Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Rejane Sousa Disciplina: CONT. MET. E PRAT. DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Avaliação: CEL0354_AV_201502378566 Data: 22/11/2016 15:30:13 (A) Critério: AV Aluno: REJANE Professor: ANGELA MARIA THEREZA LOPES Turma: 9006/AB Nota da Prova: 8,0 Nota de Partic.: 2 Av. Parcial.: 2 1a Questão (Ref.: 227607) Pontos: 1,0 / 1,0 "A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente." (Freire, 1981) A) Como o autor analisa a questão da Leitura e o conhecimento de mundo, a realidade. Desenvolva um parágrafo acerca deste tema. (1,5) Resposta: Freire entende que antes mesmo que a criança entre na escola ela ja traz um tipo de leitura internaliza, sendo esta a leitura de mundo. Esta leitura se estrutura desde os primeiros entendimetos da criança, suas percepções que vão se formando em seu cotidiano, bem como suas suposições acerca do seu dia a dia na convivência em família. Gabarito: Freire demonstra que ler é, antes de tudo, uma conquista realizada a partir da vivência, da troca que se faz com o mundo em suas mais diversas situações que o indivíduo deve confrontar-se. Antes de aprender a leitura escolarizada, a leitura que, muitas vezes, é condicionada por padrões que a sociedade e a escola determinam como cultura letrada, de prestígio, o indivíduo aprende a ler o mundo, aprende a olhar o mundo e as palavras sentidas e ouvidas antes da decodificação em conceitos gramaticais. 2a Questão (Ref.: 267245) Pontos: 1,0 / 1,0 Considerando que "nenhum sujeito parte do zero ao ingressar na escola de primeiro grau, nem sequer as crianças de classe baixa" (Ferreiro e Teberosky, 1985, p. 277.), pensando nas ideias de Freire sobre a importância das palavras do mundo da criança para a alfabetização e na orientação apresentada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de língua portuguesa, qual deve ser a postura do professor ao alfabetizar crianças que usam dialeto social de classes menos privilegiadas , para quem a variante culta é outro dialeto a ser aprendido? Não considerar essa diferença seria uma dificuldade a mais para a aprendizagem da leitura, por quê? Resposta: Porque se o professor não levar em consideração as diversidades linguísticas pode, além de inibir a criança e causar constrangimento promover o preconceito dentro da sala de aula. A postura desse professor não estaria de acordo com os PCN e tão pouco com o contexto que uma escola propõe. Rejane Sousa Gabarito: O ensino da língua padrão, apesar de necessário, pode representar para algumas crianças quase o mesmo que aprender uma língua estrangeira, por isso não deve ser prioro1ado na fase de alfabeti1acao. Devemos ensinar que existem variantes, que existe uma variante de maior prestígio social , mas isso não pode ser uma condição para o aprender a ler. O professor deve aproveitar o que o aluno traz em sua bagagem cultural, o que já está em seu intercâmbio comunicativo real para ensinar a leitura 3a Questão (Ref.: 254118) Pontos: 1,0 / 1,0 Selecione a opção que dá continuidade ao texto abaixo de acordo com os PCNs: Nas sociedades contemporâneas, expressar-se segundo a norma, falar ¿certo¿ continua sendo valorizado. No entanto, a excessiva ênfase do ensino da gramática normativa e a insistência nas regras de exceção, em detrimento da comunicação real em situações do cotidiano, ocorre porque língua culta é uma das marcas distintivas das classes dominantes e deve prevalecer em qualquer situação de comunicação. tem como consequência o preconceito contra as formas de oralidade e as variedades não padrão. ocorre porque o ensino da língua deve se fundamentar na língua culta, a língua de Camões , entre outros clássicos da Literatura deve continuar a ser o principal objetivo do ensino da língua materna, à medida que a língua é um produto social e cultural, portanto todos devem falar da mesma maneira é necessária porque o domínio das regras gramaticais está associado às classes instruídas e deve ser o objetivo principal do ensino da língua materna Gabarito Comentado. 