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História do Direito

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O Direito na Grécia
Os gregos não foram grandes juristas, de forma que temos como concepção hoje. Eles não se preocupavam em instituir critérios científicos para estabelecer o direito como uma ciência. Eles se preocuparam em difundir uma noção de direito por toda a coletividade; para os gregos, o direito deveria estar enraizado na educação de todos os cidadãos. O direito não deveria ser limitado a institutos ou domínios políticos, mas deveria estar constituído na consciência de justiça de cada cidadão grego. A noção do direito na Grécia era de um direito consuetudinário, ou seja, regido por suas tradições, costumes e crenças. Durante os séculos 8 (XIII) e 7 (XII) a.C., as cidades gregas conheceram grande desenvolvimento populacional, isso devido ao crescimento populacional e a retomada do progresso tecnológico, artesanal e comercial. Todo esse progresso gerou a queda das monarquias e turbulências sociais, o que induziu à criação de legislações e legisladores. Os dois principais, Drácon e Sólon de Atenas. Numerosas são as Cidades-Estado, mas duas se sobressaem no tocante Direito, são elas: Esparta e Atenas.
Esparta:
Uma das primeiras Cidades-Estado a surgir na Grécia; fundada, no século 9 (IX), por invasores dórios (Espartíatas, guerreiros que recebiam uma educação militar especial). Esparta, nome originado de uma planta da região. A partir do século 7 (VII) a.C, Esparta sofre um processo que irá refrear todo e qualquer tipo de desenvolvimento ou evolução. Os próprios habitantes de Esparta indicam Licurgo como o legislador responsável pelo processo. 
Sociedade de Esparta:
A sociedade de Esparta estava dividida em 3 (três) camadas sociais:
Os Espartíatas, que eram os dórios (Guerreiros que recebiam treinamento militar especial; desde criança eram treinados a serem guerreiros independentes, somente homens).
Os Periecos, que eram os aqueus (Eles possuíam boas condições materiais, mas não tinham poder político).
Os Hilotas, que eram escravos de propriedade do Estado (Não tinham a proteção da lei e suas condições eram insuportáveis)
Economia de Esparta:
Surgiu no século 7 (XII a.C) a vasta propriedade estatal no lugar das antigas propriedades coletivas. Esses lotes, chamados de cleros, eram distribuídos entre os dórios, mas essas terras não podiam ser cedidas ou vendidas. O Estado tinha a posse legal das terras, e o cidadão o usufruto. O Estado cedia 6 (seis) escravos por lote, pois os escravos (Hilotas) eram também propriedade do Estado. Os Periecos tinham a propriedade de suas terras, mas eram sempre as da periferia, não eram as melhores; eles se dedicavam à agricultura, criação de animais, artesanato, à mineração de ferro e ao comércio. 
Política de Esparta:
Após o século 7 (XII a.C) a política espartana tornou-se conservadora. O poder passou a ser monopolizado pela Gerúsia (Conselho de Anciãos – Composta por 28 (Vinte e oito) cidadãos com idade acima de 60 (sessenta) anos. A Gerúsia escolhia os Éforos (5 (cinco) magistrados com mandato de um ano) que tinham por função cuidar da educação das crianças espartíatas, fiscalizar a vida pública e julgar os processos civis. 
Cultura Espartana:
Durante o século 8 (VIII a.C) ao século 4 (IV a.C), Esparta tinha uma cultura marcante: O militarismo levado às últimas consequências. Esse fato marcante gerou a sociedade, talvez, mais imóvel da história. Para explicar essa imobilidade (incapacidade de evolução ou desenvolvimento) vamos traçar as 3 (três) características mais marcantes de Esparta:
A Xenofobia, eles rejeitavam tudo e todos que viessem de outro lugar, negavam toda ideia ou influência estrangeira, possuíam uma espécie de aversão e desconfiança. 
A Xenelasia, proibiam a estadia de estrangeiros em suas terras, assim não entravam em contato com ideias estrangeiras. 
O Laconismo, a brevidade da fala; utiliza-se do menor número de palavras possível para comunicar-se, falavam o mínimo possível. Essa característica foi fundamental para a ocorrência dessa imobilidade. 
Atenas
Atenas situava-se na Península da Ática; separada do resto da Grécia; protegida por montanhas altas, porém de fácil acesso. No século 8 (XIII a.C) a economia de Atenas era, ainda, basicamente rural; porém os desenvolvimentos artesanais e comerciais já cresciam e ultrapassam os limites da região. Com o desenvolvimento comercial, os georgoi (agricultores que possuíam terras pouco férteis ao longo das montanhas) se viram cada vez mais em uma situação difícil. Com a importação de cereais e as crises climáticas, a concorrência os aniquilava, gerando um endividamento com os eupátridas (Aqueles que monopolizavam o poder e as melhores terras; latifúndios cultivados por rendeiros ou escravos). Esse endividamento gerava, não somente a perda das terras, mas a escravidão por dívida. Com o tempo, esse empobrecimento dos georgoi junto à insatisfação dos comerciantes (que se tornavam mais ricos e desejavam participar da política) gerou dois problemas para a Oligarquia; novos ricos desejando a vida política e os pobres exigindo o fim da escravidão por dívidas e a repartição das grandes propriedades. Os georgoi e os comerciantes, com suas insatisfações, formaram o Partido Popular, enquanto a Oligarquia ficou com o Partido Aristocrático, opondo-se. A crise era feia, a aristocracia não detinha mais o monopólio das armas, e com o barateamento das armas o pobre pode compra-las e exigir também uma participação na vida política. Em meio a toda essa revolta, a Oligarquia se vê obrigada a oferecer, para acalmá-los, reformas. Surgem então os legisladores.
