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TRABALHO GRUPO EDUCAÇÃO FÍSICA 4 SEMESTRE

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1. RESUMO
 A dança pode ajudar no desenvolvimento das PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN, além de incluí-las no meio social. Diante do processo de normalização e reconhecimento do êxito nas atividades práticas realizadas por todos, sabe-se que muito já se evoluiu referindo-se à inclusão das mesmas e da aceitação de suas habilidades em nossa sociedade. Tais habilidades se dão inclusive na arte e, é neste eixo que se apoia o aprofundamento deste estudo. Sendo a dança um componente artístico, contribuinte para beneficiar a pessoa com SINDROME DE DOWN em seu desenvolvimento como um todo, busca-se através desta pesquisa expor fatos e enriquecer a compreensão de como e em quais áreas ela enaltece o progresso das mesmas. Além de retratar os pormenores relacionados à eficácia da dança quanto ao acréscimo individual e social do sujeito, faz-se uma análise com paralelos de característica estética, ao verificar qual a finalidade e de como é aplicada a dança às PSD. 
2. INTRODUÇÃO
A dança é uma prática física que além de percorrer sobre o caráter dinâmico corporal, está ligada a outras áreas do organismo que a tem como hábito. Muito se tem conquistado nas comprovações científicas, as quais afirmam o poder da dança em auxiliar não somente o rendimento sensório-motor, pois nela encontram-se resquícios que a tornam um interessante centro percorrido pelo cruzamento de caminhos traçados por várias ciências como a biologia, psicologia, física, dentre outras. Pelo fato de ela portar de um aparato tão rico, compreende-se seu valor também terapêutico, reabilitacional e artístico. Dentre as expectativas, o objetivo maior desta investigação direciona-se em verificar como a dança pode ajudar no desenvolvimento das pessoas com SINDROME DE DOWN. Em seguida, procura-se discorrer em que sentido a Estética prepondera sobre a dança aplicada nestes locais; se é por finalidade (estilo espetáculo), ou como instrumento (meio pelo qual a dança é trabalhada com ênfase no desenvolvimento como um todo do sujeito, inclusive em sua visibilidade da Arte). Como procedimento de pesquisa, primeiramente, buscou-se saber por estudiosos da dança como ela é classificada, e em que abrange sua área de atuação no corpo e mente; em seguida traçou-se um paralelo sobre qual é a influência que a Estética traz sobre a mesma, verificando seus conceitos e sentidos, neste caso são analisados os sentidos meio e finalidade. 
Após examinados estes itens surgiu outra necessidade, a de se pesquisar o contexto histórico e social das PSD, objetivando melhor entender como consta atualmente a inclusão destas, na sociedade contemporânea . Sendo este estudo uma peça importantíssima para a relação das ideias centrais desta pesquisa, pois faz-se de inteira necessidade ter um esclarecimento sobre o passado das PSD, afim de que se possa de maneira inteligível saber o quão já evoluíram crenças sobre as mesmas e sua aceitação perante a sociedade. Uma vez considerados tais traços históricos, tem-se a base para discorrer de maneira coerente, o envolvimento das PSD com a arte, especificamente na área da dança. Foi mediante a esta especulação que, decidiu-se trocar o termo anteriormente usado no título desta pesquisa. Os sujeitos que antes foram referidos como portadores de necessidades especiais, receberam a substituição do termo pessoas com necessidades educacionais especiais juntamente com sua abreviação PSD, cuja se dá com frequência, com o intuito de facilitar a assimilação do leitor. 
Dada troca nominal no desenvolvimento da pesquisa justifica-se pelo fato de não soar pejorativamente, isto segundo a informação de alguns profissionais que lidam com PSD. Todas estas ferramentas contribuíram para aquisição de conteúdos sobre a deficiência mental e fatores norteadores para o rendimento da pesquisa, o que segue-se é resultante do aprofundamento das buscas supracitadas. 
