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26/10/13 transferencia_do_empregado_32_2012 www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2012/trabalhista/transferencia_do_empregado_32_2012.html 1/10 TRANSFERÊNCIA DO EMPREGADO DO LOCAL DE TRABALHO Procedimentos Sumário 1. Introdução 2. Conceitos 2.1 - Transferência 2.2 - Empregador 2.3 - Grupo Econômico 3. Caracterização da Transferência 4. Transferências Permitidas 4.1 - Contrato de Trabalho 4.1.1 - Alteração Contratual 4.2 - Real Necessidade 4.3 - Cargo de Confiança 4.4 - Extinção da Empresa 5. Transferência Sem Anuência 6. Vedado à Transferência 6.1 - Estabilidade Provisória 6.1.1 - Representante da CIPA 6.1.2 - Líder Sindical 6.1.3 - Gestante 7. Transferência Provisória - Devido o Adicional 8. Transferência Definitiva 9. Despesas Resultantes da Transferência 9.1 - Com Mudança de Domicílio 9.2 - Sem Mudança de Domicílio 9.3 - Transferência Solicitada Pelo Empregado 10. Transferência Para Empresas do Mesmo Empregador ou Grupo Econômico 11. Recusa do Empregado Para a Transferência 12. Obrigações Acessórias 12.1 - Livro ou Ficha Registro de Empregados e CTPS 12.1 - CAGED 12.2 - RAIS 12.3 - GEFIP/SEFIP 1. INTRODUÇÃO O artigo 469 da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho trata sobre transferência do empregado, e nesta matéria será tratada das possibilidades permitidas para esse procedimento e também sobre os impedimentos. 2. CONCEITOS Segue abaixo conceitos importantes para melhor compreensão da matéria. 2.1 - Transferência Transferência é a movimentação ou deslocamento do empregado, feita dentro do próprio município ou para localidade diversa da residência ou domicílio do empregado, entre estabelecimentos da mesma empresa ou entre empresas do mesmo grupo econômico. 2.2 - Empregador O artigo 2° e § 1° da CLT considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. 2.3 - Grupo Econômico A Legislação Trabalhista considera como grupo econômico “sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas” (artigo 2°, § 2° da CLT). 26/10/13 transferencia_do_empregado_32_2012 www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2012/trabalhista/transferencia_do_empregado_32_2012.html 2/10 Observação: Vide informações complementares, Bols. INFORMARE n° 14/2011 e 08/2010. 3. CARACTERIZAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA “Transferir o empregado é determinar que ele desempenhe sua função num município distinto daquele o qual foi contrato. Decorre dessa determinação, variantes que são previstos na lei, devendo os procedimentos ser com prevenção, para que possam estar alicerçados no poder de direção do empregador”. A transferência se caracteriza pela mudança de domicílio que, pelos termos da Legislação Civil, é o lugar onde a pessoa reside com ânimo definitivo. A mudança do local de trabalho que não acarrete mudança de domicílio não configura transferência, mas simples deslocamento do empregado. Neste caso deve ser analisado o seguinte aspecto, se esse deslocamento não acarretará prejuízos diretos ou indiretamente ao empregado, porque senão poderá ser entendida como uma transferência punitiva, da qual poderá resultar uma rescisão indireta por parte do empregado com base no artigo 483, letra “b”, da CLT. “Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindindo o contrato e pleitear a devida indenização quando: ... b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo”. 4. TRANSFERÊNCIAS PERMITIDAS A transferência é permitida quando atendida uma destas condições (artigo 469 da CLT): a) se prevista no contrato de trabalho. E esta condição deverá está implícita do contrato, como ocorre com os vendedores viajantes; b) se o empregado ocupa cargo de confiança; c) se decorre de real necessidade de serviço - neste caso é bom gerar documentos demonstrando a necessidade; d) extinção da empresa. 4.1 - Contrato de Trabalho Os empregados poderão ser transferidos se houver, no contrato de trabalho, cláusula explícita sobre este procedimento. Conforme o artigo 469, § 1º da CLT estabelece que não estão compreendidos na proibição, a transferência dos empregados cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. “Mesmo que tenha previsão no contrato de trabalho sobre possibilidade de transferências para outras localidades, o julgador ressalta que essa modalidade impõe ao empregador a comprovação da necessidade de serviço. De acordo com o magistrado, presume-se definitiva a transferência por extinção do estabelecimento, pois não há, a princípio, possibilidade de a empresa voltar a funcionar na localidade original, para que o empregado assuma o seu posto inicial (Processo: 0000142- 97.2011.5.03.0005 RO)”. Observação: Condição implícita é a que estiver subtendida no pacto laboral e isso ocorre para algumas profissões, tais como: aeronautas, ferroviário, motorista rodoviário, entre outros. 