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Fundação de Ensino Superior de Goiatuba - FESG Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PLANEJAMENTO EMPRESARIAL Prof. Alzair Eduardo Pontes - Esp. alzairpontes@hotmail.com . A sua opinião é muito importante para nós. Fale Conosco! alzair@fafich.org.br www.fafich.org.br _________________________________________________________________________2 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br Esta apostila é somente um roteiro para estudos e não substitui os livros, os quais são fontes de pesquisa e integração. procuramos aqui uma abordagem simples e objetiva, sobre diversos assuntos de Administração, que servirá como apoio didático aos alunos universitários (principalmente aqueles sem muito tempo para leitura) e como material de revisão para as pessoas já diplomadas. Contudo, não deve ser dispensado o estudo dos livros clássicos de cada assunto, alguns citados em nossa bibliografia, para a formação da base dos conhecimentos necessários sobre as temáticas. PONTES, Alzair Eduardo. 2010 Planejamento Empresarial / Alzair Eduardo Pontes, Org. Fundação de Ensino Superior de Goiatuba - FESG, Goiatuba (GO), 2010-2 Apostila para disciplinas Planejamento Empresarial e Planejamento da Ação Empresarial I do Curso de Administração da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba - FAFICH. 137 p. 1. Teorias Administrativas. 2. Empreendedorismo. 3. Planejamento Empresarial . _________________________________________________________________________3 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br SUMÁRIO 1 PLANEJAMENTO EMPRESARIAL 4 1.1 PLANEJAMENTO 4 1.2 ORGANIZAÇÃO 5 1.3 DIREÇÃO 10 1.4 COORDENAÇÃO 11 1.5 CONTROLE 12 1.6 REVISÃO DE CONCEITOS 13 2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO. 15 2.1 Conceituação de Planejamento. 15 2.2 Princípios Gerais do planejamento. 15 2.2.1 Princípios específicos do planejamento. 17 2.2.2 Partes do planejamento. 17 2.3 TIPOS DE PLANEJAMENTO 18 2.3.1-Planejamento Estratégico. 20 2.3.2-Planejamento Tático. 20 21.3.3 Planejamento operacional 21 21.4 Diferenças básicas entre os três tipos de planejamento 21 3 EMPRESA COMO SISTEMA. 23 3.1- Ambiente. 24 4 METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANEJ ESTRAT. NAS EMPRESAS. 24 5 FASES PARA ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANEJ. ESTRATÉGICO. 26 5.1 Fase I – Diagnostico Estratégico 26 5.2 Fase II - Missão da Empresa. 27 5.3 Fase III – Instrumentos Prescritivos e Quantitativos. 28 5.3.1 A. Estabelecimento de objetivos, desafios e metas. 28 5.3.2 B. Estabelecimento de estratégias e políticas 28 5.3.3 C. Estabelecimento dos projetos e planos de ação. 29 5.3.4 Instrumentos quantitativos 29 5. 5. 5 Fase IV – Controle e Avaliação 30 6 INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS, CENÁRIOS EMPRESARIAIS E DECISÕES DE CURTO PRAZO 31 7 ETAPAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 36 7.1 EXERCÍCIO - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 37 8 EMPREENDEDORISMO 38 9 HIERARQUIA DE NECESSIDADES 40 10 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PESSOAL 41 11 Prezado(a) Aluno(a), 48 12 O SEGREDO DE LUÍSA - RESUMO 49 13 Business Plan 61 14 TESTE DE INTELIGÊNCIA. OBSERVAÇÃO E CONHECIMENTO 68 15 Análise do Seminário 69 16 NEGÓCIO ESCOLHID 70 17 ESTUDO DE CASO - Padaria Luzitana 71 18 Resposta do exercício Liderança 72 19 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 72 _________________________________________________________________________4 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br 1. PLANEJAMENTO EMPRESARIAL 1.1 PLANEJAMENTO IMPORTÂNCIA Sem o planejamento é impossível executar as demais funções administrativas. SIGNIFICADO Planejar é "fazer um plano" do que deve ser feito e como deve ser feito, baseado numa previsão, a fim de atingir os objetivos da empresa. PRINCÍPIOS 1) Flexibilidade: Os planos devem poder ser adaptados, segundo margens de tolerância 2) Precisão: Os planos devem ser o mais exatos possível 3) Reajustamentos: Os planos, em si, necessitam ser periodicamente reajustados ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO 1) Plano: Como alcançar os objetivos Objetivos: As "finalidades" da organização (posição no mercado, rentabilidade, qualidade, produção, etc) 4.3.3 C. Estabelecimento dos projetos e planos de ação. 2) 3) Estratégia: Esforço global para atingir os objetivos gerais da empresa 4) Tática: Esforço específico dentro do plano estratégico 5) Eficiência: Fazer corretamente o trabalho 6) Eficácia: Fazer o trabalho mais relevante para os objetivos da empresa 7) Metas: Resultados planejados (esperados) TIPOS DE PLANOS TIPO DEFINIÇÃO CARACTERÍSTICAS Procedimentos Relacionados com "métodos de trabalho" • Quase sempre, são planos operacionais • Geralmente, são representados por fluxogramas Orçamentos Relacionados com "dinheiro" de receitas ou despesas, em um determinado período de tempo • Estratégicos: Quando envolvem a empresa como um todo e abrangem um longo prazo (ex: planejamento financeiro estratégico) • Táticos: Quando cobrem um departamento da empresa, a médio prazo (ex: orçamento departamental de propaganda anual) • Operacionais: Quando sua dimensão é local e são de curto prazo (ex: orçamentos de reparos) _________________________________________________________________________5 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br Programas ou programações Relacionados com o "tempo", geralmente se baseiam na correlação entre tempo e atividades • Os mais simples são os "cronogramas" e os mais complexos são como o PERT Regras, normas ou regulamentos Relacionados com o "comportamento", especificam como as pessoas devem comportar-se em determinadas situações, visando restringir o grau de liberdade em determinadas situações • Quase sempre são planos operacionais (ex: normas para incêndio) LIMITAÇÕES DO PLANEJAMENTO Logística e Estratégica A estratégica dá apenas a probabilidade em relação ao futuro, e não a certeza. Planejamento Estratégico 1) Determinação dos objetivos da empresa: Globais e departamentais 2) Análise interna: Dos recursos, da estrutura organizacional e do desempenho da empresa, para definir os pontos fracos e fortes 3) Análise externa do ambiente: Dos mercados, da concorrência e dos fatores externos (economia, política, sociedade, cultura, leis, etc) 4) Formulação das alternativas estratégicas: Para alcançar os objetivos da empresa, baseadas nas condições internas e externas O Processo Da Tomada De Decisão É a seqüência de etapas que formam uma decisão. Etapas 1) Percepção da situação 2) Análise do problema 3) Definição dos objetivos 4) Procura de alternativas de solução 5) Avaliação dessas alternativas 6) Seleção da alternativa mais adequada 7) Implementação da alternativa escolhida Planejamento Eficaz Para o planejamento ser eficaz é necessário ser preciso e flexível. 1.2 ORGANIZAÇÃO NATUREZA Organizar é constituir o duplo organismo, material e social (a estrutura formal) da empresa. FINALIDADE DA ORGANIZAÇÃO Para havera Administração é necessária a Organização. _________________________________________________________________________6 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br OS FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO FORMAL É o conjunto de cargos funcionais e hierárquicos, orientados para o objetivo da empresa. Divisão De Trabalho É a especialização das pessoas, através da designação de tarefas específicas a cada uma das partes da empresa, para aumentar a eficiência. Quanto maior a divisão do trabalho, maior a eficiência da empresa. Tipologia 1) Vertical: Segundo o nível hierárquico, definindo os diferentes escalões e seus níveis de autoridade (cargo) 2) Horizontal: A divisão a nível das atividades, num mesmo nível hierárquico (funções). Ex: Departamentos ou seções de uma mesma diretoria, com funções distintas Especialização A divisão de trabalho conduz à especialização. Responsabilidade É a cobrança exigida na realização dos deveres. Autoridade É o direito de dar e o poder (moral = voluntário, ou coercitivo = pela força ou duplo) de se fazer obedecer, no comando da execução de algo, conforme a maneira considerada adequada pelo possuidor da autoridade, para os objetivos da empresa. A autoridade é o fundamento da responsabilidade. Alcance de Controle Uma pessoa deve receber ordens de apenas um superior (unidade de comando), formando uma linha de autoridade do escalão mais alto até o mais baixo (cadeia escalar) . Quanto mais o funcionário sobe na estrutura da empresa, sua amplitude de controle diminui. Quanto maior o número de subordinados por chefe, menor o número de níveis hierárquicos da empresa. • Número de subordinados maior que a amplitude administrativa: Perda de controle, desmotivação, ineficiência de comunicações, decisões demoradas e mal estruturadas, queda no nível de qualidade de trabalho • Número de subordinados menor que a amplitude administrativa: Capacidade ociosa do chefe, custos administrativos maiores, falata de delegação, desmotivação, pouco desenvolvimento dos subordinados Departamentalização Básica É a escolha os critérios (normalmente mais de um ) para a homogeneidade da divisão de trabalho, dos órgãos que compõem a estrutura da empresa (horizontal). Critérios 1) Por funções (funcional): De acordo com as funções básicas desempenhadas 2) Por produtos ou serviços: De acordo com o produto ou serviço realizado 3) Por localização geográfica (territorial ou regional): De acordo com a localização (região, estado, etc) onde o trabalho será executado, ou uma área de mercado a ser servida pela empresa 4) Por clientela: De acordo com o tipo (sexo, idade, renda, etc) de pessoas para quem o trabalho é executado _________________________________________________________________________7 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br 5) Por fases do processo (ou por processamento): De acordo com a seqüência do processo produtivo, operacional, máquina ou equipamento utilizado (departamento de líquidos, sólidos, etc) 6) Por projetos: De acordo com as saídas e resultados relativos a um ou vários projetos da empresa Delegação É a transferência de determinado nível de autoridade de um chefe para um subordinado, criando a correspondente responsabilidade pela execução da tarefa delegada. Muito embora a responsabilidade original, do chefe para com seu superior, não possa ser delegada ("Pode-se delegar autoridade, mas não responsabilidade"). Princípios 1) A autoridade deve ser delegada até o ponto e na medida necessária para a realização dos resultados esperados 2) A autoridade deve ser proporcional ao nível de responsabilidade alocada no cargo e/ou funcionário 3) A responsabilidade não pode ser delegada., pois nem o chefe nem o subordinado podem livrar-se completamente de suas obrigações, designando outros para realizá-las 4) A clareza é fundamental, com designação precisa, entendida e aceita Técnicas 1) Selecionar o subordinado adequado 2) Proporcionar um nível de autoridade compatível com as atividades exercidas pelo subordinado 3) Explicar com precisão e clareza as atividades e resultados esperados 4) Recompensar, de alguma forma, um bom resultado apresentado pelo subordinado 5) Criar condições adequadas de motivação 6) Estabelecer controles adequados, divulgados e aceitos 7) Treinar e ajudar os subordinados em suas atividades 8) Evitar perda excessiva de poder, mas estar disposto a "abrir mão" de determinadas atividades que provoquem uma situação adequada de motivação nos subordinados 9) Ter adequados canais de comunicação 10) Ter disposição para aceitar erros dos outros 11) Incrementar o nível de participação nos subordinados 12) Perceber que os subordinados têm muito a contribuir no processo decisório na área de sua especialização 13) Desenvolver o processo de planejamento para que a delegação possa ocorrer antes do fato, e não depois do fato consumado 14) Desenvolver adequado nível de confiança nos subordinados, por meio de treinamento, participação, reconhecimento e troca de idéias 15) Criar condições para forçar os subordinados a tomarem decisões, dando-lhes ao mesmo tempo o apoio que se fizer necessário 16) Não criticar excessivamente quando os subordinados cometem enganos 17) Fazer com que os subordinados saibam o que tem de ser feito e quais os resultados esperados, incluindo o nível de qualidade e o prazo de realização 18) Prover incentivos adequados para que que os subordinados se sintam dispostos a aceitar maior delegação 19) Desenvolver uma estrutura organizacional que proporcione incremento no processo de delegação 20) Deve-se ficar, concentrando os esforços, com as atividades que mais contribuem para os objetivos desejados, delegando as demais aos subordinados Funções De Linha E Assessoria De Linha São aquelas responsáveis diretamente pelos destinos da empresa. São ligadas a atividades- fins, de operacionalização da empresa. Ex: Numa empresa de varejo -> compras, vendas e finanças). Assessoria São órgãos que oferecem seus serviços, conselhos e consultoria aos órgãos de linha, que não têm condições de o fazer por si próprios. São ligadas a atividades-meio, de aconselhamento, análise e estudo das atividades do chefe, procurando liberá-lo de alguns estudos e pareceres. Possuem, assim, apenas autoridade de especialista, e não autoridade de comando. _________________________________________________________________________8 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br Tipos De Estrutura DEFINIÇÃO VANTAGENS DESVANTAGENS OBSERVAÇÕ ES Li n ha (li n ea r) • Baseada na hierarquia entre superior e subordinados, em suas linhas diretas e únicas de autoridade e responsabilidade • Sua principal característica é a "unidade de comando" • De fácil compreensão Possue clara definição das responsabilidade • De fácil implantação • Estável • Pode levar à rigidez • Pode tornar-se autocrática • Torna o chefe um generalista • Congestiona as linhas de comunicação, à medida em que a empresa cresce • Torna as comunicações demoradas e sujeitas a distorções • Possue aspecto piramidal • A mais simples e antiga • Adotada em pequenas empresas ou em empresas incipientes • Possui linhas formais de comunicaçã o Fu n ci o n a l • Baseada na "especialização" das funções para cada tarefa • A autoridade é funcional e as decisões são delegadas aos especialistas • Permiteuma melhor supervisão técnica • Desenvolve comunicações sem intermediários, permite um melhor planejamento e controle, por lhes separar da execução • Pode levar à perda de comando, traz problemas quanto à delimitação de responsabilidades • Tem tendência a concorrência entre especialistas • Existe tensão e conflitos • Gera confusão quanto aos objetivos • Possui linhas diretas de comunicação Li n ha - St a ff • A combinação da organização linear com a funcional • Assegura assessoria especializada • Propicia atividade conjunta entre os órgão de linha e de staff • Pode proporcional conflitos entre os órgãos de linha e de assessoria • Há dificuldades em manter seu equilíbrio • Complexa • Mais empregada atualmente • Possui linhas formais e diretas de comunicação _________________________________________________________________________9 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br Co m is sõ es • É um grupo de pessoas a quem se dá um assunto para estudar • Permitem Tomadas de decisões e julgamentos grupais • Ajudam a Coordenação • Consolidam a Transmissão de informações • Evitam a delegação de autoridade • Permitem a consolidação de autoridade em diversos níveis • Podem levar à perda de tempo na tomada de decisões • Custo de tempo e dinheiro • Substituição do administrador (tira e debilita o comando) • Absorvem tempo útil de numerosos participantes • Divisão da responsabilidade • Exige um presidente ou coordenador excepcionalmente eficiente • Podem ser formais, informais, temporárias e relativamente permanentes • É útil quando se faz necessário o julgamento de diversas pessoas, uma grande variedade de informações ou uma efetiva coordenação A ORGANIZAÇÃO INFORMAL É aquela que emerge espontânea e naturalmente entre as pessoas que ocupam posições na organização formal, a partir de relacionamentos de amizade como ocupantes dos cargos. Características 1) Relações de coesão ou de antagonismo: Os indivíduos na empresa criam relações pessoais de simpatia ou antipatia, de duração e intensidade extremamente variáveis 2) Status: Daí, integram-se em grupos informais, onde cada qual, independentemente da sua posição formal, adquire uma determinada posição social ou "status", um função do seu papel em cada grupo 3) Colaboração espontânea: A organização informal existe em toda empresa e é necessária à colaboração efetiva, uma vez que existe nela um alto índice de colaboração expontânea a ser aproveitado em favor da empresa 4) A possibilidade da oposição à organização informal: Quando não bem tratada, a organização formal pode ser opor à formal, em desarmonia com os objetivos da empresa 5) Padrões de relações e atitudes: Os grupos informais desenvolvem, espontaneamente, padrões de relações e atitudes, que passam a ser aceitos e assimilados pelos seus componentes, pois traduzem os interesses do grupo 6) Mudanças de níveis e alterações dos grupos informais: A mudança de nível funcional pode levar o indivíduo à ingressar em outros grupos informais. Portanto, as mudanças na organização tendem a alterar os grupos informais _________________________________________________________________________10 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br 7) A organização informal transcende a formal: A duração e natureza das relações nos grupos informais transcendem as meramente formais, pois escapa ao local físico e horário da empresa 8) Padrões de desempenho nos