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Profa. Dra. Ana Carolina S. Siquieroli 2º semestre letivo de 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE GENÉTICA E BIOQUÍMICA CURSO DE AGRONOMIA - MONTE CARMELO DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA BIOENERGÉTICA Bioenergética É o estudo quantitativo das transformações de energia que ocorrem nas células vivas, bem como na natureza e função dos processos químicos nelas envolvidos. B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética As transformações biológicas de energia seguem as leis da termodinâmica 1° Lei da Termodinâmica: Princípio da conservação de energia Para qualquer transformação física ou química, a quantidade total de energia no universo permanece constante; a energia pode mudar de forma ou ser transportada de uma região para outra; entretanto ela não pode ser criada ou destruída. B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética 2° Lei da Termodinâmica: Tendência que o universo apresenta para uma desordem crescente Em todos os processos naturais, a entropia do universo aumenta. Entropia: mudança interior B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética A energia livre de Gibbs (G) Expressa a quantidade de energia capaz de realizar trabalho durante uma reação a uma temperatura e pressão constantes. B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética Quando uma reação ocorre com liberação de energia livre, ou seja, quando o sistema se transforma de modo a possuir menos energia livre, ΔG, apresenta valor negativo, sendo a reação denominada exergônica. ΔG negativo: exergônica B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética Quando o sistema ganha energia livre, sendo o valor de ΔG positivo, a reação é dita endergônica. ΔG positivo: endergônica B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética A entalpia(H) é o conteúdo de calor do sistema reagente Ela reflete o número e os tipos de ligações químicas nos reagentes e produtos. B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética Quando uma reação química libera calor, ela é denominada exotérmica. ΔH negativo: exotérmica O conteúdo de calor dos produtos é menor do que o dos reagentes e ΔH possui, por convenção, um valor negativo. B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética Sistemas reagentes que captam calor de seus ambientes possuem valores de ΔH positivos ΔH positivo: endotérmicos B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética A entropia (S) é uma expressão quantitativa da casualidade ou desordem de um sistema Quando os produtos de uma reação são menos complexos e mais desordenados do que os reagentes, a reação com um ganho de entropia. ΔS positivo: entropia aumenta B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética As células necessitam de fonte de energia livre As células são sistemas isotérmicos, ou seja, elas funcionam essencialmente em temperatura e pressão constantes. As células heterotróficas obtém energia livre das moléculas nutrientes As células fotossintéticas obtém energia livre da radiação solar absorvida B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética Ambos os tipos de células transformam essa energia livre em ATP e outros compostos ricos em energia B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética O Ciclo do ATP e ADP Nas células, a energia das ligações químicas dos substratos energéticos é transformada em respostas fisiológicas necessárias para a vida O papel central das ligações de fosfato ricas em energia do ATP nesses processos está resumido no ciclo do ATP-ADP B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética O Ciclo do ATP e ADP Produção de energia -Carboidratos -Lipídeos -Proteína Utilização de energia -Contração muscular -Transporte ativo de íons -Biossíntese -Desintoxicação -Termogênese ATP ADP + Pi CO2 O2 calor B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética O Ciclo do ATP e ADP Trabalho mecânico – contração muscular Trabalho de transporte – gradiente de Na+ Trabalho bioquímico – reações químicas que necessitam de energia Rotas anabólicas – biossíntese de grandes moléculas, como as proteínas B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética Homeostase do ATP A oxidação de substratos energéticos é regulada para manter a homeostase do ATP Independente do nível celular de utilização de substratos energéticos ser alto (com consumo aumentado de ATP) ou baixo (com diminuição do consumo de ATP) A disponibilidade de ATP dentro da célula é mantida em um nível constante por aumentos ou diminuições apropriadas na velocidade de oxidação de substratos energéticos BI O Q ÍM IC A A G R OP ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética Problemas na homeostase do ATP e no equilíbrio de energia ocorrem: Homeostase do ATP obesidade hipertireoidismo infarto do miocárdio B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética Energia de oxidação dos substratos energéticos A oxidação de substratos energéticos é exergônica, ou seja, libera energia A quantidade máxima de energia liberada que é disponível para trabalho útil (ex.: síntese de ATP É chamada de ΔG0 – que é a alteração na energia livre de Gibbs em pH 7,0, sob certas condições B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética Energia de oxidação dos substratos energéticos A oxidação de substratos energéticos tem um ΔG0 negativo Isto é, os produtos tem uma energia de ligação química mais baixa do que os reagentes, e sua formação é energeticamente favorecida B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética Energia de oxidação dos substratos energéticos Isto é, requer energia e tem um ΔG0 positivo A síntese de ATP a partir de ADP e fosfato inorgânico é endergônica, B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética Energia de oxidação dos substratos energéticos Os substratos energéticos são oxidados principalmente para a doação de elétons para NAD+ e FAD, os quais, então, doam elétrons para O2, na cadeia de transporte de elétrons que finalmente produz energia na forma de moléculas de ATP B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3 Bioenergética QUESTIONAMENTOS 1.Definir Bioenergética: 2. Conceituar energia livre, entalpia e entropia: 3. Explicar as reações endergônicas e exergônicas: 4. Relacionar entropia e energia livre com a espontaneidade dos processos. 5. Definir sistemas G (+) e G (-): 6. Enunciar a primeira e segunda Leis da Termodinâmica: B IO Q ÍM IC A A G R O P ro fa . D ra . A n a C a ro li n a S il v a S iq u ie ro li /2 0 1 3
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