Buscar

teoria geral das obrigações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

aula 1 teoria geral das obrigações (inicio 19/02/2016)
Direito Dever
Pretensão Obrigação
(Exigibilidade)
Objeto do Direito (do dever da pretensão, da obrigação) é, sempre, uma conduta humana comissiva ou omissiva a que chamamos prestação;
Objeto da prestação é o bem da vida que o credor espera obter; é o bem que será transferido 0pelo devedor (prestações de dar) ou que é resultante da conduta do devedor (prestações de fazer ou de não fazer). 
É controversa a natureza jurídica do adimplemento: (a) é negócio jurídico?Nãopois o devedor tem de prestar (e o credor receber)exatamente o que é devido (art. 394 cc); 
(b) é ato jurídicoem sentido estrito?
Se for, são fundamentais, aqui os elementos e consciência e vontade e o pagamento passara do plano da validade; 
© sãoato –fato jurídico?Neste caso, abstrai-se da vontade e o pagamento não passa pelo plano da validade (só existirá eficácia) 
(d) ou o pagamento tem natureza variável a depender do objeto da prestação?
Prestação: outorga escritura definitiva, isto é emitir declaração de vontade; objeto da prestação é a escritura, isto é, o negócio jurídico (declaração de vontade) necessário para a transferência do imóvel 
aula 2 - 26/02/2016
sujeitos do pagamento
Condições subjetivas
Quem se deve pagar (devedor)
Devedor ou (representante)
Terceiro:
Terceiro interessado juridicamente- fiador
Não interessado – interesse moral ou econômico simples
O terceiro não interessado tem o direito ao reembolso, mas não se sub-roga( Substituir, colocar no lugar de alguém para lhe suceder nos direitos e proceder em seu lugar. ) nos direitos do credor 
O pagamento feito por terceiro não interessado e com o protesto do devedor não autoriza o reembolso se o devedor tinha como impedir este pagamento 
- A quem se deve pagar
Credor (ou representante – em nome dele)
Terceiro (só terá efeito se o credor ratificar (a validação de (ato, declaração, promessa, situação); confirmar, validar. )o pagamento ou ficar provado que ele tirou proveito ou credor aparente ou putativo (erro) achou que pagou ao credor).
De quem deve pagar (arts. 304~307. “Solvens”).
Daqueles a quem se deve pagar (arts. 308 a 312 – “accipiens”).
O pagamento pode ser feito:
Pelo devedor pessoalmente, por quem o representa ou por núncio (pessoa que apenas pratica ato material do pagamento); 
Por terceiro interessado na extinção dadívida (p. exemplo garantes da dívida rente de um imóvel hipotecado ou penhorado)
Por terceiro não interessado na extinção da dívida (arts 305 a 306) 
 O pagamento por terceiro não interessado pode ser feito em nome e a conta do devedor (art. 304, parágrafoúnico) ou “em seu próprio nome” (dele terceiro – cfart.305).
Ver art. 320.		
Exemplos de terceiros não interessados são o gestor de negócios e o doador (por exemplo o pai que paga uma dívida do filho doa a este).
Pagamento feito por terceiro interessado:
O credor não pode recusar o pagamento(exceção feita aos casos de obrigações personalíssimas); se recusar, incorre em mora (mora do credor, cfart. 394 cc), e o terceiro (interessado) pode consignar o pagamento (art. 335 I c.c);
O terceiro interessado, que paga sub-roga-se(colocar no lugar de alguém para lhe suceder nos direitos e proceder em seu lugar)de pleno direito, no credito originário (cfart. 304 e art.346, III).