3. DESENVOLVIMENTO 
Quando compara-se o quadro e atual padrão de vida pessoa com SINDROME DE DOWN, com os épocas anteriores, por exemplo, período da Idade Média, certamente percebe-se o quanto já se evoluiu em relação ao preconceito, falta de informação e fornecimento de oportunidades do meio social para com estas. Tais atitudes podem ter várias explicações, uma delas é a que o indivíduo diferente, pela sua própria condição, constitui uma ameaça às normas e valores estabelecidos, e por esse motivo os indivíduos, comuns não sabem como se relacionar com o sujeito especial. 
A respeito disso Braghiolli e Bisi dizem: (...) O preconceito racial permanece bastante vigoroso, apesar das inúmeras campanhas anti-segregacionistas (um preconceito é uma atitude negativa extrema contra o outro estereotipado) (2002, p. 65). Tendo este estereótipo, as PSD receberam inúmeras definições sobre deficiência mental durante os vários períodos históricos. Sobre o termo deficiente Santiago num estudo intitulado A Formação de Professores na UFJF: Diversidade em Questão declara que (...) o termo é oriundo da Revolução Industrial, e que neste período o deficiente é (foi) considerado o não eficiente, o contrario do econômico produtivo (...) (SANTIAGO apud MARQUEZINE et al. 2003, p. 25). Hoje, ganharam mais peso e melhor conceito não só referencias de identificação, como também considerações, quanto ao reconhecimento da cidadania de PSD, muitas já conquistaram espaço no mercado de trabalho, algumas inclusive atuando na mídia. 
Estas e outras implicações sobre educação, saúde, lazer, dentre outros atributos fornecidos pela cidadania passaram a ter valores significativos, principalmente por órgãos governamentais. Em meio a tantas classificações, atualmente chama-se de deficiente mental o aluno caracterizado por um funcionamento geral significantemente abaixo da média, originado em sua maioria do período de desenvolvimento, simultaneamente com dificuldades em duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade individual em responder adequadamente as demandas sociais, desempenho familiar e comunitário, cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho escolar, distúrbio de aprendizagem, limitações intelectuais para aprender, memorizar e comportamento não condizente com a idade cronológica. 
Para fornecer a estes qualidades de ensino, tem-se o respaldo da Secretaria de Educação Especial, juntamente com a Constituição Federal que entram num consenso sobre o dever de garantir a todos os educandos necessitados de cuidados especiais o direito de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, de acordo com a capacidade de cada um, citado no artigo 208, V, sendo esta característica integrante obrigatória do Ensino Fundamental. Por isso, é inegável no reconhecimento das práticas de ensino o dever de acolher as peculiaridades de cada aluno, independentemente de terem ou não deficiência e esta é a grande chave para que a educação das pessoas com deficiência mental possa acontecer com sucesso. 
Trabalha-se, então, na educação especial, conceitualmente destinada àquele que, apresenta necessidade própria e diferente dos demais alunos no domínio das aprendizagens curriculares à sua idade, sendo que a mesma requer recursos pedagógicos e metodologias educacionais específicas. Neste quesito dá-se a participação da Dança, como atividade lúdica que simultaneamente ajuda na consolidação de inclusão de PSD, Pereira e Soter relatando sobre trabalhos de dança desenvolvidos com as mesmas, demonstram que seu envolvimento com a dança vem atestando a credibilidade de ela ser forte aliada no movimento de inclusão social. (...) Mudanças essas que os têm transformado de indivíduos que mereciam nossa caridade e benevolência,características advindas de um modelo centrado no atendimento médico, em indivíduos que devem ser alvo de uma política pública, com o objetivo de proporcionar a igualdade de oportunidades visando, consequentemente, a sua inclusão social e vida independente. Igualdade de oportunidades que pode ser gerada também através da dança (PEREIRA; SOTER, 2001, p.196-7). 
Como benefícios oriundos da dança as PSD, discute-se enquanto uma de suas características a inserção deles no âmbito artístico e social, pois têm-se na prática da mesma uma melhoria nítida, não apenas no sistema psicológico e motor já que são interligados, tratando da percepção sensorial, coordenação motora, correção postural e outros, mas também no desenvolvimento em relações interpessoais que em sua maioria, os sujeitos teriam seu rendimento mental considerado não adequados e comportamento retraído, passam agora ter mais êxito em suas habilidades sociais. 