grupos informais: Os padrões de desempenho estabelecidos pelos grupos informais nem sempre correspondem aos da organização formal, dependendo do grau de motivação do grupo quanto aos objetivos da empresa Implicações A organização formal, uma vez inerente a qualquer empresa, deve ser considerada, a fim de encontrar-se o equilíbrio entre ela e a organização formal, visando os próprios objetivos da empresa. A Organização Eficaz Uma organização eficaz precisa garantir: 1) Centralização sensível 2) Conforto 3) Conselho competente 4) Obediência ao planejado 5) Ordem 1.3 DIREÇÃO NATUREZA Direção é a tomar decisões continuamente, incorporando-as em ordens e instruções específicas e gerais, funcionado como líder da empresa. FUNDAMENTOS DA DIREÇÃO Para que o "planejamento" e a "organização" funcionem, precisam ser dinamizados pela orientação a ser dada às pessoas, por meio de uma adequada comunicação, liderança e motivação. Isso é direção. Motivação É a tensão que leva o indivíduo a alguma forma de comportamento, visando à satisfação de uma necessidade. É toda descarga de tensão em função do retorno ao equilíbrio psicológico, no homem. A motivação procura explicar o comportamento humano. Conceitos 1) Ciclo motivacional: O equilíbrio psicológico do homem pode ser quebrado por um estímulo que cria uma necessidade. Essa necessidade provoca uma tensão que conduz a um comportamento em direção à satisfação da necessidade. Essa necessidade, quando satisfeita, faz o organismo retornar ao seu equilíbrio, até que outro estímulo sobrevenha 2) Frustração: É a não liberação da tensão, que resultaria na satisfação da necessidade, mantendo o organismo em desequilíbrio. A frustração pode levar à desorganização do comportamento, agressividade, reações emocionais (insônia, distúrbios digestivos, ansiedade, stress, etc) e alienação ou apatia _________________________________________________________________________11 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br 3) Compensação (ou transferência): É a satisfação de uma necessidade, impossível de ser mantida, através de outra necessidade complementar ou substituta, reduzindo ou evitando a frustração TEORIA X TEORIA Y As pessoas são preguiçosas e indolentes As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer As pessoas evitam o trabalho O trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou descansar As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios As pessoas precisam ser controladas e dirigidas As pessoas podem ser automotivadas e autodirigidas As pessoas são ingênuas e sem criatividade As pessoas são criativas e competentes 1.4 COORDENAÇÃO COMUNICAÇÃO Para um liderança eficaz, é necessário um bom fluxo de comunicação dos superiores para os subordinados (para que entendam seus objetivos e sejam motivados) e dos subordinados para os superiores (a fim de avaliarem aqueles). Conceitos 1) Fonte: É o que fornece as mensagens 2) Transmissor: Aquilo que opera a mensagem, da fonte ao canal 3) Canal: É o que fica entre o transmissor e o receptor 4) Receptor: Aquilo que recebe a mensagem 5) Destino: A quem é destinada a mensagem 6) Ruído: São as perturbações indesejáveis, que deturpam e alteram, imprevisivelmente, a mensagem 7) Redundância: É a repetição da mensagem, para garantir uma recepção correta, minimizando o ruído Redes De Comunicação FORMATO VELOCIDADE ACUIDADE ÊNFASE NO LÍDER MORAL APLICAÇÕES FLEXIBILIDADE PARA MUDANÇA NO CARGO Roda Rápida Boa Muita Muito pobre Para tarefas simples e para certas atividades industriais Lenta Cadeia Rápida Boa Marcada PobrePara rápida aceitação de novas idéias Lenta Círculo Lenta Pobre Nenhuma Muito boa Para uma melhor aceitação da criatividade e flexibilidade no trato com novos problemas Muito rápida _________________________________________________________________________12 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br LIDERANÇA É uma chefia, na qual os chefes despertam entusiasmo e conquistam a dedicação dos subordinados, fazendo-os desejar o que ele deseja. A DIREÇÃO EFICAZ Para ser eficaz, a direção necessita obter a dignificação do objetivo, iniciativa e estímulo e a união do pessoal 1.5 CONTROLE CONCEITOS É verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas, a fim de localizar e corrigir as distorções dos objetivos. OBJETIVOS DO CONTROLE 1) Restringir e coagir: Limitar os erros 2) Regulamentar: Manter o equilíbrio do sistema 3) Administrar: Assegurar a administração O PROCESSO DE CONTROLE 1) Estabelecimento de padrões 2) Observação do desempenho 3) Comparação do desemprenho com o padrão 4) Ação corretiva (identifica as variações fora dos limites aceitáveis) PREMISSAS PARA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO CONTROLE 1) Apurações imediatas: Para habilitar o controle a tomar providências em tempo hábil 2) Autonomia: A não subordinação hierárquica do controle ao órgão controlado, para que o controle possua os poderes necessários para a apuração e revelação das falhas 3) Complementarismo das operações e contraposições de interesses: Colocar, para efeito de controle, o interesse de um agente complementar em contraposição ao do outro, controlando-se mutuamente. Ex: Quando um departamento vende e o outro recebe o pagamento 4) Confiança: Na veracidade do controle, para o controle poder atuar com segurança e firmeza 5) Imparcialidade: O controle necessita ser desapaixonado, não ser parte do assunto e não opinar conforme interesses parciais, primários ou intuitivos 6) Não ingerência no comando: O controle não deve corrigir as falhas encontradas, função esta do controle, para não gerar um duplo controle, quebrando a unidade de comando que desestrutura a administração 7) Revisão: O controle necessita de conferência para ser eficaz. Ex: A contabilidade precisa de auditoria externa TÉCNICAS DE CONTROLE Gráficos, relatórios, índices, etc, _________________________________________________________________________13 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br CONTROLE GERAL DO DESEMPENHO (Etzioni) 1) Físico: Baseado em punições físicas, para "ameaçar" pela "alienação", força ou medo (instituições penais e campos de concentração) 2) Material: Baseia-se em recompensas materiais, para gerar interesse "calculista" nas vantagens (comércio e corporações trabalhistas) 3) Normativo: Baseado em "símbolos" de prestígio e estima, controlando pela "moral" da fé, crença e ideologia (igrejas, universidades e hospitais) CONTROLE EFICAZ O controle eficaz necessita possuir: 1) Apurações imediatas 2) Autonomia 3) Complementarismo das operações com contraposição de interesses 4) Confiança 5) Imparcialidade 6) Não ingerência no comando 7) Revisão 1.6.1 REVISÃO DE CONCEITOS 1. O que significa planejar? 2. Por que se diz que planejamento sem controle é inócuo? 3. Que tipo de problema ocorreria se uma empresa desenvolvesse o Orçamento sem antes elaborar o Plano Estratégico? 4. Quais os tipos de decisões que uma empresa deve tomar no processo de gestão? 5. O que vem a ser a Missão da empresa e por que ela deve ser bastante clara e objetiva? Exercícios de Fixação 01 - Reativando a Memória Toda a ação consciente e racional decorre de uma decisão. Só se toma uma decisão quando há opções e a decisão consiste na escolha de uma delas. A escolha de uma opção sempre se faz em função de algum objetivo. Quando estamos fazendo um plano, estamos olhando para o amanha e antecipando, hoje, decisões a respeito das ações que executaremos ao longo do tempo, de mofo a atingir determinados objetivos em certas épocas futuras. Todas as pessoas e todas as organizações, através das pessoas que as dirigem, fixam para si objetivos. Num organização, o objetivo predominante será o de obter certo retorno mínimo _________________________________________________________________________14 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br sobre o investimento do empresário, condizente com o grau de risco envolvido e respeitados aspectos éticos e de responsabilidade social. Uma vez fixado o objetivo central, deve-se atuar de forma a atingi-lo da maneira mais eficaz e eficiente possível. Numa empresa, geralmente as decisões mais complexas são aquelas que tem maior impacto sobre a organização, envolvem mais recursos, são de difícil reversibilidade, envolvem alto nível de conhecimento e acarretam risco mais acentuado. A este tipo de decisão chamamos de estratégica. Por outro lado, as decisões mais descentralizadas, mais repetitivas e de maior reversibilidade chamamos de táticas/operacionais. Um dos desafios da administração é o de garantir a compatibilidade entre as decisões táticas/operacionais que levem a empresa a atingir seus objetivos com eficiência. O orçamento empresarial decorre da estratégia da empresa e elucida, com maior grau de detalhe, os números e valores correspondentes, através de um conjunto ordenado de quadros relativos a certas datas ou