Trata-se, portanto de hipótese em que o pagamento não extingue o crédito originário, apenas o modifica (mudança do titular do crédito, mantendo-se o mesmo sujeito passivo isto é o devedor originário)
Terceiro não interessado tem um interesse moral ou econômico simples
O terceiro não interessado que pagar em nome do devedor, tem em principio o mesmo tratamento do terceiro interessado(cfart. 304, parágrafo único), ou seja consignar o pagamento, se o credor se recusar a receber e sub-rogar-se no crédito originário, 
Todavia, não poderá pagar em nome do devedor se houver oposição deste ao pagamento. Neste caso o terceiro não interessado poderá pagar apenas em seu próprio nome, com os efeitos e riscos, daí decorrentes 
Se o terceiro não interessado paga em seu próprio nome (e não em nome do devedor), não se sub-roga no credito originário; terá apenas direito ao reembolso do que despendeu
O direito ao reembolso é um crédito novo, surgido do fato do pagamento, portanto não mantem as características da relação originária (do credito originário) que se extinguiu 
O pagamento por terceiro interessado, em seu próprio nome, traz ainda umrisco ao solvens: se o pagamento foi feito com desconhecimento ou oposição do devedor originário e o devedor tinha “meios para {obstar} a ação”, não haverá direito ao reembolso (cfart. 306)
pagamento
Por terceiro interessado 
Sub-rogação (art.304 caputs)
Por terceiro não interessado em nome do devedor: também há sub-rogação (art.304 parágrafos único)
Por terceiro não interessado e seu próprio nome há reembolso (art. 305 e 306).
aula 3 04/05/2016
Daqueles a quem se deve pagar
(Accipiens – arts 308.312)
O pagamento deve ser feito 
(A) ao credor ou a seu representante que pode ser legal (pais, tutor, curador) ou convencional (pessoa a quem for outorgados poderes de representação), cf.art 308
(b) em princípio o pagamento também pode ser eficazmente feito ao portador da quitação que é a prova do pagamento cf. art. 319 ss),
“Salvo se as circunstancias contrariarem a presunção da resultante (cf. art. 311)
© também é eficaz o pagamento feito de boa-fé ao credor putativo; neste caso o verdadeiro credor devera se voltar contra o credor putativo, estando desobrigado o devedor originário (c.fart. 309); 
(d) não é eficaz o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar “se o devedor não provar que em beneficio dele efetivamente reverteu (cfart.310) ATENÇÃO: ver lei m 13.146/2015
(e) se a titularidade do credito for discutida (isto é, se terceiros impugnaçãoocrédito), ou se o credito for intimado desta penhora ou da impugnação o devedor deve ter cautela 
Se pagar ao credor originário ser constrangido pelo terceiro (ou pelo credor exequente a pagar novamente o debito (isto é, o pagamento não teve eficácia liberatória), tendo, todavia, direito de regresso contra o credor originário (art. 312) 
Nestes caso o mais seguro a fazer é consignar o pagamento (art. 334 e 335, IV e V)
Pagar mal = pagamento ineficaz, ou seja,não satisfaz o credor, portanto não extingui a obrigação nem libera o devedor 
Os arts 309 e 310 fazem referência a validade ou invalidade do pagamento trata-se mesmo de questões relativas a validade (como a redação dos artigos faz supor) ou o problema está em outro plano, o da eficácia?
Vamos tomar como exemplo o art. 310 que trata de pagamento (cientemente) feito a credor incapaz de quitar ou seja, credor civilmente incapaz 
Como sabemos a incapacidade civil é matéria que usualmente se reflete no plano da validade (cfart. 104 I cc)
No caso do art.310, todavia vemos que a solução prevista pelo direito não está no plano da validade Oart. 310 não prevê a desconstituição de um pagamento invalido, mas tão somente trata da eficácia ou ineficácia deste pagamento se o valor houver revertido em benefício do credor incapaz o pagamento será eficaz extinguindo adívida e liberando o devedor se a satisfação foi total (se parcial a dívida teve seu objeto reduzido)
Art. 307 só é eficaz o pagamento se feito por quem tinha poder de disposição sobre o bem dado em pagamento 
aula 4 – 11/03/2016
Nas aulas anteriores estudamos a natureza jurídica e os sujeitos do pagamento (solvens e accipiens) vimos que em regra, o pagamento só é eficaz quando o feito por quem possa alienar a propriedade (art307, caput).
Nesta aula passamos a estudar o objeto do pagamento (arts 313 a 318, 325 e 326) e com a prova do pagamento (arts 319 – 324).
