Buscar

Resumo Prova 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HISTÓRIA
1665 – Hooke – 1º microscópio
1673: primeiros microorganismos vistos
1861 – Pateur – vacina
1873 – Koch – antrax
1928 – Fleming – antibiótico (penicilina)
INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
Estudo dos pequenos organismos e suas atividades.
Classificada em:
Teórica: estuda metabolismo bioquímico e fisiologia.
Pura
Prática
Aplicada: 
Médica: causa das doenças, sua prevenção, controle e tratamento.
Industrial
Agrícola
Alimentar
1% patogênicos
99% Contribuem para o equilíbrio:
Flora normal intestinal:
A flora normal compete por receptores celulares com patógenos: a bactéria da flora se fica ao receptor, ocupando-o, e as bactérias patogênicas não conseguem se ligar, indo parar nas fezes. 
Enquanto houver o equilíbrio, haverá benefício.
A flora normal compete por nutrientes contra patógenos: as bactérias se alimentam.
A flora normal mantém o sistema imune ativo: quando a bactéria da flora ocupa o receptor, “ativa” o sistema imune que fica sempre em alerta e treinado. Quando não tem bactéria da flora, o sistema imune não está preparado e ocorre a infecção.
A flora normal produz vitamina K e B12, essenciais para o metabolismo e imunidade: as vitaminas induzem a formação de células imunes. Quando ocorre uma diarreia, deve-se repor as vitaminas.
A flora normal produz substâncias tóxicas (enzimas, toxinas, antibióticos) quando agredidas por patógenos: produzem a substância para expulsar o patógeno.
Iogurte Activia: substitui a flora normal por bactérias que o intestino rejeita (o que causa diminui a constipação), havendo perda de líquidos e eletrólitos, gerando infecção e diminuindo a absorção de nutrientes e líquidos.
Laxante: perda epitelial
Probióticos: substâncias que regeneram a flora normal, para que elas expulsem os patógenos.
*E. colli: no intestino protege, fora gera infecção.
Engenharia Genética: 
Insulina é incluída ao DNA da E. colli que, quando se divide, é purificada e retira-se a insulina para ser comercializada,
Alimentos transgênicos: bactéria é exposta ao contato com toxinas o que confere resitência e fica incorporada no DNA, sendo incorporada na leguminosa.
Dentro da placenta somos estéreis, tendo o primeiro contato com microrganismos ao nascimento. 
Durante o início da infância, a criança fica protegida por causa da IgA contida no colostro da mãe, o que confere uma formação imunológica passiva natural.
Infecções não tratadas podem causar complicações.
Microrganismos incluídos:
Protozoários
Vírus: DNA/RNA +proteínas = replicação + patogenia.
É um intracelular obrigatório.
Infecção: latente (AIDS LTCD4+)
 replicação ativa
Bactérias: estrutura simples e reprodução assexuada.
Parede celular: Gram (+): espessa camada peptidoglicana + membrana citoplasmática.
Contém também ácido teicóico (importante fator de virulência) e lipoprotéico (atividade endotóxica – fraca) e polissacarídeos C.
É sensível à lisozima e mais suscetível à atividade antibacteriana da penicilina.
 Gram (-): fina camada peptidoglicana + membrana citoplasmática + membrana externa.
A membrana externa mantém a estrutura bacteriana e é uma barreira de permeabilidade a grandes moléculas (como lisozima) e moléculas hidrofóbicas, além de fornecer proteção contra condições adversas do meio.
O folheto externo da membrana externa contém LPS (endotoxina) que é um potente estimulador das respostas imunológicas, ativando células B e induzindo macrófagos a liberarem IL- 1 e IL-6 e TNF, o que causa febre e pode provocar choque.
 Sem parede: compensam sobrevivendo dentro da célula hospedeira ou em ambiente hipertônico.
Classificação preliminar:
Tamanho: 1-20 µm
 > 20 µm
Arranjo: Isolada
 Pares: diplo
 Quatro: tétrade
 Cadeias: estrepto
 Agrupamento irregular: estafilo
Formato: Esfera: cocos (isolado, diplo, tétrade, estrepto ou estafilo).