Drácon
Os legisladores foram os primeiros a redigirem as leis em Atenas, o primeiro foi Drácon. Ele fazia parte da nobreza (era um eupátrida), e seu feito foi “apenas” passar a escrito os antigos costumes, sem alterar nada. Foi o movimento que tornou público as normas, as leis, os costumes, o que já se tinha por cultura. Suas leis eram duras e severas, uma reprodução do direito antigo, ditadas por uma religião implacável. Suas implicações eram principalmente na esfera penal; todo erro era uma ofensa, e toda ofenda era um crime. Assim, quase todos os crimes eram passíveis de pena de morte. Embora suas leis tenham reconhecido a existência legal dos cidadãos, não atingiu (e não era sua intenção) o problema econômico-social; gerando assim o descontentamento do Partido Popular, que voltou a exigir reformas poucos anos depois). 
Sólon
No ano de 594 a.C. foi indicado um novo legislador, Sólon. Aristocrata de nascimento e comerciante de profissão. Era como comerciante que Sólon pensava e foi como comerciante que legislou. Pode-se afirmar que suas leis foi uma revolução social. A eunomia (igualdade de todos perante a lei) está presente em todos seus artigos, assim não há mais distinção entre eupátridas e não-eupátridas. Suas reformas atingiram toda a estrutura do Estado Ateniense, nas esferas econômica, social e política. 
Economia de Atenas:
As reformas de Sólon prepararam Atenas para ser uma potência econômico-comercial, tornando Atenas a principal e mais poderosa Cidade-Estado da região. Como forma de ajudar a economia interna, Sólon incentivou a ida de artesãos estrangeiros para Atenas. Dessa forma a produção passaria a ser local e, à longo prazo, Atenas se tornaria uma cidade exportadora. Sólon também estabeleceu um padrão monetário fixo e incentivou a exploração de minas de prata; também instituiu um sistema de pesos e medidas único. 
Sociedade e Política ateniense:
Para minimizar os efeitos da crise política, Sólon concedeu anistia geral, todos os criminosos políticos estavam perdoados. Vale salientar que, após Sólon, os filhos podiam receber herança, mas somente os filhos (homens), nunca as filhas (mulheres). Para atingir objetivamente o grande problema que implicava a revolta do povo, o legislador (Sólon) decretou a seisachtéia, que consistia na suspensão dos marcos da hipoteca, na devolução das terras aos antigos proprietários e, principalmente, na proibição da escravidão por dívidas em Atenas. Sólon pensava através da economia,portanto, não poderia ser diferente quanto ao comando do Estado ateniense. No comando efetivo ficariam aqueles com mais riquezas e, abaixo deles, com menos poder e sucessivamente, os que tivessem menos dinheiro. 
Hammurabi
O Crescente Fértil e as Primeiras Leis Escritas
O Crescente Fértil, onde hoje fica o Iraque, é considerado o local de nascimento de tudo que, hoje, consideramos “civilizado”. A mais grandiosa invenção da Mesopotâmia foi a criação de símbolos que expressavam ideias; Símbolos que denominamos como escrita, o tipo de escrita foi a cuneiforme. 
A Babilônia de Hammurabi
No segundo milênio da era pré-cristã um grupo nômade (arcadiano) fixou-se em uma localidade chamada Babila ou Bab Llim (Babilônia ou Babel). O xeque desse grupo, Sumuabum começou a expansão territorial, e seu sucessor, Sumula’el, com vitórias sucessivas, consolidou a independência da cidade. Os reis posteriores incorporaram a cultura suméria à cultura arcádica. Em questão territorial, somente com Hammurabi, a Babilônia cresceu em poder. Na Babilônia existiam muitos povos diferentes, de línguas, raças e culturas diversas. Para exercer seu poder eram necessários mecanismo de unificação em meio a tanta heterogeneidade. Hammurabi utilizou-se de três elementos: a língua, a religião e o direito. O acádio tornou-se a língua oficial, o panteão dos deuses foi fixado. O código de Hammurabi foi feito através de toda as legislações precedentes. 
Sociedade e Economia da Babilônia de Hammurabi
A sociedade babilônica neste período era dividida em três camadas sociais:
Os “awilum”: Eram os homens livres, com todos os direitos. Compreendiam os ricos e os pobres, desde que fossem livres.
Os “muskênum”: Eram uma camada intermediária entre os awilum e os escravos, formada por funcionários públicos, com direitos e deveres específicos. 
Os escravos: Eram a minoria da população, normalmente prisioneiros de guerra.
A economia era basicamente agrícola, e a maior parte das terras eram de propriedade do governo (palácio). Mas havia o comércio também e que era bastante forte, principalmente o externo. O pequeno comércio varejista estava nas mãos das mulheres, as “taberneiras” que vendiam bebidas e gêneros de primeira necessidade. A moeda desse período era a cevada ou a prata. 
Alguns pontos do Código de Hammurabi
A Pena de Talião foi uma das primeiras formas que as sociedades encontraram para estabelecer penas para seus delitos. O princípio da “pena de Talião” é a de que a pena para o delito é equivalente ao dano causado. 
O falso testemunho é tratado com severidade por esses povos antigos, pois provas materiais eram mais difíceis; sendo assim, contavam na maior parte das vezes, com as testemunhas. Nesse quesito, se a testemunha mentisse poderia sofrer a sanção da pena de morte. 