O credor não é obrigado a receber prestação diversa da devida, ainda que mais valiosa (cfart.313). Se concordar, o caso é de dação em pagamento;
Também não pode ser obrigado a receber (nem o devedor a pagar) por partes, se assimnão se ajustou (art. 314). Ou seja, mesmo se o objeto da prestação divisível, é preciso que eventual parcelamento esteja acordado; 
No Direito brasileiro vige, como regra geral (dispositiva) o princípio do nominalismo, ou seja, as dividas deverão ser pagas no seu vencimento, em moeda corrente, e pelo seu valor nominal (art. 315). Ou seja, para que existam a correção monetária e os juros precisam estar previstos no contrato, ou em legislação especial (cfart. 316, que fala em “aumento progresso de prestações sucessivas”);
No direito brasileiro a moeda tem curso legal e mais que isso, curso forçado.
O pagamento deve ser feito em moeda corrente, sendo nulas (salvo pensão em lei especial) as convenções para pagamento em ouro ou moeda estrangeira, “bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional (indexação a ouro dólar por exemplo) cfart. 318
REGRA GERAL:não é possível prever pagamento em ouro, ou em moeda estrangeira (o contrato será nulo) e também não é possível prever pagamento em reais, mas indexado à variação do ouro ou de alguma moeda estrangeira(euro, dólar, libra ou outra).
Atenção: lei especiais preveem os casos em que se admite pagamento em moeda estrangeira(normalmente contratos internacionais)ou, eventualmente, (excepcionalmente) a indexação de prestações em Real a variação de moeda estrangeira (como ocorreu com contratos de leasing automotivo, fortemente atingidos pela desvalorização do real em janeiro de 1999).
 O art. 317 consagra a chamada “ teoria da imprevisão “. A hipótese, aqui é que “ motivos imprevisíveis “ provoquem “desapropriação manifesta “ entre o valor da prestação devida “ e o [valor] do momento de sua execução “, caso em que se pode demandar a revisão judicial da prestação, “ de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação “.
Atenção: as despesas para a realização do pagamento e da quitação (que é ato do credor!) Presumem-se, ambas, a cargo do devedor (art. 325); mas se estas despesas forem aumentadas por fato do credor, “suportara esse a despesa acrescida “ (cfart. 325, trata-se de aplicação do princípio da causalidade). 
Se o pagamento for por peso ou medida, devem ser aplicados, no silencio das partes os presos ou medidas do local da execução ( cfart. 326). 
Vimos as principais regras relativas ao objeto do pagamento. Passamos, agora, a estudar as regras relativas a prova do pagamento. 
O pagamento se prova pela quitação, que é um direito do devedor que paga. Se o credor recusar a dar quitação, o devedor pode, legitimamente, reter o objeto da prestação (cfart. 319).
Neste caso, por força da autorização do art. 319 o devedor não incorrerá em mora (a mora aqui é do credor, que não quer cumprir sua obrigação de dar quitação) e pode se quiser, consignar o pagamento (cfarts 334 e 335 c.c). 
O art. 320 traz os requisitos da quitação. 
Pode ainda haver quitação pela entrega do título representativo da obrigação (cfarts 321 e 324) e é importante, ao quitar atentar para as presunções dos arts 322 e 323 
aula 5 – 18/03/2016
LUGAR E TEMPO DO PAGAMENTO (arts. 327.333)
Lugar: 
Regra geral: as obrigações são quesíveis (ou quérables”, ou “de ir buscar”, isto é, devem ser cumpridas no domicilio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, “ou se o contrario resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias do caso “ (art. 327). 
Nestes casos, temos as obrigações portáveis (ou “portables”, “de ir levar”),
Se forem designados dois ou mais lugares para o cumprimento da obrigação, cabe ao credor o poder de escolha (art. 327, par único), 
Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel ou em prestações relativas a um imóvel, far se a no lugar onde situado o bem (art. 328).