4.1.1 - Alteração Contratual Lembrando que, não havendo previsão no contrato sobre a transferência, e não atendendo às condições citadas no item acima, somente poderá ser feita a transferência, pois se trata de uma alteração contratual, se houver consentimento do empregado e que não resultar prejuízos ao empregado, de forma direta ou indiretamente, conforme determina o artigo 468 da CLT. E ressalta-se que o consentimento deve ser feito por escrito, através de um termo de aditamento ao contrato de trabalho. A nulidade de que trata o artigo 468 da CLT está prevista no art. 9º da CLT, o qual estabelece que os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na Consolidação das Leis do Trabalho, ou seja, as garantias ao empregado nela previstas serão nulas de pleno direito. 26/10/13 transferencia_do_empregado_32_2012 www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2012/trabalhista/transferencia_do_empregado_32_2012.html 3/10 Observação: Matéria sobre alteração contratual, vide Bol. INFORMARE n° 30/2012. 4.2 - Real Necessidade Artigo 469 da CLT em seu § 3º estabelece que em caso de necessidade de serviço, o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa do que resultar do contrato, não contrário as restrições do artigo 468, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. A transferência deverá ser realmente necessária por parte do empregador, pois, se inexistir necessidade de serviço, o empregado não poderá ser transferido, mesmo que haja cláusula explícita no contrato de trabalho. 4.3 - Cargo de Confiança Conforme trata o § 1° do artigo 469 da CLT os empregados que exerçam cargos de confiança não estão proibidos de serem transferidos. “Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. § 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo os empregados que exerçam cargos de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidadede serviço”. Jurisprudência: ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARGO DE CONFIANÇA OU PREVISÃO CONTRATUAL DE TRANSFERÊNCIA DESDE QUE ESSA SEJA PROVISÓRIA. Nos termos da OJ 113 da SBDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho, o fato de o empregado exercer cargo de confiança ou de haver previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória. Por outro lado, havendo o Tribunal Regional do Trabalho afirmado que a própria Reclamada, em sua defesa, reconheceu a natureza provisória de todas as transferências da Reclamante, fica impossibilitado o conhecimento do recurso de revista, de acordo com o § 4° do artigo 896 da CLT e a Súmula 333 do TST. Recurso de Revista não conhecido. (Processo: RR 6713 6713/2003-026-12-00.5 - Relator(a): Horácio Raymundo de Senna Pires - Julgamento: 11.11.2009) 4.4 – Extinção da Empresa Havendo na empresa empregados que se encontram afastados de suas atividades (auxílio-doença, férias, licença-maternidade, etc.), ou em gozo de estabilidade provisória (acidente de trabalho, cipeiro, dirigente sindical, entre outros), o empregador poderá transferi-los para outro estabelecimento da empresa, se houver, de forma a garantir suas permanências no emprego. O artigo 469, § 2º estabelece que é lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado. Também a Súmula do STF n° 221 (Supremo Tribunal Federal) onde dispõe que a transferência de estabelecimento, ou a sua extinção parcial, por motivo que não seja de força maior, não justifica a transferência de empregado estável. Observação: Ocorrendo a extinção do estabelecimento em que trabalha o empregado, a jurisprudência se divide, quando trata de transferência do empregado sem a sua anuência para outra filial da empresa ou para um novo estabelecimento. E também sobre a recusa do empregado, se a empresa pode dispensá-lo, pagando-lhe as verbas rescisórias na forma da lei, ou seja, rescisão sem justa causa. 5. TRANSFERÊNCIA SEM ANUÊNCIA Conforme o artigo 469 da CLT, §§ 1 e 2, o empregador poderá transferir o empregado sem sua anuência nos seguintes casos: a) quando o empregado exercer cargo de confiança, entendendo-se como tal aquele investido de mandato em forma legal, exercer poder de mando amplamente de modo a representar a empresa nos atos de sua administração, e pelo padrão mais elevado de vencimento (Artigo 469 da CLT, § 2); b) quando nos contratos de trabalho a transferência seja condição implícita ou explícita e a transferência decorra de real necessidade de serviço. 