Roubo e receptação, no código de Hammurabi, penalizava tanto o que furtou ou roubou, quanto o que recebeu a mercadoria roubada. 
Estupro sem pena para a vítima era previsto somente para virgens, ou seja, para mulheres (mesmo com contrato firmado de casamento) que ainda não tivessem tido relações sexuais com seus maridos.
Família – o sistema familiar da Babilônia de Hammurabi era patriarcal e o casamento, monogâmico, embora fosse aceito o concubinato. O casamento só era legítimo através de um contrato. 
Escravos normalmente eram prisioneiros de guerra ou devedores que não conseguiram pagar suas dívidas, poderia entregar filhos e esposa também. 
Divórcio era concedido caso a mulher fosse negligente em seus deveres de esposa e dona-de-casa. Qualquer um dos dois, homem ou mulher, poderia repudiar o outro; mas a mulher somente no caso de sua conduta ser ilibada. 
Adultério era cometido somente pelas mulheres, o homem era, no máximo, cúmplice. Se um homem saísse com uma mulher casada, ela seria acusada de adultério e ele de cúmplice de adultério. Caso um homem saísse com uma mulher legalmente solteira, não lhe era acometido acusação alguma, pois lhe era permitido o concubinato. Se em caso de adultério fossem pegos, pagariam com a vida, mas o código de Hammurabi estabelecia um perdão através do marido; se o marido pegasse sua esposa em adultério e a perdoasse, o rei perdoaria também o cúmplice. 
A adoção também foi muito comum no período babilônico de Hammurabi. Se a criança fosse adotada após seu nascimento, os pais biológicos não poderiam reclamá-la. Se a criança fosse adotada para aprender um ofício, ela não poderia ser reclamada, caso o ensino não tivesse sendo feito, poderia voltar a casa paternal. Se a criança, quando mais adulta, reclamasse por seus pais, tinha que ser devolvida. Em outros casos, se o adotado negasse sua adoção, era punido severamente. 
No caso da divisão de herança, a sociedade hammurabiana não previa a primogenitura, ou seja, os bens não ficavam apenas com o filho mais velho, mas ele poderia escolher com qual parte ficaria, ele tinha o privilégio de ser o primeiro. A tendência era repartir os bens em partes iguais. Da herança estavam excluídas as filhas já casadas, pois estas haviam recebido o dote. E as filhas solteiras, quando casassem, receberiam o dote através dos irmãos. O pai poderia deserdar o filho, porém primeiro passaria por uma avaliação diante dos juízes, se não encontrassem razão para tal, o pai não poderia fazê-lo. 
O código de Hammurabi também abordava leis sobre o trabalho. Ele, por exemplo, previa e punia erros profissionais, como o erro médico. O código também tratava das leis que protegiam os cidadãos do mau prestador de serviços. 
Ainda falando de Direito na Grécia
Contribuições da Grécia:
Regulamento da propriedade
Criação de contratos (consensos)
Democracia - a democracia afirmava a igualdade de todos os homens adultos perante as leis e o direito de todos de participar diretamente do governo da cidade, da polis. Em segundo lugar, e como consequência, a democracia, sendo direta e não por eleição de representantes no governo, garantia a todos a participação no governo e os que dele participavam tinham direito de exprimir, discutir e defender em público suas opiniões sobre as decisões que a cidade deveria tomar. Surgia assim, a figura do cidadão"
Valorização do Direito Público
Provas = Direito é prova, além das leis. Provas Naturais (Evidências e Testemunhas) e Provas Artificiais (Criadas pelo homem, presunção) 
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Os principais elementos de transição das cidades arcaicas para as cidades da antiguidade. 
O Surgimento das Cidades: Onde surgiu as primeiras civilizações agrupadas em sociedades, onde há um grupo social tem sem a necessidade de surgir regras para o bom convívio, costumes, leis entre outros.
A invenção e domínio da escrita: Com a invenção e domínio da escrita ficou mais fácil passar o costume, as leis as regeras sociais para as novas gerações
O Advento do comercio e da moeda metálica: Antes do surgimento da Moeda Metálica, os povos comercializavam o fruto de seus trabalhos através da troca, como era difícil levar tudo que se tinha para trocar, muitas vezes em lugares longe de “comercio”, inventou seu algo mais fácil de manusear e trocar, a moeda, facilitou o comercio e o surgimento de riquezas dos povos.
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O mais importante traço da jurídica laicização do direito na Grécia foi a identificação da justiça como uma função do homem. Não mais atrelado a divindades, mas as questões humanas. A justiça deveria ser uma espécie de consciência natural do homem, deveria estar enraizado em sua educação. 
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Um dos elementos deixados pelos gregos e que compõem nossa tradição jurídica é a laicização do direito ea ideia de que as leis podem ser revogadas pelos mesmos homens que as fizeram. 
Normalmente, divide-se a história grega em 3 (três) períodos: O arcaico, que ocorreu no período das invasões persas. O clássico, que ocorre até a submissão à Macedônia. O helenístico, de Alexandre, período da submissão à Roma. 
Algumas coisas distinguem Grécia de Roma no campo do direito. Por exemplo, não existe entre os gregos uma classe de juristas e não existe um treinamento jurídico, escolas de juristas, ensino do direito como técnica especial. Existem sim as escolas de retórica, dialética e filosofia. Ali se aprende a argumentação dialética que vai ter um uso forense ou semiforense. Na Grécia havia o costume de se aprender de cor, pela oratória, recitando em forma de poemas; a literatura “jurídica” era fonte de prazer e instrução para os gregos. As leis de Sólon, por exemplo, eram ensinadas como poemas, assim todo cidadão poderia conhecer sua cultura política-jurídica. O direito para os gregos deveria ser vivenciado, deveria fazer parte da educação do cidadão. 
