em coisas, nem maneja a linguagem como instrumental rígido de retórica. O direito se sustenta na palavra plena, produz sentido, dialoga na sua aplica­ção, desde que a hermenêutica nos mostrou que "somos um diálo­go"-
O autor não nos apresenta simplesmente as teorias da com­preensão e da interpretação e filósofos como Heidegger e Gadamer, que estão, entre outros, na base de sua discussão. Ele luta por encon­trar um caminho para o problema da hermenêutica jurídica que circule no discurso contemporâneo. Ele sabe da tarefa da filosofia que consiste em clarear expressões lingüísticas e manter uma visão sobre o todo de nosso compreender, que também é autocompreensão e autocrítica.
Mas, para além duma simples questão lingüística, o autor redes- cobriu o lugar propriamente filosófico - que é a questão do sentido e do significado - e que se estabelece, não desde um sujeito soberano e um discurso dogmático, mas assume a sua historicidade como um acontecimen­to. É desse acontecimento que nos fala a hermenêutica existencial quando fala na história do ser. É a partir dela que podemos com­preender os limites da interpretação e, ao mesmo tempo, as condi­ções da filosofia hermenêutica que nos dá as bases para a hermenêutica filosófica, em que aprendemos a escutar aquilo "que para além de nós, para além do que queremos e fazemos, acontece conosco".
Porto Alegre, janeiro de 1999.
Ernildo SteinSumário
Apresentação - Eros Roberto Grau	 13
Notas introdutórias 	 15
/
A Modernidade tardia no Brasil: o papel do Direito e as promessas da modernidade - da necessidade de uma crítica da razão cínica no Brasil ... 19
	O Estado Democrático de Direito e a (des)funcionalidade do Direito: os obstáculos representados pelo paradigma do modo (modelo) de produção de Direito e do paradigma epistemológico da filosofia da consciência	 31
	A não-recepção da viragem lingüística no modelo interpretativo

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