intervalos futuros de tempo que integram e combinam os dados de vendas, produção, compras, estoques, custos, despesas, ativos, etc. É, portanto, o instrumento mais detalhado da administração que integra as quantificações das ações e resultados a curto prazo da empresa, visando alcançar seus objetivos com eficiência. As ações de controle fazem parte de nosso dia a dia, diríamos de nosso momento a momento. È preciso que durante a execução do plano nos certifiquemos de que o mesmo, vem sendo cumprido. O controle identificara áreas problemáticas da empresa e a capacidade de seus dirigentes. Planeja-se para saber em que investir e em que manter investimentos. Planeja-se para que o pessoal se conscientize dos objetivos. Planeja-se para a integração e a coordenação das pessoas e unidades da empresa. Planeja-se para administrar situações excepcionais. Planeja-se para intervir no futuro. Planeja-se para enfrentar imprevistos. _________________________________________________________________________15 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br 2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2.1 Conceituação de Planejamento. Planejamento estratégico corresponde ao estabelecimento de um conjunto de providências a serem tomadas pelo executivo para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado; entretanto, a empresa tem condições e meios de agir sobre as variáveis e fatores, de modo que possa exercer alguma influência; o planejamento é, ainda, um processo contínuo, um exercício mental. O planejamento estratégico pressupõe a necessidade de um processo decisório que ocorrerá antes, durante e depois de sua elaboração e implementação na empresa. O processo de planejar envolve, portanto, um modo de pensar: indagações; questionamentos sobre o que fazer, como, quando, quanto, para quem, por que, por quem e onde. O planejamento nas empresas, por sua natureza, resulta de decisões presentes, tomadas a partir do exame do impacto das mesmas no futuro. Pode ser definido como o desenvolvimento deprocessos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo rápido, eficiente, coerente e eficaz. A atividade de planejamento é complexa em decorrência de sua própria natureza, o processo é continuo composto de várias etapas, funciona de forma não linear em decorrência de haver variabilidade nas empresas. Essa variabilidade é devida ás pressões ambientais resultantes de forças externas e internas. Aspectos relevantes do planejamento estratégico: • O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes (Drucker 1962:131). Trata-se de um processo sistemático e constante de tomada de decisões, cujos efeitos e conseqüências deverão ocorrer em futuros períodos de tempo. • Deve ser visualizado como um processo composto de ações inter-relacionadas e interdependentes que visam objetivos previamente estabelecidos. • O resultado final do processo de planejamento, normalmente, é o plano, sendo que este deve ser desenvolvido pela empresa e não para a empresa. 2.2 Princípios gerais do planejamento. • Principio da contribuição aos objetivos: visar os objetivos máximos da empresa. Hierarquizar os objetivos estabelecidos e procurar alcançá-los em sua totalidade. • Princípio da prudência: corresponde a uma função administrativa que vem antes das outras (organização, direção e controle). O planejamento “do que e como vai ser feito” aparece no inicio do processo administrativo. Como conseqüência torna-se o processo de maior importância das empresas. • O princípio das maiores influência e abrangência, pois pode provocar uma série de modificações nas características e atividades da empresa. _________________________________________________________________________16 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br Modificações provocadas pelo planejamento. As modificações provocadas nas pessoas podem corresponder às necessidades de treinamento, substituições, transferências, funções, avaliações etc.; na tecnologia: evolução dos conhecimentos, novas maneiras de fazer o trabalho etc.; nos sistemas: nas responsabilidades estabelecidas, nos níveis de autoridade, descentralização, comunicações, procedimentos, instruções etc. • O princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade. O planejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar as deficiências apresentadas pelas empresas. Eficiência é: - fazer as coisas de maneira adequada; - resolver problemas; - salvaguardar os recursos aplicados; - cumprir seu dever; e - reduzir os custos. Eficácia é: - fazer as coisas corretas; - produzir alternativas criativas; - maximizar a utilização de recursos; - obter resultados; e - aumentar o lucro. Efetividade é: - manter-se no mercado; e - apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo (permanentemente). Planejamento Provoca modificações em Pessoas Tecnologia Sistemas _________________________________________________________________________17 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br 2.2.1 Princípios específicos do planejamento. Planejamento participativo: o principal beneficio do planejamento não é seu resultado final, ou seja, o plano, mas o processo desenvolvido. Quanto ao responsável é importante facilitar o processo de sua elaboração pela própria empresa, e deve começar pelas áreas pertinentes. Planejamento coordenado: todos os aspectos envolvidos devem ser projetados de forma que atuem interdependentemente. Planejamento integrado: os vários escalões de uma empresa de porte médio ou grande – devem ter seus planejamentos integrados. Nas empresas voltadas para o mercado, os objetivos são escolhidos de “cima para baixo” e os meios para alcançá-los, “de baixo para cima”. Planejamento permanente: condição exigida pela própria turbulência do ambiente empresarial, pois nenhum plano mantém seu valor e utilidade com o tempo. 2.2.2 Partes do planejamento. O planejamento é um processo contínuo que envolve um conjunto complexo de decisões inter- relacionadas que podem ser separadas de diferentes formas. De forma geral, alguns aspectos básicos devem ser considerados em qualquer planejamento. Ackoff (1974, p.4) apresenta cinco partes: 1. Planejamento dos fins: especificação do estado futuro desejado, ou seja, a visão, a missão, os propósitos, os objetivos, os objetivos setoriais, os desafios e as metas. 2. Planejamento dos meios: proposição de caminhos para a empresa chegar ao estado futuro desejado, por exemplo, pela expansão da capacidade produtiva de uma unidade e/ou diversificação de produtos. Aqui tem-se a escolha de macroestratégias, macropolíticas, estratégias, políticas, procedimentos e processos. 3. Planejamento organizacional: esquematização dos requisitos organizacionais para poder realizar os meios propostos. Aqui pode-se ter, por exemplo, a estruturação da empresa em unidades estratégicas de negócios. 4. Planejamento dos recursos: dimensionamento de recursos humanos, tecnológicos e materiais, bem como a determinação da origem e aplicação de recursos financeiros. Aqui se tem o estabelecimento de programas, projetos e planos de ação necessários ao alcance do futuro desejado. 5. Planejamento da implantação e do controle: corresponde à atividade de planejar o acompanhamento da implantação do empreendimento. Devem-se ressaltar alguns aspectos, a saber: • o próprio processo de planejamento deve ser planejado; • o processo é interativo, ou seja, sua ação se exerce mutuamente, entre duas ou mais partes do todo; e • o processo é iterativo, ou seja, repete-se ao longo do tempo. _________________________________________________________________________18 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br 2.3 TIPOS DE PLANEJAMENTO Na consideração dos grandes níveis hierárquicos, podem-se distinguir três tipos de planejamento: • planejamento estratégico; • planejamento tático; e • planejamento operacional. De forma genérica, podem-se relacionar os tipos de planejamento aos níveis de decisão numa pirâmide organizacional. NÍVEL ESTRATÉGICO Decisões Planejamento estratégicas estratégico NÍVEL Decisões Planejamento TÁTICO táticas tático NÍVEL Decisões Planejamento OPERACIONAL operacionais operacional Níveis de decisão e tipos de planejamento. De forma resumida. O planejamento estratégico relaciona-se com objetivos de longo prazo e com estratégicas e ações para alcançá-los que afetam a empresa como um todo, enquanto o planejamento tático relaciona-se a objetivos de mais curto prazo e com estratégias e ações que, geralmente, afetam somente parte da empresa._________________________________________________________________________19 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br Tipos e níveis de planejamento nas empresas. Verifica-se que o planejamento estratégico considera a empresa como um todo. Ciclo básico dos três tipos de planejamento. Planejamento estratégico da empresa Consolidação e interligação dos resultados Análise e controle de resultados Planejamentos operacionais das unidades organizacionais Análise e controle de resultados Planejamentos táticos da empresa Análise e controle de resultados _________________________________________________________________________20 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br O principio do planejamento integrado, no qual os vários escalões de uma empresa apresentam os planejamentos de forma integrada. Portanto, o planejamento estratégico, de forma isolada, é insuficiente, uma vez que o estabelecimento de objetivos a longo prazo, bem como seu alcance, resulta numa situação nebulosa, pois não existem ações mais imediatas que o operacionalizem o planejamento estratégico. A falta desses aspectos é suprida através do desenvolvimento e implantação dos planejamentos táticos e operacionais de forma integrada. 