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Gestão Do Desenvolvimento E Da Carreira Por Competência: Podemos antever que, independentemente dos possíveis cenários futuros, as organizações e a sociedade caminham para um nível maior de complexidade tecnológica e das relações do trabalho. As pessoas devem estar preparadas e atentas para contextos cada vez Podemos antever que, independentemente dos possíveis cenários futuros, as organizações e a sociedade caminham para um nível maior de complexidade tecnológica e das relações do trabalho. As pessoas devem estar preparadas e atentas para contextos cada vez mais exigentes e complexos, ao mesmo tempo em que o desenvolvimento humano está cada vez mais associado a complexidade. Podemos definir o desenvolvimento de um indivíduo como a "capacidade de assumir atribuições e responsabilidades em níveis crescentes de complexidade." Tal entendimento sobre o desenvolvimento permite os seguintes desdobramentos: · Mensuração do Desenvolvimento: Ao mensurarmos os níveis de complexidade podemos medir o nível de desenvolvimento de uma pessoa. · Perenidade e Comparação dos Padrões: Como objeto da mensuração não é o trabalho da pessoa em si, mas a complexidade desse trabalho, temos um padrão estável no tempo. Além disso, estamos aptos a comparar diferentes tipos de trabalho e contextos igualmente diferentes. · Desenvolvimento como Patrimônio da Pessoa: Sabemos hoje que, quando um profissional aprende a atuar em determinado nível de complexidade, ele não regride a níveis menores. Ao contrário, quando tem de trabalhar em níveis de menor complexidade, sente se frustado em vez de desafiado. O desenvolvimento é um patrimônio que a pessoa levará consigo para onde for. A competência de uma pessoa, pode ser compreendida como sua capacidade de entrega . Uma pessoa é competente quando, graças às suas capacidades, entrega e agrega valor ao negócio ou a empresa em que atua, a ele próprio e ao meio que vive. Uma pessoa se desenvolve quando amplia sua capacidade de entrega. Estabelecendo diferentes níveis de complexidade dessa entrega ,assim construindo uma escala para mensurar e orientar o desenvolvimento. Dentro das organizações, precisamos de diferentes conjuntos de entrega, tendo em vista as área ocupacionais , os tipos de carreira, os negócios etc. O conceito de carreira nos ajudará a definir as entregas necessárias à organização e aos horizontes profissionais oferecidos. A carreira não deve ser entendida como um caminho rígido, mas como uma seqüência de posições e de trabalhos realizados pela pessoa. Tal seqüência, articulada de forma a conciliardesenvolvimento pessoal com desenvolvimento organizacional, é o que chamaremos de carreira. Gestão por competências como uma alternativa para sustentar diferenças salariais O conceito de competências tem sua origem em administração de empresas e na área de treinamento. Associouse , primeiramente , ao mapeamento de certas características dos indivíduos (conhecimentos, habilidades e atitudes) que, quando presentes, permitiam um padrão de performance superior na execução de determinado trabalho. Tratavase, portanto , de um estoque de repertórios individuais "acumulados como resultado de um fluxo de aprendizagem" e que deveria ser buscado, visando a uma eficácia maior do trabalhador. O sucesso desse conceito para fins de desenvolvimento levou, naturalmente, à sua utilização em outras ações no campo da gestão de pessoas, inclusive no que diz respeito à remuneração. Aliás, suas raízes na área da remuneração já haviam sido plantadas quando se experimentou remunerar um profissional de acordo com suas habilidades. Estas, no entretanto , focavam ,em especial, profissionais em posições operacionais, que desempenhassem funções estruturadas e previsíveis. Remunerar por competência parecia ser, portanto , algo simples: bastava aplicar os princípios de pagamento já utilizados em situações operacionais em posições técnica e gerenciais. Dentre as ações de mudança de remuneração que têm sido postas em prática, surgem como as mais consistentes a utilização do conceito de competência para parametrizar decisões salariais, além da intensificação de práticas de remuneração variável. Para isso, a compreensão das possibilidades disponíveis e o debate em torno das experiências existentes tornamse indispensáveis. Já o alinhamento e a customização dessas possibilidades para as empresas é de responsabilidade dos gestores de remuneração. O que torna mais importante, desafiador e instigante seu papel nos próximos anos. Recuperando o conceito de aprendizagem: A aprendizagem pode ser pensada como um processo de mudança, provocado por estímulos diversos, medido por emoções e que pode se manifestar ou não em modificações no comportamento de uma pessoa. Para muitos especialistas, existe uma distinção entre o processo de aprendizagem que ocorre dentro do organismo de um indivíduo que aprende e as respostas dadas por essa pessoa, respostas que podem ser observáveis e mensuráveis. A partir de tal concepção, há pelo temos duas vertentes teóricas em que os modelos de aprendizagem basicamente se sustentam: O Modelo Behaviorista : Seu foco principal é o comportamento, que pode ser observado e medido; neste caso, planejar o processo de aprendizagem implica estruturar um processo passível de observação , mensuração e réplica científica. O Modelo Cognitivo: Foca tanto aspectos objetivos e comportamentais quanto aspectos subjetivos, levando em consideração as crenças e as percepções dos indivíduos que influenciam seu processo de apreensão da realidade. A partir do desenvolvimento de novas habilidade e aptidões, alterase a compreensão dos indivíduos sobre a realidade. Novos conhecimentos e sensibilidades, quando incorporados, modificam os modelos mentais das pessoas, compostos por " idéias profundamente arraigadas, generalizações ou mesmo de imagens que influenciam nosso modo de encarar o mundo e nossas atitudes." Embora os estudos sobre o tema aprendizagem organizacional datem dos anos 70, foi a partir da divulgação dos trabalho das organizações voltadas para a aprendizagem que o assunto ganhou destaque, extrapolando o mundo acadêmico. É evidente, entretanto , que um pesquisador/docente/consultor, por mais prestigiado que seja, não consegue por si só, deflagar uma nova corrente de pensamento na área da administração se esta não encontrar ressonância e for consistente com as necessidades das empresas naquele momento histórico. E foi isso o que aconteceu com esse conceito e com as propostas de desenvolvimento de dinâmicas de aprendizagem nas organizações. É por intermedio do processo de aprendizagem que as empresas podem desenvolver ascompetências essenciais ao seu posicionamento estratégico, pois tal processo está intimamente ligado à gestão do conhecimento nas organizações. Desenvolver esse novo perfil requer as empresas implementem sistemas educacionais que privilegiem o desenvolvimento das competências críticas para o sucesso e sejam diferenciadoras para a competitividade. Competências referemse a atitudes, posturas e habilidades , não apenas a conhecimento técnico e instrumental , exigindo que os programas de educação formal empresarial favoreçam na atuação profissional de gestores e colaboradores de modo personalizado, criando assim, condições propícias para odesenvolvimento de líderes eficazes. A educação é a fórmula da geração de líderes.
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