Se houver motivo grave para que não se efetive o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor faze-lo em outro sem prejuízo para o credor (art. 329), 
O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renuncia do credor relativamente ao previsto no contrato (art. 330). Trata se de um caso de supressivo uma figura derivada do principio da boa- fé (cf, para as obrigações negociais, art 422 CC).
Circunstancias do caso (art. 327) dizem respeito essencialmente a fase pré- contratual e contratual e, portanto, ao momento em que surgindo o contrato
Deve-se observar, contudo que as circunstancias relacionadas ao cumprimento (execução) da prestação - portanto posteriores a celebração do contrato – são também importantes para a interpretação deste (ideia de processo obrigacional) dai as “circunstancias do caso” serem importantes tanto na fase de surgimento (celebração) quanto de execução do contrato
Pode ser que o contrato tenha elementos que indiquem (ainda que de maneira mais ou menos obscura) que a prestação é “de ir levar “ (portável, e Não quesível, como é a regra geral. Estes elementos devem ser interpretados de acordo com o art. 112 CC “nas declarações de vontade se atendera mais a intenção nelas cosulbstanciada do que ao sentido literal da linguagem”
Notem a interpretação (inclusive no art. 327) parte de um dado objetivo (a declaração das partes ) para precisar o verdadeiro (ou melhor, o mais adequado sentido desta declaração. E como se segue isto ?
Não podemos captar os pensamentos (processo psicológicos) que se desenvolvem na mente das pessoas. O que podemos é avaliar qual é a (ou qual deve ser) a “intenção” das partes a partir das “circunstancias do caso” art. 327), chamadas “circunstancias negociais” – verificadas assim na negociação e celebração como na execução do contrato bem assim da natureza da prestação e de sua função isto é, daquilo que ela deve proporcionar ao credor.
Tempo da prestação 
 Regra geral : se o contrato não dispende de forma diversa, o credor pode exigir imediatamente o cumprimento,
Se condicional a obrigação pode ser exigida quando do implemento da condição provado o conhecimento deste; 
Vencimento antecipado da prestação (i) nos casos de falência ou insolvência da prestação, (ii) se os bens dados em hipoteca ou penhor forem executados por outro credor, e (iii) se as garantias do debito cessarem ou se tornarem insulficientes e o devedor intimado não a reforçar (art. 333)
AULA 6 – 01/04/2016
Na aula passada estudamos as regras referentes a lugar e tempo do pagamento .
No final da aula vimos as hipóteses de vencimento antecipado da divida, previstas no art 333, quais sejam:
Falência do devedor ou concurso de credores (insolvência civil), art. 333,I;
Se os bens hipotecados ou empenhados (penhor), forem penhorados em execução por outro credor (art. 333, II).
Nestas hipóteses, o devedor é proprietário de um bem, sobre o qual constitui uma garantia real (hipoteca ou penhor, conforme o caso) em beneficio do credor.
Temor, portanto, entre credor e devedor, duas relações jurídicas, uma de natureza pessoal, obrigacional (credito e debito) e outra de natureza real (p. ex a hipoteca, que o devedor constitui, em beneficio de seu credor, para garantia da divida)
Notem que mesmo após a constituição da garantia (hipoteca ou penhor), o devedor continua proprietário do bem dado em garantia.
Todavia este bem esta onerado, pesando sobre ele um gravame (a garantia constituída). E, por se tratar de uma garantia real (direito real de garantia) o credor beneficiado com esta garantia terá (em principio) preferencia em relação a outros credores sobre o produto da alienação daquele bem, se precisar executar a garantia.
Pode ser que além desta divida garantida por penhor ou hipoteca, o devedor tenha outras dividas, com outros credores. Pode ser que uma destas dividas não seja paga, e o outro credor execute a divida, penhorando justamente aquele bem dado em garantia real. É sobre esta hipótese que trata o art.333,II. Penhor: é modalidade de garantia real constituída sobre bens moveis.