 Bastonete: bacilos (isolado, diplo, estrepto)
 Espiralada: espirilos
 Vibrio: vírgula
 Quadrado
 Estrelado
Classificação definitiva:
Propriedades genotípicas: 
Propriedades fenotípicas
Fungos: estrutura complexa.
Forma: Unicelular: leveduras (rep. Assexuada)
 Filamentoso: bolor (sexuada e assexuada)
Parasitas: estrutura mais complexa de todas. Podem ser unicelulares ou multicelulares.
Ciclo de vida: Relação permanente
 Várias etapas de desenvolvimento em vários hospedeiros.
Importância dos microrganismos:
Classificados em 5 grupos:
Patogênicos: aquele que causa ou é capaz de causar doença.
Deteriorantes: altera a configuração do alimento tornando-o com sabor ruim.
Produtores de alimentos
Probióticos: benéficos
Indicadores: Nas mãos de manipuladores de alimentos, indica má higiene.
Algumas bactérias:
Mycobacterium tuberculosis: tuberculose já matou mais de 3 mi de pessoas no mundo.
Salmonella: infecção alimentar, presente principalmente nos ovos. Compõe a flora normal do intestino da galinha e pode contaminar ovos e carnes se não for bem preparada. Pode causar diarreia branda ou fulminante.
Saccharomyces cerevisiae: fermentação alcoólica por leveduras.
Como evitar infecções:
Lavar as mãos
Assepsia e antissepsia
Vacinação
Saneamento básico
Beber água tratada
Lavar bem os alimentos.
Colorações especiais:
Coloração de Gram: classificação fenotípica de bactérias (gram positiva e negativa) e leveduras (gram positiva). Cora 95% das bactérias (as que têm 15% de lipídeos na parede celular).
*Bactérias gram positivas são mais patogênicas.
Corantes: cristal violeta, lugol, álcool-cetona, fucsina fenicada.
Procedimento:
Coleta do material
Esfregaço: passar material para lâmina
Fixação: por calor ou álcool
Coloração:
Cristal violeta + lugol (mordente) – 1 min cada = complexo iodo para rosa anilinina (roxo forte)
Álcool-cetona (diferenciador) – 15 seg = algumas bactérias descoram (ficam incolores) e as que continuam roxas são gram positivas
Fucsina fenicada – 30 seg, lavar e secar = se ficarem vermelhas são gram negativas.
*O que diferencia a coloração das bactérias é a parede celular – gram positiva é mais espessa e tem mais espaço para infiltrar o corante, mas é menos permeável ao ácool-cetona.
“Após coleta, esfregaço, fixação, vamos proceder a coloração. Coloca-se o Gram I 1 minuto e depois Gram II 1 minuto. É formado no interior das bactérias um complexo químico chamado iodo para rosa anilina de cor roxo forte. Depois utilizamos o Gram III diferenciador por 15 segundos. Algumas bactérias se deixam descorar perdendo esse complexo, ficando vazias, estas possuem um peptidoglicano mais permeável à ação da álcool-cetona. Outras não de deixam descorar continuando com o complexo químico pois possuem um peptidoglicano mais espesso e menos permeável, não se descorando em 15 segundos (gram positiva). As que ficaram vermelhas são gram negativas.”
Classificação perante o Gram: 
Todos os cocos são gram positivos exceto gêneros:
Neisseria: gonococco e meningococco.
Veillonella
Moraxella
Todos os bacilos são gram negativos exceto:
Corynebacterium
Bacillus
Clostridium
Listeria
Coloração de Ziehl-Neelsen (BAAR): utilizado para corar micobactérias, bem como outros microorganismos ácido-resistentes.
Corantes: fucsina fenicada, azul de metileno.