4a Questão (Ref.: 245404) Pontos: 1,0 / 1,0 O homem tem necessidade expressar suas ideias e de se fazer entender e transmitir ideias. Essa característica fez com que ele se distanciasse dos outros animais por ser capaz de se comunicar, de expressar sensações, emoções, sentimentos e ideias de modo organizado e, cada vez mais, coerente na interação com o outro. Considerando os conceitos de LÍNGUA e de LINGUAGEM, qual das alternativas a seguir é INCORRETA? Linguagem é a capacidade que todos os indivíduos possuem de pensar de modo único para que a comunicação oral possa acontecer e fazer sentido. A linguagem é construída através de símbolos e de signos que se organizaram dando sentido à comunicação humana. Rejane Sousa A língua é uma criação social, parte social da linguagem e representa um conjunto de palavras usadas por um grupo social. Linguagem é um conjunto de representações que a atividade humana construiu através de uma organização de símbolos verbais ou não verbais. Através da linguagem, os homens criam valores e dão sentido a todas as coisas. Gabarito Comentado. 5a Questão (Ref.: 87500) Pontos: 1,0 / 1,0 Uma professora que trabalha com uma turma de PIC, da 3.ª série, leu para seus alunos a história de uma bruxinha muito má, que, depois de se apaixonar por uma flor, queria se tornar uma pessoa boa. A professora pediu a seus alunos que sugerissem formas de ajudar a bruxinha. Depois de muitas sugestões, os alunos elegeram "a poção mágica" para solucionar o problema. A professora problematizou a situação: o que é essa poção? De que é feita? Como é feita? Os alunos procuraram explicar o que consideravam ser essa poção e como poderia ser feita. Um aluno propôs que fizessem uma receita da poção. A professora, atuando como escriba, registrou os ingredientes na lousa. A professora pediu a ajuda dos alunos na escrita de algumas palavras. Em seguida, estruturaram o modo de fazer da poção. Os alunos deram ideias, discutiram, argumentaram e fundamentaram suas opiniões. A professora realizou intervenções, para que os alunos elaborassem melhor seus argumentos. É correto afirmar que essa atividade: I. representou um desafio alcançável para os alunos, levando em conta suas competências atuais e fazendo-as avançar com a ajuda necessária; II. provocou um conflito cognitivo e promoveu a atividade mental dos alunos, necessária para que se estabeleçam relações entre os novos conteúdos e os conhecimentos prévios; III. promoveu uma atitude favorável, motivadora em relação à aprendizagem dos novos conteúdos. Está correto o contido na alternativa: I, II e III. I e II, apenas. I, apenas. II e III, apenas. I e III, apenas. Gabarito Comentado. Rejane Sousa 6a Questão (Ref.: 267304) Pontos: 1,0 / 1,0 De acordo com o conteúdo programático, a professora de uma das classes iniciais do ensino fundamental tem de introduzir as seguintes noções de pontuação: Pontos de exclamação, interrogação, travessão e dois pontos. Assinale a alternativa correta quanto à prática pedagógica adequada , tendo em vista que o objeto de ensino e, portanto, de aprendizagem é o conhecimento linguístico e discursivo com o qual o sujeito opera ao participar das práticas sociais mediadas pela linguagem.Escrever no quadro os principais casos de uso e emprego destes sinais para que os alunos copiem Sugerir pesquisa sobre o tema Indicar as páginas do livro em que estão expostas as regras de pontuação para que os alunos leiam em casa. Criar um texto para que os alunos pontuem exercitandoos sinais de pontuação, o exercício poderá ser feito com consulta à gramática. Planejar atividades como leituras dramatizadas, pequenas dramatizações em que se observem as falas dos personagens e do narrador, e levantar com os alunos o porquê de determinados sinais de pontuação . Gabarito Comentado. 7a Questão (Ref.: 91676) Pontos: 0,5 / 0,5 Considere o texto a seguir: Norma culta? É preciso repensar o ensino de português no Brasil. Nas escolas obviamente se enaltece o ensino da norma culta por se achar que ela é a única representação correta de uma língua. Ora, sabemos atualmente que o conceito de certo e errado em língua não é mais que meramente uma questão social. Demonstramos nosso preconceito lingüístico ao dizermos que em tal lugar se fala melhor que em outro. No fundo, estamos expressando um preconceito social e discriminando aqueles que não falam a língua culta por considerá-los pessoas ignorantes, provenientes de classes subalternas, que provavelmente jamais aprenderão a falar e escrever corretamente. Pensamos sempre que o diferente é pior. A verdade é que o modo de falar revela a origem das pessoas. Costumeiramente rejeitamos um falante da modalidade não-padrão porque o associamos à sua origem, e não porque fala de maneira diferente. E falar de maneira diferente não significa não ser capaz de aprender a modalidade culta. Todos nós usamos diferentes níveis de linguagem o tempo todo, de acordo com a situação em que usamos a língua e/ou para nos adequarmos a nossos interlocutores. O fato é que a língua