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ATOS ILÍCITOS. GENERALIDADES. ELEMENTOS. TEORIA DO RISCO. (Fichamento: Carlos Roberto Gonçalves. Direito Civil Brasileiro. Saraiva).
Conceito: “É o praticado com infração do dever legal de não lesar a outrem” . Art. 186, CC: “Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Também comete ato ilícito quem pratica abuso de direito (art. 187, CC). Efeito: o autor fica obrigado a reparar o dano (art. 927, CC). Trata-se de fonte de obrigação: a de indenizar ou ressarcir o prejuízo causado. È praticado com infração a um dever de conduta (violar direito e causar dano). Sérgio Cavalieri Filho, citado por Carlos Roberto Gonçalves, sustenta que: “o ato ilícito é decorre de uma manifestação de vontade, uma conduta humana voluntária, contrária a ordem jurídica ... é ato voluntário e consciente do ser humano que transgride um dever jurídico” ( não decorre de promessa).
Responsabilidade Contratual e Extracontratual: Uma Pessoa pode descumprir uma obrigação contratual. Acarreta a responsabilidade de indenizar as perdas e danos, nos termos do artigo 389 do CC). Quando a responsabilidade não deriva do contrato, mas de infração ao dever legal imposto genericamente no art. 927 do CC ela será extraontratual ou aquiliana. Obs.: Na responsabilidade contratual o inadimplemento presume-se culposo, na extracontratual ao lesado incumbe o ônus de provar culpa ou dolo do casusador do dano .
Responsabilidade Civil e Responsabilidade Penal: Na penal o agente infringe uma norma penal de direito público (liberdade-A pena não pode ultrapassar a pessoa do delinqüente). Na civil o interesse lesado é o privado (patrimonial – Responsabilidade por ato de outrem, art. 932, CC).
Responsabilidade Subjetiva e Responsabilidade Objetiva: Subjetiva se funda na idéia da culpa (sentido lato: abrangendo o dolo ou a culpa em sentido estrito) passa a ser pressuposto necessário do dano indenizável. Objetiva ou legal prescinde da culpa e se satisfaz com o dano e o nexo de causalidade, trata-se da teoria objetiva ou do risco segundo a qual todo o dano é indenizável e deve ser reparado por quem a ele se liga por um nexo de causalidade, independente de culpa ( em alguns casos a culpa é presumida por lei, em outras é prescindível .(culpa presumida,inverte-se o ônus da prova – art. 936, CC). TEORIA DO RISCO: Toda pessoa que exerce alguma atividade cria um risco de dano para terceiro, e deve ser obrigada a repará-lo independente de culpa. 
Relação de causalidade = Nexo causal entre a ação ou omissão do agente e dano verificado. Sem a prova do dano ninguém pode ser responsabilizado civilmente. 
EXCLUDENTE DE ILICITUDE E ABUSO DE DIREITO
O artigo 188 declara não constituírem atos ilícitos os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito ou em estado de necessidade.
Se por engano ou erro de pontaria terceira pessoa foi atingida (ou alguma coisa de valor) neste caso deve o agente reparar o dano, mas terá ação regressiva contra o agressor. A legítima defesa putativa também não exime o réu de indenizar o dano.
Vários artigos do Código Civil tratam do exercício irregular de direitos subjetivos (art. 1277, art. 939, art. 940, art. 1637, art. 1638)
“O abuso de direito ocorre quando o agente atuando dentro dos limites da lei, deixa de considerar a finalidade social de seu direito subjetivo e o exorbita, ao exercê-lo, causando prejuízo a outrem “ Base legal: Art. 187, CC – considera ato ilícito o abuso de direito.
Estado de necessidade no âmbito civil – (art. 160, II c/c os arts. 1519 e 1520 CC) 
Segundo Carlos Roberto Gonçalves: “ Embora a lei declare que o ato praticado em estado de necessidade não é ato ilícito, nem por isso libera quem o pratica de reparar o prejuízo que causou ( Ex. Motorista que atira o veículo contra o muro para não atropelar a criança, não o exonera de pagar a reparação do muro)
Obs. O artigo 65 do CPP proclama fazer coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade. (“Efeito no cível obrigar a ressarcir o dano causado à vítima inocente, com direito a ação regressiva contra o provocador da situação de perigo”
Família que ficou no meio de tiroteio entre PM e bandidos será indenizada
Notícia publicada em 23/05/2011 13:10
 A juíza Simone Lopes da Costa, da 10ª Vara da Fazenda Pública da Capital, condenou o Estado do Rio a indenizar, em reparação pelos danos morais, a família de Josiel Alves da Silva, que ficou retida no interior do automóvel em que viajavam durante intenso tiroteio entre criminosos e policiais militares, na Rodovia Washington Luiz, no dia 21 de janeiro de 2007. Eles foram obrigados a parar por ordem de uma guarnição da PM, que bloqueou o trânsito a fim de capturar assaltantes que haviam roubado o posto de pedágio da rodovia.
 Josiel Alves, o menor Moisés Rodrigues da Silva, na época com oito anos, e Marta Rodrigues Santos da Silva vão receber, cada um, R$ 10 mil, acrescidos de juros moratórios desde a data do fato. Josiel, dono do carro, receberá também indenização, ainda a ser calculada, pelos danos materiais causados ao veículo, que foi violentamente abalroado por um dos automóveis utilizados pelos criminosos em fuga.
 A juíza rejeitou a alegação do Estado de que os danos causados aos autores decorrem exclusivamente de ato de terceiros. Segundo ela, de acordo com a teoria do risco administrativo, o Estado responde objetivamente pelos danos causados por seus agentes. O Ministério Público estadual deu parecer favorável, em parte, aos autores da ação.
 “O fundamento da responsabilidade objetiva é a partilha dos encargos sociais, isto é, quando o Estado presta um serviço público, ele o dispõe para toda a coletividade, beneficiando a todos; destarte, quando um indivíduo se prejudica com a conduta do agente público, todos devem compartilhar o prejuízo. A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público é pautada no risco administrativo e não no risco integral. Para configurar-se esse tipo de responsabilidade, bastam três pressupostos: a ocorrência do fato administrativo, o dano e o nexo causal”, afirmou a magistrada na sentença.
 Para a juíza, o evento vivido pelos autores “certamente rendeu-lhes dor, angústia e aflição, rompendo seu equilíbrio psicológico, ofendendo bens ligados a direitos fundamentais da pessoa humana, pois não houve observância do direito elementar de proteção à vida, ensejando direito à indenização pelos danos morais”. A decisão foi publicada na quinta-feira, dia 19 de maio. Cabe recurso.
 Processo nº 2008.001.209123-0

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