Procedimentos:
Fucsina fenicada – 10 minutos, aquecimento, lavar
Álcool-ácido – 15 segundos, lavar
Azul de metileno – 1 minuto, lavar, secar
“Os organismos são corados com fucsina fenicada e resistem à descoloração com soluções de ácido-álcali. O fundo é contracorado com azul de metileno. Os microrganismos aparecem vermelhos contra um fundo azul-claro. A captação de fucsina fenicada requer aquecimento da amostra (coloração ácido-resistente à quente).”
CITOLOGIA
Células Eucarióticas: células organizadas com membrana nuclear. São as células dos animais, vegetais, protozoários, fungos e algas.Possuem mitocôndrias, retículo endoplasmático e complexo de Golgi. 
Se reproduzem de forma sexuada e assexuada e respiram através de mitocôndrias.
Células Procarióticas: não há presença de membrana nuclear. Compõem as bactérias e algas azuis, não possuem mitocôndrias, retículo endoplasmático e complexo de Golgi, mas possuem parede celular rica em peptidoglicanos, lipídeos e proteínas.
Se reproduzem de forma assexuada, e respiram através da membrana citoplasmática.
Elementos estruturais das bactérias: 
Envoltórios:
Parede celular: a estrutura, os componentes e as funções da parede, distinguem bactérias gram negativas e gram positivas. As bactérias gram positivas apresentam uma espessa camada de peptidoglicanos, já as gram negativas apresentam uma fina camada de peptidoglicanos e membrana externa. Pelo fato de o peptidoglicano fornecer rigidez, ele também determina a forma da célula. O peptidoglicano é essencial para a estrutura, replicação e sobrevivência da célula em condições hostis sendo que, durante uma infecção, pode interferir na fagocitose, é mitogênico (estimula mitose dos linfócitos) e possui atividade pirogênica (induz febre). Pode ser degradado por tratamento com lisozima (secreção lacrimosa e mucosa), que degrada o esqueleto e as bactérias morrem por lise devido a diferença de pressão osmótica dos dois lados da membrana.
Funções: 
- Suporte e proteção
- Controla passagem de substâncias
- Intervém na reprodução celular
- Função antigênica ou imunológica
- Dá forma à célula
Cápsula: camada frouxa de polissacarídeos importante para sobrevivência do organismo no hospedeiro. É fracamente antigênica, tem propriedade antifagocítica e é um importante fator de virulência, podendo atuar como uma barreira a moléculas hidrofóbicas tóxicas e favorece a aderência (biofilme e alto poder infectante) a outras bactérias ou superfícies do hospedeiro.
Na ausência de cápsula não há aderência. Uma cápsula fina adere sem muita firmeza e causa uma infecção branda, já uma cápsula espessa torna mais difícil a opsonização, o que diminui a quimiotaxia e fagocitose e aumenta a virulência/patogenicidade.
Núcleo: o núcleo bacteriano é mergulhado diretamente no citoplasma. Ainda no citoplasma podem estar contidos plasmídeos que são moléculas de DNA que configuram resistência à antibióticos. Ao entrar em contato com o antibiótico, pode se modificar e a bactéria adquire resistência e passar para células filhas.
Vacúolos: isola substância tóxica para não agredir a estrutura da bactéria.
Mesossomas: respiração celular equivalente às mitocôndrias (procariontes não possuem).
Esporos: forma de proteção de algumas bactérias em situações indesejadas, passando de forma inativa para esporulação em ambiente hostil, mantendo o metabolismo inerte. Quando novamente em condições favoráveis, volta à sua forma ativa e germina. É uma forma de sobrevivência e não de reprodução característica dos gêneros bacillus e clostridium.
*Tétano: soro antitetânico (pq vacina demora 15 dias para produzir anticorpos) + tratamento + reforço para vacina. A vacina protege até os 10 anos, quando precisa-se tomar outra dose.
*É difícil matar uma bactéria esporulada no ser humano, porque quando entra fica na forma vegetativa.
Fímbrias: estruturas semelhantes a pelos constituídas de proteínas. São menores do que os flagelos e permitem a aderência (adesina) a outras bactérias ou ao hospedeiro (adesinas, lectinas, evasinas e agressinas). São importantes fatores de virulência para a colonização de E. colli e infecção do trato urinário pela Neisseria gonorrhoeae. 
