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Fatos jurídicos - livro III • Titulo I - Do negócio jurídico • Titulo II - Dos atos jurídicos lícitos • Titulo III - Dos atos jurídicos ilícitos • Titulo IV - Da prescrição e decadência • Titulo V - Da prova O CC é dividido em 2 partes, parte geral e parte especial. Parte geral: conceitos e princípios Parte especial: Recebe conceitos da parte geral Fatos Jurídicos: Fato: Acontecimento, ocorrência, evento. Fato Jurídico: A chuva que cai é fato jurídico? Vontade é um elemento essencial Estudar art. 206 CC. Conceito de fato jurídico "sentido amplo": 1 - É todo acontecimento da vida que o ordenamento jurídico acha relevante no campo do direito. 2 - São fatos jurídicos todos os acontecimentos que acarretam efeito jurídico que produz a aquisi- ção, modificação ou extinção de direitos. 3 - Eh todo e qualquer acontecimento proveniente da ação do homem ou da natureza a que a lei confere conseqüência de efeitos jurídicos. observação: com a morte ocorre o fim da personalidade humana. Fato jurídico - Fato naturais (sem interferência do ser humano): fato jurídico em sentido estrito. Fatos humanos: Fatos humanos ou ato jurídico. Fatos naturais ou Fatos Jurídicos em sentido estrito: Sao os eventos que independem da vontade do homem, acarretam efeitos jurídicos. Sao aqueles que não decorrem de uma ação volativa (vontade) humana, ou seja, sua realização não exige como pressuposto a modificação da vontade do homem. Contudo apesar da vontade humana, não ser necessária a sua formação pode haver a participação do homem, mas não exer- ce papel essencial. (regra: partes não respondem por caso fortuito ou forca maior, mas podem ser colocados no con- trato e previstos para que respondam). Esquema Conceito de Fatos Ordinários: Sao aqueles que ocorrem frequentemente na vida real, são comuns a própria realidade, aconte- cendo de forma continuada ou sucessiva. Sao fatos naturais, provenientes da própria natureza, apesar do homem participar na formação de alguns deles. Conceito de Fatos Extraordinários: Sao caracterizados pela sua eventualidade, não acontecendo diariamente. Se enquadram na ca- tegoria de caso fortuito ou forca maior. Requisitos para caso fortuito e forca maior: • Inevitabilidade do evento • Ausência de culpa das partes. (ha uma divergência da doutrina sobre o que é cada um deles - Pontes de Miranda diz para tratá- los como sinônimo, é o que vamos fazer por enquanto...) Conceito de Caso Fortuito/Forca Maior: Não é pacifico na doutrina, pois ha vários conceitos para cada um deles diferenciados. Parte da doutrina (Pontes de Miranda) entende que a discussão sobre o assunto é obsoleta, tratando am- bos eventos como sinônimos. Sao fatos/ocorrências imprevisíveis ou de difícil previsão que geram conseqüências inevitáveis. Exemplos: desabamento de edifício em virtude de fortes chuvas, chuva, terremoto, raio, tempes- tade, urubu sugado pela turbina do avião... Caso fortuito/forca maior tem por objetivo liberar o sujeito de uma eventual responsabilidade civil. Ato Ilícito: É o ato humano contrario ao ordenamento jurídico, produzindo efeitos involuntários*, porem, im- postos pelo ordenamento jurídico. *A sanção, a pena = você bate em um desafeto para machucar mas você não queria ser preso. (Art. 186 CC - combinado com art. 927 CC - dano moral também tem base no 186, mas também no 11 ao 21...) Lícitos: • Ato Jurídico em sentido estrito • Negocio jurídico (ex: contrato) • Ato-fato-jurídico (parte da doutrina não acolhe) Atos ilícitos são os atos humanos a que a lei defere os efeitos almejados pelo agente. Sao praticados em conformidade com o ordenamento jurídico, produzem os efeitos jurídicos vo- luntários, queridos pelo agente. (Mora ex re - automática. Mora ex persona - precisa de notificação (art. 389 CC). 406 CC juros de mora. Combinado 591 CT - código tributário). Ato jurídico em sentido estrito: 1 - Eh aquele em que, embora resultante de uma ação humana, de um ato de vontade, o ato em sua essência nada mais seria do que um mero pressuposto de efeitos pré ordenados pela lei. (art. 1263 - ocupação "achado não é roubado") 2 - O ato jurídico em sentido estrito é aquele que gera conseqüências previstas em lei. E não pe- las partes interessadas, não havendo regulamentação da autonomia privada. No AJJE, o efeito da manifestação da vontade esta pré determinada pela lei, ou seja, os efeitos são invariáveis, não havendo a criação de um Instituto Jurídico próprio, como ocorre no negocio jurídico (contrato), que exige uma vontade qualificada. Eh uma ação humana licita, que gera conseqüências prevista na lei, não havendo composição da vontade. Ha manifestação de vontade, mas os efeitos jurídicos são gerados independentemente de serem perseguidos diretamente pelo sujeito, pois não ha como moldar os efeitos. Exemplos: pagamento - libertação do vinculo contratual reconhecimento de filho - pensão, sucessão, herança, nome notificação para constituição de mora - aplicação do art. 389 CC perdão de divida - libertação do vinculo contratual fixação de domicilio - responde pelas obrigações e atos (art. 94 CPC) AJSE: predefinido (predeterminado como um filho) Filho: não pode aumentar ou diminuir a intensidade Contrato: pode aumentar ou diminuir a intensidade Negócio Jurídico: VONTADE qualificada (vontade sem vício) Doutrina majoritária reconhece apenas o Negócio Jurídico e o AJJE Ato fato jurídico: parte da doutrina não acolhe. É o que é reconhecido socialmente, tem gente que enquadra como Negócio Jurídico (reconhecido socialmente). 