Diz-se que o bem esta empenhado
Penhora: é figura processual consistente na restrição ao poder de dispor sobre bem determinado bem. Diz se que o bem esta penhorado 
© também se venceantecipadamente a divida se cessarem, ou se tornarem insuficientes as garantias do debito fidejunssorias (fiança) ou reais, e o devedor intimado, se negar a reforça-las 
Pagamento em consignação
No inicio do semestre, ao tratarmos dos sujeitos do pagamento ( especialmente do solvens) vimos algumas hipóteses de pagamento em consignação
A consignação pode ser judicial (ação de consignação em pagamento ) ou extrajudicial ( em estabelecimento bancário ) e ( desde que atende os requisitos dos arts. 336 e 337) tem eficácia de pagamento, extinguindo a obrigação e liberando o devedor consignante 
O devedor pode recorrer ao pagamento em consignação nas seguintes hipóteses 
Se o credor não puder ou, sem justa causa recusar o pagamento (cf art. 394 cc ou dar quitação (cfart 319 e 335, I ); 
Se o credor não for , nem mandar receber a coisa no tempo, lugar e condição dividos (cfart 327 - obrigação quesíveis – art 394 e art. 335,II; 
Se for incapaz de receber, for desconhecimento, declarado ausente, ou residir em incerto ou de acesso perigoso ou difícil (art 335, III - lembradas obrigações portáveis ); 
Se ocorrer duvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento (art 335, IV); ou 
Se pender liitigio sobre o objeto do pagamento (art. 335,IV), hipótese em que, além do devedor, qualquer dos pretensos, credores, nos termos do art.345 pode requerer a consignação 
ATENÇÃO porque a consignação eficácia de pagamento, extinguindo a divida e liberando o devedor, deve atender os mesmos requisitos do pagamento, extinguindo a divida e liberando, deve atender os mesmo requisitos do pagament em relação as pessoas tempo objeto, modo e lugar (arts 336 e 337)
segundo bimestre aula 7 15/04/2016
Sub rogação 
Pagamento om sub-rogação (art 346 a 351)
Já vimo algumas hipóteses de sub-rogação legal especialmente ao tratar do pagamento por terceiro (304)
Agora vamos estudar sistematicamente a sub-rogação, seja legal, seja convencional, bem assim seus efeitos 
São casos de sub-rogação legal a) credor que paga dívida do devedor comum (art. 346 I) b) do adquirente de imóvel hipotecado, que paga o credor hipotecado, bem como terceiro efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre o imóvel (imóvel penhorado, por ex.) cf. art. 346 II e 304, caput (são hipóteses de terceiro interessado) c) do terceiro interessado que paga a dívida pela qual era , ou podia ser obrigado no todo ou em parte (art 346 e 304, caput c.c) 
A deve a B e a C 
B paga a dívida de A com C e se sub-roga no credito originário de C em relação a A
Atenção 
Lembre-se que na sub-rogação (legal ou convencional a mesma relação jurídica (originaria) continua a existir com mudança apenas subjetiva (novo credor, no lugar do credor originário) daqui, a consequência do art. 349 a que sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ação privilégios e garantias do primitivo, em relação a dívida contra o devedor principal e os fiadores 
aula 8 – 29/04/2016 
Até agora estudamos o pagamento sua natureza jurídica, objeto, sujeitos (solvens e accipiens e eficácia.Também vimos uma das modalidades especiais de pagamento, o pagamento em consignação
Agora (antes de estudarmos as outras figuras especiais como a imputação do pagamento e a compensação), estudaremos detalhadamente a mora e o inadimplemento das obrigações e suas consequências 
A doutrina costuma dividir o inadimplemento em absoluto (quando não é mais possível executar a prestação ou esta perde qualquer interesse objetivo para o credor) e relativo quando a prestação ainda pode ser executada e continua sendo de interesse para o credor 
O Inadimplemento absoluto ocorre quando, devido às circunstâncias, o devedor não conseguiria cumprir a obrigação no tempo, modo e lugar devidos (ex. "Quando eu contrato um buffet para a comemoração do meu aniversário, pagando adiantado, seria inútil para mim se eles realizassem o serviço com 5 horas de atraso, quando provavelmente os convidados inclusive já foram embora.").