culta, o português padrão é uma abstração. O nosso português, a língua que verdadeiramente falamos não está nas gramáticas, está na boca do povo. Por que aqueles que falam a língua padrão seriam melhores? Apenas por pertencerem à elite ou por possuírem uma educação formal? Já é hora de a escola ensinar a norma culta, sim, mas como uma opção a mais, e não como a única opção lingüística, respeitando os falares de todos nós, falantes nativos do português brasileiro. Sandra Kezen (professora e coordenadora do Laboratório de Línguas da Faculdade de Direito de Campos e da Faculdade de Odontologia de Campos). Segundo a professora Sandra Kesen: I. como hoje o registro formal (a norma culta) não é mais usado, a escola não deve ensinar essa variedade lingüística. Rejane Sousa II. todas as variedades lingüísticas, inclusive a norma padrão, devem contempladas pelos professores de Língua Portuguesa em sua prática docente. III. as variedades lingüísticas usadas pelo povo são tão importantes quanto a norma culta. IV. já que devem ser concebidos como erros lingüísticos, os falares populares e regionais não devem ser valorizados pela escola. Estão corretas apenas as proposições: I e II. I, II e III. I e III. II e III. II e IV. Gabarito Comentado. 8a Questão (Ref.: 92545) Pontos: 0,5 / 0,5 Os PCN´s (Parâmetros Curriculares Nacionais) de Língua Portuguesa declaram: A questão não é falar certo ou errado, mas saber qual forma de fala utilizar, considerando as características do contexto de comunicação, ou seja, saber adequar o registro às diferentes situações comunicativas (p.31). A afirmativa que está de acordo com esse trecho é: O ensino da gramática normativa orienta a única concepção de padrão correto de uso de uma língua. O uso linguístico dialetal não é por si errado, é apenas diferente do uso de um outro dialeto. Todas as variedades da língua apresentam valores controversos. A língua padrão é a única que pode orientar a fala da escola. A língua escrita deve ser usada como o único caminho para orientar a língua falada. Gabarito Comentado. 9a Questão (Ref.: 245511) Pontos: 0,5 / 0,5 O Ministério da Educação considera que o ensino de Língua Portuguesa deve voltar-se para a função social da língua como requisito básico para que o indivíduo ingresse no mundo letrado e possa construir seu processo de cidadania e integrar-se à sociedade como ser participante e atuante. Assim, conforme temos nos PCNs, "O Rejane Sousa trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e, consequentemente, a formação de escritores". Considerando-se essa visão acerca do trabalho com a leitura e a escrita, qual das alternativas a seguir está INCORRETA? Expor o aluno a diversos tipos de textos é irrelevante para que se amplie a competência textual desse indivíduo. Dentro do espaço escolar, a figura do professor será de fundamental relevância na construção de práticas de leitura, pois não se pode imaginar que os procedimentos de leitura sejam apenas uma mera didatização. A prática da leitura deve tornar-se uma presença constante na vida de todo e qualquer indivíduo, pois a leitura não é um processo apenas escolar. A leitura, por um lado, fornece a matéria-prima para a escrita: o que escrever. Por outro, contribui para a constituição de modelos: como escrever. Formar um leitor competente supõe formar alguém que compreenda o que lê; que possa aprender a ler também o que não está escrito, identificando elementos implícitos. 10a Questão (Ref.: 227594) Pontos: 0,5 / 0,5 De acordo com Almeida (2007), "nos ambientes educativos ou alfabetizadores, tudo se constitui em aprendizagem para a leitura e a escrita." Diante da definição podemos afirmar que: O aluno escreve sem um olhar a partir da perspectiva do mundo no qual está inserido, sem viver as experiências que surgem ao seu redor. O registro da língua através da escrita se faz necessário em ambientes escolaras pois expande, demarca, mas dificilmente constrói uma identidade social, cultural. O professor deve mostrar ao aluno ( antes mesmo de iniciarmos a experiência de escrever) o que faz parte do cotidiano dele, aquilo que circula mais intensamente na vida em sociedade. Com a evolução da internet, o surgimento das novas tecnologias (blogs, comunidades sociais, sites de cultura e informação, entre outras), o contato com o texto se tornou cada vez mais distante de cada um de nós. A escrita que o professor deve ensinar deve se basear nas palavras, frases ou até mesmo em ideias soltas e sem sentido da contextualização social e cultural dos alunos.
Compartilhar