26/10/13 transferencia_do_empregado_32_2012 www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2012/trabalhista/transferencia_do_empregado_32_2012.html 4/10 Observações: A condição implícita é inerente à função como, por exemplo, no caso de vendedor-viajante. A condição explícita é a que consta expressamente do contrato de trabalho, devendo, para tanto, ser apontada na ficha ou livro de Registro e na Carteira de Trabalho do empregado. “OJ-SDI1-113 (ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO) ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARGO DE CONFIANÇA OU PREVISÃO CONTRATUAL DE TRANSFERÊNCIA. DEVIDO. DESDE QUE A TRANSFERÊNCIA SEJA PROVISÓRIA. Inserida em 20.11.97. O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória”. 6. VEDADO À TRANSFERÊNCIA O artigo 469 da CLT dispõe que é vedado transferir o empregado sem a sua anuência para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. “SÚMULA Nº 43 DO TST (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO) - TRANSFERÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003: Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço”. Também a Súmula do STF n° 221 (Supremo Tribunal Federal) onde dispõe que a transferência de estabelecimento, ou a sua extinção parcial, por motivo que não seja de força maior, não justifica a transferência de empregado estável. 6.1 - Estabilidade Provisória Em relação aos empregados que possuam garantia provisória no emprego, como o cipeiro, dirigente sindical, gestante e acidentado ou equiparado, deverão ser verificados alguns aspectos. 6.1.1 - Representante da CIPA Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto no parágrafo segundo do artigo 469 da CLT. “Art. 469, § 2º - É lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado”. Jurisprudências: CIPA. EXTINÇÃO DO ESTABELECIMENTO. ESTABILIDADE. A estabilidade do cipeiro é direito que, embora individual, se projeta para uma proteção coletiva, para torná-lo imune às pressões do empregador, assegurando-se a efetividade da CIPA, à qual se atribui a função de investigar acidentes, acusar deficiências, adotar medidas, tudo para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores. Daí que se a CIPA é formada em função de determinado estabelecimento (NR 5, item 5.2), para a proteção de uma determinada coletividade, a extinção deste esvazia o objetivo da CIPA e, por isso, implica o término da estabilidade. E ainda que ocorra a transferência do local de trabalho, a estabilidade também não persiste, pois a lei não obriga a coexistência de mais de uma CIPA para o mesmo estabelecimento. (TRT 2ª Região - Processo n° 01230-2002-074-02-00 - Acórdão n° 20030475850 - 3ª Turma - Desembargador Relator Eduardo de Azevedo Silva - DOESP 23.09.2003). ESTABILIDADE PROVISÓRIA - Membro da CIPA - Não subsiste à extinção de estabelecimento. A transferência do cipeiro não se justifica: ou em outros setores e estabelecimentos já há CIPA instalada e a atuação do trabalhador não encontraria oportunidade porque preenchidos os cargos, ou neles dispensada legalmente a instalação da CIPA. Artigos 10, II, do ADCT, 163 e 165 da CLT. (TRT 2ª Região - Processo n° 02591-2000-065-02-00 - Acórdão n° 20030651039 - 8ª Turma - Desembargadora Relatora Catia Lungov - DOESP 09.12.2003 6.1.2 - Líder Sindical O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar impossível ao desempenho das suas atribuições sindicais (Art. 543 da CLT). “Sumula do TST n° 369 - Dirigente sindical. Estabilidade provisória. (Conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 34, 35, 86, 145 e 266 da SDI-1 - Res. n° 129/2005, DJ 20.04.2005. ... 26/10/13 transferencia_do_empregado_32_2012 www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2012/trabalhista/transferencia_do_empregado_32_2012.html 5/10 IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade (ex-OJ nº 86 - Inserida em 28.04.1997)”. 6.1.3 - Gestante Conforme decisões judiciais abaixo, a gestação não é causa que possa impedir a transferência da empregada, porém, essa transferência para local diverso do original, sem motivo comprovado, ainda que não aja mudança domiciliar, constitui procedimento abusivo cometido pelo empregador. Jurisprudências: ESTABILIDADE OU GARANTIA DE EMPREGO PROVISÓRIA - GESTANTE MANDADO DE SEGURANÇA - TRANSFERÊNCIA DE GESTANTE REINTEGRADA PARA LOCALIDADE DIVERSA DA ORIGINAL, SEM MUDANÇA DE DOMICÍLIO - ILEGITIMIDADE DO JUS VARIANDI - SEGURANÇA DENEGADA - A transferência da gestante para local diverso do original, sem motivo comprovado e insuperável, ainda que nãoopere mudança domiciliar, constitui exercício abusivo do jus variandi, tendente a dificultar a manutenção do emprego, discriminando a obreira grávida, o que é vedado pelo ordenamento jurídico pátrio. (TRT 2ª R. - Proc. 00715/2001-7 - (2001025619) - SDI - Rel. Juiz Plínio Bolívar de Almeida - DOESP 01.02.2002) ESTABILIDADE