Buscar

MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Prévia do material em texto

MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
Aula ministrada em 03/02/17 – Prof.: Fernando Luiz 
 
 Neurônios: células do tecido nervoso; 
 O Sistema Nervoso (SN) está totalmente adaptado ao transporte e interpretação 
de informações. 
 Em qualquer célula viva, principalmente nas cél. Nervosas, há um sistema de 
canais iônicos. E o transporte da informação dentro do sistema SNC ocorre 
justamente pela abertura e fechamento desses canais de forma ordenada, que 
faz com que haja uma alteração na condutância na célula nervosa. 
Canais iônicos: 
 Poros estreitos e altamente seletivos que podem abrir e fechar em resposta a 
eventos celulares específicos; 
 O transporte que ocorre através destes canais é o transporte passivo. Portanto 
o fluxo de qualquer íon através dos canais iônicos vai depender do gradiente 
eletroquímico (gradiente de concentração); 
 Tipos: 
 Canal de vazamento: Este tipo fica sempre aberto, mas podem variar seu 
diâmetro de acordo com o estímulo oferecido. Permite a difusão de íons 
passivamente. 
 Bomba de Na/k: “Na” é mais concentrado no meio extracelular, 
enquanto o “K” é mais concentrado no meio intra. Isso faz com que o 
sódio se difunda passivamente pelos seus canais de vazamento para o 
meio intra, enquanto ocorre o contrário com o K. Portanto, como o ideal, 
fisiologicamente falando, é manter essa diferença de concentração intra 
e extracelular a bomba de Na/K deve trabalhar ativamente para manter 
essas concentrações ideais. 
 Canais voltagem-dependente: Esse tipo de canal se abre apenas quando 
um certo potencial de membrana é atingido. 
 Canais dependente de ligantes: Esse tipo de canal só se abre ao interagir 
com uma substância específica. 
 
São esses canais que vão mudar a forma como a membrana se comporta 
e como a célula responde a diferentes estímulos. 
 Despolarização é o influxo de íons positivos para dentro de uma célula. Pois na 
prática, isso “tira” os polos da membrana; 
 Repolarização é o efluxo de íons positivos da célula. 
 Potencial de ação é uma rápida variação do potencial de repouso da célula, e 
este é o mecanismo pelo qual os neurônios transmitem impulsos nervosos. O 
potencial de ação se caracteriza por três etapas: Despolarização, Repolarização 
e Hiperpolarização. 
 
 O potencial de ação segue o “princípio do tudo ou nada”. Para que ocorra um 
potencial de ação, o estímulo deve alcançar um potencial limiar. 
 
Em qualquer célula, a menor parte dos canais iônicos são canais de vazamento, 
enquanto a maior parte são voltagem-dependentes (e encontram-se 
inicialmente fechados). 
Devido a essa característica, deve haver um estímulo suficiente para aumentar 
os poros dos canais de vazamento, aumentando o influxo de “Na” na célula e 
provocar um aumento no potencial de membrana, para que, ao atingir um 
determinado valor (~-65mV), os canais voltagem-dependentes possam se abrir 
e assim ocorrer o processo de despolarização por completo. Ao atingir valores 
muito positivos (~+35mV), os canais de “Na” voltagem-dependente se fecham, 
impedindo que esse íon continue entrando e cessando o processo de 
Despolarização. 
Nessa etapa, em que o potencial de membrana se encontra muito positivo, há o 
fechamento dos canais de “Na” juntamente com a abertura dos canais de “K”, 
que começará a se difundir para fora da célula, começando o processo de 
Repolarização. Esses canais de “k” permanecerão abertos até que o potencial de 
membrana retorne a valores negativos, próximo do potencial de repouso, que é 
quando estes canais também se fecham e há a ativação da bomba de Na/K para 
recuperar as concentrações fisiológicas normais de Na e K dentro da célula 
(Expulsando o excesso de sódio que entrou e introduzindo o K que saiu da célula-
na ordem de 3Na para fora e 2K para dentro.). 
 
 A informação é transmitida dentro do neurônio através de corrente elétrica que 
se forma pela entrada de íons pelos canais voltagem-dependente. 
 Sinapse: ponto de encontro entre dois neurônios. É formado pela junção de um 
neurônio pré-sináptico e um neurônio pós-sináptico. 
 A informação é transmitida de um neurônio para outro na sinapse através da 
liberação de substâncias químicas chamadas de neurotransmissores. 
 Ao serem liberados na fenda sináptica, os neurotransmissores estarão livres para 
interagir com proteínas receptoras no neurônio pós-sináptico e assim gerar uma 
resposta na próxima célula em sequência. 
 