inadimplemento relativo, inadimplemeto-mora ou inadimplemento moratório, o devedor ainda é capaz de cumprir a obrigação no lugar e no modo devidos, mas fica em mora (atraso) por não cumprir a obrigação no tempo combinado
O inadimplemento relativo é tecnicamente denominado mora e é definido no art 394 c.c “considera-se mora o devedor que não efetivar o pagamento e o credor que não quiser recebe-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou convenção estabeleceu
Duas observações importantes:
Pode ocorrer mora do devedor ou do credor se a obrigação é quesível (ou de ir buscar) e o credor não vai retirar o objeto da prestação na data aprazado, ele credor incorre em mora. Igualmente, pode haver mora do credor se a obrigação é portável ( de ir levar) e o devedor indo cumprir a prestação na data e lugar avençados, não encontra ninguém para recebe-la 
A mora não compreende apenas o aspecto temporal (retardo, de mora ) podendo se referir também ao lugar ou a forma do cumprimento da obrigação 
assim a mora pode compreender em principio qualquer conduta do devedor que caracterize um cumprimento inexato (defeituoso ruim) da prestação bem assim qualquer conduta do credor que dificulte ou impeça o cumprimento (adequado ) da prestação pedaprestaçlo devedor deve-se lembrar , ao ensejo, que o devedor em mora tem em principio o direito de purgar a mora oferecendo a prestação com todos os seus acréscimos (juros de mora e multa moratória por exemplo), assistindo lhe inclusive caso o credor dificulte o cumprimento a possibilidade de consignar o pagamento.
Agora que vimos o conceito de mora podemos examinar os requisitos da figura. 
Para que haja mora é necessário haver: 
Uma divida exigível ( em termos ponteanos é necessário que o direito já esteja munido de pretensão . pretensão para pontes de Miranda é a exigibilidade da prestação assim se estamos no dia 30/04 mas o aluguel pode ser pago ate o dia 10/05, o direito do locador ao aluguel já existe mas ainda não é exigível portanto, não se pode cogitar ainda de mora neste exemplo temos uma obrigação positiva ( obrigação de dar )`é liquida ( o devedor sabe ou pode saber exatamente quando deve pagar ) dotada ademais de um termo para seu pagamento (o aluguel deve ser pago até o dia 10 do mês subsequente ) nestes casos, aplica-se a regra do art.397 ( dies interpellat pio homine) e o devedor que não paga ate o vencimento esta automaticamente em mora ( mora exlege ou de pleno direito ), sem necessidade de interpelação do credor 
Se a obrigação for positiva e sem termo então, sera necessária a interpelação (é declarada ao devedor a exigência do cumprimento de uma obrigação civil, sob pena de incorrer em mora.)
 para constituir o devedor em mora (art97 , par um)
Se a obrigação é negativa (obrigação não de fazer , considera-se inadimplente o devedor desde o dia em que praticou o ato de que deveria se abster (art 390) ; 
B ) culpa em princípio do devedor não responde por caso fortuito ou força maior salvo se, se obriga expressamente (art 3/3). Dispões que “ não havendo fato ou omissão imputável ao devedor não incorre em mora”.
Assim a culpa é em principio um requisito a existência de mora (não haveria mora sem culpa ).
A doutrina todavia tem restringido o alcance do preceito. Pontes de Miranda por exemplo sustenta que a regra não se aplica as obrigações de pagamento em dinheiro ( o devedor deve sempre ter dinheiro para pagar ) e fudith Martins costa entende que o requisito da culpa não se aplica as obrigações de resultado .
aula 9 - 07/05/2016
Na aula passada, tratamos do conceito e dos requisitos para a configuração da mora, com destaque para a exigibilidade e a culpa. Nesta aula trataremos dos efeitos da mora:
A – A mora altera a distribuição dos riscos entre o credor e o devedor. Temos que distinguir, aqui, as hipóteses de mora do devedor e mora do credor.