As pili sexuais permitem a transferência de cromossomos entra as bactérias (conjugação) e são codificadas por um plasmídeo.
*Pseudomonas: bactéria promíscua. Se liga a qualquer fímbria e conjuga com facilidade.
Flagelos e cílios: os flagelos são propulsores filiformes compostos de flagelina que conferem motilidade à bactéria, permitindo o deslocamento em direção ao alimento (quimiotaxia) e contrário a venenos. Expressam determinantes antigênicos e de cepa.
Podem ser classificadas em:
- Atríquias: sem flagelo
- Monotríquia – 1 flagelo
- Anfitríquia – 1 flagelo de cada lado
- Lofotríquia – 1 tufo de cílio
- Peritríquia – toda recoberta por cílios.
NUTRIÇÃO
Conceito: material utilizado para manutenção da estrutura celular da bactéria, bem como fonte de energia quando de natureza química. (CHONPS, K, Ca, Mg, Zn, Fe e Mn).
Divisão quanto à obtenção: 
Autotróficas: utilizam compostos inorgânicos para seu metabolismo, transformando-os em orgânicos e depois em energia.
Utiliza luz solar (fotossintetizante) ou reação química (quimiossintetizante - oxidação de compostos):
6CO2 +6H2O C6H12O6 + 6 O2 (liberado) = 38 ATP
Heterotróficas (quimiossintetizantes): precisa de compostos orgânicos pré-formados.
*Algumas bactérias são simples (usam componentes básicos – glicose e ptna), já outras precisam de nutrientes do hospedeiro por não produzi-los (Neisseria meningitis), são as chamadas bactérias fastidiosas (exigentes).
METABOLISMO
Conceito: manutenção de atividades vitais de uma célula.
Constituição:
Anabolismo: síntese de compostos orgânicos importante para crescimento, construção e reparo de estruturas celulares.
Catabolismo: degradação de compostos orgânicos para síntese de ATP importante para motilidade, transporte e síntese de moléculas complexas.
A capacidade de crescer na presença ou ausência de oxigênio as divide em:
O Tioglicolato de Sódio é um redutor de O2 (de baixo para cima) que separa os microrganismos em aeróbios ou anaeróbios. É um teste de 24h a 36°C.
Em cima – 100% O2 – Aeróbias
Em baixo – 0% O2 – Anaeróbias
No meio – Microaerófilas
Em qualquer região – anaeróbias facultativas.
Tolerante – vive na presença de O2 e o tolera, mas não necessita dele.
Ação do meio: 
Temperatura ideal: 37°C
pH : 7
Tensão de O2
Água
Luz
Eletricidade: Quanto maior o comprimento de onda, menor o teor energético de radição (não mata bactéria) e quanto menor o comprimento de onda, maior o teor energético de radição (ação bactericida).
Ex: luz visível: CO 400-800 nm
UV : CO 260 nm
ENZIMAS
Podem servir de base para identificação bioquímica de grupos ou espécies de bactérias. 
Divisão: 
Enzimas extracelulares: atacam constituintes do meio de cultura.
Enzimas intracelulares: relacionadas à biossíntese bacteriana.
Urease: ataca ureia produzindo amônia, atacando o rim.
Ex: Proteus mirabilis, bactéria normal do intestino, quando em via uretral chega ao rim podendo causar lesão grave, uma vez que possui a enzima uréase que chega ao rim agindo sobre a ureia e transformando-a em amônia, rompendo as células renais que liberarão nutrientes fazendo com que as bactérias se multipliquem causando a pielonefrite.
REPRODUÇÃO
Curva de crescimento (Sistema fechado): avaliada em tubo de ensaio com nutrientes, coloca-se a bactéria e avalia-se as fases de desenvolvimento.
Fase de latência (Lag): adaptação nutritiva ao meio, com intensa atividade metabólica e sem divisão celular.