Estímulo
Abertura dos canais 
Cálcio-dependente 
(Entrada de "Ca" na 
região terminal)
Ativação das proteínas 
celulares + 
Deslocamento das 
vesículas para a região 
terminal
Liberação 
Neurotransmissor na 
fenda sináptica
Estimulação da próxima 
célula nervosa
 
NEUROTRANSMISSORES 
I. Acetilcolina (Ach): 
 
 Matéria prima: Acetil Coenzima A (produzido na mitocôndria) + Colina 
(Recaptado do meio); 
 Acetilcolina produzida no axônio do neurônio pré-sináptico é armazenado em 
vesículas para serem usadas quando for necessário; 
 Acetilcolinesterase: enzima que degrada a Ach que já foi utilizada. Quebrando 
Ach em Acetil + colina (Colina é reabsorvida para dentro do neurônio para ser 
reciclada). 
 Tipos de receptores de Ach: Receptores colinérgicos 
 Receptor Nicotínico: Canal iônico. Geralmente se encontram nas 
sinapses. 
o Nm: Se encontram nas junções neuromusculares; 
o Nn: Se encontram nos neurônios e na medula. 
 Receptor Muscarínico: São canais associados à proteína G (Segundo 
mensageiro) e geralmente se encontram nos órgãos-alvo. 
o M1: Neurônios; 
o M2: Coração, Mm. Lisos 
o M3: Mm. Lisos, Glândulas exócrinas 
Na transmissão para o órgão-alvo, o neurotransmissor do sistema simpático é a 
Noradrenalina, enquanto o neurotransmissor do sistema parassimpático é a 
Acetilcolina. 
o M1, M3 e M5: Ativam a via da fosfolipase C. Esta via libera DAG e 
IP3, O IP3 promove a liberação de “Ca” e ativa o citoesqueleto a 
reagir àquele estímulo. VIA EXCITATÓRIA. 
o M2, M4: Ativam a via do AMP cíclico. Esta via inibe a conversão 
de ATP em AMPc, sendo, portanto, uma VIA INIBITÓRIA. 
 A Ach é um neurotransmissor importante para o movimento. Tem também 
importância no sono REM e no aprendizado de memória (importante para 
facilitar processos cognitivos) 
 
 
 
 
II. Serotonina (5-HT: 5-Hidroxi triptamina): 
 Principal neurotransmissor associado ao humor, à disposição afetiva. 
 A ausência deste neurotransmissor na sinapse está diretamente ligada a casos 
de depressão. 
 Neurônios serotoninérgicos: Neurônios que liberam serotonina. 
A perda desses neurônios 
colinérgicos no SNC está 
diretamente relacionada com a 
perda de cognição, característica 
comum na doença de Alzheimer. 
 
 Casos de depressão podem estar relacionados com a diminuição da liberação 
deste neurotransmissor. Em casos extremos desse déficit, o indivíduo pode 
tentar suicídio. 
 Excesso desse neurotransmissor pode explicar episódios de ansiedade crônica. 
T.O.C. (transtorno obsessivo compulsivo) também pode ser explicado por esta 
condição assim como alguns comportamentos agressivos. 
 Precursor: Triptofano. 
 Monoamina oxidase (MAO): Enzima que metaboliza a serotonina, inativando-a. 
Geralmente pode ocorrer de um neurônio pré-sináptico possuir receptores. Neste caso, 
o neurotransmissor irá influenciar a própria célula. Este processo geralmente é um 
processo inibitório. 
 
III. Dopamina: 
 Esse neurotransmissor está associado à doença de Parkinson e à Esquizofrenia. 
 São muito importantes nos processos de coordenação. Portanto, a perda dos 
neurônios dopaminérgicospode causar uma descoordenação crônica ou 
definitiva (Parkinson). 
 
 
 Esquizofrenia é causada pelo aumento da atividade ou da liberação da 
dopamina. 
 
 
 COMT (Catecol o-metil transferase) e MAO: Enzimas que irão metabolizar a 
Dopamina. 
 