3) Ato fato Jurídico: É o fato jurídico qualificado por uma atuação humana. Nesta modalidade, não importa a intenção, a vontade da pessoa que realizou o ato, tento relevância apenas as conseqüências que o ato pro- duziu. Em muitos casos o efeito do ato não é buscado, tão pouco imaginado pelo agente, mas decorre de uma conduta socialmente reconhecida. Ex: Compra e venda de doces realizada por um menor (obs: esse menor NÃO TEM capacidade de emitir vontade qualificada, que é exigida nos contratos de compra e venda). 4) Negócio Jurídico: A base do negócio Jurídico é a autonomia provada e a liberdade individual. Autonomia privada é o poder que as pessoas tem de regulamentar os seus próprios intereses, é o poder que os particulares possuem de regular, pelo exercício de sua própria vontade, as relações de que participam estabelecendo seu conteúdo, sua estrutura, seus efeitos e a respectiva discipli- na jurídica. pacta sun servante: contrato lei entre as partes (força obrigatória do contrato) Dirigismo contratual: contrato de adesão art. 51 CDC art. 941 CC: Vício oculto contrato: pode aumentar ou diminuir força Conceitos de negócio jurídico: I - É um meio para à realização da autonomia privada, ou seja, é a atividade que cria, modifica ou extingue relação jurídica entre particulares. II - É uma espécie de ato jurídico que, além de se originar de um ato de vontade, implica a decla- ração expressa da vontade, instauradora de uma relação entre sujeitos tendo em vista um objetivo protegido pelo ordenamento jurídico. III - É um fato jurídico constituído a partir de uma declaração de vontade. Interpretação do negócio jurídico e teorias sobre NJ: NJ: Elemento Interno: Vontade (elemento psíquico/ elemento subjetivo) Elemento Externo: Declaração de Vontade (elemento objetivo) Vontade e Declaração = iguais para maioria dos contratos (elemento externo igual elemento inter- no) Declaração = Vontade -- Tudo certo Declaração DIFERENTE Vontade -- Problema aparece (algum tipo de vício de consentimiento) Declaração diferente Vontade: Erro Dolo Coação Estado de Perigo Lesão Linha tênue separa esses problemas do mau negócio, analizar causualmente. Interpretar o negócio jurídico não é uma tarefa das maisfáceis, é buscar, precisar o sentido e al- cance do conteúdo da declaração de vontade. É uma tentativa de buscar a vontade concreta, real das partes, a correta intenção das partes. Teoria da Vontade: O elemento vontade é essencial, determinante, produz efeitos jurídicos independentemente daqui- lo que foi declarado. A declaração é colocada em segundo plano. Havendo divergência entre a vontade e a declaração prevalecerá a primeira. Teoria da Declaração: A essência do negocio jurídico não é a vontade, mas sim a declaração de determinado sujeito, devendo produzir seus efeitos, independentemente de corresponder ou não à sua vontade. Em havendo divergência entre a vontade e a declaração prevalecerá a declaração. Existem criticas para as duas teorias Ler teoria da confiança (inovação jurídica que está sendo muito usada, diz que deve proteger as expectativas legítimas daquele que deu a declaração de vontade) Declaração de vontade gera expectativas que por si gera confiança = tem que agir com boa fé contratual (art. 422 CC). Boa fé objetiva (forma correta e leal, dando todas as informações ne- cessárias para que a outra parte possa escolher). Nasce para as duas partes, deveres anexos e laterais. Não existe uma teoria que prevaleça Silêncio: por si só não tem validade, não pode ser considerado como forma de relação (ex: te falo para comprar minha casa por 200 mil, você fica em silencio e no outro dia ligo para te cobrar compra). Silencio: Só tem validade Quando a lei determinar (ex: art. 539 CC) Circunstâncias do Caso (Subjetivo - ex doutrina: entrega de mercadoria) Reserva mental: algo que você insere em seu cérebro, por si só não tem validade. Não pode as- sinar contrato e depois falar que fez reserva mental antes de assinar (ou que não queria). Contrato benéfico ou gratuito: doação OTÁRIO: quem recebe (destinatário, donatário...) Silencio, dispositivos que falam sobre ele: arts. 147, 522, 528, 539, 1807 CC. Classificação dos Negócios Jurídicos: Classificar os negócios jurídicos significa coloca-los em grupos, segundo as suas semelhanças. Acentua-se as compatibilidades, visando agrupa-los em determinadas categorias. A questão tem importância pois ao classificar o negócio jurídico podemos analisar qual é a sua natureza jurídica, os seus efeitos e conseqüências. Vício regibitório: Só para contrato comutativo (já sabe sua prestação e contra-prestação, ex: con- trato de locação e compra) NÃO entra para contrato aleatório (contrato de aquisição de coisa futu- ra, ex: plano de saúde). Alea = risco Contrato básico não tem divergência na doutrina em outros há. 1) Quanto às vantagens patrimoniais que produzem: a) Gratuito: São aqueles em que só uma das partes recebe vantagens, benefícios, enriquecimen- to patrimonial sem qualquer contra prestação. Ex: doação pura (art. 538 CC) e comodato (art. 579 CC - empréstimo gratuito de art. não fundível). b) Onerosos: São aqueles em que ambos os contratantes recebem vantagens em virtude de um sacrifício. Envolvem prestações e contraprestações. Ex: compra e venda (art. 481 CC) e locação (art. 565 CC). Podem ser Comutativos ou Aleatórios (único que se divide nesses dois). Comutativos: As prestações são equivalentes e certas. No negocio jurídico comutativo as partes recebem prestação equivalente a sua, podendo apreciar imediatamente tal equivalência. Ex: com- pra e venda e locação. Aleatório: É o instrumento em que partes se arriscam a uma contra prestação inexistente ou des- proporcional. Ex: contrato de seguro (art. 757 CC). 