2.3.1-Planejamento Estratégico. É o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com os fatores externos, não controláveis, e, atuando de forma inovadora e diferenciada. A formulação do planejamento estratégico é de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa. 2.3.2-Planejamento Tático. É a metodologia administrativa que tem por finalidade otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com decomposição de objetivos, estratégicos e políticas estabelecidas no planejamento estratégico. È desenvolvido pelos níveis organizacionais intermediários, sua principal finalidade é a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução de objetivos previamente fixados. Desenvolvimento de planejamentos táticos. _________________________________________________________________________21 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br Desenvolvimento de planejamentos táticos. O planejamento tático é desenvolvido pelos níveis organizacionais intermediários, tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução de objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada, bem como as políticas orientativas para o processo decisório da empresa. 2.3.3 Planejamento operacional Planejamento operacional é a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação de resultados específicos a serem alcançados pelas áreas funcionais da empresa. Portanto, nesta situação têm-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais. Os planejamentos operacionais correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planejamento tático. Cada um dos planejamentos operacionais deve conter com detalhes: • os recursos necessários para seu desenvolvimento e implantação; • os procedimentos básicos a serem adotados; • os resultados finais esperados; • os prazos estabelecidos; e • os responsáveis por sua execução e implantação. O planejamento operacional é, normalmente, elaborado pelos níveis organizacionais inferiores, com foco básico nas atividades do dia-a-dia da empresa. 2.4 Diferenças básicas entre os três tipos de planejamento Ressalta-se que todas as considerações apresentadas nesse quadro têm aspecto de relatividade entre os dois tipos de planejamento apresentados. Embora, na pratica, em alguns casos é relativamente difícil se estabelecer, com exatidão, a linha divisória entre os planejamentos estratégico e tático – como no caso do lançamento de um novo produto - deve-se fazer esta separação, para facilitar o processo decisório nas empresas. Diferenças entre planejamento estratégico e planejamento tático. Discriminação Planejamento estratégico Planejamento tático Prazo Amplitude Riscos Atividades Flexibilidade Mais longo Mais ampla Maiores Fins e meios Menor Mais curto Mais restrita Menores Meios Maior _________________________________________________________________________22 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br Isto significa que o planejamento estratégico, em relação ao planejamento tático é: • de prazo mais longo, pois considera um conjunto de planejamentos táticos, e sua soma deve provocar um período de tempo maior para sua conclusão; • de amplitude maior, pois considera toda a empresa, enquanto o planejamento tático considera apenas uma parte dela; • de risco maior, por sua maior amplitude e maior prazo de execução em relação ao planejamento tático; • relacionado às atividades-fins e meios da empresa, enquanto os planejamentos táticos são mais relacionados às atividades-meios (não em sua totalidade); e • de flexibilidade menor, por considerar toda a empresa, bem como sua situação e posição em seu ambiente. Seguindo o mesmo raciocínio, podem-se apresentar as diferenças básicas entre o planejamento tático e o planejamento operacional. Aqui também ocorre o aspecto da relatividade. Diferenças entre planejamento tático e planejamento operacional. Considerando-se as mudanças nas empresa, podem-se estabelecer três níveis de mudança: o estratégico, o tático e o operacional. Conforme anteriormente apresentado, a mudança maior é o nível estratégico, o que poderá provocar alterações nos outros níveis da empresa. Há, também, a determinação do aspecto de mudança que o processo pode abranger, entre os quais podem ser citados: negócios, objetivos, funções, tecnológicas, estruturas e pessoas. Naturalmente, podem-se alterar, um, alguns aspectos ou todos os aspectos. Dentro de um processo de mudança, as que se referem às pessoas têm-se mostrado mais difíceis e complicadas de se efetivarem, enquanto as mudanças de estruturas, normalmente, são as mais fáceis de se efetivarem. Para que as mudanças organizacionais apresentem melhores resultados, deve-se estar atento a determinados aspectos, entre os quais podem ser citados: • enquadramento das mudanças com os propósitos e os objetivos estabelecidos; • treinamento e o desenvolvimento da capacitação profissional interna; • obtenção de recursos adicionais ou a melhor realocaçao dos existentes; • desenvolvimento e agilização do processo de solução de problemas; • melhoria das relações entre equipes, principalmente as multidisciplinares; e • atitudes favoráveis por parte dos executivos da empresa. Discriminação Planejamento tático Planejamento operacional Prazo Amplitude Riscos Atividades flexibilidade Mais longo Mais ampla Maiores Meios Menor Mais curto Mais restrita Menores Meios Maior _________________________________________________________________________23 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba- GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br 3 EMPRESA COMO SISTEMA. Sistema é definido como um conjunto de partes integrantes e interdependentes que, conjuntamente, forma um todo unitário com determinado objetivo e efetuando uma função. Os elementos que compõem um sistema são: • Os objetivos, que se referem tanto aos objetivos dos usuários do sistema quanto aos objetivos do próprio sistema; • As entradas do sistema, cuja função caracteriza as forças que fornecem ao sistema o material, a informação e a energia para a operação ou processo, o qual gera determinadas saídas do sistema que devem estar em sintonia com os objetivos estabelecidos; • O processo de transformação do sistema, que é definido como a função que possibilita a transformação de um insumo (entrada) em produto, serviço ou resultado (saída); • As saídas do sistema, que correspondem aos resultados do processo de transformação. As saídas podem ser definidas como as finalidades para as quais se uniram objetivos, atributos e relações do sistema. As saídas devem ser, portanto, coerentes com os objetivos do sistema; e, tendo em vista o processo do controle de avaliação, as saídas devem ser quantificáveis, de acordo com critérios e parâmetros previamente fixados; • Os controles e as avaliações do sistema, principalmente para verificar se as saídas estão coerentes com os objetivos estabelecidos. Para realizar o controle e a avaliação de maneira adequada, é necessária uma medida do desempenho do sistema, chamada padrão; • A retroalimentação ou realimentação ou feedback do sistema, que pode ser considerado como a reintrodução de uma saída sob forma de informação. Se essa entrada faz aumentar o desempenho da saída ou do processo, a retroalimentação é considerada positiva e, caso contrário, será negativo. O objetivo do controle é reduzir a discrepância ao mínimo, bem como propiciar uma situação em que esse sistema se torna auto-regulador. • Elementos componentes do sistema. Objetivos Processos Transformações Entradas Saídas Retroalimentação Controles e Avaliações _________________________________________________________________________24 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br 3.1- Ambiente. É o conjunto de todos os fatores que, dentro de um limite específico, se possa conceber como tendo alguma influência sobre a operação do sistema, o qual corresponde ao foco do estudo. De maneira mais simples, pode-se definir ambiente de um sistema como o conjunto de fatores ou elementos que não pertencem ao sistema, mas: • Qualquer alteração no sistema pode mudar ou alterar os fatores externos; • Qualquer alteração nos fatores externos pode mudar ou alterar o sistema. Mercado de Governo Mão-de-obra Concorrência Fornecedores Consumidores Sistema Comunidade Financeiro Sindicatos Tecnologia 4 METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NAS EMPRESAS. 