IV. Noradrenalina (NA): 
 Disposição física e mental; bom humor; 
 Atenção e alerta: Diminuição desse neurotransmissor no sono REM 
 Relacionado ao estresse: Estresse agudo (Aumento de NA), Crônico (diminuição 
de NA) 
 Humor: Depressão (diminuição de NA) 
 Aprendizado e memória. 
Noradrenalina = Neurotransmissor 
Adrenalina = Hormônio (liberado pela suprarrenal na corrente sanguínea) 
Degradação dos neurônios da via 
nigro-estriatal. 
Indivíduo começa a perceber uma realidade 
alterada e perturbada 
Tirosina DOPA Dopamina 
 
Noradrenalina Adrenalina 
 
 Receptores Alfa1 (ativa a Fosfolipase C - excitatório) e Alfa2 (Inibe a 
Adenililciclase- inibitório) 
 Receptores Beta1, Beta2 e Beta 3 geralmente estão relacionados ao mecanismo 
da Adenililciclase, portanto geralmente são inibitórios. 
 
V. GABA e Glutamato: 
 Glutamato é um neurotransmissor e pode ser transformado no GABA, outro 
neurotransmissor. 
 Glutamato geralmente é um transmissor excitatório. O glutamato possui vários 
tipos de receptores, todos sendo responsáveis pela entrada de íons positivos na 
célula, o que vai causar uma despolarização na mesma e provocar um efeito 
excitatório. 
 GABA é um transmissor inibitório. O receptor do GABA é um canal de Cloreto 
dependente de ligante. Logo, irá promover a entrada de íons cloreto (negativo) 
na célula, hiperpolarizando a célula. 
A membrana plasmática das células, possui um potencial de membrana negativo (no 
repouso). Provocar a entrada de íons negativos nesta célula, vai torna-la ainda mais 
negativa, ou seja, vai hiperpolarizar a célula. Este processo irá inibir a célula. 
O álcool é um depressor do SNC pois se liga ao mesmo tipo de receptor do GABA, 
abrindo canais de cloreto e hiperpolarizando aquela célula. Por esse motivo é que a 
interação medicamento-álcool, podendo potencializar o efeito desejável. 
 
ANSIEDADE 
1. ANSIEDADE GENERALIZADA 
 Geração de expectativa e inquietude em praticamente todos os momentos da 
vida de um indivíduo 
 Dificuldade de se concentração, tenso, musculatura travada, perda da qualidade 
de sono. 
 
2. SÍNDROME DO PANICO: 
 Recorrência de ataques exacerbados de ansiedade de curta duração; 
 Ex.: surtos ao entrar no elevador ou ao dirigir. 
 
3. FOBIAS: 
 Crises de ansiedade desencadeadas por reações específicas 
 
4. ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO: 
 Eventos que geram trauma no indivíduo, deixando-o com uma ideia recorrente 
sobre aquela situação. Ex.: Estupro, Sequestro. 
 
5. TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (T.O.C.): 
 Relacionado a algumas “manias” que o indivíduo possa vir a desenvolver. 
 Obsessão seriam ideias, impulsos ou imagens que tornam o indivíduo “escravo” 
delas contra sua vontade. O que faz com que o indivíduo seja obrigado a realizar 
certos rituais. 
 Todos esses eventos trazem uma angústia e um sofrimento ao indivíduo. 
 
ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS: 
 Medicamentos que tratam os sintomas da ansiedade. 
 Geralmente, os sintomas de ansiedade atrapalham a qualidade de vida e do sono 
dos indivíduos. Por isso, alguns desses medicamentos também apresentam 
atividade hipnótica, que servirão para regularizar o tempo de sono do indivíduo 
ou diminuir o tempo que o indivíduo leva para adormecer 
 Sedação e indução do sono: 
o Diminui a latência do sono 
o Diminui o tempo de sono REM 
o Diminui o sono de ondas lentas 
o Aumento da duração total do sono (Estágio 2) 
Sedação é indução à sonolência; 
Hipnose é indução ao sono profundo. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ANSIOLÍTICOS: 
I. Benzodiazepínicos (mais utilizados). 
II. Barbitúricos. 
III. Agonistas dos receptores 5-HT. 
Outros 
IV. Antagonistas Beta-adrenérgicos. 
V. Anti-histamínicos. 
 
MECANISMOS DE AÇÃO DOS BENZODIAZEPÍNICOS (BDZ): 
 Os benzodiazepínicos se ligam aos receptores do GABA (canais de cloreto). 
Efeito indireto: 
 
 O aumento dessa afinidade do receptor pelo GABA, 
permite que este neurotransmissor atue por mais tempo, prolongando seus efeitos. 
MODULA
 