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Os sofistas
A filosofia grega tem um papel fundamental e relevante. A entrada dos sofistas no debate filosófico faz com que a filosofia se debruce sobre as realidades humanas. Passa-se, então, à reflexão metódica sobre liberdade, política e ética. É a partir dos sofistas que se poderá refletir controladamente sobre as leis. O cidadão somente se faz cidadão a partir do momento em que exerce seus direitos de opinar, discutir, deliberar e votar nas assembleias. Dessa forma, o novo ideal de educação é a formação do bom orador, ou seja, aquele que saiba falar em público e persuadir os outros na política. 
Para suprir a necessidade de dar esse tipo de educação aos jovens em substituição a educação antiga, surgem os sofistas que foram os primeiros filósofos do Período Clássico. Em síntese, os sofistas surgem por razões políticas e filosóficas, entretanto, mais por funções políticas.
Os sofistas foram filósofos que surgiram de várias partes do mundo e não tinham, portanto, uma origem bem definida. "Sofista significa (...) "sábio" - "professor de sabedoria". (...) em um sentido pejorativo, passa a significar "homem que emprega sofismas", ou seja, homem que usa de raciocínio capcioso, de má-fé com intenção de enganar.
Os sofistas contribuíram bastante para a sistematização da educação. Eles se julgavam sábios, possuidores da sabedoria e como Atenas passava por uma fase de crescimento cultural e econômico e paralelo a isto, o surgimento da democracia, os sofistas ensinavam principalmente a retórica, que é a arte da persuasão, instrumento principal para o cidadão que vivia a democracia. Contudo, é bom ressaltar que não ensinavam de graça, mas cobravam, e bem, por seus ensinamentos. Isso teve grande contribuição na profissionalização da educação.
Os sofistas tiveram sua importância no campo da laicização do direito. A relativização do conhecimento, da verdade. Colocam as questões de justiça e direito como questões meramente humanas e não mais divinas. “O homem é a medida de todas as coisas” é um trecho de uma conhecida frase do sofista grego Protágoras, que expressa a noção do relativismo, que cada pessoa compreende uma coisa da sua maneira específica. 
ROMA
O Império Romano e suas várias etapas históricas estavam concentradas cronologicamente no modo de produção escravagista, onde o motor de desenvolvimento estava nas grandes propriedades da aristocracia patrícia (nobreza), que dominavam as classes pobres e livres dos plebeus, clientes e a dos escravos (escravos eram considerados “coisas”). Essa sociedade desigual gerou uma série de instituições políticas e jurídicas, bem como uma série de conturbações e conflitos de classes, principalmente entre os patrícios e plebeus. Toda essa situação originou, por exemplo na rebelião plebeia contra os patrícios, a Lei das 12 (XII) Tábuas, que atribuía mais poder aos plebeus. 
A sociedade romana era dividida em 5 (cinco) grupos sociais distintos:
- Patrícios: descendentes das primeiras famílias que povoaram Roma, os patrícios eram proprietários de terras e ocupavam importantes cargos públicos. Considerados cidadãos romanos, possuíam muita riqueza e escravos. No topo da pirâmide social romana, compunham a minoria da população.
 
- Plebeus: formavam a maioria da sociedade romana. A Plebe era composta basicamente por pequenos comerciantes, artesãos e outros trabalhadores livres. Possuíam poucos direitos políticos e de participação na vida religiosa.
 
- Clientes: embora livres, os clientes viviam "presos" aos patrícios, pois possuíam uma forte relação de dependência. Esta classe era formada basicamente por estrangeiros e refugiados pobres. Tinham apoio econômico e jurídico dos patrícios, porém lhes deviam ajuda em trabalhos e questões militares.
 
- Escravos: camada sem nenhum direito social em Roma. Os escravos eram, em sua grande maioria, presos de guerra. Eram vendidos como mercadorias para patrícios e plebeus e não recebiam pagamentos pelo trabalho, mas apenas comida e roupas. Executavam tarefas pesadas e também serviam como serviçais domésticos. Na época do Império Romano, o número de escravos aumentou de forma extraordinária.
 
- Libertos: ex-escravos que obtinham a liberdade por concessão de seus proprietários, por abandono ou até mesmo pela compra própria da liberdade. Geralmente trabalhavam para seu ex dono.
A história, jurídico-política, do Império Romano corresponde a 4 (quatro) etapas cronológicas plenamente delimitadas: 
Período da Realeza
Período da República
Período do Alto Império (Ou Principado)
Período do Baixo Império
No período da Realeza, atribui-se uma origem lendárias aos romanos, através das lendas de Rômulo e Remo. Nesse período, algumas instituições político-jurídicas ainda estavam muito vinculadas à existência de um Estado Teocrático. O Rei assumia um poder de caráter de magistratura vitalícia, era chefe político, jurídico, religioso e militar. Ou seja, o rei era o magistrado único, vitalício e irresponsável. O Senado funcionava como uma espécie de Conselho do Rei, composto por 100 membros. Sua função era consultiva e não deliberativa. O Direito, no período da Realeza, era essencialmente costumeiro, sendo a jurisprudência (o conjunto das decisões, aplicações e interpretações das leis) monopolizada pelos pontífices. 
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Na República, as magistraturas (Os magistrados detinham o poder executivo em Roma) passaram a ter mais prestígio. Os magistrados eram divididos entre os Magistrados Ordinários e os Extraordinários. Os ordinários, que podiam ser Cônsules, Pretores, Edis e Questores) eram permanentes e eram eleitos anualmente. 