2) Quanto às formalidade: a) Solenes (NJ formal): São os negócio que devem obedecer à forma prescrita em lei para que haja o seu aperfeiçoamento. Ex: casamento, compra e venda de bens imóveis com valores supe- riores à taxa legal (art. 108 CC). b) Não solenes (NJ não formal): São os negócios jurídicos celebrados de forma livre, bastando o consentimento para a sua formação. Ex: contrato de locação. Art. 107 CC: Princípio da liberdade das formas. 3) Quanto ao número de manifestação de vontade: a) Unilaterais: São aqueles que se aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade. O ato volitivo (vontade) provém de um ou mais sujeitos, desde que estejam em uma única direção. Ex: promessa de recompensa, testamento, emissão de cheque (de títulos de crédito), confissão de divida, revogação de mandato, etc. Termo: evento futuro e certo. b) Bilateral: São aqueles que se realizam com duas manifestações de vontade, coincidentes so- bre o objeto, porém dirigidas em sentido contrário (consentimento/ acordo de vontades). b.1) Bilateral Simples: É aquele que trás benefício apenas para uma das partes e ônus para a outra. Ex: doação, contrato de depósito. (em regra ele é gratuito, ex: esqueci a mala na casa de alguém e a pessoa guarda). b.2) Sinalagmático: Significa dever mútuo, reciproco. São aqueles em que há reciprocidade de direitos e obrigações, vantagens e desvantagens recíprocas. Ex: compra e venda, locação, con- trato de trabalho, prestação de serviço, etc. (grande maioria dos contratos). c) Pulirilateral: São aqueles em que há intercâmbio de várias declarações convergênctes. Ex: contrato de sociedade. 4) Quanto ao tempo que produzem efeitos: a) Intervivos (entre vivos): São aqueles que produzem efeitos em vida das partes, as conse- quências jurídicas são em vida. Ex: casamento, locação, compra e venda... b) Mortis causa (por causa da morte): São aqueles que regulam relações de direito após a mor- te do sujeito. O evento morte é pressuposto necessário para a sua eficácia. Ex: testamento, segu- ro de vida... 5) Quanto a existência: a) Principais: É aquele que existe independente de qualquer outro. Ex: Locação. (mesma regra dos bens principais e acessórios). b) Acessório: Sua existência subordina-se ao principal. Ex: Sublocação, contrato de fiança (ela é garantia só existe em virtude do contrato principal). Elementos constitutivos do Negócio Jurídico: a) Elementos Essenciais (Plano da Existência): São elementos mínimos sem os quais o NJ não existe. b) Elementos Naturais: São os efeitos decorrentes do negócio jurídico, sem que seja necessária qualquer mensão expressa, pois a própria norma determina quais são as conseqüências jurídicas. Ex: ão falo no contrato onde vai ser o pagamento, cai no art. 327 (pagamento no domicílio do de- vedor); art 441 vício regibitório - vício oculto - se não falar nada no contrato a pessoa responde por vício oculto; art. 447 consequências; etc. c) Elementos Acidentais (plano da eficácia): São estipulações ou cláusulas acessórias que as partes podem adicionar em seus negócios, para alterar ou determinar algumas consequências na eficácia do negócio jurídico. É a condição (art. 121), termo (art. 131) e o encargo (art. 136). A condição suspensiva -> atinge a eficácia até que a condição do evento aconteça, evento futuro e incerto (se passar na OAB te dou um carro...). Termo: evento futuro e certo: Morte Condição resolutiva: compra de terreno construtoras, se não comprar alguns do bloco não leva nenhum... Escada ponteana: Elementos mínimos essenciais. Elementos para que NJ exista &: FAVO - Forma, Agente, Von- tade e Objeto. (pode haver ilicitude aqui, não conta se é válido ou não, só se esses elementos existem). Campo da existência se liga ao da validade -> é lá que ele irá ganhar qualificação. Validade: Elementos essenci- ais ganham validade e qualifi- cação. Existência (Doutrina - &) Validade (art. 104 CC) Eficácia (art. 121 e seguin- tes CC) Defeitos do NJ's Vícios de consentimento: Divergência entre declaração e vontade. Vícios de Consentimento: São aqueles que provocam uma manifestação de vontade divergente com o íntimo e verdadeiro querer do agente, criando um confito entre a vontade manifestada e a real intenção de quem a exteriorizou.Erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão. Vícios sociais: É a hipótese em que, temos uma vontade funcionando normalmente, havendo correspondência entre a vontade interna e sua manifestação, ocorre que a vontade desvia-se da lei ou da boa fé, tem a intenção de prejudicar terceiros. Vícios sociais: simulação e fraude contra credores.