Sem fundamento apenas no que é mecânico e exterior, e sim nos movimentos de fluxo livres (fluidos) ou contidos, uma vez que essa será uma ferramenta preciosa a tal função, Rudolf Laban já tinha a preocupação em que o ensino de dança fosse um meio de desenvolvimento das capacidades humanas de expressão e criação; remetendo a educação através da dança. Educação esta que era entendida como capacidade da dança fazer com que [sejamos] capazes de experimentar relacionamentos nos quais a consciência do eu e dos outros é realçada. 
O sentimento de alegria que a dança dá nos ajuda a nos harmonizar e a ganharmos um incrível sentimento de pertencer. Se no nosso cotidiano tivermos ajudado as pessoas a enfrentar o medo e conquistar confiança para se comunicar livre, sensível e imaginativamente; se sentirmos que possibilitaremos que [os alunos] se tornem, mesmo em pequena escala, conscientes de seu potencial e de outros, então teremos atingindo sucesso. Este sucesso é a justificativa de uma educação através da dança (ULLMANN, in LABAN, apud MARQUES, 1999, p.71) Cabe aqui salientar os valores da Estética que identifica expressividade como meio do desenvolvimento artístico na dança. Ostrower (1995), relata que as pessoas têm dificuldades para entenderem as formas expressivas, através da arte, não é pelo fato de tais formas artísticas representarem uma total novidade em sua experiência de vida. 
Ao contrário, o vocabulário da arte constitui, por assim dizer, a 'língua materna' dos seres humanos. Por isso a necessidade de haver uma conexão entre atividades que direcionem o caminho para liberdade de expressão, sendo a dança um meio de encontro com a mesma. Havendo êxito no conhecimento dessa característica libertadora da dança, o aluno com deficiência mental, estará deparando-se com uma ótima oportunidade de alcançar um significante progresso em seu desenvolvimento, consequentemente, alcançando o senso estético. Nesse sentido, trabalhando a dança com as PSD, estaremos tomando a arte como atividade prática, voltando suas funções ao benefício das mesmas, dando-lhes também o direito reconhecido de inclusão também no seio artístico. Como já citado, a participação em aulas de dança pode trazer muitos benefícios, particularmente no que diz respeito ao desenvolvimento das capacidades afetivas e inclusão social. Tal atividade física, em níveis variados, ajuda as PSD a adquirirem não só maiores mobilidades, mas resgatarem também sua auto-estima e seu equilíbrio emocional. Além de apurar a os sentidos da percepção, como apresenta Sacks (2004), falando sobre percepção que, por conseguinte pode manifestar-se também pelos gestos, movimentos com sentido, sendo atitudes possíveis de marcar atos corporais de perceber a realidade em seu sentido espacial, temporal, realidade da existência do outro e de si mesmo. Sendo estas possibilidades de interagir com o mundo, a fim de que o próprio corpo não se sinta inerte. Estando também compondo as qualidades oferecidas pela dança, está a percepção, cuja é destacada por Ostrower que, embasada em Piaget afirma a importância da percepção em que a ação é um fator formativo daquela, esta é uma precondição para o desenvolvimento dos processos cognitivos. É também a percepção um fator encontrado na dança, com suas funções de discernir o perto, longe, alto, médio, baixo, grande, pequeno, lateralidade, espacialidade, agudo, grave, etc. Afinal, (...) Em todos nos existe uma necessidade de querermos compreender, de ordenarmos as percepções de modo a extrair-lhes um significado... (1999, p. 257). Passando por essa fusão, as PSD estarão abrangendo seus conhecimentos, aprendendo a interagir com mundo externo, exprimindo características, as quais sejam pífias ou enriquecedoras, que constam no seu interior. Facilitando, dessa forma, demasiadamente sua liberdade de expressão e relação contínua de reciprocidade até mesmo com pessoas de mesmas características, além de enfatizar o relacionamento pessoal, aflora a sensibilidade artística, originando esse imenso conjunto numa sequência de movimentos, ensaiados ou espontâneos, acompanhados de concentração do eixo corporal, respiração e exploração individual. É válido ressaltar que além dessas funções a aplicação da dança a PSD também é de estimado progresso em diversas patologias, a fim de que com respostas coreográficas seja possível exteriorizar habilidades funcionais e emocionais do indivíduo. 