Cônsules: Sempre eram dois. Eles comandavam o exército, presidiam o senado e os Comícios, representavam a cidade em cerimônias religiosas e em questões administrativas. Normalmente alternavam em suas atividades. 
Pretores: São os mais importantes magistrados em relação à Justiça. O Pretor Urbano cuidava de questões envolvendo apenas os cidadãos romanos. E o Pretor Peregrino cuidava de questões de justiça no campo e as que envolviam os estrangeiros. Os Pretores cuidavam da administração da justiça, mas não eram juízes. Eles cuidavam da primeira fase do processo, verificando alegações e fixando os limites da disputa judicial, depois passavam a um juiz particular. Mas, a partir da Lei Aebutia, o processo foi modificado e os pretores tiveram seus poderes discricionários aumentados, visto que a partir de então, eles podiam fixar os limites da contenda e instruir o juiz particular como proceder. 
Edis: Eles eram uma espécie de zelador da cidade, eram responsáveis de cuidar do espaço físico da cidade. Cuidavam das necessidades da cidade, da segurança pública, do tráfego urbano,cuidavam da conservação do espaço público e organizam os jogos públicos; tinham também um trabalho com o consumidor, vigiando aumentos abusivos dos preços das mercadorias e a exatidão dos pesos e medidas do mercado.
Questores: Durante a República, esses magistrados cuidavam das questões da fazenda. Custodiavam o tesouro público, cobravam os devedores e os denunciavam à justiça, eram tesoureiros dos generais e governadores. 
Censores: Não faziam parte do Cursus Honorum (A série de cargos políticos que culminavam ao consulado, descrito acima), era um cargo cobiçado e um dos mais respeitados. Geralmente, só era ocupado por cidadãos respeitáveis e que já tivessem sido Cônsules. Eram dois, eleitos de cinco em cinco anos (Mas cada um só permanecia por 18 meses, no máximo). Eles eram responsáveis pelo Censo (recenseamento) que era realizada a cada 5 (cinco) anos, e também eram responsáveis pelo Regimento Morum, o policiamento dos costumes. O cidadão que seguisse filosofias e atuasse com ideias que não fossem romanas, era denunciado pelo Censor e se fosse comprovada a denúncia, o cidadão perdia até mesmo seus direitos políticos (temporariamente). 
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No período do Império as magistraturas republicanas ainda existem, mas não com a força e importância como antes. O Consulado continua até Justiniano, mas é um cargo apenas honroso. O Senado continua também existindo; cada dia mais limitado quanto às suas funções, mas, por outro lado, teve sua competência ampliada nas esferas legislativa, eleitoral e judicial.
A conclusão é que, os romanos antes das grandes conquistas eram mais tradicionais; os romanos do “novo tempo” eram mais cosmopolitas (cidadão do mundo, aberto ao mundo), mais voltados ao mundo e abertos a mudanças. 
 Ser cidadão romano proporcionava muitos privilégios e garantias. Depois de a Macedônia ser conquistada, em 167 a.C, a maior parte dos cidadãos romanos foi isentada do pagamento de impostos. A Lex Valeria e a Lex Porcia impediam que os cidadãos romanos fossem açoitados. Lex Valeria proporcionava tal imunidade quando o cidadão apelava para o povo; a Lex Porcia, sem tal apelo. Em 48 a.C., a lei chamada lex Julia majestatis tornava delito qualquer atividade contra o poder soberano de Roma. A lei romana não reconhecia casamentos entre irmãos e irmãs. Debaixo da lei romana a mulher não tinha direitos. Pela lei, ela era considerada como uma criança por toda a vida. Era totalmente sujeita ao marido e ficava completamente à mercê dele. 
Direito Romano
Para os romanos a definição de Direito passava por seus mandamentos, que são: “viver honestamente, não lesar ninguém e dar a cada um o que é seu. ”. Podemos identificar três períodos de evolução do direito romano, são eles: 
Período Arcaico
Período Clássico
Período Pós-Clássico
Período Arcaico: Esse período caracteriza-se pelo formalismo, rigidez e pela ritualidade. A família era o centro de tudo, mesmo do direito. Os cidadãos romanos eram vistos como uma unidade familiar, muito antes que indivíduo. O marco mais importante desse período é a criação da Lei das Doze (XII ou 12) Tábuas, que foi uma resposta a uma das revoltas da Plebe (plebeus contra os patrícios). 
Período Clássico: Esse período é considerado o auge do desenvolvimento do direito romano. O Poder do Estado passar a ser centralizado em duas figuras públicas: Os Pretores e os Jurisconsultos. Com isso, houve uma maior possiblidade de poder de mudança das regras já existentes. O Direito vulgarizou-se e se viu na necessidade de fixar-se as regras em uma espécie de codificação. Houve algumas tentativas frustradas de se codificar o, até então, direito vigente. Mas somente após a queda do Império no Ocidente, o Imperador Justiniano conseguiu realizar tal feito. A Codificação Justiniéia, chamada de CORPUS IURIS CIVILIS, é conclusiva e composta por quatro obras: O CODEX (Era a coleção das Constituições Imperiais), O DIGESTO (PANDECTAS – Coleção de todas as obras dos Jurisconsultos), AS INTITUTAS (Eram um manual de Direito para estudantes) E AS NOVELAS (Eram publicações das leis do próprio Justiniano).