Fase logarítmica/de crescimento (Log): multiplicação intensa em PG com mais células nascendo do que morrendo.
Fase estacionária: começam a faltar nutrientes e aumentar a liberação de toxinas pelas células que estão morrendo, matando outras bactérias da própria colônia. Número de células que morrem = células que nascem.
Fase de declínio: morrem mais do que nascem, com muito mais falta de nutrientes e liberação de toxinas. Extinção iminente.
Morte: para salvar as bactérias, basta trocar de tubo.
Tipos:
Assexuada:
Bipartição/cissiparidade: mitose
Esporulação: formação de esporos para germinação.
Sexuada/transmissão gênica:
Conjugação: troca de material genético através de fímbrias. 
Transdução: um vetor (vírus) sequestra parte de DNA de uma bactéria e transfere para outra.
Transformação: a bactéria absorve DNA disperso no meio, que pode ser de uma bactéria morta.
MICRORGANISMOS NA INDÚSTRIA
Bebidas: fermentação da uva e domalte (Saccharomyces cerevisiae)
Panificação: fermendo prensado (Fleischman)
Vinagre: álcool ácido acético
Álcool: fermentação + destilação do melaço (S. cerevisiae)
Laticínios: produção de ácido lático (azedamento do leite)
MICRORGANISMOS NA TERAPÊUTICA
Fungos: penicilina
Bactérias: estreptomicina, tetraciclina, eritromicina.
FLORA NORMAL
É a população de microrganismos que habita a pele e mucosas e pessoas sadias, participando do metabolismo dos produtos alimentares, fornecendo fatores de crescimento, protegendo contra infecções exógenas e estimulando a resposta imunológica.
Quando nascemos, temos o primeiro contato com os microrganismos, sendo que nossa pele é o primeiro local a ser colonizado, seguindo-se a orofaringe, o trato gastrintestinal e outras mucosas.
A microbiota normal do corpo humano encontra-se em fluxo contínuo determinado por fatores como idade, dieta, saúde, higiene e estado hormonal.
Nossa flora normal habita apenas superfícies do nosso corpo:
Superfície externa:
Pele: é um ambiente hostil que não permite a sobrevivência de muitos microrganismos, sendo as bactérias gram positivas as mais comumente encontradas nessa superfície. Se não houvesse descamação e liberação de lisozima no suor, as bactérias se adaptariam à pele e causariam infecções.
Ex.: A Propionibacterium acne (um difteroide) aumenta a atividade secretora da glândula sebácea, pois crescem dentro dos folículos capilares.
É mais concentrada nas partes quentes e úmidas da pele (virilha, axila e períneo), com predominância de S. aureus. Já as áreas secas contam com a presença de S. epidermidis.
Olhos: a superfície dos olhos é colonizada por bactérias estafilococos coagulase-negativos.
Nossa lágrima contém:
Lactoferrina: um quelante que retira o ferro essencial para o metabolismo bacteriano.
Lisozima: diminui a síntese de peptidoglicano na parede celular.
Imunoglobulinas (anticorpos): facilita a fagocitose.
Superfície interna:
Boca, orofaringe e nasofaringe: colonizadas com 10-100 bactérias anaeróbias para cada bactéria aeróbia, sendo que essa proporção varia em diferentes locais anatômicos. São, em sua maioria, avirulentos e raramente associados a desenvolvimento de doenças, a menos que introduzidos em locais normalmente estéreis. Em fumantes, o movimento mucociliar é mais lento, causando uma susceptibilidade a infecções.
Na boca, movimentos de expulsão e a lisozima presente na saliva são fatores limitantes na colonização.
Esôfago é praticamente estéril, sendo colonizado por bactérias transitórias que podem predispor infecções em condições patológicas.
Ouvido: estafilococos coagulase-negativos.
Vias aéreas inferiores: são geralmente estéreis, embora possa ocorrer colonização transitória com secreções do trato respiratório superior após aspiração.