Logo, a dança é uma modalidade lúdica e fornece ao indivíduo, o restabelecimento físico-emocional, construindo simultaneamente melhora do suporte psicológico e social, pelo sentimento de bem-estar, redução da ansiedade, depressão, do comportamento agressivo [...] e melhora da auto-estima (BARBANTI, 1990, p.132- 3). Mas a fim de que todo o processo de dança-educação com PSD seja consolidado de forma plausível, é fundamental, que alguns cuidados sejam tomados: a priori, deve-se analisar o tipo de necessidade especial incutido nesse aluno, pois existem diferentes tipos e graus de limitações e potencialidades, os quais requerem procedimentos específicos. Para que esses alunos possam frequentar as aulas de dança, é necessário que haja orientação médica e, em alguns casos, a supervisão de um especialista em fisioterapia, um neurologista, ou psicólogo e assim por diante. 
Decerto que os frutos que a dança pode produzir são os melhores, se, contudo, um item for levado em questão, a capacitação pedagógica de professores ou instrutores, em sua aplicação. Cabe aqui frisar, que é de bom senso a existência de uma administração adequada, pois o orientador deve verificar, a forma de como realmente a dança estará funcionando como aspecto lúdico servindo também de atividade estimulante ao desenvolvimento cognitivo do deficiente mental, pois já há, por exemplo, evidências suficientes de que a falta de estímulo normal do meio determina retardamento ou retrocesso no amadurecimento das funções intelectuais (CAMPOS, 1987, p.77). 
Desta forma estarão as PSD desenvolvendo sua autonomia, abordada com êxito na metodologia de Mantoan (2001), na qual, há a sugestão do equilíbrio visando ser bom que as PSD aprendam a partir de suas ações, ou seja, construindo ativamente o seu conhecimento, executantes de sua aprendizagem, em vez de estarem na posição apenas de alguém a qual recebe passivamente o as orientações transmitidas pelo professor. É necessário estar sensível para a condição de aprendizagem das PSD olhar também, para a singularidade de cada sujeito; ela é resultante de sua história de vida, uma história das relações sociais que o constituíram e constituem. 
Quantos são os que têm medo de mostrar o que sabem, o que já aprenderam, desconfiando da desconsideração e do desrespeito ao outro? A auto-estima dessas pessoas precisa ser alçada das profundezas da descrença que têm de si mesmas e da auto-desvalorização. Sobre os modos de olhar para o sujeito deficiente mental numa tentativa de superar as supostas incapacidades impostas pelo modelo médico, sem descartar respeito por estas, Padilha (2001), em seu trabalho profundo com PSD, embasada nas teorias de Vygotsky que propõema busca dos pontos fortes e não dos déficits das pessoas comprometidas com a deficiência; admite ser um fator relevante, mais importante do que reconhecer a deficiência, compreender o desenvolvimento destas, sem deter-se apenas na natureza dos processos patológicos; não que ignore-se radicalmente os diagnósticos médicos, mas sim compreender como as pessoas enfrentam as suas dificuldades, como dominam a deficiência, como utilizam suas forças pra ultrapassar aqueles obstáculos muitas vezes taxados de impossíveis. Vygotsky investigou e atuou no campo da Defectologia, trazendo enormes contribuições aos estudos sobre a educação especial (...). Como, para ele, desenvolvimento é transformação qualitativa pela cultura e também na cultura do que é neurobiológico, a deficiência não é uma insuficiência, mas uma organização peculiar das funções psicológicas superiores, cuja configuração muda em conjuntos regulares de processos de significação, os quais diferem mais ou menos de processos normais e de tendências que a língua manifesta e pode suportar para ser interpretável (p.22). 