Divisão do Direito Romano
A principal diferença entre os Direitos (ius) era entre o Ius Civile e o Ius Gentium. O Ius Cilvile, ou Ius Quiritium, era o direito do cidadão romano e exclusivo dele. O Ius Gentium era o direito universal, aplicável à todos os homens livres, inclusive estrangeiros. Era um direito natural. 
Origem (fonte) do Direito:
Ius Civile: Era o Direito tradicional, originava do costume, das leis, dos plebiscitos, e, no império, das constituições imperiais.
Ius Gentium: Era o Direito elaborado e introduzido pelos pretores. 
Ius Extraordinarium: Era originado da atividade jurisdicional do Imperador. 
Leis e institutos Romanos: O Direito de Propriedade e das Obrigações
O direito no período arcaico consistia na Lei das 12 (XII) Tábuas, conhecemos (através da história) apenas alguns fragmentos da literatura dos fins da República e do começo do Principado. Os magistrados patrícios julgavam segundo tradições que somente eles conheciam e aplicavam. 
O direito de propriedade, que definia em grande parte a divisão da sociedade em classes, era o direito de posse da “coisa”, era ter poder sobre a coisa, ter propriedade.. A Lei das Doze (12 ou XII) Tábuas já protegia a propriedade, punindo aqueles que contra ela atentassem, furtando-a, danificando-a, etc. 
Lei das Doze (XII ou 12) Tábuas
O contexto da Lei das Doze Tábuas é o que chamamos de terceira revolução romana, onde o contingente mais humilde dentro da sociedade de Roma, a plebe, conseguiu conquistar maiores direitos. A primeira revolução, no período da monarquia, aconteceu quando os reis tiveram tirados a sua autoridade política. Já a segunda revolução, foi marcada por grandes conquistas dos plebeus, que demoliram leis e costumes patrícios, através do Tribuno da Plebe. Os plebeus clamavam por uma lei escrita, em que eles pudessem se comparar aos patrícios. O senado então estava sendo muito pressionado e acabou enviados três de seus membros para a Grécia, com o objetivo de estudarem as leis gregas, de Sólon. Quando estes membros retornaram, tiveram a difícil missão de redigir as leis que eram tão desejadas pelos plebeus, juntamente com dez legisladores. No ano em que o grupo se formou para elaborar as leis, foram publicados dez códigos. No ano seguinte, foram incluídos mais dois. Assim se formaram as Doze Tábuas, nome utilizado justamente porque as leis foram publicadas em doze tabletes de madeira, os quais foram afixados no Fórum Romano para que todos pudessem ler.
Outras questões:
 1. Fale a respeito do Direito Objetivo Romano. Pode-se afirmar o Direito Romano como individualista? Justifique.
O Direito Objetivo Romano se refere às relações entre as pessoas. Conforme sistematização observa-se o direito classificado em: jus scriptum; a norma escrita, jus civile; somente para cidadão romano, jus gentium; aplicada aos estrangeiros, jus honorarium; o juiz pretor criava possibilidade por si só, jus constitutionum; tem força de lei imposta pelo rei a todos, jus commune; aplica as regras gerais de direito e por fim o jus singulare; com normas específicas. A princípio o individualismo é colocado como caractere do Direito Romano por sua autonomia e, como observado, sua titularidade de direitos, porém, uma série de estudiosos não o considera individualista, pois somente essas duas características não são suficientes para caracterizá-lo.
2. O Corpus Juris Civilis de Justiniano era formado por quatro partes codificadas. Quais são? Explique.
1ª Codex: código proposto por Justiniano diante da defasagem das leis, quantidade excessiva e ambigüidade. Com leis revistas e algumas suprimidas entra em vigor o novo código. 2ª Digesto: também chamado de Pandectas, era a reunião de aproximadamente 2000 obras jurídicas que se tornaram posteriormente50 livros. 3ª Institutas: sucinto tratado de direito, mais simples que o digesto e mais teórico que o código, se divide em quatro livros. 4ª Novelas: base para possível formação de um terceiro código Justiniano as novelas equivalem às leis, existiram 134 novelas em Justiniano.
3. Compare os caracteres do Direito Romano do Baixo Império com a doutrina jurídica atual.
São considerados caracteres do Direito Romano neste período; a pouca originalidade, o dogmatismo, a simplificação e o anonimato. No caractere pouca originalidade; o jurista reescreve, mas não cria conceitos onde se utiliza o uso de resumos. No dogmatismo temos a afirmação do mesmo conceito por séculos. Nasimplificação, existe a preocupação em simplificar a lei em pequenos trechos que poderiam não ser compreendidos por leitores e até os próprios autores. Oanonimato não é aplicado atualmente.
4. Qual instituto do Direito Penal Romano, Processual, teve nascedouro na idade média? Explique.
O Inquérito ou visitation. O processo de dominação e subjulgação da igreja foram feitos através da fé das pessoas. Para garantir essa subjugação das ideias impostas pela igreja a inquisição cria um tribunal eclesiástico e extingue o tribunal civil, assim promove a visitation onde sobre segredo de justiça, bispos avaliadores mandaram milhares de pessoas para a fogueira. Desta maneira o inquérito nasce e se manifesta até a atualidade em nossa sociedade.