Trato gastrintestinal: colonizado ao nascimento. A população permance constante, a menos que fatores exógenos rompam o equilíbrio. A E. colli protege o intestino, mas quando sai para outros locais (vagina) é a principal causadora de infeções urinárias. 50-70% das fezes são bactérias.
O Estômago é normalmente estéril devido à acidez do suco gástrico.
Intestino delgado é um ambiente hostil por causa dos ácidos biliares e gástricos e pelos fatores mecânicos (peristaltismo).
Intestino grosso possui pH neutro e peristaltismo menos intenso, é onde estão as bactérias que serão eliminadas nas fezes e onde estão os mais importantes agentes de infecções endógenas (E. colli).
Vagina: mais diversificada e influenciada por fatores hormonais. 
1º mês: lactobacilos. O glicogênio é quebrado em glicose e convertido em ácido lático, o que torna o pH ácido (4,5).
Infância: os níveis de estrogênio materno caem e a microbiota se modifica para incluir estafilococos, estreptococos e Enterobactericeae. Com a falta de estrogênio, as células não produzem glicogênio e o pH fica básico (7).
Puberdade/Menopausa: produção de estrogênio volta e a microbiota se modifica novamente, voltando a produção de glicogênio.
Pós-menopausa: volta a flora da infância
Uretra: a porção anterior é permanentemente colonizada por bactérias, que podem subir e colonizar transitoriamente a bexiga urinária, porém são rapidamente eliminadas pela atividade bactericida das células uroepiteliais e pela ação do fluxo da micção. O restante da uretra deve ser estéril.
Classificação quanto a permanência:
Residente: colonizam permanentemente o indivíduo, sendo encontrados com regularidade em determinada idade e superfície. Se perturbada, se recompõe com facilidade. Pode ser removida com facilidade por sabonetes, mas nunca é eliminada em todo. Podem causar infecções endógenas.
Transitória: microgarnismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos que colonizam uma superfície por determinado tempo. Pode ser removida completamente de uma superfície, podendo ser um vetor de infecção em pessoas imunossuprimidas.
Quanto à interação com o ser humano:
Mutualista: ambos se beneficiam.
Comensais: apenas um se beneficia, mas o outro não é prejudicado.
Oportunistas: causam a maioria das infecções quando em locais desprotegidos. O microrganismo se beneficia e o hospedeiro é prejudicado.
Barreiras do crescimento:
Estrutural: pele e mucosas
Mecânica: peristaltilmo, jato urinário/lágrimas (lavagem), movimento mucociliar.
Bioquímica: ácido, enzimas e sais
Imunológica: Resposta inata e adaptativa.
Tipos de infecções:
Endógenas: deixam o sítio normal e vão para outros locais do corpo; por uso de antibióticos e imunossupressores; em pacientes na UTI.
Exógenas: microrganismos presentes no ambiente externo, capazes de causar patogenicidade.
MECANISMOS DE PATOGENICIDADE DAS BACTÉRIAS
A patogenicidade ou virulência aumenta a capacidade das bactérias de causarem doenças. Algumas causam doenças por destruição direta dos tecidos, outra liberam toxinas que se disseminam pela corrente sanguínea causando uma patogenia sistêmica.
As bactérias virulentas se desenvolvem à custa do hospedeiro, sendo os sintomas resultados do dano tecidual ou do desenvolvimento de uma resposta inflamatória - as estruturas de superfície das bactérias estimulam nosso sistema imune (fase aguda: IL-1, IL-6 e TNF) causando os sintomas da doença. 
A gravidade dos sintomas é determinada por:
Tecido afetado ou resposta sistêmica
Importância do órgão afetado
Extensão da lesão
Cepa bacteriana
Tamanho do inóculo
Condições fisiológicas do indivíduo
A patogenicidade ou virulência só se expressa quando existem:
Condições favoráveis (pH, temperatura, nutrientes, água)
Receptores específicos nas superfícies do hospedeiro
Adesinas na superfície da bactéria – fímbrias (TGI e TGU), fibrilas (orofaringe), glicocálices (dentes).