1. Toda e qualquer empresa tem alguma forma de estabelecimento de decisões e ações estratégicas; 2. A maior parte dessas empresas apresenta alguma forma para desenvolver e implementar essas decisões e ações estratégicas de maneira estruturada, ainda que de modo informal; 3. Quando o processo estratégico apresenta-se de maneira estruturada e formal, normalmente há metodologias diferentes, mas que contêm os grandes aspectos, que podem ser considerados comuns às diferentes metodologias. Através do planejamento estratégico, a empresa espera: A- Conhecer e melhor utilizar seus pontos fortes internos. Ponto forte é a diferenciação conseguida pela empresa – variável controlável – que lhe proporciona uma vantagem operacional no ambiente empresarial (onde os assuntos não controláveis pela empresa). EMPRESA _________________________________________________________________________25 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br B- Conhecer e eliminar ou adequar seus pontos fracos internos. Ponto fraco é uma situação inadequada da empresa – variável controlável – que lhe proporciona uma desvantagem operacional no ambiente empresarial. C- Conhecer e usufruir as oportunidades externas. Oportunidades é a força ambiental incontrolável pela empresa, que pode favorecer sua ação estratégica, desde que conhecida e aproveitada, satisfatoriamente, enquanto perdura. D- Conhecer e evitar as ameaças externas. Ameaça é a força ambiental incontrolável pela empresa, que cria obstáculos à sua ação estratégica, mas que poderá ou não ser evitada, desde que reconhecida em tempo hábil. E- Ter um efetivo plano de trabalho, estabelecendo: - As premissas básicas que devem ser consideradas no processo de planejamento estratégico; - As expectativas de situações almejadas pela empresa; - Os caminhos, inclusive os alternativos, a serem seguidos pela empresa para alcançar os resultados esperados; - O quê, como, quando, por quanto, por quem, para quem, por que e onde devem ser realizados os planos de ação; - Como e onde alocar os recursos – atuais e futuros – da empresa. E, como resultado deste trabalho, o planejamento estratégico deverá apresentar os seguintes resultados finais: 1. Direcionamento de esforços para os resultados comuns, que sejam do interesse de todos os envolvidos no processo; 2. Consolidação do entendimento, por todos os funcionários, da visão, da missão, dos propósitos, das macroestratégicas, das macropolíticas, da postura estratégica, dos objetivos gerais, funcionais, dos desafios, das metas, dos projetos da empresa, bem como indicar a elaboração do programa de atividades das várias unidades ou áreas que integram a estrutura organizacional; 3. Estabelecimento de uma agenda de trabalho por um período de tempo que permita à empresa trabalhar levando em conta as prioridades estabelecidas e as exceções justificadas. A metodologia deverá ser adaptada às condições e realidades internas e externas da empresa a ser considerada. De acordo com Lorange e Vancil (1976, p. 75), para os quais não existe uma metodologia universal de planejamento estratégico, porque as empresas diferem _________________________________________________________________________26 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br em tamanho, em tipo de operações, em forma de organização, em filosofia e estilo administrativo. 5 FASES PARA ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO. 5.1 Fase I – Diagnóstico Estratégico Nesta fase, também denominada auditoria de posição, deve-se determinar “como se está”. Essa fase é realizada através de pessoas representativas das várias informações, que analisam e verificam todos os aspectos inerentes à realidade externa e interna da empresa. Visão é considerada como os limites que os principais responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla. Representa o quea empresa quer ser em um futuro próximo ou distante. Valores representam o conjunto dos princípios, crenças e questões éticas fundamentais de uma empresa, bem como fornecem sustentação a todas as suas principais decisões. 5.1.2 Análise externa Esta etapa verifica as ameaças e as oportunidades que estão no ambiente da empresa e as melhores maneiras de evitar ou usufruir dessas situações. A empresa deve olhar para fora de si, para o ambiente onde estão as oportunidades e ameaças. Essa análise deve ser efetuada pela empresa como um todo, considerando uma serie de assuntos, entre os quais se podem destacar: • mercado nacional e regional; • mercado internacional; • evolução tecnológica; • fornecedores; • mercado financeiro; • aspectos socioeconômicos e culturais; • aspectos políticos; Diagnóstico estratégico Controle e avaliação Missão da empresa Instrumentos Prescritivos e quantitativos _________________________________________________________________________27 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br • entidades de classe; • órgãos governamentais; • mercado de mão-de-obra; e • concorrentes (este assunto está detalhado no item E desta seção). Neste ponto da análise, devem-se fazer algumas considerações sobre as oportunidades externas da empresa, procurando distingui-las em oportunidades ambientais e oportunidades da empresa. Para Kotler (1980, p. 77), a chave das oportunidades de uma empresa repousa sobre a questão de se poder fazer mais por essa oportunidade ambiental do que os seus concorrentes, pois: • toda oportunidade ambiental tem alguns requisitos para o sucesso; • toda empresa tem características especiais, isto é, coisas que sabe fazer especialmente bem; e • uma empresa provavelmente se aproveitará de uma vantagem diferencial na área de uma oportunidade ambiental, se suas características particulares satisfazem aos requisitos para o sucesso da oportunidade ambiental de forma mais eficiente, eficaz e efetiva do que sua concorrente principal. 5.2 Fase II - Missão da Empresa. Neste ponto deve ser estabelecida a razão de ser da empresa, bem como seu posicionamento estratégico. Missão é a determinação do motivo central da existência da empresa, ou seja, a determinação de “quem a empresa atende”. Corresponde ao horizonte do qual a empresa atua ou poderá atuar. Representa a razão de ser da empresa. A missão da empresa deve ser definida em termos de satisfazer a alguma necessidade do ambiente externo, e não em termos de oferecer algum produto ou serviço ao mercado (Kloter. 1980, p.83). Propósitos correspondem à explicitação dos setores de atuação dentro da missão em que a empresa já atua ou analisa a possibilidade de entrada no setor, mesmo que seja uma possibilidade reduzida. Esses setores de atuação podem ser de produtos e serviços ou segmentos de mercado. Cenários representam situações, critérios e medidas para a preparação do futuro da empresa. São montados com base nas informações fornecidas pelo sistema de informações estratégicas. Postura estratégica corresponde à maneira ou postura mais adequada para a empresa alcançar seus propósitos dentro da missão, respeitando sua situação interna e externa atual, estabelecida no diagnóstico estratégico. È resultante do confronto entre seus pontos fortes e fracos e que a qualifica quanto a sua capacidade de aproveitar oportunidades e de enfrentar ameaças externas. Macroestratégias correspondem às grandes ações ou caminhos que a empresa deverá adotar para melhor interagir, usufruir e gerar vantagens competitivas no ambiente. Geralmente em _________________________________________________________________________28 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br número reduzido, bem como das alternativas, que possibilitam ao executivo alterar o rumo da empresa de forma estruturada. Macropolíticas correspondem às grandes orientações que servirão como base de sustentação para as decisões, de caráter geral, que a empresa deverá tomar para melhor interagir com o ambiente. 