É preciso ter uma visão holística seguindo a crença em que o funcionamento da mente é social sendo o homem um ser histórico e cultural, inclusive com as características advindas da deficiência mental. De acordo com Antônio Damásio, para se compreender satisfatoriamente o modo de como o cérebro cria a mente e o comportamento humanos, é necessário considerar seu contexto social e cultural. E é isso que torna a empresa tão espantosamente difícil (DAMÁSIO apud PADILHA, 2001, p.42). Por isso na ordenação da didática e a prática de ensino de dança é fundamental considerar que, é a expressão, sensibilidade e criatividade, que falam mais alto quando ela está estruturada na Estética como meio e instrumento, pois, a mesma não abarca exclusivamente o sentido do profissionalismo para espetáculo e perfeição excessiva, implicando ao papel da Estética, que estará atribuindo seu valor como instrumento e meio para concretizar os aspectos de auto-realização através da dança. Oferecendo uma proposta de vida útil e produtiva às PSD, o investimento da dança deverá ser feito especialmente quando a ênfase do treinamento recai sobre o que elas são capazes de fazer e não em deplorar o que não podem É fundamental dar credibilidade às funções produtivas das PSD, vale aqui pontuar o que Mantoan (2001) destaca, sobre o esforço em favorecer o desenvolvimento intelectual de alunos deficientes mentais: Ao considerar o deficiente mental a partir do que ele é capaz de ser, de fazer, de enfrentar, de assumir como pessoa, revelam-se a todos nós e a ele próprio possibilidades que se escondiam, que não lhe eram creditadas, por falta de oportunidades de emergirem espontaneamente. 
Os pais, professores, especialistas e a sociedade em geral terão clarificados os quadros de deficiência mental, na medida em que derem um crédito de confiança para a competência e o desempenho dos deficientes, no dia-a-dia da casa, nos estudos, no esporte, no lazer, nas atividades culturais e religiosas ... (p.161) Mediante as possibilidades benéficas oriundas da dança, quando esta não é excludente, tem- se acréscimos ao rendimento intelectual e mental das PSD, pois trabalha-se de acordo com sua capacidade de absorção e interação e leva-se então em consideração que: O corpo do deficiente mental, muitas vezes não consegue revelar ou expressar sua alma porque está caído, desarrumado, desarmônico, inexpressivo, doente; seus movimentos sem sentido não falam ao outro sobre sua alma. É preciso desenvolver a consciência de si para que seja possível expressa-la nos movimentos do corpo ajudam a tomar consciência de si... (PADILHA, 2001, p.116) Para a investigação aqui registrada, foram feitas visitas em Instituições filantrópicas que lidam com pessoa com SINDROME DE DOWN. As quais foram escolhidas devido o tempo de funcionamento, quantidade de alunos atendidos e/ou matriculados, e a caracterização de alunos da deficiência em que destinavam-se mentais, físicas, ou os dois. Neste caso, todas elas dedicam-se aos tratos de alunos com deficiência mental. Como fatos recolhidos, presenciou-se a ocorrência de dança, todavia, praticada esporadicamente. Cabe ressaltar que não há especificação restritiva no que tange à idade daqueles que dançam, ou de seleção caracterizada pela deficiência acentuada ou não dos alunos. Aliás, a demanda exibida porta de variadas definições de deficiências mentais, sendo uns com síndrome de Down, outros com retardos, e assim por diante. Sobre os participantes da dança, são selecionados aqueles que mais identificam-se com a modalidade rítmica, o processo seletivo é feito pela própria aptidão cujo os alunos demonstram, sendo em seguida lapidados para absorverem mais qualidades e coordenação em tal atividade. No entanto, quando o aluno não reage de acordo com a esperada interação e demonstra ojeriza pela dança, ou outras atividades ele é encaminhado a outra modalidade artística, sendo assim até ele mostrar resultados positivos e sentir-se adequadamente adaptado. Alguns aspectos sobre o comportamento das PSD ficaram latentes em meio a observação, como a boa conquista de lateralidade, percepção, desempenho no trabalho em grupo e senso de direção. Entretanto, cabe salientar que, tais observações surgiram de um trabalho não intensivo de dança, nas instituições. 