PROVISÓRIA. GESTANTE. TRANSFERÊNCIA DE LOCAL DE TRABALHO. RESCISÃO INDIRETA. NÃO CONFIGURAÇÃO. A gestação não é causa impeditiva de transferência de empregada, ao término da obra, quando a empregadora contratada estiver sediada e possuir filial em Estados da Federação diversos do local da contratação, e quando a possibilidade de transferência está prevista no contrato de trabalho. A recusa em ser transferida não enseja rescisão indireta do contrato de trabalho e tampouco gera direito à indenização correspondente à estabilidade da gestante. TRT-2 - RECURSO ORDINÁRIO: RECORD 447200825202009 SP 00447-2008-252-02-00-9 7. TRANSFERÊNCIA PROVISÓRIA – DEVIDO O ADICIONAL Sendo a transferência provisória e proveniente de real necessidade de serviço, o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar o contrato, desde que efetue um pagamento suplementar, de no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) do salário percebido na localidade da qual foi transferido, enquanto durar a situação, conforme artigo 469 da CLT. “Art. 469, § 3º da CLT - Em caso de necessidade de serviço, o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa do que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação”. O pagamento do adicional deve ser discriminado na folha de pagamento e no recibo de salário. Observação: A Legislação não estabelece um prazo para a caracterização da transferência provisória, mas podemos considerar como sendo válido o prazo estabelecido entre empregador e empregado, dentro dos limites do bom senso. Nesta circunstância também será imprescindível a comprovação da real necessidade do serviço. O adicional tem natureza salarial, sendo computado para todos os efeitos legais, tais como: férias, 13º salário, contribuições previdenciárias, depósito do FGTS, entre outros. Jurisprudências: TRANSFERÊNCIA PROVISÓRIA. ADICIONAL DEVIDO. Reconhecido pelo Tribunal Regional que a transferência do reclamante (de Recife para Fortaleza) ocorreu em caráter provisório e que houve pagamento do adicional previsto no art. 469 da CLT pelo período de dois anos, não há falar em transferência definitiva pela circunstância de que a dispensa ocorreu no último local de trabalho, uma vez que o adicional é devido enquanto perdurar a remoção. Nesse contexto, forçoso reconhecer que o acórdão regional encontra-se em sintonia com a Orientação Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1 do TST, de modo que a pretensão recursal encontra óbice no § 4° do art. 896 da CLT e na Súmula nº 333 do TST, estando correta a decisão denegatória do recurso de revista. Agravo de instrumento a que se nega provimento. (Processo: AIRR 477401520065070004 47740-15.2006.5.07.0004 - Relator(a): Walmir Oliveira da Costa - Julgamento: 16.05.2012) ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARGO DE CONFIANÇA OU PREVISÃO CONTRATUAL DE TRANSFERÊNCIA DESDE QUE ESSA SEJA PROVISÓRIA. Nos termos da OJ 113 da SBDI-1 do Tribunal Superior do Trabalho, o fato de o empregado exercer cargo de confiança ou de haver previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória. Por outro lado, havendo o Tribunal Regional do Trabalho afirmado que a própria Reclamada, em sua defesa, reconheceu a natureza provisória de todas as transferências da Reclamante, fica impossibilitado o conhecimento do recurso de revista, de acordo com o § 4° do artigo 896 da CLT e a Súmula 333 do TST. Recurso de Revista não conhecido. (Processo: RR 6713 6713/2003-026-12-00.5 - Relator(a): Horácio Raymundo de Senna Pires - Julgamento: 26/10/13 transferencia_do_empregado_32_2012 www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2012/trabalhista/transferencia_do_empregado_32_2012.html 6/10 11.11.2009) ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. Transferência do empregado que, em verdade, ocorreu em caráter provisório, configurando hipótese prevista no artigo 469 da CLT para percepção do adicional. (Processo N.º: 0128400-33.2009.5.04.0017 (RO) - Magistrado Responsável: Maria Cristina Schaan Ferreira) TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADO DE UMA UNIDADE PARA OUTRA, DENTRO DA MESMA REGIÃO METROPOLITANA. POSSIBILIDADE. Não há ofensa aos arts. 468 e 469 da CLT, sobretudo se o contrato contém como condição explícita tal possibilidade (TRT 2ª Região - 6ª Turma - RO 20090269343 - Relator: Luiz Edgar Ferraz de Oliveira - Data da publicação: 24.04.2009). 