5. Fale sobre dogmatização canônica e sua influência na formação do Direito moderno.
Existe uma real relação entre a dogmatização canônica e o Direito moderno. A igreja produzia uma moral religiosa durante o período medieval. O dogma da igreja em nenhum momento poderia ser posto em dúvidas. Na idade média existia uma pluralidade normativa, por exemplo, na Europa, nos vários feudos existentes cada um respeitava suas normas, porém, somente a moral religiosa era algo em comum dentre eles, portanto deveria ser respeitada. Daí, perpassando os séculos, observa-se que a verdade única e imutável que gira em torno da moral religiosa ainda incide mesmo que indiretamente na criação ou manutenção de normas que influenciará a vida das pessoas nas mais diferentes sociedades em pleno século XXI. O Brasil, por exemplo, apesar de ser um país laico, não regido por uma única religião, com seu direito influenciado pela dogmática canônica, tem se segurado diante à aprovação de propostas polêmicas como o casamento homossexual, e a legalização do aborto.
6. Quais os pressupostos ideológicos e os elementos integrantes do Direito moderno?
Os pressupostos ideológicos do Direito moderno são formados por um complexo de normas de teor geral, abstrato, coercível e impessoal. Seus elementos integradores do direito são repartidos em várias vertentes onde uma tem o individuo como o sujeito de direito, a outra mostra as traduções de decisões, isto é, tange a segurança jurídica, também se verifica a relação de empregado e empregador que são colocadas em evidência através dos contratos e por último temos a proteção à propriedade.
7. O que é a casa da suplicação?
A casa de suplicação, uma espécie de tribunal diretamente ligada ao poder real em Lisboa, era responsável pelos modos e usos tupiniquins na formação da burocracia colonial. Algumas práticas e aspectos são associados à casa de suplicação como: patrimonialismo; magistrados portugueses, a elite local diretamente ligada à metrópole e a prática do nepotismo.
8. Compare as Ordenações Filipinas com parte do Código Civil de 1916.
As Ordenações Filipinas, Código legal promulgado em 1603 por Felipe I, eram divididas em vários livros e falava, por exemplo, sobre Direito Penal. Estas ordenações eram um forte instrumento de ação política para o rei. Do século XVII até o século XX com a entrada em vigor do Código Civil de 1916 ainda vimos um código munido de heranças do Brasil colonial. Indo além, ainda em pleno século XXI, em específico novembro deste ano de 2010 a prefeitura do Rio de Janeiro impôs a cobrança legal de foro de aproximadamente 1700 terrenos, essa taxa data o Brasil do período colonial.
9. Como era composta a Ouvidoria Geral (Poder Judiciário no período colonial brasileiro)?
O Poder Judiciário no período colonial brasileiro era composto por: Ouvidoria Geral, Corregedor-mor, Juízes ordinários, auxiliares, Tribunal de relação da Bahia (1609) e Tribunal de relação do Rio de Janeiro (1751). A Ouvidoria Geralnão tinha poder sobre o clero e nem poder sobre a igreja.
10. Quais os institutos jurídicos utilizados para promover a conquista da América Central. Explique. Quem foi Bartolomé de Las Casas?
Dentre institutos jurídicos utilizados para promover a conquista da América Central pode-se citar as encomendas, as guerras justas e os requerimentos. Títulos de propriedade, a fé e intuito de ampliação territorial também serviram para firmar o processo de conquista da América central.
Quanto a Bartolomé de Las Casas: foi missionário, teólogo e evangelizador que trabalhou pela reforma da cultura e pelos direitos humanos na América Central. Enviava cartas para o rei da Espanha intimidando-o sobre o contexto de exploração espanhola não condizente com a sua figura de rei cristão. Defensor da liberdade no seu sentido mais amplo, Las casas denuncia ao mundo a forma violenta de conquista feita pela Espanha. Apesar de todo contexto crítico apresentado, a proposta de Las Casas contra a escravização dos índios se torna contraditória ao mesmo tempo em que este propõe que se escravizem os negros.
Questões de provas:
1- Colocar V (verdadeiro) ou F (falso) nas seguintes questões.
a) Na Índia, a sociedade é dividida em castas e não admite mudanças, o nascimento determina a casta que o indivíduo pertencerá por toda sua existência. A mistura é vista como algo hediondo. (V)
b) A religião, na Índia, apoiava-se no cristianismo e era chamada de Vedismo (F)
c) A casta superior, na Índia, eram os Varsyas, comerciantes. (F)
d) Na Índia, o resto era quem não pertencia a nenhuma casta e eram chamados de Chandalas ou Párias. (V)
2- Corrigir a ou as questões Falsas dada (s) na questão anterior.
b) A religião, na Índia, apoiava-se no espiritismo e era chamada de Vedismo.
c) A casta superior, na Índia, eram os Brâmanes, que eram médicos ou lideres espirituais que podiam ser instruidos ou não e eram vistos como uma divindade. Eram a casta superior, mas não eram os mais ricos, monetariamente, pois, muitos comerciantes possuiam maior poder aquisitivo porém, não mudavam de casta.
3- No Código de Manu, como era tratado o Falso Testemunho? Uma pessoa poderia mentir diante do juiz?
R: TESTEMUNHAS: a pessoa que ficava calada era considerada como falso testemunho. FALSO TESTEMUNHO: é um fato diferenciado onde a testemunha pode mentir em caso de alucinação em que o crime não foi premeditado. 
4- Por que se faz importante o estudo do Direito Romano nos dias de hoje?
R: Se faz importante pois o estudo do Direito Romano, pois 80% do Código Civil (CC) é baseado no Direito Romano, foi através do Direito Romano que teve a evolução e transformação dos pensamentos Juridicos.
5- Quem eram os magistrados no Direito Romano? Como se dividiam os magistrados ordinários? Apenas citá-los.
R: Os Magistrados eram: Magistrados Ordinários e Extraordinários. A divisão dos Magistrados Ordinários: Cônsules, Pretores, Edis, Questores.