(é mais grave porque é má-fé, se junta para fazer algo errado). Vícios de consentimento: Erro ou ignorância (art. 138 ao 144 CC): Muito díficil de comprovar, pessoa se engana sozinha. Tem uma realidade inexata. Total desco- nhecimento da realidade. Erro é diferente de ignorancia no dicionário, mais para o direito assume o mesmo papel nesse caso. Defeitos do NJ Erro ou ignorância - Arts. 138 ao 144 Erro é uma noção inexata, não verdadeira, sobre alguma coisa ou pessoa que influência a forma- ção de vontade. É o conhecimento equivocado, falso, incompleto que surge de forma espontânea. (muito difícil de provar, pessoa se engana sozinha - outro não tem conduta maliciosa. Linha tênue entre mal negócio ou negligência e erro) Requisitos: a) Ser substancial (ou essencial): É aquele que tem papel decisivo na manifestação de vontade. b) Escusável (ou perdoável): Erro que não é grosseiro que qualquer pessoa poderia cometer. c) Real: Trazer efetivo prejuízo. Espécies de erro substâncial: Art. 139 a) Erro sobre a natureza do negócio. (achava que tinha compra e venda e era uma doação). b) Erro sobre o objeto principal da declaração. c) Erro sobre alguma das qualidade essenciais do objeto. d) Erro quanto à identidade/qualidade da pessoa à que se refere a declaração de vontade. (acha- va que eu tinha contratado um engenheiro e contratei um técnico). e) Erro de direito. X art. 3 LINDB. ( você não quer infligir a lei, agindo de boa-fé, não quer justificar o "crime" apenas anular o negócio jurídico. Não quer se esquivar do cumprimento da lei) Erro de direito é o desconhecimento completo ou parcial da existência ou do real alcance da norma jurídica. Não pode representar uma forma de se esquivar do cumprimento da lei, pois tal conduta é proibida com fundamento no art. 3 da LINDB. Art. 140: Falso motivo. Fulano celebrou contrato com cliclano de compra e venda de um espaço comercial ("passo o pon- to"), um bar na rua X com a rua Y, achando que em frente iria ser construída uma universidade onde haveria a circulação de 10 mil pessoas/dia. Depois de alguns meses não foi construído nada lá. O NJ é passível de anulação? Não, art. 140, falso motivo. Caso constasse uma cláusula no contrato dizendo que na frente do bar iria ser construída uma universidade, o NJ seria passível de anulação. Art. 141: Fax/mensagem/representante comercial. (interposta: no meio de algo). Art. 142/143: Erro acidental. Dolo (arts. 145 ao 150, CC): Erro: • Espontâneo (erro da última aula) • Provocado (dolo) Provocado: má-fé. Intenção de prejudicar (intenção de viciar a vontade do NJ, que a pessoa não faria caso contrário). Dolo feito quando a pessoa não iria celebrar NJ (ex: saio de casa para traba- lhar acabo comprando um relógio) = Cabe anulação da NJ. Dolo feito quando a pessoa iria cele- brar um NJ (ex: saio de casa para comprar um relógio) = Não cabe anulação do NJ, mais pode pedir indenização. Dolo em sentido amplo: São manobras feitas com o propósito de obter declaração de vontade que não seria emitida se o declarante não fosse enganado. Espécies de dolo: a) Dolo principal (art. 145, CC - não ia celebrar NJ - anula) e dolo acidental (art. 146, CC - ia celebrar NJ - não anula, indenização): Dolo principal: é aquele que afeta diretamente a vontade, que dá causa ao NJ, sem o qual ele não seria realizado. Dolo acidental: é aquele que leva a vítima a realizar o negócio, porém em condições mais onero- sas ou menos vantajosas, não influi diretamente na realização do ato, que seria praticado inde- pendentemente do emprego do dolo. b) Dolo positivo (ou comissivo) e Dolo Negativo (ou omissivo) - art. 147, CC: Dolo positivo: é o artifício malicioso que consta de uma ação, de uma conduta, é o dolo praticado por ação. Dolo omissivo: é a ausência maliciosa de ação, omissão dolosa de alguma coisa que o contra- tante deveria saber, pois caso contrário não realizaria o NJ. c) Dolos bonus e Dolos Malus: Dolos bonus: práticas comerciais aceitas no mundo social e até onde se pode usar essas práti- cas -> CDC. (propaganda abusiva entre outros). Olhar arts. 30, 35 e 37 CDC. Dolus Malus: quando fala de dolo, se fala nesse caso. Dolo de má-fé do CC. Arts. 145 ao 150. d) Dolo de terceiro (art. 148, CC): Quando terceiro não participa do NJ Se a parte a quem aproveite: (se qualquer uma das partes que participaram do NJ) Tinha conhecimento (da ação do terceiro): NJ anulável (no artigo é citado também "que devesse ter conhecimento" -> se refere a pessoas que se presu- mem ter conhecimento do ato, até pela proximidade com o agente - ex: cônjuge, filho ... - é subje- tivo) Não tinha conhecimento: NJ não anulável, mas a vítima poderá pedir perdas e danos (art. 402, CC) ao autor do dolo. e) Dolo do representante legal e dolo do representante convencional (art. 149, CC): Representante legal: Imposto pela lei, a pessoa não escolhe (ex: pai, mãe, tutor e curador). (como a pessoa não escolheu - é mais leve. Só responde por aquilo que efetivamente recebeu do NJ) Representante convencional: Escolhido, você tem livre escolha (qualquer pessoa pode ser). ("se ferra", responde de forma solidária - art. 402 CC) Consequências jurídicas diferentes para cada um. Não são terceiros, agem em nome da pessoa (parte). O representante legal não é considerado terceiro, pois age como se fosse o próprio representado. A consequência jurídica do dolo praticado pelo representante convencional é mais grave, tendo em vista a pessoa ter eleito mal o sujeito que iria lhe representar. f) Dolo bilateral (art. 150, CC): É a aplicação da regra geral pela qual ninguém pode alegar a própria torpeza (malícia). O que a lei faz é tratar com indiferença ambas as partes que foram maliciosas, punindo-as com a impossi- bilidade de anular o negócio, pois ambos agiram de má-fé. Ex: Fulano em uma permuta troca