Como regra, o devedor não responde pelo caso fortuito ou força maior (artigo 393 CC). A imputação, portanto, sedá com base na culpa (art. 396 CC) ou, em se tratando de atos ilícitos extracontratuais, é possível também a imputação pelo risco (artigo 927, parágrafo único CC)
Se o devedor estiver em mora, sofrerá um agravamento dos seus riscos (e, portanto, de sua responsabilidade), respondendo pela impossibilidade da prestação mesmo por caso fortuito ou força maior (artigo 399, 1ª Parte), só se exonerando se provar “ que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada (art. 399, 2ª parte).
Se o credor está em mora, ele, credor, sofrerá um agravamento dos seus riscos. O artigo 400 estabelece que a mora do credor “subtrai o devedor isento de dolo á responsabilidade de pela conservação da coisa, além de obrigar o credor a ressarcir as despesas empregadas para conserva-la”.
Exemplo o devedor deveria ter entregue o cavalo no sitio do credor dia 30/04 (obrigação portável), e não cumpre, incorrendo em mora. Dia 03/05, a casa do devedor foi assaltada por um bando armado (caso de força maior), e o cavalo foi roubado, ou morto. Em princípio, o devedor não responderia pela força maior (artigo 393 CC) mas, como está em mora, responderá inclusive pela força maior (artigo 399 CC), exonerando-se apenas em duas hipóteses. A primeira delas é provar isenção de culpa (arts 396 e 399) isto é, provar que o retardo não ocorreu por culpa dele, devedor. Neste caso, não haverá mora e, por conseguinte, não haverá agravamento da responsabilidade do devedor. É o que ocorre, por exemplo, se as estradas que dão acesso ao sitio do credor (ou do devedor, onde está o cavalo) estão obstruídas (por inundação ou deslizamento, por exemplo), e o trânsito ainda não havia sido restabelecido ao tempo em que ocorreu o roubo.
Na segunda hipótese, há mora ( e, portanto, a responsabilidade do devedor é agravada) mas excepcionalmente, o devedor se livra de responder pelo fortuito (ou força maior), porque prova “que dano sobreviria (para o credor) ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada (artigo 399, 2ª parte)
É o que ocorre por exemplo se o devedor deixa de entregar o cavalo na data aprazada, incorrendo em mora, mas tanto o sitio dele (onde o cavalo ainda se encontra) como o do credor são atingidos pela inundação, sendo ambos destruídos. Neste caso, mesmo que a obrigação tivesse sido cumprida a tempo, o credor também teria sofrido o prejuízo, livrando-se o devedor de responder pela mora.
Até aqui, vimos que a mora produz mudanças no risco ( e na consequente responsabilidade) da parte em mora . Estes não são, todavia, os únicos efeitos.
Assim o devedor responde pelos prejuízos (perdas e danos) a que sua mora der causa, mais juros, tratam-se, aqui, dos juros de mora, atualização dos valores monetários, segundo índices oficiais regularmente estabelecidos (correção monetária) e honorários de advogado “artigo 395”.
Não havendo mais interesse do credor na prestação, tonando-se inútil, para o credor, a prestação, este poderá “enjeita-la”, resolvendo o negócio, e exigindo perdas e danos (artigo 395, parágrafo único).
Os juros de mora não dependem de previsão contratual (artigos 395 e 406), sendo devidos ainda que não haja prejuízo ao credor (artigo 407) e são limitados á “taxa que estiver em vigor” para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Federal “ (artigo 407) que é hoje a taxa SELIC. Se for prevista taxa maior há nulidade relativa.
aula 10 – 13/05/2016
Na aula passada, estudamos os efeitos da mora, com destaque para a alteração (agravamento) dos riscos/responsabilidade da parte em mora (credor ou devedor) e os juros moratórios (arts. 406 e 407).
Quanto aos juros moratórios, importante recordar que estes são previstos em lei (ou seja não dependem de previsão contratual expressa), são devidos ainda que não haja dano (cf art. 407, 1° parte) e estão limitados a “taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos a fazenda nacional” (cf. art 407, parte final), que hoje é a taxa SELIC
Importante: este limite do art 407 não se aplica as instituições financeiras que se regem por legislação própria, podendo cobrar taxas mais elevadas.