8. TRANSFERÊNCIA DEFINITIVA Conforme determina o artigo 470 da CLT, as despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador e neste caso não tem o adicional de transferência. “Art. 470 - As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador”. Observação: O pagamento de adicional de 25% (vinte e cinco por cento) do salário supramencionado no artigo 469 § 3º não exime o empregador de pagar Ajuda de Custo pelas despesas que o empregado tiver com a transferência e nem com ela é compensável. “Nos casos de transferência temporária é devido o adicional de 25% (vinte e cinco por cento) do salário, conforme prevê previsto no parágrafo 3º do artigo 469 da CLT. E em se tratando de transferência definitiva, o empregador é obrigado a arcar com as despesas decorrentes da mudança de domicílio, tais como, passagens, carreto de mudança, locação do imóvel onde o empregado irá residir, entre outras, conforme prevê o artigo 470 da CLT”. Importante: Conforme a Súmula nº 29 TST (Tribunal Superior do Trabalho), o empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte. Jurisprudências: ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA: Caracterizada a transferência do empregado em caráter definitivo, é indevido o respectivo adicional. TRT-22 - RECURSO ORDINÁRIO: RECORD 694200800222003 PI 00694- 2008-002-22-00-3 ANUÊNCIA TÁCITA COM A MUDANÇA DEFINITIVA DE DOMICÍLIO. O art. 469 da CLT cuida da hipótese de transferência de localidade da prestação de serviços em caráter provisório ou definitivo. Se não acarretar necessariamente a mudança do domicílio nada será devido ao empregado. Exigindo mudança em caráter provisório será devido um adicional de pelo menos 25% sobre os salários. Havendo mudança em caráter definitivo será devido tão-somente o reembolso das despesas resultantes da transferência, por parte do empregador (art. 470 da CLT). O autor, ao se submeter à transferência, implicitamente anuiu a exigência do empregador, em nada lhe abonando a alegação de que foi obrigado a tanto porque incompatível com o ato de mudança. (TRT 2ª Região - 4ª T; Acórdão nº 0612251/2002; Juiz Relator Paulo Augusto Camara; Juiz Revisor Vilma Capato) 9. DESPESAS RESULTANTES DA TRANSFERÊNCIA Despesas ou conhecida como ajuda de custo são as despesas decorrentes da transferência de empregado, conforme o artigo 470 da CLT, e é o valor pago pelo empregador, em decorrência da transferência do empregado de localidade. E esse valor é pago uma única vez e não irá integrar a remuneração do empregado independente do valor. Quando a transferência acarretar a mudança de domicílio, as despesas decorrentes correrão por conta do empregador, conforme o artigo 470 da CLT, como no caso de transporte de mudança, passagens, entre outras. “Art. 470 da CLT - As despesas resultantes da transferência correrão por conta doempregador”. Lembrando que, o pagamento de adicional que trata o artigo 469 da CLT, não exime o empregador de pagar as despesas que o empregado tiver com a transferência e nem com ela é compensável. Jurisprudência: TRANSFERÊNCIA. PAGAMENTO DE DESPESAS VINCULADAS À ALTERAÇÃO DO DOMICÍLIO COMO CAUSA EXCLUDENTE DO ADICIONAL. IMPOSSIBILIDADE. O pagamento, pelo empregador, de despesas vinculadas à mudança de domicílio do empregado, sob os títulos de aluguel, ajuda-moradia e salário- cortina, não exime a obrigação de satisfazer o adicional de transferência. Com efeito, o adicional está previsto no art. 469 da CLT e decorre do simples fato da transferência em caráter provisório; as despesas decorrentes da mudança, por outro lado, e a responsabilidade do empregador pelo encargo, 26/10/13 transferencia_do_empregado_32_2012 www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2012/trabalhista/transferencia_do_empregado_32_2012.html 7/10 traduzem a obrigação importa pelo art. 470 do texto celetário. São imposições legais diversas, portanto, que não se compensam. Recurso ordinário da Reclamada a que se nega provimento, neste particular. (TRT-PR-22-05-2007) 9.1 - Com Mudança de Domicílio Com a transferência para outra localidade, ou seja, havendo mudança de domicílio, as despesas que resultarem ficarão a cargo do empregador, conforme já foi visto. Exemplo de despesas: passagens, fretes e carretos da mudança, entre outras. 9.2 - Sem Mudança de Domicílio Havendo a transferência do empregado para outro local de trabalho que não acarrete mudança de domicílio, ou seja, deslocamento do local de trabalho do empregado de um bairro para outro ou até de um município para outro, que venha lhe acarretar maiores despesas, o empregador deverá arcar com essas diferenças. Conforme estabelece o artigo 469 da CLT, não se considera transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. “Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte” (Súmula nº 29 – TST). Jurisprudências: TRANSFERÊNCIA. DESPESA. DESLOCAMENTO. TRANSPORTE PÚBLICO. O empregador é responsável pela despesa integral relativa ao deslocamento diário do trabalhador quando a necessidade de transporte público foi gerada