Meios de ultrapassar as barreiras
Modos de transmissão
Inalação – gotículas respiratórias
Fômites – indireto (catarro – caneta na boca)
Transmissão sexual ou contato direto
Ingestão – via fecal-oral
Vetores artrópodes
Transmissão parenteral – picada de agulha contaminada
Mecanismos de patogenicidade
Colonizar portas de entrada: mecanismo de adesão. Algumas bactérias produzem um biofilme que facilita a colonização de materiais cirúrgicos por exemplo, pois protege as bactérias das defesas do organismo e dos antibióticos. As bactérias aderem-se às células epiteliais da superfície para escapar dos mecanismos de remoção mecânica do local, através de estruturas complementares - adesinas e receptores – ocorrendo a infecção. Os meios de adesão podem ser por adesinas, receptores ou tropismo tecidual (fixam-se ao tecido do hospedeiro ou superfície das células).
Penetrar: embora não possuam mecanismos para atravessar a pele, várias bactérias podem cruzar as mucosas para penetrar em locais normalmente estéreis e tecidos mais suscetíveis, destruindo as barreiras ou penetrando nas suas células. Algumas produzem uma proteína (invasina) que estimula as células a invaginar e capturar a bactéria. Para que haja a invasão, frequentemente existem na pele abrasões e soluções de continuidadepor onde as bactérias invadem tecidos profundos.
Multiplicar-se: as bactérias possuem ilhas de patogenicidade, que são grandes regiões cromossomais que possuem conjuntos de genes que codificam numerosos fatores de virulência. Esses genes podem ser ativados por um único estímulo (condição ambiental do tecido hospedeiro) e podem ser transferidos para diferentes sítios cromossomais ou para outras bactérias. 
Interferir na defesa do hospedeiro: no início causa uma reação inespecífica, mas após alguns dias causa uma reação específica. Para desenvolver uma doença, o patógeno deverá inibir ou interferir na defesa do organismo hospedeiro como na produção de fatores antimicrobianos sérico, fagocitose e respostas imunológicas.
Causar danos teciduais: os subprodutos do crescimento bacteriano resultam na produção de ácidos, gases, enzimas e outras substâncias tóxicas aos tecidos que os destroem fornecendo alimento para o crescimento dos microrganismos e promovendo a disseminação das bactérias, principalmente por vasos sanguíneos.
As toxinas produzidas são componentes bacterianos que danificam o tecido ou desencadeiam atividades biológicas destrutivas. Podem ser:
Endotoxinas: são liberadas após a morte das bactérias e só exercem seus efeitos durante a lise bacteriana. Somente bactérias gram negativas produzem endotoxinas, sendo o LPS produzido por elas um poderoso ativador das reações inflamatórias de fase aguda que, quando ocorre uma resposta exacerbada, pode causar choque e ser fatal. Altas concentrações de endotoxinas ativam a via do complemento promovendo febre elevada, hipotensão, choque por vasodilatação, extravasamento capilar e coagulação intravascular disseminada.
Exotoxinas: São proteínas citolíticas e que se ligam a receptores, sintetizadas por bactérias gram positivas e negativas, que alteram a função da célula acarretando sua morte. Atuam inibindo a síntese protéica da célula afetada, produzindo perda de líquido a nível intestinal, interferindo na ação do sistema nervoso ou causando efeitos vasculares. Após serem produzidas, são liberadas para o meio ambiente. 
Em resumo, para que haja uma infecção é necessário:
Transmissão colonização multiplicação invasão dano tecidual sinais e sintomas.
Se os mecanismos de controle da flora normal e de defesa do hospedeiro atuarem, haverá a eliminação do patógeno. Porém, se os fatores de virulência de bactérias forem liberados, ocasionará a doença.
Métodos de eliminação
Esterilização: eliminação total de microrganismos.
Desinfecção: produtos químicos que eliminam bactérias não esporuladas.
Assepsia: elimina bactérias inertes de áreas não vivas.
Antissepsia: elimina bactérias inertes de áreas vivas,
*Portanto, não fazemos assepsia e sim antissepsia.