5.3 Fase III – Instrumentos Prescritivos e Quantitativos. Trata-se da explicação do que deve ser feito pela empresa para que se direcione ao alcance dos propósitos estabelecidos dentro de sua missão, respeitando as macropolíticas e ações estabelecidas pelas macroestratégias. De acordo com a visão da empresa, ou seja, o que a empresa quer ser. O tratamento dos instrumentos prescritivos pode ser realizado através de determinadas etapas, a saber: 5.3.1 A. Estabelecimento de objetivos, desafios e metas. Nesta etapa, o executivo deve estabelecer, através de diferentes técnicas (cruzamento dos fatores externos e internos, interação com cenários, administração por objetivos etc.), os seguintes aspectos: • Objetivo: é o alvo ou situação que se pretende alcançar. Aqui se determina para onde a empresa deve dirigir seus esforços. • Objetivo funcional: é o objetivo parcial, correlacionado às áreas funcionais, que deve ser atingido com a finalidade de alcançar os objetivos da empresa. • Desafio: é uma realização que deve ser continuadamente perseguida, perfeitamente quantificável e com prazo estabelecido, que exige esforço extra e representa a modificação de uma situação, bem como contribui para ser alcançada uma situação desejável identificada pelos objetivos. • Meta: corresponde aos passos ou etapas, perfeitamente quantificados e com prazos para alcançar os desafios e objetivos. As metas são decomposições dos objetivos ao longo do tempo (anos, semestres, meses). 5.3.2 B. Estabelecimento de estratégias e políticas Nesta etapa, os aspectos a serem definidos, utilizando-se diferentes técnicas de análise, são: • Estratégia: é a ação ou caminho mais adequado a ser executado para alcançar, preferencialmente de maneira diferenciada, os objetivos, desafios e metas estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa perante seu ambiente. É importante procurar substabelecer estratégias alternativas para facilitar as alterações dos caminhos ou ações de acordo com as necessidades. As estratégias podem ser estabelecidas por área funcional da _________________________________________________________________________29 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br empresa. A partir das estratégias, devem ser desenvolvidos os projetos, os quais são consolidados através de planos de ação, quando envolvem diferentes áreas da empresa. • Política: é a definição dos níveis de delegação, faixas de valores e/ou quantidades limites e de abrangência das estratégias e ações para a consecução dos objetivos. A política fornece parâmetros ou orientações para a tomada de decisões. Corresponde a toda base de sustentação para o planejamento estratégico. Normalmente, são estabelecidos por ares funcional da empresa, embora se ressalte que a política é um parâmetro ou orientação para a tomada de decisões por toda a empresa. Neste momento, o executivo está em condições de estabelecer outro importante item do planejamento estratégico nas empresas: • Diretrizes: é o conjunto estruturado e interativo dos objetivos, estratégias e políticas da empresa. 5.3.3 C. Estabelecimento dos projetos e planos de ação. Nesta etapa, devem ser estabelecidos, a partir das estratégias e respeitando as políticas, os seguintes aspectos: • Projetos: são trabalhos a serem realizados com responsabilidades de execução, resultados esperados com quantificaçãode benefícios e prazos para execução preestabelecidos, considerando os recursos humanos, financeiros, materiais e de equipamentos, bem como as áreas da empresa envolvidas necessárias a seu desenvolvimento. • Programas: são os conjuntos de projetos homogêneos quanto ao seu objetivo ou finalidade maior. • Planos de ação: são os conjuntos das partes comuns dos diversos projetos quanto ao assunto que está sendo tratado. Quando se consideram os instrumentos prescritivos, mais precisamente o estabelecimento de objetivos e estratégias, ocorre o momento mais adequado para a definição da estrutura organizacional da empresa, pois somente dessa maneira se pode criar uma estrutura privada de lacunas e de conflitos e contradições entre seus elementos, pois todos estão com seus esforços direcionados para os objetivos estabelecidos. 5.3.4 Instrumentos quantitativos Consistem nas projeções econômico-financeiras do planejamento orçamentário, devidamente associadas à estrutura organizacional da empresa, necessárias ao desenvolvimento dos planos de ação, projetos e atividades previstas. Nessa etapa, deve-se analisar quais são os recursos necessários e quais as expectativas de retorno para atingir os objetivos, desafios e metas da empresa. A consideração dos instrumentos quantitativos, representados basicamente pelo planejamento orçamentário, na metodologia de elaboração e implementação do planejamento estratégico, torna-se extremamente importante, pois o executivo deve sempre fazer, de forma estruturada, a interligação do planejamento estratégico com os planejamentos operacionais. No _________________________________________________________________________30 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br operacional, o planejamento básico a ser considerado no assunto em questão é o planejamento orçamentário, pois ele: • consolida os aspectos de realizações da empresa, quanto a receitas, despesas e investimentos; • normalmente, é uma realidade estabelecida em qualquer empresa; e • está inserido no processo decisório do dia-a-dia da empresa. Outros planejamentos operacionais que podem – e devem – ser desenvolvidos neste momento são o fluxo de caixa projetado e o balanço projetado. 5.5 Fase IV – Controle e Avaliação Nesta etapa, verifica-se “como a empresa está indo” para a situação desejada. O controle pode ser definido, em termos simples, como a ação necessária para assegurar a realização dos objetivos, desafios, metas, estratégias e projetos estabelecidos. Essa função, em sentido amplo, envolve processos de: • estabelecimento e análise de indicadores de desempenho (que devem ser estruturados na Fase I – Diagnostico Estratégico); • avaliação de desempenho dos profissionais envolvidos no processo; • comparação do desempenho real com os objetivos, desafios, metas, projetos e planos de ação estabelecidos; • análise dos desvios dos objetivos, desafios, metas e projetos estabelecidos; • tomada de ação corretiva provocada pelas análises efetuadas; • acompanhamento para avaliar a eficiência e a eficácia da ação de natureza corretiva; e • adição de informações ao processo de planejamento, para desenvolver os ciclos futuros da atividade administrativa. _________________________________________________________________________31 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br 6 INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS, CENÁRIOS EMPRESARIAIS E DECISÕES DE CURTO PRAZO Por - Walden Camilo de Carvalho 1 - Introdução A globalização política, econômica e de negócios está se consolidando em um momento de dispersão relativa de estágios de adequação das sociedades, em todos os seus aspectos. Esta situação favorece a ocorrência de uma variada gama de indicadores que apontam para fatores inerentes a processos de decadência e desestruturação social convivendo com a consolidação de estruturas até então não consideradas. Esse rito de passagem de um período histórico para outro traz em seu bojo destruição e reconstrução, o desaparecimento daquilo que não tem pontos de contato com a nova realidade com a qual a humanidade passa a conviver e a rápida elaboração dos mecanismos inseparavelmente ligados ao que está se instalando. O momento revolucionário que atravessamos é de extrema riqueza para aqueles que possuem condições de acompanhar o processo de sua construção e de desalento para os que estão na condição diversa. A partir desse referencial básico fica claro que o volume de informações que chegam à empresa, surgindo, às vezes, de forma simultânea, de inúmeras fontes, atingiu proporções preocupantes. Seu controle e monitoração tornaram-se um exercício altamente complexo. Grande parte das informações ganharam um adjetivo até então pouco vinculado ao cotidiano dos negócios : estratégico ! Desse ponto para a frente as empresas passaram a lidar com um grande conjunto de variáveis, mais ou menos relevantes, quando focadas pelo ponto de vista unitário, mas dependendo sempre de seu grau de interação com as demais para que sua importância estratégica possa ser convenientemente determinada. Um fator que chama a atenção dos estrategistas empresariais diz respeito à diversidade das fontes de informação para negócios. Até pouco tempo atrás essas fontes eram facilmente identificáveis. Hoje não são mais ! Elas sofreram um processo de expansão ( e de dispersão ) de tal ordem que o exercício de sua identificação e captura tornou-se uma tarefa para especialistas. Qual informação, entre várias aparentemente semelhantes, tem importância estratégica para a empresa ? Essa é uma das interrogações mais freqüentes no núcleo decisório das organizações. Um outro interessante ponto a considerar na gestão estratégica das empresas é _________________________________________________________________________32 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br que as ciências humanas, até bem pouco tempo desprezadas nos referenciais de raciocínio das organizações, passaram a ter uma importância vital para a estratégica dos negócios. Sociologia, História, Geografia, Ciência Política, Filosofia, e a Antropologia, para citar apenas seis ciências, passaram a freqüentar com grande intensidade as salas de reunião e os momentos de reflexão estratégica das empresas. Por último, o fator mais inquietante em relação às fontes de informação está na sua perecibilidade. As informações estão envelhecendo com uma rapidez muito pouco razoável ! 