Não se tratando de instituição financeira, o limite é o art. 407 e, se a clausula contratual prever taxa de juros moratórios superior a SELIC haverá nulidade relativa (por violação a lei cogente cf art 166, VII). Trata-se de nulidade relativa porque o contrato, em princípio é valido , e mesmo a clausula que fixa a taxa de juros moratórios é parcialmente valida, sendo nula apenas na parte que excede ao limite legal.
Cuidado: diversos autores utilizam a expressão “nulidade relativa” como sinônimo de anularidade, o que revela má técnica. A invalidade (seja a nulidade, seja a anularibilidade) pode ser absoluta ou relativa conforme se refira, respectivamente, a todo o negocio jurídico ou apenas a parte dele (por exemplo: a invalidade de apenas uma, ou algumas clausulas, sem contagiar o restante do negocio ou, como no exemplo que acabamos de ver a invalidade apenas de parte de uma clausula) 
Ao contrario dos juros moratórios a multa de mora depende de de expressa previsão contratual, já que se trata de espécies de clausula penal 
A clausula penal pode ser fixada pela inexecução total da obrigação (inadimplemento), para a inexecução de alguma clausula especial (normalmente previsto obrigações secundarias ou acessórias) ou para a mora (cf art.409 cc)
Para nos, agora interessam as clausulas penais fixadas para o descumprimento de alguma clausula especial, ou para a mora. na realidade, quando ocorre o descumprimento não do contrato todo, mas apenas de alguma clausula especial, configura-se uma situação denominada, pela doutrina de “adimplemento ruim” ou “violação positiva do contrato” (H. staub) que no direito brasileiro podem, em principio, ser reconduzidas a mora já que o art 394 considera a mora, o devedor que não realiza o pagamento” no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabeleceu”
Nestas duas hipóteses (descumprimento da obrigação especial ou mora, na redação do art 4081- é possível exigir o integral cumprimento do contrato, mais as clausula penal (art 411)
Agora se a clausula penal foi estabelecida para a hipótese de total inadimplemento da obrigação ( art 410), ai o credor tem uma alternativa: ou exigir o cumprimento da obrigação principal, ou o pagamento da clausula penal que entra no lugar da obrigação não executada.
Assim, nesta hipótese do art 410 (clausula penal por inadimplemento) a clausula peal e a execução da obrigação podem ser exigidas alternativamente. Mas nunca cumulativamente, pois haveria manifesto enriquecimento sem causa.
Vale a pena recordar o art 408 a teor do qual “incorre de pleno direito o devedor na clausula penal desde que culposamente deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora “
Trata-se aqui, mais uma vez do principio da imputabilidade (responsabilidade) pela culpa, que já havia sido tratado no art 353.
Os art 412, 413 e 416 aplicam-se, principalmente a clausula penal por inadimplemento. O art 412 determina que a pena convencional não pode exceder o (valor) da obrigação principal “ havendo portanto nulidade relativa (art 166 VIII) a clausula penal na parte em que esta ultrapassa o valor da obrigação principal
O art.413 trata da hipótese de adimplemento parcial, prevendo, neste caso, a intervenção judicial no contrato “a penalidade deve ser equivalente reduzida pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte 
Por fim, o art 416 deixa o claro que a exigência da pena convencional independente do prejuízo 
Todavia se o prejuízo experimentado pelo credor exceder ao previsto na clausula penal, o credor não poderá exigir indenização suplementar se assim não for convencionado 
Se houver previsão no contrato (clausula penal mais indenização suplementar) o credor terá o ônus de provar que seu prejuízo superou o valor fixado na clausula penal (cf art 416)
aula 11 – 20/05/2016
perdas e danos
Compreendem o que o credor efetivamente perdeu (dano emergente) e o que “razoavelmente”deixou de lucrar (lucros cessantes), cf. art. 402 
Só se indenizam os danos emergentes e lucros cessantes que sejam efeito direto e imediato do inadimplemento (art. 403). Não podem ser prejuízos meramente eventuais, ou hipotéticos embora a jurisprudência comece a admitir a responsabilidade pela perda de uma chance
Lucro <> faturamento

Continue navegando