É importante considerar o fato de que se houvesse maior assiduidade no emprego desta atividade, por conseguinte, as evoluções seriam mais nítidas, no entanto, ainda assim, nesse sentido foi possível verificar que a Estética estaria agindo sem finalidade de apresentação de coreografias tecnicamente perfeitas, é claro que demonstra-se dada produção em eventos simplórios, mas nada voltado ao estilo espetáculo e sim consistindo no bem-estar das PSD resultante de uma pratica artística, a dança. Reconhece-se notoriamente a intenção e esforço das instituições em fazer com que a dança seja um meio altruísta e construtivo no progresso intrínseco e extrínseco de seus alunos e alunas ou aqueles que estão internos com alguma deficiência mental. Todavia, por não exibir-se um quadro constante de dança procurou-se também como outro recurso visitas em escolas de dança, na cidade de Manaus, que apresentassem registro de PSD, regularmente matriculadas. Decerto que foi um desafio, devido as escolas ou academias de dança não dedicarem-se especificamente a este público. 
Contudo, encontrou-se um Hidrocenter, onde várias atividades são oferecidas, nas quais está contida a dança, encontrando-se especificamente em aulas de ballet clássico, uma aluna de 11 (onze) anos, inserida numa das turmas para iniciantes. A mesma tem em seu diagnostico deficiência mental leve e hiperatividade. Segundo sua instrutora, ela progrediu demasiadamente, após seu contato com a dança, além de usufruir dos benefícios supracitados, uma ênfase é dada implícita em seu comportamento que, até então de retraído ou agressivo e intolerante passou a ser melhorado. Durante as aulas, seu processo intelectual cresceu e, de acordo com sua mãe não apenas as condições físicas, mas as de relacionamento com o meio também progrediram consideravelmente. Interessante pontuar que sua inserção nas aulas de dança concretizou-se, uma vez em que foi requerida pelo médico neurologista, uma atividade física, cuja mesma trabalhasse seu raciocínio e corpo, pois supostamente ajudariam no seu controle e organização interior, necessários não só a esta criança, mas a todos os indivíduos. Após analisadas todas as informações, coletadas nos variados locais, tornou-se possível traçar uma noção sobre a extravagante alteridade típica das PSD, termo o qual é tão empregado por Aluízio Trinta, sendo citado por Villaça, Góes e Kosovski (1999), que indica respeitar, identificar e aceitar as diferenças de cada ser, e isto não está relacionado apenas a aceitação de traços fisionômicos, que muitas PSD apresentam, mas sim às especificidades peculiares do indivíduo tendo ele alguma diferença nítida ou não. E move-se a sensibilidadepara saciar indagações que remetem a duvidar das envergaduras nas quais estão remetidas a pressão e cobrança social de biótipos perfeitos ou pessoas inteiramente sãs. 
4. CONCLUSÃO
 Depositar sobre as pessoas com necessidades educacionais especiais, hipóteses de que são inviabilizadas de traçarem planos artísticos não passa de resistência ou ignorância. Claro que mediante os anos, muito já se evoluiu no combate à pensamentos medíocres sobre aptidões das pessoas com SINDROME DE DOWN. Independente das discriminações e indiferenças ainda perdurar, muito já se conquistou no aspecto positivo, referindo-se ao reconhecimento da capacidade da pessoa com debilidade intelectual e nas considerações atendidas de suas necessidades, todavia, é preciso ainda mais, na busca do sentido construtivo do desenvolvimento psicossocial destas. Sendo a dança um canal educacional e interativo, a qual oferece inúmeros benefícios as PSD, uma vez em que estas participem ativamente, de tal arte. É viável, afirmar que as mesmas podem praticar a dança, desde que haja primeiramente um acompanhamento médico e a supervisão de profissionais qualificados e habilitados na área da dança, pois é preciso conhecer pormenores sobre o alunado com necessidades educacionais especiais, objetivando atender com eficiência suas especificidades. 