terreno por um prédio, de valores parecidos, troca pura. Dono do prédio omite que o prédio está condenado, e o do terreno omite que é de utilização pública e pode ser objeto de desapropriação. Dolo bilateral. Dois saem prejudicados. Coação Art. 151 ao 155, CC Espécies: a) Coação absoluta e relativa. (separação doutrinária, não aplica na prática). (Absoluta: Física - suprime totalmente a vontade. Ex: aponta uma arma - ausência de vontade). (Relativa: Moral - realiza o NJ ou paga para ver... - ameaça ou chantagem). b) Coação principal e acidental. (não tem no CC - mesma coisa do dolo principal e acidental). Requisitos: a) Causa determinante do ato (coação principal). b) Deve ser grave (subjetivo) c) Deve ser injusta (falar para pessoa que está devendo que vai processar ela e colocar nome no Serasa, Não é coação. É certo e justo. Agora me paga ou eu ponho fogo na sua casa não). d) Dano atual ou eminente (prestes a acontecer - subjetivo) e) Prejuízo à pessoa, bens ou família Exclusão da coação (art. 153): a) Ameaça ao exercício normal de um direito: A violência deve ser injusta, pois, se for justa o autor da ameaça terá exercido um direito seu. b) Simples temor reverencial: Reverência é o respeito que uma pessoa possui em relação a ou- tra. Não se reveste de gravidade suficiente o simples temor de desgostar os pais, o patrão, em fim, alguém hierarquicamente superior. Coação de terceiro (arts. 154/155): (mesma coisa de dolo de terceiro) Estado de perigo - art. 156: Configura-se estado de perigo quando o agente, ante uma situação de perigo de dano, conhecida pela outra parte, emite declaraçãode vontade, assumindo obriga- ção excessivamente onerosa. Requisitos: a) É um NJ oneroso, desproporcional. b) É o conhecimento da outra parte. EP: dano à pessoa (dano extrapatrimonial) Lesão: necessidade enorme de realizar contrato (dano patrimonial) -> pode ser por inexperiência também (entra conceito do "homem médio") (ex: dor de dente pessoa costuma cobrar 1 mil pelo procedimento e devido ao seu estado de ne- cessidade cobra 10 mil) Lesão - art. 157: É um negócio defeituoso em que uma das partes, abusando da inexperiência da outra, obtém vantagem manifestamente desproporcional ao proveito resultante da prestação. (le- são não aplica a banco) Invalidade: Nulidade absoluta = Nulidade Nulidade relativa = Anulabilidade (menos grave - não estudamos ainda as diferenças aqui) Conceito de coação: coação é toda ameaça ou pressão injusta exercida sobre um indivíduo para força-lo contra a sua vontade a praticar um ato ou realizar um NJ. Coação é o mal injusto, grave e eminente, causado à vítima, mediante violência física ou moral, que leva o indivíduo a realizar o ato ou o NJ que em outra situação não faria. Fraude contra credores: Arts. 158 ao 165, CC (princípio da responsabilidade patrimonial - art. 591 CC - exceção pensão alimentícia) (Declaração diferente vontade = acabou vício de consentimiento) Vicios Sociais: • Fraude contra credores • Simulação (declaração = vontade. Fim é fraudar a lei) Devedor Solvente: Passivo (dívida) = 1.000.000 Ativo ("patrimônio" - positivo) = 5.000.000 Devedor Insolvente: Passivo (dívida) = 100.000.000 Ativo ("patrimônio" - positivo)= 5.000.000 (aqui pode decretar insolvência civil - parecido com a falência (pj)) (patrimônio entra tanto o ativo como o passivo, bens e as dívidas) Conceito de fraude contra credores: 1) Cuida-se de uma atuação maliciosa do devedor que em estado de insolvência ou na eminência de assim tornar-se, dispõe de maneira gratuita ou onerosa o seu patrimônio, para afastar a possi- bilidade de responderem os seus bens por obrigações assumidas em momento anterior à trans- missão. 2) É qualquer ato praticado pelo devedor já insolvente ou por esse ato levado à insolvência com prejuízo de seus credores. Requisitos: a) Anterioridade do crédito: para que haja possibilidade do credor anular o NJ é necessário que seu crédito seja constituído antes da realização do negócio tido como fraudulento. b) Causar dano: é a insolvência do devedor, é o efetivo prejuízo. Sem o prejuízo não existe o le- gítimo interesse na propositura da ação, uma vez que o devedor tem plena liberdade de alienar seus bens, em decorrência do direito de propriedade que lhe é assegurado. c) Conluio fraudulênto: é a má-fé do devedor , a consciência, a intenção de prejudicar terceiros, de prejudicar credores. (jurisprudência acha que não precisa ter consciência desse fato, não pre- cisa mais comprovar má-fé do devedor - na ação pauliana) (ação pauliana: anular ato fraudulento praticado pelo devedor) Atenção: a posição atual é a de que não se faz mais necessária a má-fé do devedor, para a carac- terização da fraude contra credores bastam os requisitos "a" e "b". Hipóteses legais: a) Ato de transmissão Gratuita de bens ou remissão de dívida (art. 158, CC). (remiSSão = Perdão / remiÇão = pagamento) Credores quirografários: aqueles que não possuem nenhuma garantia (não tem privilégio - cre- dores podem ser também comum ou ordinários - garantia = é TODO acervo patrimonial) (credor de hipotecário: privilegiado, garantia especial que é a hipoteca - vai atrás do imóvel - não pode entrar com ação pauliana - hipoteca é um direito real - recai sobre a coisa e não a pessoa - pode vender o imóvel hipotecado - e vai atrás do bem com quem quer que ele esteja) Art. 158 - exs: doações, renúncia a herança, perdão de dívida, aval de favor (garantia