exclusivamente com a mudança do local de trabalho, de acordo com a necessidade de serviços, não sendo cabível a participação do reclamante, nos termos da legislação do vale- transporte. Embora não se trate de transferência com mudança de domicílio, impõe-se o disposto no art. 470 da CLT, que enseja ao empregador a responsabilidade pelas despesas resultantes da transferência. (TRT 4ª R.; RO 00237-2006-512-04-00-3; 3ª T.; Relª Juíza Maria Helena Mallmann; DOERS 18.06.2007) “Mudança de residência não se confunde com mudança de domicílio, para os efeitos do art. 469 da CLT. A mudança de residência, ainda que envolva longo período de tempo, não tem ânimo definitivo, característico do domicílio (art. 70 do CC). (TRT 2ªR - 9ª T; Acórdão 0358056/2003; Juiz Relator Luiz Edgar Ferraz de Oliveira; Juiz Revisor José Carlos Fogaça)”. 9.3 - Transferência Solicitada Pelo Empregado A empresa não está obrigada a cobrir despesas referentes à transferência a pedido do empregado, mas é de grande importância, obter declaração expressa do funcionário nesse sentido, ou seja, a seu pedido, conforme decisão judicial abaixo: Jurisprudência: ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA - O adicional de transferência sempre é devido, excetuando-se a hipótese em que a transferência ocorre a pedido do empregado. Nem a definitividade da transferência, que sempre é questionável, tem o condão de absolver o empregador de arcar com os encargos decorrentes da alteração do local de trabalho do empregado. Não havendo qualquer prova de que a transferência tenha ocorrido a pedido do reclamante, devido o adicional de transferência. Sentença que se mantém. (TRT-PR-07794-2005-002-09-00-9-ACO-28934-2008 - 4A. Turma, Relator: Sérgio Murilo Rodrigues Lemos, Publicado no DJPR em 19-08-2008) 10. TRANSFERÊNCIA PARA EMPRESAS DO MESMO EMPREGADOR OU GRUPO ECONÔMICO Na hipótese da transferência para empresas do mesmo empregador (Artigo 2º, parágrafo 2º, da CLT), devem-se observar as seguintes hipóteses: a) Matriz para filial, ou vice-versa; b) Participação societária; Exemplo: A empresa A consta no contrato social da empresa B como sócia. c) Grupo Econômico Exemplo: No contrato social da empresa A e B, deve constar a observação que uma é administrada pela outra. 26/10/13 transferencia_do_empregado_32_2012 www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2012/trabalhista/transferencia_do_empregado_32_2012.html 8/10 O empregado que trabalha para uma empresa do grupo presta serviços para o grupo todo, podendo ser transferido daquela para outra empresa do grupo, devendo tal situação ser anotada na CTPS, na página de Anotações Gerais. Nestes casos, não há necessidade de se rescindir o contrato, basta fazer uma simples transferência no que diz respeito às obrigações acessórias conforme tratado o item “9” desta matéria. Observação: Informações completas encontra-se no Bol. INFORMARE n° 8, de 2010. 11. RECUSA DO EMPREGADO PARA A TRANSFERÊNCIA Conforme dispõe o artigo 469 da CLT, o empregado pode recusar transferência do local de trabalho quando o empregador não paga despesas da mudança. E o artigo citado acima também determina que ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. O § 2º do mesmo artigo dispõe que é lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado. Desta forma, ocorrendo à extinção do estabelecimento da empresa, deverá ser oferecida aos empregados a possibilidade de transferência de seus contratos de trabalho para a nova sede, sendo certo que, em caso de recusa, poderá a empresa rescindir o contrato, conforme entendimento jurisprudencial abaixo. Conforme decisões judiciais abaixo, a recusa do trabalhador referente à transferência não dá direito ao empregador de dispensá-lo por justa causa, a não ser se ele não comparecer ao trabalho, caracterizando o abandono de emprego, de acordo com o artigo 482 da CLT. Jurisprudências: RECUSA DE TRABALHADOR A MUDAR DE CIDADE NÃO DÁ JUSTA CAUSA. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (Rio Grande do Sul) afastou a justa causa de demissão de trabalhador que se recusou a ser transferido para trabalhar em outra cidade. Para os desembargadores, a recusa do empregado não é abusiva. Na primeira instância, o juiz considerou que o trabalhador se portou de forma insubordinada e, por isso, reconheceu a justa causa. Ele então recorreu ao TRT. Alegou que tem o poder de negar a transferência, conforme prevê os artigos 468 e 469 da CLT. A primeira norma afirma que mudanças nas condições do contrato de trabalho só podem ser feitas em comum acordo. A segunda diz que a empresa não pode mudar o local do trabalho de forma que obrigue o trabalhador a se mudar de casa. O desembargador Luiz Alberto de