Em decorrência das visitas, em algumas instituições, e pelas conversas tidas com suas lideranças, notou-se a carência de um sólido comprometimento da dança nas evoluções das PSD. Mas verificou-se a eficiência desta prática à salubridade intelectual, física e social das mesmas. Abrangendo a perspectiva estética que prepondera na aplicação da dança às PSD, nestes locais, identifica-se com demonstrações de desempenho deste sujeito para o público, para família das PSD e para aqueles interessados em averiguar como funciona a instituição. Logo, o senso estético caracteriza-se por não portar finalidade inteiramente direcionada a demonstração espetacular e sim nos progressos que podem ser obtidos pelos sujeitos da pesquisa uma vez que participantes da mesma. Espera-se que este estudo tenha incitado ainda mais pessoas na contínua procura de conscientização coletiva no melhor trato das PSD, independente das peculiaridades dos casos, estatus, idade, ou sexo. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BARBANTI, Valdir José. Aptidão Física: um convite à saúde. São Paulo: Mamole, 1990. BRAGHIROLLI, Elaine Maria; BISI, Guy Paulo. et al. Psicologia Geral. 22.ed. Porto Alegre: Vozes, 2002. CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da Aprendizagem. 30.ed. Petrópolis: Vozes, 1987. FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas e Técnicas para o Trabalho Científico. 13.ed. Porto Alegre: [s.n.], 2005. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Compreendendo a Deficiência Mental: novos caminhos educacionais. São Paulo: Scipione, 2001. MARQUES, Isabel A. Ensino de Dança Hoje: textos e contextos. São Paulo: Cortez, 1999. 12 MARQUEZINE, Maria Cristina; ALMEIDA, Maria Amélia; TANAKA, Eliza Dieko Oshiro (orgs.). Capacitação de Professores e Profissionais para Educação Especial e suas concepções sobre inclusão. Londrina: Eduel, 2003. 
ANEXO
1 – Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com alunos com deficiência?
		Resposta um: Sim
		Resposta dois: Sim
2 – Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses alunos?
		Resposta um: É importante para desenvolver a coordenação motora e melhorar a saúde desses alunos, como os outros.
		Resposta dois: A importância também está na socialização dos alunos com os demais colegas da escola.
3 – Você já teve alunos com deficiência em suas aulas?
		Resposta um: Não
		Resposta dois: Sim, pude vivências como são pessoas criativas e divertidas.
4 – Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realizada com alunos com deficiência?
	 Resposta um: Não tive essa experiência ainda, mas gostaria de ter.
Resposta dois: A dificuldade estava na constante irritação deles, pois perdem. 
a paciência rápido com as atividades
6 – Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?
		Resposta um: Não
		Resposta dois: Não
7 – Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a aula de educação física?
		Resposta um: Em cortes, desmaios ou quedas dos alunos.
		Resposta dois: Quando se machucam ou brigam.
8 – Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros socorros, quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de materiais para esse fim?
		Resposta um: O professor. Sim, tem um kit sim.
		Resposta dois: O professor e o inspetor. Sim, tem kit sim.
9 – Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros?
		Resposta um: Teve sim
		Resposta dois: teve: aulas teóricas, práticas, vídeos e simulados com colegas da turma.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
EDUCAÇÃO FÍSICA – lICENCIATURA
antonio pereira da silva
marcos antonio DE OLIVEIRA
OS BENEFÍCIOS DA DANÇA PARA PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN��
Curitiba-PR
2016
ANTONIO PEREIRA DA SILVA
marcos antonio DE OLIVEIRA
OS BENEFÍCIOS DA DANÇA PARA PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN��
Trabalho de Educação Física apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas: Metodologia do Ensino da Atividade Rítmica e Dança; Educação Física Escolar e Saúde; Metodologia do Ensino da Ginástica Escolar; Educação Física Adaptada e Primeiros Socorros; Estágio Curricular Obrigatório I. Semestre: 3º Flex 4º Regular 2016
Professores: Prof. Dndo Anisio Calciolari Jr.; Prof. Túlio Moura; Prof.ª Ms.ª Patrícia Proscêncio; Prof.ª Dnda Eloise W. Almeida; Prof.ª Ms.ª Silvia Paulino Ribeiro Albanese; Prof.ª Dr.ª Luana Conti.
Curitiba-PR
2016

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