pessoal). b) ato de transmissão onerosa (159): Se a indecência for notória (nome com muito protestos no Serasa), imóvel a preço vil (muito bai- xo). Devedor Credor <---------------> adquirente / terceiro : boa fé, má fé. Imóvel C) pagamento antecipado da dívida (art. 162) D) concessão fraudulenta de garantias (art. 163) Art. 164 negócios ordinários celebrados de boa fé pelo devedor (ex condomínio, iptu, pagamento de taxas, etc). Atenção: não confundir fraude a execução e fraude contra credores. Fraude contra credores Fraude à execução 593, CPC Instituto de direito civil Instituto de processo civil Direito privado Direito publico Acao pauliana Simples petição fundamentada Não existe ação, embora possa existir protestos em nome do devedor Demanda ou ação em andamento Perguntas Simulação (art. 167, CP) Ato jurídico nulo NJ aparente (fictício) -> simulado NJ oculto (real) -> dissimulado Conceito de simulação: 1) é a declaração enganosa da vontade visando produzir efeito diverso daquele indicado. 2) Simulação é uma declaração falsa, enganosa, da vontade visando aparentar negocio diverso do efetivamente desejado. Características da simulação: A) Acordo simulatório: é a declaração bilateral de vontade, tratado com a outra parte com a fi- nalidade de lesar terceiros ou fraudar a lei. B) Não corresponde à intenção das partes, as quais disfarçam o seu pensamento, o declarante mostra um fim jurídico, porem quer encobertar uma intenção diversa. As partes, maliciosamen- te, disfarçam seu pensamento, apresentado sobre aparência irreal ou fictícia. C) É feita no sentido de iludir terceiros, ou fraudar a lei todos os participantes do negocio jurídico estão em acerto prévio. Os ajustes aparentam ser corretos, mas formam negócios jurídicos fantasiosos, imaginativos, não queridos pelos interessados. Espécies: A) simulação absoluta: verifica-se quando a declaração de vontade exprime aparentemente um NJ , mas as partes não efetuam qualquer negocio. Apenas fingem para criar uma aparência, uma ilusão externa, porem a declaração se destina a não produzir resultado. Ex dividas fictí- cias. B) Simulação relativa ou dissimulação: é aquela que tem por objetivo encobrir outro de nature- za diversa (dissimulado). As partes pretendem realizar determinado negocio prejudicial a ter- ceiro ou em fraude à lei. Para esconde-lo, realizam outro negócio. Dois NJ: 1- NJ aparente/si- mulado (de mentira); 2- NJ oculto/dissimulado (verdadeiro). Elementos acidentais: Condição: evento futuro e incerto. Pode ser resolutivo(se tal coisa acontecer cancela contrato), ou suspensiva (acaba se não cumprir a condição). Termo: evento futuro e certo. Encargo (modo). Elementos acidentais são cláusulas acrescentadas ao NJ com o objetivo de modificar alguma de suas conseqüências naturais, restringindo-o no tempo ou retardando o seu nascimento ou a sua exigibilidade. Sao clausulas limitadoras da eficácia do NJ (condição, termo e encargo). Condição, conceito: um negocio é condicional quando sua eficácia depende de um acontecimen- to futuro e incerto. É a clausula limitadora pela qual as partes, pela suas próprias vontades, su- bordinam a eficácia do NJ que celebram a evento futuro e incerto. Da ocorrências da condição depende o nascimento ou a extinção de um direito. (Art. 121) Elementos e condição: a) Voluntariedade: a condição deve ser voluntária, isto é, estabelecida pelas partes como requi- sito de eficácia do NJ. As partes devem querer e determinar o evento, pois se a eficácia do NJ for subordinada por determinação na lei, não haver condição (elemento acidental), mas sim condição legal, ligada a pressupostos de validade e não verdadeira condição. b) Evento futuro: o evento deve, necessariamente ser ligado ao futuro, em se tratando de fato passado, ainda que ignorado, não se considera condição. c) Incerteza: o evento pode vir a ocorrer ou não. A incerteza deve ser lara todas as partese não apenas para aquele que emite declaração. Negócios jurídicos que não admitem condição: NJ extrapatrimoniais. Atos jurídicos em sentido estrito. NJ que envolvem direitos da personalidade Aceitação e renuncia de herança (art. 1808, CC) Que admite condição: patrimonial. Ex: casamento, emancipação, reconhecimento de filho... Classificação: 1) Quanto ao modo de atuação: a) Suspensiva: é aquela que suspende ou paralisa o inicio dos efeitos jurídicos, impede que o ato produza efeitos ate a realização do evento futuro e incerto. Art. 125, CC. b) Resolutiva: o negocio jurídico se aperfeiçoa desde logo, todavia fica sujeito a se desfazer, e de fato se desfaz, caso ocorra o evento futuro e incerto estabelecido entre as partes. Art. 127, CC. EX: construtora comprando quarteirão. Art. 126, CC: a norma protege o credor condicional que cria uma expectativa que não pode ser frustada. 2) Quanto a licitude: A) Lícita (art. 122) B) Ilícita (art. 122) - não só aquilo que contraria diretamente o ordenamento jurídico (ex cassino) mas também diz respeito aos bons costumes. 