Vargas, relator do caso, entendeu que a atitude do empregado não implica recusa abusiva que pode ser punida com despedida por justa causa. Ele lembra que o empregador pode demitir seu funcionário. No entanto, para que seja considerada a justa causa, é preciso que ela seja comprovada de forma robusta. Vargas diz que a justa causa é punição severa demais com sérios prejuízos ao trabalhador. (Processo 00003-2007-122-04-00-1 RO) EMPREGADO PODE RECUSAR TRANSFERÊNCIA DEFINITIVA DO LOCAL DE TRABALHO QUANDO EMPREGADOR NÃO PAGA DESPESAS DA MUDANÇA... No caso do processo, embora haja previsão no contrato de trabalho sobre possibilidade de transferências para outras localidades,o julgador ressalta que essa modalidade impõe ao empregador a comprovação da necessidade de serviço. De acordo com o magistrado, presume-se definitiva a transferência por extinção do estabelecimento, pois não há, a princípio, possibilidade de a empresa voltar a funcionar na localidade original, para que o empregado assuma o seu posto inicial. Assim, não arcando a empresa reclamada com todas as despesas necessárias à mudança de domicílio do reclamante, o julgador considerou legítima a sua recusa à transferência para Ipatinga. E, como detentor da estabilidade provisória decorrente do acidente de trabalho com percepção do auxílio-doença acidentário, sendo legítima a recusa de transferência, o relator entende que não ocorreu renúncia à estabilidade provisória. Isso porque prevalece na jurisprudência o entendimento de que a extinção do estabelecimento não atinge a estabilidade do acidentado, ao contrário do que ocorre, por exemplo, com o cipeiro e com o dirigente sindical. No caso do trabalhador acidentado é diferente, porque a estabilidade visa exatamente a propiciar-lhe uma recuperação sob a garantia do recebimento da renda necessária à sua subsistência. Por isso, o desembargador entende que o trabalhador acidentado tem direito à garantia de recebimento dos salários durante o período de 12 meses após a cessação do benefício previdenciário, mesmo nos casos de encerramento das atividades da empresa, pois o artigo 118 da Lei 8.213/91 não prevê nenhuma ressalva ao direito à estabilidade do acidentado. No entanto, por maioria de votos, a Turma decidiu dar provimento parcial ao recurso apenas para autorizar a reclamada a deduzir da condenação o valor pago ao reclamante a título de aviso prévio e suas repercussões. (0000142-97.2011.5.03.0005 RO) TRANSFERÊNCIA. RECUSA DO TRABALHADOR. ABONDONO DE EMPREGO. Integra abandono do trabalho (artigo 450.º do Código do Trabalho) a atitude do trabalhador que, desobedecendo a uma ordem de transferência temporária legítima (a que devia obediência), não mais se apresentou ao trabalho e 26/10/13 transferencia_do_empregado_32_2012 www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2012/trabalhista/transferencia_do_empregado_32_2012.html 9/10 comunicou reiteradamente que não aceitava a transferência e não voltou a contactar a entidade empregadora, depois de lhe comunicar em duas cartas que não aceitava a transferência. (Recurso n.º 2898/07 - 4.ª Secção Vasques Dinis (Relator) Bravo Serra Mário Pereira) EXTINÇÃO DA EMPRESA - RECUSA DA TRANSFERÊNCIA - Nos termos do art. 469, parágrafo 2º, da CLT, é lícita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado. Assim, tendo a empresa encerrada suas atividades nesta capital, na oportunidade sendo oferecido à reclamante a transferência do seu contrato de trabalho para a matriz (São Paulo) e não tendo a mesma aceitado, correto o procedimento da 1ª reclamada ao dispensá-la.” (TRT 3ª Região - Processo nº 01547-2003-005-03-00-9 - 3ª Turma - Desembargadora Relatora Maria Cristina Diniz Caixeta - DJMG 21.08.2004) 12. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS 12.1 - Livro ou Ficha Registro de Empregados e CTPS Sendo o empregado transferido tanto em caráter provisório quanto em permanente, a empresa deverá providenciar a cópia autenticada da ficha ou da folha do livro Registro de Empregados, a qual deverá ser mantida no local de trabalho, para efeito de fiscalização. Na transferência do empregado, devem-se observar os seguintes procedimentos: a) na ficha ou folha do livro Registro, na parte destinada a “Observações”, deverá ser anotado o seguinte: “O empregado foi transferido para a empresa.....................................(local onde se situa a empresa filial), CNPJ...................................., em data de ...(data de transferência)..., com todos os direitos trabalhistas adquiridos, em que terá o número de registro ...(número da ficha ou folha do Registro de Empregados)...”