6- Colocar V (verdadeiro) ou F (falso).
a) Em Roma, os magistrados eram aqueles que detinham o poder executivo em Roma Republicana e cada um tinha sua função específica. (V)
b) Os Cônsules comandavam o exército, presidiam o senado e os comícios e representavam a cidade em cerimônias religiosas. (V)
c) Os Pretores, a função de cuidar fisicamente da cidade, velavam pela segurança pública e pelo tráfego urbano. (F)
d) Os censores eram responsáveis pelo censo (recenseamento) que era realizado de 5 em 5 anos. (V)
7- Corrigir a ou as respostas falsas dadas na questão anterior.
R: Relacionavam com questões de Justiça. Eram 2: Urbano e Peregrino.8- Citar pelo menos uma fonte do Direito Romano, apresentando suas características.
R: 3 Exeplos:
1- Costumes: "consue tudo": Adjetivo obrigatório para um bom Romano.
2- Dignitas: Diginidade das pessoas- exemplo: tempo na fila. Princípio e não fonte; para os romanos, estava relacionado a cargos públicos, devia ser digno.
3- Juris consulto: sacerdotes que conheciam a norma juridica, depois passaram para pessoas elibadas, de cargos públicos.
4- Leis e Peblicitos: Povo opina sobre determinados assuntos. EX: Atualmente, o último foi porte de armas.
"Lex rogata": Leis votadas pelo povo. Leis apresentadas pelos magistrados.
"Lex Data": Só o Senado que apresentava ou um magistrado, não submetido ao voto popular.
9- O que significava Capacidade Júridica no Direito Romano?
R: Aptidão, poder, três condições para exercer vida civil: status libertatis (ser livre); Status Civitatis (ter cidadania Italiana); Status Familiae ( tem que ter familia).
2 - CONCEITO
Os Romanos não definiram o direito de propriedade. A partir da Idade Media é que os juristas, de textos que não se referiam a propriedade, procuraram extrair-lhe o conceito. Assim com base num rescrito de Constantino, relativo a gestão de negócios, definiram o proprietário como suae rei moderator et arbiter (regente e arbitro de sua coisa); de fragmento do Digesto sobre , sobre o possuidor de boa-fé, deduziram que a propriedade seria o ius utendi et abutendi re sua (direito de usar e de abusar da sua coisa), e de outra lei do Digesto, em que se define a liberdade, resultou a aplicação desse conceito à propriedade que, então, seria a naturalis in re facultas eius quod cuique facere libet, nisi si quid aut ui aut iure prohibetur (faculdade de se fazer àquilo que se quiser sobre a coisa exceto aquilo que é vedado pela forca ou pelo direito).
Segundo a definição de Scialoja – Uma relação de direito privado pela qual uma coisa pertence a uma pessoa, é completamente sujeita à vontade desta em tudo aquilo que não seja proibido pelo direito publico, ou pela ocorrência de outro direito.
Apresenta-se a propriedade aos olhos romanos como uma dominação, verdadeiro, "dominium", poder jurídico direito, absoluto, imediato e exclusivo sobre uma coisa corpórea.
No sentido positivo, a propriedade confere ao titular o direito de usar, gozar e dispor da coisa e, no sentido negativo, exclui toda e qualquer ingerência alheia, protegendo-o, no exercício de seus direitos, contra turbação por parte de terceiros.
3 - ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM A PROPRIEDADE
Com traço absoluto do direito de propriedade:
3.1 - Caráter erga omnes (é um direito oponível contra todos):
3.1.1 - O ius utendi é o direito que o titular do domínio tem de ter e usar a coisa, dentro das restrições legais, a fim de evitar o abuso do direito, limitando-se, portanto, ao bem estar da coletividade, como por exemplo, o direito do proprietário de construir sobre seu terreno, o de utilizar-se do trabalho do escravo.
3.1.2- O ius fruendi é o direito à percepção dos Frutos e a utilização dos produtos da coisa. E o direito de gozar da coisa ou de explora-la economicamente.Cumpre-se observar a respeito, a diferença entre fruto e produto, diferença baseada na periodicidade e não – periodicidade.
3.1.3 - O ius abutendi ou disponendi é o direito de dispor da coisa.E o direito que tem o proprietário de abusar da coisa, dispondo dela como melhor lhe aprouver, inclusive destruindo-a, isto é, alterando-lhe a "substantia rerum" (incendiar casa, matas; abater arvores...)
A rei vindicatio é o poder que tem o proprietário de mover ação para obter o bem de quem injustamente o detenha.
3.2 - Caráter exclusivo
É aquele onde só o proprietário pode dispor da coisa, ou seja a coisa não pode pertencer, simultaneamente, a duas ou mais Pessoas.
3.3 - Caráter Perpétuo
Ressalta que o "dominus " é proprietário para sempre, só interrompendo tal situação por um ato de vontade:
3.3.1 - Ad tempora é o direito onde o proprietário não pode transferir a propriedade nem, sequer ate uma época determinada.
3.3.2 - Ad conditionem é o direito onde o proprietário não pode transferir a propriedade até a verificação de um determinado acontecimento.
4 - OBJETO DA PROPRIEDADE:
Bens Corpóreos ou coisa corpórea: Sao aqueles perceptíveis pelos sentidos, portanto de existencia material, isto é aquela que ocupando um espaço delimitado, pode ser percebida pelos sentidos
Bens móveis - Móveis - Coisa móvel - : Aqueles suscetíveis de remoção ou semoventes;
Bens imóveis - - Imóvel (is): Aqueles que não podem ser transportados sem que ocorra sua destruição ou inutilização.

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