3) Quanto à sua efetividade: A) Casual: eventos da natureza. Ex se chover amanhã. (Evento futuro e incerto) B) Mista: vontade de uma das partes mais terceiro. Ex te dou o imóvel se você se casar com fu- lano. C) Potestativa: simplesmente potestativa é puramente potestativa. Potestativa - é aquela cláusula que decorre exclusivamente da vontade de uma das partes. Puramente potestativa: ilícita. Ex eu te dou o código com condição Resolutiva de que eu possa desfazer o negócio quando eu quiser. Fica de mãos atadas, sujeito a vontade, ao arbítrio da von- tade do outro. Final do art. 122 , "... Ou o sujeitarem...". Se eu quiser, se eu assim o desejar... Simplesmente potestativa: lícita. Vontade de uma das partes mais fatores externos. Ex se você escalar o monte everest, se você ganhar a maratona, se você passar na faculdade... art. 123, I, CC: se a condição impossível for suspensiva, todo o contrato será invalidado. Art. 124, CC: se a condição impossível for Resolutiva, o negócio jurídico será válido e eficaz. Nes- te caso, a declaração será considerada pura e simples. Termo (art. 131 a 135): Evento determinado é certo ( ex morte ). Início e término da eficácia de um contrato. Ligado a ideia de tempo. Quando inicia, é o "termo inicial" . Quando termina é o "termo final". Não é obrigatório! O período entre inicial e final é o prazo. É um elemento acidental do NJ e sempre subordina o início ou o término da eficácia do NJ a um elemento futuro é certo. É o dia de começar ou terminar a eficácia de um NJ. O termo pode ser: a) Inicial: aquele que dá início aos efeitos do NJ. O termo inicial não suspende a aquisição do direito, apenas o seu respectivo exercício. (Art. 131,CC) b) Final: caso seja determinada a data da cessação dos efeitos do ato negocial. c) Certo: é aquele que estabelece um dia exato, uma data no calendário. d) Incerto: caso se refira a um acontecimento futuro que ocorrerá em data indeterminada (ex morte). Prazos e sua contagem: art. 132 a 135. Os prazos do CC são diferentes dos prazos do CPC. Encargo: art. 136 a 137. Só pode em NJ gratuito. Conceito: é uma limitação a uma liberalidade. É a cláusula que colocada em NJ gratuitos, atinge seus efeitos, sem impedir a aquisição ou exercício do direito, impondo a um beneficiário um ônus, sem que este configure uma contraprestação. Invalidade dos negócios jurídicos: (No que couber se aplica também ao ato jurídico em sentido estrito- efeito está na lei) Arts. 166 a 184, CC. Invalidade: sentido genérico, amplo. Abrange: • Negócio jurídico inexistente • Nulidade absoluta, art 166,CC. (Vicio mais grave, quando fala nulo, é esse) • Nulidade relativa ou anulabilidade. (Vícios de consentimento, interesse de cunho eminen- temente Particular. Pode escolher não fazer nada.) Esses vícios são no momento da formação do NJ (tudo o que vimos no segundo semestre está aqui), não é depois do momento da formação. A invalidade do negócio jurídico é uma sanção prevista em lei quando ausente qualquer dos re- quisitos legais existidos para o NJ. O NJ inválido é aquele praticado de forma contrária à legisla- ção. É o NJ deficiente, defeituoso. A expressão invalidade representa em um sentido frenético o negócio que não produz os efeitos desejados pelas partes. A lei graduou a invalidade, por meio de atos que são reputados mais ou menos graves, de acordo com o grau de imperfeição verificado. (Escolha do grau de invalidade é feita exclusivamente pela lei). Na pratica não tem diferença entre negócio jurídico inexistente e nulidade absoluta. Negócio jurídico inexistente: alguns doutrinadores não são adeptos a teoria do ato inexistente, uma vez que o código civil não contempla tal hipótese. Ato inexistente é aquele que não gera efeito no âmbito jurídico, pois não preencheu requisitos mí- nimos constantes do plano da existência. (FAVO) O ato inexistente é o nada. A lei não o regula, porque não há necessidade de disciplinar o nada. Nulidade absoluta: é a sanção imposta a um vício que se reveste de maior gravidade, existindo um interesse social para que se prive o negócio jurídico de produzir seus efeitos, em virtude de ofensa a preceito de ordem pública, isto é, pela ausência dos requisitos impostos pelo artigo 104 do CC. (Sempre conjugado com o art. 166, CC). NJ nulo -> nunca melhora Ex menino de 12 anos assina um compromisso de compra e venda e o pai dele não, você tem que jogar o documento fora e fazer um novo onde os dois irão assinar. Não adianta o pai assinar depois. Se no caso fosse um NJ anulável, ex menino de 17 anos assina e o pai não, pode pegar a assina- tura depois sem problemas. Art. 104 ! art. 166 I <-->. I II. <-->. II X. <-->. III III. <-->. IV e V Ex do art. 166, V, CC = arts. 108, CC e 1806, CC Impossibilidade, art. 166, II, CC: Física: fatores da natureza . (Ex contrato de busto para ir daqui ao Japão em três horas) Jurídica (pode se confundir com ilicitude, impossibilidade está dentro da ilicitude, ver abaixo - ex tutor não pode comprar bens do tutelado, não pode dar autorização judicial para isso, mas mesmo se desse não poderia, art. 1749, CC). A impossibilidade do objeto envolve a impossibilidade física e jurídica. A impossibilidade física ocorre quando o sujeito não tiver condições de materializar ou concretizar o contrato, pois supera as forças humana (ninguém consegue executar). A impossibilidade jurídica ocorre quando a lei expressamente proíbe negócios a respeito de de- terminado bem jurídico (ex art. 1749, CC). Indeterminado -> art. 243, CC (ex laranjas) Determinável: coisa incerteza, ex qualquer fiat uno do pátio. Determinado: tenho o número do chassi, aquele fiat uno. Princípio da vedação do enriquecimento sem causa ou do locupletamento sem causa. Quando recebe aluguel e o NJ é anulado, não pode pedir Ressarcimento dos aluguéis já pagos no passa- do. Fraudar lei imperativa, são normas obrigatórias, de