MECANISMOS DOS ANTIBACTERIANOS
A seleção de um antibiótico e a resposta do paciente são influenciadas por fatores inter-relacionados, incluindo a propriedade farmacocinética do medicamento, sua toxicidade, a manifestação clínica e o estado geral do paciente.
O mecanismo mais comum de atividade dos antibióticos é sua interferência na síntese de peptidoglicanos da parede celular classificados, em sua maioria, como beta lactâmicos (penicilinas e cefalosporinas). Há também os que agem a nível de:
membrana citoplasmática: solvente das membranas bacterianas, liberando seu conteúdo interno (polimixina B)
ribossomos: inibindo a síntese de proteínas (eritromicina, lincomicinas, cloranfenicol, tetraciclinas)
DNA: inibindo a síntese de ácido nucléico destruindo o DNA bacteriano ou ligando-se às suas subunidades ( metronidazol e quinolona)
Metabolismo intermediário: antimetabólicos que inibem a enzima diidropteroato sintase e interferindo na síntese de ácido fólico, sendo essas enzimas e co-enzimas essenciais ao metabolismo bacteriano (sulfonamidas e trimetoprim).
Podem atuar causando a morte bacteriana (bactericidas – penicilina) ou inibindo seu crescimento (bacteriostáticos – cloranfenicol).
Classificação das bactérias:
Resistentes: crescem nas concentrações médias liberadas por antimicrobianos de via oral. Por exemplo, bactérias do gênero Mycoplasma não têm parede celular, logo, medicamento que atuam na parede celular como a penicilina não causam efeito sobre elas, sendo essa bactéria resistente à penicilina.
As bactérias adquirem resistência por uma mutação cromossômica ou por aquisição de um plasmídio de resistência (Plasmídeo R). Por mutação, adquirem resistência a um antibiótico e raramente a 2 ou mais. Já por aquisição de plasmídeo, pode ser através de conjugação, transformação ou transdução (bacteriófago como vetor), onde bactérias podem conter vários plasmídeo codificando fatores de resistência, mas cada um codifica resistência a um único antibiótico, conferindo resistência a 2 ou mais antimicrobianos.
Assim sendo, a seleção de mutantes pre-existentes que mantêm um processo infeccioso é prevenida com a associação de 2 ou mais antibióticos uma vez que bactérias resistentes a mais de 2 drogas são raríssimas.
Sensíveis: não crescem em concentrações de antimicrobianos.
Resistência:
Natural: característica de uma espécie bacteriana
Adquirida: característica de uma ou mais amostra da espécie. 
Beta lactâmicos: torna-se resistente através da produção de beta lactaminases que hidrolisam o anel beta lactâmico, inativando o antibiótico. (Ex: Penicilina ácido penicilóico). S. aureus, H. influenza, E. colli, N. gonorrhoeae.
Tetraciclinas: através da aquisição de um plasmídeo R com resistência determinada por proteínas TET.
Cloranfenicol: mediada por enzima inativante do atb (CACT) codificada por plasmídeo R.
Eritromicina: por mutação pela alteração de ptna da subunidade 50S (S. pyogenes, S. aureus) ou por plasmídeo R decorrente de metilação do RNA ribossômico.
TAXONOMIA
Classificação: propriedades e morfologia. A espécie é o grupo fundamental: espécie gênero famílias ordens classes.
Genotípica: determina o grau de parentesco entre as moléculas de DNA da amostra, estudando a proporção citosina-guanina e o grau de homologia no teste de hibridização.
Fenotípica: inclui características: 
Coloração
Estrutura
Nutrição
Metabolismo
Sensibilidade a atbs
Nomenclatura: Taxa (organização) regida pelo Manual de Berger, escrito em itálico ou sublinhado.
Identificação: isolamento e uso prático de uma classificação para verificar o tipo de espécie ou outra categoria da amostra, sempre pensando que a bactéria de interesse já possa ter sido descrita.
 
Priscila Visnieski Zenerato – 3ª Fase Medicina	Página 17

Continue navegando