2 - O que é Cenário Empresarial É o exercício feito pelo capital intelectual da organização, reunido para traçar o que antevê de acontecimentos futuros capazes de representar alguma espécie de oportunidade ou risco para a continuidade da empresa. Necessariamente precisará considerar riscos de caráter mais, ou menos imediatos, ou ainda fatos que isoladamente não sejam motivo de atenção mas que, interagidos com outros, possam potencializar o seu grau de interesse. Quando nos referimos a Cenário Empresarial não estamos limitando a ótica de observação apenas aos assuntos diretamente ligados aos objetivos específicos, ou ramo de atividades da empresa. O foco de análise e observação deve estar voltado para todo o leque de ciências humanas que determinam ou identificam as variáveis de comportamento dos indivíduos enquanto seres isolados ( clientes individuais ou finais ) e em conjunto ( empresas clientes finais ou intermediários ). Isto não condiciona a que toda empresa tenha, obrigatoriamente, para sobreviver, que tornar-se um centro de pesquisas sociais.O que isso quer dizer é que um fator, até aqui considerado, de forma quase consensual, irrelevante para a definição de negócios, deve passar a ser considerado de maneira mais pragmática pelos antigos estrategistas empresariais. Um Planejamento Estratégico, qualquer que seja o seu objetivo, só se sustenta caso a sua infra-estrutura básica, o Cenário Empresarial, tenha sido elaborado com a utilização de todo o potencial intelectual disponível na organização. A elaboração de Cenário Empresarial não pode, sob pena de tornar-se irremediavelmente inútil, ser considerado um exercício de adivinhação. Repetindo, a conclusão de um cenário para empresa é um exercício intelectual que pretende, a partir do processo de evolução que antecedeu o momento de seu término, antever a ocorrência de fatos de toda ordem, que possam influir no futuro dos negócios da organização. Se há uma verdade absoluta nesse _________________________________________________________________________33 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br desafio intelectual permanente, é que ele, o Cenário Empresarial, deve estar permanente sujeito a correções de toda ordem, até aquelas capazes de transformá-lo completamente. Os cenários contemplam, usualmente, até três modelos de elaboração. São eles o "otimista ", "provável" e "pessimista". A prática recomenda que as empresa trabalhem com o segundo, o "provável". Isso por uma razão muito simples. Esse modelo está calcado sobre referenciais concretos do passado, ( os outros dois modelos também partem desse princípio ) mas lidam com projeções pragmáticas quanto ao futuro, sem permitir que imprevistos, sujeitos ao infinito poder do acaso, possam conduzir o raciocínio otimista ou pessimista para um ilimitado rol de vertentes. Pois bem, já que o bom senso recomenda o uso de cenário mais "provável", como a empresa pode lidar com ocorrências imprevistas, tão comuns no cotidiano da civilização, e que podem influir nos planos empresariais, já que o planeta todo transformou-se numa unidade primárias de negócios ? A forma que permite mais segurança na monitoração antecipada de ocorrências de importância estratégica para a organização requer o seguinte: a) trabalhar com um cenário de, no mínimo, 12 meses. O ideal é lidar com 60 meses de projeção. b) secionar cada ano em, no mínimo, trimestres e projetar trimestralmente o cenário em toda a sua extensão. c) rever as projeções mensalmente para confirmar ou reajustar o cenário. d) a cada revisão esticar um mês de projeção, no fim do cenário, a fim de que seja mantido um horizonte constante para atuação. e) a gestão estratégica das informações cotidianas deverá ser efetuada por uma equipe de Analistas de Informações, diretamente subordinados à diretoria da organização e sem poderes de interferência sobre qualquer órgão da empresa. f) O tamanho da equipe de Analistas de Informações poderá variar de acordo com cada empresa. Três profissionais deve ser o número mínimo para atender às necessidades de uma empresa que atue em um segmento de risco pequeno. No caso de atuar sob grande risco de transformações e concorrência a empresa deve ter uma equipe de até seis Analistas de Informações. g) A equipe de Analistas de Informações, em seu conjunto, deve estar equipada, basicamente, com profissionais que tenham um bom domínio sobre Economia, Política, Sociologia, História, Antropologia, Administração, Informática, Psicologia, Semiótica, Marketing, _________________________________________________________________________34 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br Jornalismo, Biblioteconomia e as Artes em geral. Essa qualificação independe do conhecimento específico do negócio da empresa e suas variáveis. h) A empresa não necessita trabalhar com um cenário único. São possíveis cenários específicos por unidades operacionais, desde que respeitada a visão do cenário básico da organização. 3 - O que é Informação Estratégica Uma informação é estratégica para uma empresa quando ela, só, ou associada a um conjunto de fatores, representa risco ou oportunidade para a evolução do ciclo de vida da organização em dado momento. As empresas seguem o seu curso de existência em ciclos que se iniciam ou têm seu término na incorporação de um fato estratégico. A extensão desses ciclos varia de acordo com o espaço de tempo ocorrido entre a absorção de um fato relevante para o prosseguimento da organização e a ocorrência do seguinte. A expressão "prosseguimento da organização" não quer dizer automaticamente que ela esteja avançando e incorporando conhecimento ou conquistas. Pode significar exatamente a direção inversa ou registrar um estacionamento momentâneo. O que parece evidente é que, a cada fato ou decisão que a organização toma, ela jamais retorna ao estágio anterior. Nunca mais será a mesma. E, ainda, nenhuma decisão conseguirá ser repetida nas mesmas circunstâncias e nem poderá ter a garantia dos mesmos resultados. Informações identificadas como estratégicas para uma empresa não o serão, necessariamente, para quaisquer outras. Para se identificar se um fato tem realmente importância estratégica para uma empresa um método que apresenta, quase sempre, resultados positivos é o que emprega um velho esquema de investigação jornalística e policial. São as seis perguntas clássicas: Quem ? Quando ? Onde ? Como ? Porquê ? e Quem lucra ?.Submetido o fato a essas questões e tendo obtido as respostas, dificilmente um Analista de Informações deixará de concluir sobre a sua importância. 4 - Outros conceitos fundamentais : ANTEVISÃO : É a visão antecipada de uma ocorrência. O seu emprego pressupõe a utilização de uma boa dose de intuição que não é mais do que a percepção rápida, sem análise contínua rigorosa, da iminência de um acontecimento. Toda antevisão requer uma reflexão _________________________________________________________________________35 Rodovia - GO320 s/n - Km 01. 75600-000 Goiatuba - GO. Fone 64 3495 3357. www.fafich.org.br posterior ao seu uso, que permita acompanhar o processo de seu surgimento. Dessa forma, mapeando a lógica de seu desdobramento, ela poderá ser ou não incorporada ao conjunto de fatores que permitem o desenvolvimento de um raciocínio estratégico. É um instrumento de percepção extremamente poderoso, quando utilizado sob controle do emissor e respeitado o procedimento aqui recomendado quanto ao estudo de seu fundamento. CONJUNTURA : Entende-se por Conjuntura o grande complexo de fatores de ordem econômica, política, social e psicológica encontrável e identificável no instante de sua elaboração. Os seus possíveis desdobramentos, num período inferior a um ano, podem ser conjeturados a partir do momento de sua formulação e mostrar sinais de estabilidade de comportamento que permitam supor a sua concretização. PREVISÃO : É o exercício intelectual executado com o intuito de afirmar, com antecedência, fatos que ocorrerão num futuro próximo ou longínquo, uma espécie de certeza antecipada. A fragilidade desse recurso está no fato de que ele pressupõe um determinismo histórico que considera o seu processo como progressivo e linear, o que não corresponde à verdade científica. Caso esse pressuposto fosse correto bastaria um programa de computador bem feito para sabermos tudo o que estaria por acontecer. É muito alto o seu índice de equívocos e costuma levar ao descrédito os cenários empresariais elaborados tendo por base a sua utilização. Fia-se em afirmativas muito categóricas para quem lida basicamente com a imensa capacidade de variação de sentimentos com que são formados os seres humanos. TENDÊNCIA : É a propensão que se identifica em