ordem pública que todos devem respeitar. São os casos de simulação (art. 167, CC). Art. 166, VII: exs 489, 548, 549, 1428, 1475, 1548... Normalmente estes dispositvos contém expressões como: "é nulo", "não se admite", "não pode", " ficará sem efeito". (Sanção e nulidade do art 166,VII... São contraditórios) Convalescer-> sinônimo de recuperar Art. 170 : princípio da conversão do negócio jurídico: transforma um NJ nulo em um NJ válido. Os elementos substanciais do negócio nulo serão considerados para caracterização de outro negó- cio. Há um aproveitamento dos elemento do NJ nulo para considerá-lo como outro contrato. Ex: Compromisso de compra e venda-> contrato preliminar Art. 462 Contrato de compra e venda -> art. 481 C) nulidade relativa (anulabilidade): Conceito:é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados por pessoa relati- vamente incapaz ou contaminado por algum vício de consentimento. Art. 171 (casos onde é anulável) Art. 172 Art. 173. -->. Confirmação : expressa (art. 173). Ou tácita (art 174,CC) Art. 174 Confirmação, tácita: é a prática de atos contraditórios com a vontade de anular o NJ, mesmo ten- do plena ciência do vício. Art. 174: escusada - quer dizer desnecessária Nulidade absoluta Nulidade relativa Atinge interesse publico Interesse particular Mais grave Menos grave Deve ser reconhecido de ofício pelo juiz Não pode ser reconhecida de ofício Não pode ser confirmado Pode ser confirmado (e/t) Não convalida com o decurso do tempo Prazos decadenciais dos arts. 178 Prescrição e decadência Prescrição: arts 189 a 206 Decadência: arts 207 a 211,CC Elemento tempo + inércia do titular (elementos da prescrição e da decadência) Prescrição aquisitiva: usucapião Prescrição extintivo: extingue direito O direito subjetivo só nasce quando o direito objetivo é violado. Conjunto de normas do estado (ex direito de propriedade). Prerrogativa de usar o direito objetivo se ele foi afrontado. Direito objetivo: 186 Direito subjetivo: objeto foi violado (direito objetivo) Dar, fazer e não fazer: sempre. Outra parte é condenada nessas obrigações quando aciona o di- reito subjetivo. Prescrição : direito subjetivo Decadência: direito potestativo O direito potestativo é um direito que não cabe contestação. Não tem obrigação a cumprir (não tem que dar, fazer e não fazer) Prescrição: atinge a ação e por via reflexa o direito (nem sempre é assim) Decadência: atinge o direito e por via reflexa a ação Efeitos dos institutos A. A decadência tem por efeito extinguir o direito. A prescrição atinge a ação A. A decadência não é suspensa nem interrompida. A prescrição pode ser suspensa ou interrom- pida pelas causas expressamente colocadas na lei. B. O prazo decadencial pode ser estabelecido pela lei ou pela vontade das partes. O prazo de prescrição é fixado apenas pela lei C. A prescrição admite renúncia depois de consumada. Conceito prescrição: é a perda do direito da pretensão judicial pelo decurso do tempo previsto em lei. É a extinção da pretensão, que nasce para o titular no momento em que seu direito é violado, de- vido à sua inércia, durante certo período de tempo fixado em lei. Conceito de decadência: é a perda do direito potestativo pela inércia do seu titular no período de tempo determinado em lei. Prescrição Requisitos: A) violação de direito( nasce a pretensão) B) Inércia do titular C) Decurso do tempo (fixado em lei) Causas que suspendem ou impedem a prescrição Fazem cessar temporariamente o curso da prescrição: • Impedimento: o obstáculo pré-existe ao vencimento da obrigação. O prazo prescricional per- manece íntegro. Ex: casamento • Suspensão: o obstáculo surge após o vencimento da obrigação. Superado o período de sus- pensão, a prescrição retorna seu curso normal. Ex: namora depois casa, se separa, volta a con- tar o prazo. A prescrição é um benéfico colocado à disposição do devedor, por tanto a prescrição corre contra o credor. Interrupção da Prescrição: volta a contar o prazo completo. A interrupção da prescrição poderá ocorrer apenas e tão somente uma única vez, e depende de um comportamento ativo do credor. (art. 202,CC) Art. 202, §6, CC: Ex: e-mail reconhecendo a dívida, pagamento parcial da obrigação, pedido de prorrogação de prazo (depende do devedor). Regra geral: art. 205, CC -> 10 Anos. Das provas: arts. 212 a 232, CC (valor jurídico, requisitos, condições de admissibilidade) arts. 332 a 442, CPC/72 (modo de constituição, produção em juízo) A prova pode ser: a)Admissível b)Pertinente c)Concludente Conceito de prova: Prova é o meio empregado para demonstrar a existência de um ato ou de um negócio jurídico. É a evidência, demonstração de um fato alegado em juízo. Conceito de confissão: A confissão ocorre quando a parte admite a verdade de um fato, contrá- rio ao seu interesse e favorável ao adversário. Espécies de confissão: a) Judicial ou extrajudicial (em juízo, em audiência, e-mail, processo...) b) Espontânea ou provocada c) Expressa ou presumida (presumida pela revelia) A prova deve ser: a) Admissível: não proibida por lei b) Pertinente: adequada a demonstração dos fatos c) Concludente: esclarecedora dos fatos controvertidos Princípios básicos: • Nada a alegar e alegar e não provar é a mesma coisa • O ônus da prova incube a quem alega o fato • Fatos notórios independem de prova • O que se prova é o fato alegado e não o direito a ser aplicado
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