RECPTORES 
DO GABA 
Aumenta a 
afinidade do 
receptor pelo GABA 
 
Efeito direto: Aumenta a frequência da abertura dos canais de cloreto (Cl). Esse 
aumento da frequência é benéfico pois ele continua permitindo que os canais se fechem 
após algum tempo. 
Obs.: Medicamentos da classe dos Barbitúricos tem seu uso mais restrito visto que eles 
não aumentam a frequência da abertura dos canais de cloreto. Em vez disso essa classe 
de medicamentos impede o fechado destes canais, o que pode ser perigoso pois pode 
deixar os canais por muito tempo abertos. 
Obs.: A interação álcool e barbitúricos provocam uma depressão exagerada do SNC, 
podendo ser até letal. 
LIGANTES DO RECEPTOR BZD: 
1. Agonistas: É uma substância que ligada ao receptor, promoverá o efeito 
desejado. Facilitam a ação do GABA. Ex.: Etanol, BZD, Barbitúricos. 
2. Antagonistas: Bloqueiam a ação dos BZD, podendo ser usados para possíveis 
excessos de administração de BZD. Ex.: Flumazenil. 
Exemplo de Benzodiazepínicos: Diazepam, Clonazepam, Alprazolam (este é utilizado 
para fazer procedimentos cirúrgicos ou clínicos rápidos que causam desconforto ao 
paciente, como uma endoscopia por exemplo). 
 
CONVULSÕES E EPILEPSIA: 
 Convulsão: “Atividade hipersincrônica e repetitiva de um grupamento de 
neurônios”. Condição pontual causada por descargas elétricas repetitivas 
anormais. 
 Epilepsia: “Alterações crônicas recorrentes, paroxísticas (ataques, acessos) 
decorrentes da função neuronal”. Condição clínica recorrente, crônica 
decorrente de atividade elétrica anormal. 
Causas: 
o Fatores Primários: Hereditário 
o Fatores Secundários: Lesões cerebrais (Traumatismos, infecções ou 
tumores). 
 Classificações 
 Parciais (focais/locais): Descarga elétrica anormal restrita a uma região (em um 
dos hemisférios) cerebral específica. 
Começam localmente e permanecem localizadas. 
 Simples: Não há perda de consciência. 
 Complexas: Perda de alguns segundos a minutos. Crise psicomotores e 
crises psíquicas. 
 
 Generalizada (ambos os hemisférios): Geralmente as descargas elétricas 
anormais têm origem no tálamo ou que se originaram em outras regiões 
cerebrais, mas que conseguiram alcançar o tálamo. 
 Tônico-clônica (Grande mal): Contração permanente dos músculos, 
seguida de relaxamento 
 Crise de ausência (pequeno mal): Perda de consciência parcial ou 
completa associada a olhar fixo e interrupção da atividade motora 
(personagem chaves). 
Convulsões parciais e na Generalizada Tônico-clônica: o principal tipo de canal iônico 
envolvido é o canal de “Na”. 
Convulsão generalizada do tipo Crise de Ausência: o principal canal iônico envolvido 
nesta crise é o canal de “Ca”. 
Existem medicamentos para bloquear canais de sódio e existem medicamentos para 
bloquear canais de cálcio. 
Os neurotransmissores GABA e Glutamato também podem estar envolvidos nos 
processos de convulsões e devem ser levados em considerações os seus níveis. 
 A crise convulsiva pode ser causada por uma diminuição da ação do GABA. Nesta 
situação deve-se usar medicamentos que potencialize a ação do GABA: 
o Aumentando sua síntese; 
o Diminuindo seu metabolismo; 
o Utilizar substâncias agonistas do receptor Gabaérgico, as quais irão inibir 
o SNC e irá atenuar ou reverter a crise; 
o Diminuindo sua recaptação. 
 O Glutamato por ser um neurotransmissorexcitatório, este mecanismo pode 
favorecer o aparecimento de um acesso convulsivo, portanto deve-se diminuir a 
atividade do Glutamato para tentar reverter esses sintomas: 
o Diminui a atividade do Glutamato; 
o Diminuir a liberação do Glutamato; 
o Bloquear os receptores de Glutamato. 
 Como já foi mencionado, alteração nas funções dos canais de sódio e cálcio 
podem provocar convulsões, logo, deve se usar medidas que regulem a atividade 
desses canais, principalmente fechando esses canais por um tempo maior 
(causando uma depressão do SNC), evitando descargas elétricas anormais que 
são as causas das convulsões. 
 
ESQUIZOFRENIA: 
 Distúrbio que afeta a percepção da realidade do indivíduo muitas vezes com 
manifestações agressivas e muitas vezes psicóticas, caracterizado por uma 
consciência lúcida. 
 Percepção social é totalmente alterada. 
 
