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METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS 1. Monogástricos Os CHO’s representam a principal fonte de energia para aves e suinos, sendo o produto final da digestão dos CHO’s os açúcares simples, que são metabolizados produzindo água, CO2 e energia. Dentre os CHO’s, 03 são de importância nutricional para monogástricos, que são o amido, a celulose e o glicogênio. a) Amido: é o principal polissacarídeo, digerível das plantas, presentes principalmente em grãos cereais, sendo sua digestibilidade superior a 95%. b) Celulose: é de aproveitamento limitado pelos monogástricos, porém, exerce função importante no controle da taxa de passagem do bolo alimentar no trato digestório. Ex: A presença de celulose na moela da ave, pode melhorar o aproveitamento do amido, pela redução da velocidade de passagem neste compartimento e I.D., melhorando a digestão e absorção dos açúcares solúveis. Estes animais quando adultos, podem apresentar uma pequena fermentação da celulose no I.G., com a produção AGV’s, representando uma fonte a mais de energia para o animal. Porca em gestação ____ 30% das necessidades de energia mantença ____ AGV’s do IG. c) Glicogênio: é a forma de reserva de CHO no organismo, sendo pequena e distribuída no fígado e músculos. Está prontamente disponível para uso imediato, para recuperação dos níveis de glicose sanguínea ou gasto energético muscular. DESTINOS METABÓLICOS DOS CHO’S DA DIETA – MONOGÁSTRICOS - Amido e Açúcar solúvel - umedecidos pela saliva Suínos: Pequena hidrólise do amido(Dextrina e maltose) Paralisação da digestão devido pH ácido Continua a digestão com produção de monossac (Glicose, frutose, galactose, manose) Absorção pela parede intestinal (Jejuno) Corrente Sang – Rotas Metabólicas CHO’s ESTÔMAGO I.D. ROTAS METABÓLICAS a) Glicólisis: oxidação da glicose a piruvato e lactato (Via glicolítica), sendo a rota mais rápida para fornecimento de energia para o organismo. b) Glicogenólisis: é a quebra do glicogênio hepático, com liberação de glicose. O hormônio glucagon (Pâncreas) é responsável pela ativação do sistema enzimático, para que ocorra a quebra do glicogênio. Esta rota somente ocorre quando o animal está jejum ou em condição de estresse. c) Glicogênese: recuperação dos pequenos depósitos de glicogênio no músculo e fígado, à partir da glicose 6-P, tendo glicogênio-sintetase como importante enzima do processo. d) Gliconeogenese: é a formação de glicose ou mesmo de glicogênio, a partir de compostos não carboidratos. Ex: AA através do ciclo de Krebs. Também pode ocorrer em caso de jejum prolongado ou receber excesso de proteína na dieta. d) Ciclo de Krebs: Atua na rota final da oxidação dos CHO’s e produzirá ATP. METABOLISMO DE CARBOIDRATOS – RUMINANTES Os CHO’s para os ruminantes são a principal fonte de energia, tanto para microbiota ruminal como para o animal. Boa parte dos CHO’s sofre fermentação microbiana no rúmen (Ação de enzimas celulase, amilase, sacarase, etc..), conforme abaixo: Celulose, Hemicelulose, pectina, amido, mono e dissacarídeos GLICOSE PIRUVATO AGV’s (Lactato – piruvato; propionato; acetato – butirato e formação CO2 – CH4. A maioria dos AGV’s são absorvidos na parede ruminal, suprindo 60 – 80% do total de energia utilizada pelos animais. Os CHO’s não estruturais, que não sofrem fermentação ruminal e escapam para o I. D., sofrem ação de enzimas digestivas, que transformam o amido em glicose, sendo absorvidos pela parede intestinal, sendo esta contribuição pequena para o sistema, pois a maioria sofre fermentação ruminal. Os fatores que afetam a fermentação ruminal são: - Nitrogênio; - Fontes de energia (CHO’s de fácil digestão – facilitam a fermentação da fibra); - Enxofre (Síntese de AA sulfurados – metionina,cistina e cisteina) - Fósforo; - AGV’s. METABOLISMO DE LIPIDIOS – MONOGÁSTRICOS Os lipídios são substancias insolúveis em água e solúveis em compostos orgânicos, ricas em carbono e hidrogênio e estão presentes no corpo dos animais (10 – 40%); em plantas forrageiras (1,5 – 3,5%) e em sementes de oleaginosas (18 – 20%). Classificam-se em: - Gorduras e ceras; - Glicolipidios e Fosfolipidios; - Esteroides, prostaglandinas, etc... Os lipídios são utilizados como reserva energética pelos animais, apresentando 2,25 vezes energia no processo de oxidação que os CHO”s, melhoram a absorção de vitaminas e Ca, melhoram a palatabilidade das rações (redução da pulverulência), atuam na proteção de alguns órgãos internos e no controle da temperatura corporal. Sintomas de deficiência de lipídios são a dermatite, perda de pêlos (alopécia), necrose na inserção da cauda e crescimento retardado. - Gorduras e triglicerídios: compostos por glicerol (álcool contendo 3 C e 3 Hidroxilas – ligado a 3 AG.). Estão presentes em grãos, plantas e no corpo do animal. - Ceras: Estão presentes nas partes externas das folhas (evitar perda de água e proteção contra fungos). - Glicolipidios: com a galactose substituindo um dos AG dos trigliceridios. Encontrados em forragens verdes. - Fosfolipidios: com íons de fosfato, substitui um dos AG dos trigliceridios. Apresentam importante função como constituintes das membranas celulares. - AGV’s: Saturados: butirico, capróico (C6), caprílico (C10), láurico (C12), palmítico (C16) e esteárico (C18). Estão presentes nas gorduras. Insaturados: oléico, linoléico, linolênico e aracquidônico. Estão presentes nos óleos vegetais. Nos monogástricos, o tipo de gordura do alimento influi no tipo de gordura da carcaça, pois o óleo presente no alimento é digerido e absorvido no I. D., formando gordura macia na carcaça, devido a presença de AG insaturados. Já o amido e a gordura adicionada à dieta, proporcionam gordura + firme na carcaça. O amido é o principal precursor de gordura nos monogástricos, uma vez que digerido até glicose no I. D., é absorvido na rota da glicólise e ciclo de Krebs, sendo utilizado na síntese de AG saturados, e posteriormente produzindo gordura. Nos ruminantes, ocorre saturação dos AG insaturados pelas bactérias ruminais, produzindo sempre gordura consistente na carcaça. Também há produção de AG saturados – gordura. Tanto os monogástricos como os ruminantes são exigentes em AG essenciais de origem dietética (Linoléico e linolênico), pois não sintetizam, além do ácido aracquidônico, que é produzido a partir do AC. Linoléico. Esses AG essenciais atuam como constituintes da membrana celular, auxiliam na absorção de AG e apresentam funções reprodutivas. DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS NOS MONOGÁSTRICOS LIPÍDEOS NA DIETA GLICEROL E AGs GLICEROL, AGs e MONOGLICERÍDEOS Lipase Gástrica – quebra de parte da gordura I.D. LIPASE PANCREÁTICA BILE (EMULSIFICAÇÃO DA GORDURA EM PARTÍCULAS MENORES) PARA AÇÃO DA LIPASE PANCREÁTICA OUTRA PARTE ABSORÇÃO SISTEMA LLINFÁTICO E SANGUÍNEO – ATÉ O FÍGADO E TEC. ADIPOSO – UTILIZADO COMO FONTEDE ENERGIA OU ARMAZENADO COMO GORDURA. DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS NOS RUMINANTES OBS: A proteção de lipídeos contra a ação de bactérias no rúmen é desejável, uma vez que os lipídeos insaturados atuam negativamente sobre o processo de fermentação ruminal da fibra, assim, aumenta-se a taxa de escape da proteína e gordura da ação microbiana do rúmen, sendo digeridas no intestino delgado. A digestão intestinal das gorduras é semelhante a dos monogástricos. LIPÍDEOS NA DIETA GLICEROL AG AÇÃO DOS MICRORGANISMOS DO RÚMEN (HIDRÓLISE) GALACTOLIPÍDEOS GALACTOSE AG AGV’s PROPIANATO
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