. b) a mesma anotação do item “a” deverá ser feita na CTPS do empregado, na parte destinada a “Anotações Gerais”; e na parte destinada a “Contrato de Trabalho”, onde constar o registro da empresa, deverá fazer-se uma anotação “vide observação página (apor o número da página de “Anotações Gerais” na qual se fez a anotação da transferência)”. c) abrir no novo local de trabalho nova ficha ou folha de Registro de Empregados, transcrevendo-se os dados da anterior (no que diz respeito àqueles dados pessoais, àqueles que são anotados no momento da admissão e data de admissão; os demais dados como alteração salarial, anotação de férias, etc., estarão constantes na 2ª via anexa a esta nova e estes lançamentos serão realizados nesta a partir da data da transferência) e lançando-se a mesma anotação em “Observações”: “O empregado veio transferido da empresa ............(local onde prestava serviços), CNPJ....................., em data de ............... (data da transferência)..., com todos os direitos trabalhistas adquiridos, em que estava registrado sob nº ...(número da ficha ou folha do Registro de Empregados)...”. 12.1 - CAGED A Lei nº 4.923, de 23 de dezembro de 1965, instituiu o Cadastro Permanente das Admissões e Dispensas de Empregados, o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), estabelecendo medidas contra o desemprego e de assistência aos desempregados. A confecção e emissão do CAGED é um procedimento de caráter obrigatório, que consiste em comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego as admissões, demissões e transferências ocorridas no decorrer do mês. A empresa transferente e a empresa transferida deverão preencher o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED, informando os códigos abaixo, conforme a situação: a) entrada (por transferência) - código 70; b) saída (por transferência) - código 80. As informações referentes à transferência deverão ser encaminhadas ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) até o dia 07 do mês subsequente ao do ocorrido. 12.2 - RAIS As informações referentes aos empregados transferidos deverão ser prestadas na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de cada estabelecimento, conforme abaixo e com os seguintes códigos: a) Código 30 - Transferência de empregado entre estabelecimentos da mesma empresa ou para outra empresa, com ônus para a cedente. 26/10/13 transferencia_do_empregado_32_2012 www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2012/trabalhista/transferencia_do_empregado_32_2012.html 10/10 b) Código 31 - Transferência de empregado entre estabelecimentos da mesma empresa ou para outra empresa, sem ônus para a cedente. Observações: Nos casos de transferência do empregado ou redistribuição/cessão do servidor, informar conforme abaixo: a) pelo estabelecimento cedente ou empresa/entidade incorporada: a.1) Data de admissão - a data de assinatura do contrato; a.2) Data do desligamento - a data da transferência ou redistribuição/cessão, mais o código da causa correspondente; b) pelo estabelecimento receptor/requisitante ou empresa/entidade incorporadora: b.1) Data de Admissão - a data da transferência ou redistribuição/requisição, mais o código correspondente; b.2) Data do Desligamento - conforme rescisão ou retorno do empregado/servidor ou deixar em branco. Observação: Portaria do MTE nº 7, de 03 de janeiro de 2012, Manual RAIS relativo ao ano-base 2011. 12.3 - GEFIP/SEFIP As informações sobre o empregado transferido deverão constar no formulário da GEFIP/SEFIP de cada estabelecimento os seguintes códigos: a) O estabelecimento que estiver transferindo o empregado deverá informar no campo “Movimentação” da GFIP um dos seguintes códigos: a.1) N1 - Transferência de empregado para outro estabelecimento da mesma empresa; a.2) N2 - Transferência de empregado para outra empresa que tenha assumido os encargos trabalhistas, sem que tenha havido rescisão de contrato de trabalho; a.3) N3 - Empregado proveniente de transferência deoutro estabelecimento da mesma empresa ou de outra empresa, sem rescisão de contrato de trabalho; O estabelecimento que receber o empregado transferido deverá preencher a GFIP normalmente, ou seja, não haverá a indicação de um código específico para a recepção do trabalhador. Atenção: “Na mudança de local de trabalho entre filiais de uma mesma UF não há transferência de contas por meio do PTC”. “Neste caso, a regularização ocorre por meio da alocação do trabalhador na inscrição, da filial receptora, quando do próximo recolhimento ou declaração ao FGTS”. Qualquer dúvida verificar junta a Caixa Econômica Federal. Observação: Manual SEFIP 8.4, item 4.9 do Capítulo III, aprovada pela Instrução Normativa RFB nº 880/2008. Fundamentos Legais: Os citados no texto.
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