Características clínicas: 
 Sintomas positivos: Manifestação sintomática da doença. Momento em que 
o indivíduo manifesta surtos psicóticos. Manifesta as reações mais 
agressivas e contundentes em relação ao distúrbio. 
Hiperatividade do comportamento 
Alucinações 
 Sintomas negativos: Estado não-psicótico. Indivíduo está mais retraído, 
afastado do convívio social, não reagindo a estímulos. 
Se retira do convívio social 
Diminuição da vontade de se expressar. 
Teorias que tentam explicar a Esquizofrenia: 
 Quantidade exacerbada de transmissor da fenda: 
o Dopaminérgica: Excesso (aparenta ser a teoria mais importante); 
o Serotoninérgica: Excesso; 
o Glutamatérgica: Diminuição. 
Se o problema for o excesso de dopamina deve ser usado medicamentos antagonistas 
dopaminérgicos. Especialmente do receptor D2; 
Da mesma forma, se o problema for o excesso de 5-HT, deve-se usar medicamentos 
antagonistas serotoninérgico, particularmente dos receptores 5-HT2; 
Se o problema for a falta ou diminuição do Glutamato deve-se usar medicamentos 
agonistas glutamatérgicos, que irão mimetizar o Glutamato. 
ANTIPSICÓTICOS: 
 Medicamentos utilizados para tratar a esquizofrenia; 
 Típicos: São especificamente antagonistas dos receptores dopaminérgicos 
D2. Ex.: Aloperidol 
 Atípico: Tem propriedades inespecíficas. Podendo atuar em mais de um 
receptor simultaneamente. Ex.: clozapina, risperidona, olanzapina e a 
quetiapina 
 
DEPRESSÃO E MANIA: 
 Depressão: se reflete em uma retirada social, pouca interação, retração 
psicológica onde o indivíduo se isola socialmente. 
 Mania: é um estado de supervalorização. Aumento do “ego”. 
 Transtorno bipolar é uma condição clínica onde o indivíduo alterna entre a fases 
de depressão e mania. 
 Esses episódios irão afetar o comportamento físico e biológico do indivíduo pois 
estes distúrbios afetam o sono, o impulso sexual, a funcionalidade geral do 
indivíduo, disposição física e até o apetite. 
 
 Depressão Unipolar: O indivíduo sempre vai oscilar seu humor no intuito da 
depreciação e da baixa reatividade ao meio externo. 
O indivíduo faz um juízo de valor próprio de forma negativa, se desvaloriza. Essa 
progressão continuada pode ser perigosa para a vida do indivíduo. 
 Endógena: origem interna 
 Reativa: aquele que por algum motivo ou algum evento na sua vida que 
abalou o emocional do indivíduo 
 Depressão associada com mania (transtorno bipolar: Alternância entre 
depressão e mania 
Causas: 
o O principal neurotransmissor que parece ser responsável pela depressão é a 
Serotonina (5-HT) embora a Norepinefrina também esteja envolvida. 
Teorias: 
o Depressão: A principal teoria afirma que há um déficit de monoaminas 
(serotonina e Norepinefrina) na fenda sináptica. 
o Mania: Há um acúmulo de monoaminas na fenda sináptica. 
Por esse motivo é que alguns indivíduos que possuem transtorno bipolar só 
demonstram sintomas de mania quando estão medicados para depressão, pois esses 
medicamentos irão aumentar a quantidade de 5-HT e NORA na fenda sináptica. 
Tratamento: 
 Não-farmacológico: indicado para depressão leve. Inclui terapia, conversa com 
psicólogo, etc. 
 Farmacológico: 
o Inibidores da MAO (Monoaminaoxidase): A MAO é a principal enzima que 
degrada a Serotonina e a Noradrenalina (aminas biogênicas). 
Esse mecanismo vai possibilitar que as aminas biogênicas permaneçam 
mais tempo na fenda, exercendo seu efeito excitatório. 
Outra teoria é que a MAO pode estar trabalhando excessivamente, logo 
a sua inibição é uma das formas indicadas para o tratamento. 
Podem ser reversíveis ou irreversíveis. 
o Antidepressivos tricíclicos: Bloqueiam a recaptação de Serotonina e 
Noradrenalina, ou seja, é uma ação inespecífica que impede a absorção 
dos dois neurotransmissores 
o Inibidores seletivos da recaptação da Serotonina: Se for detectado que o 
problema é a ausência de Serotonina na fenda, deve-se usar fármacos 
que impeçam a recaptação desta, aumentando o tempo do fármaco na 
fenda. Aumenta a duração do efeito da Serotonina.

Continue navegando