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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Prof. José Péricles Vasconcelos Clínica do aparelho Digestivo * * * DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Fisiopatologia: Fatores Protetores da Mucosa X Fatores Agressivos É um escavado da mucosa gastroduodenal que se estende da muscular da mucosa para dentro da submucosa e camadas mais profundas, decorrente da ação cáustica da secreção ácido-péptica. * * * DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA * * * DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Fatores de Agressão: Ácido Pepsina Stress oxidativo Drogas e Toxinas Helicobacter pylori (Hp) “No Acid : No Ulcer” (Schwartz, 1910) ↓ “No Hp / No AINE : No Ulcer” * * * * * * Em 1983 foi redescoberto o Helicobacter pylori (Hp), prevalente em 70 a 80% da nossa população! * * * DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Epidemiologia 500.000 casos/ano 4 milhões de recidivas/ano 10% em algum momento da vida Condições associadas Tabagismo Álcool ? Dieta (café, chá, refrigerantes) ? Estresse emocional ? * * * DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Principal causa: Hp Espiroqueta, gram negativa. Warren e Marshall – 1983. Incidência: 50-60% da população mundial Transmissão fecal-oral e oral-oral? Prevalência: idade, baixo nível socioeconômico. Presente em 90% dos casos de Úlcera duodenal e em 80% dos casos de Úlcera Gástrica. Somente 10-20% Hp + desenvolvem úlcera péptica. * * * Hp e ÚLCERA PÉPTICA Vários trabalhos têm demonstrado uma forte associação entre Hp e Úlcera péptica. O tratamento com antimicrobianos altera a evolução da doença com taxas de recidiva de 5% naqueles em que a bactéria foi erradicada. * * * Hp e ÚLCERA PÉPTICA - Resposta Inflamatória do Hospedeiro - Seguindo-se a infecção pelo Hp o organismo monta uma forte resposta imune local e sistêmica mas apesar disso a infecção, se não tratada, persiste por toda a vida. * * * FISIOPATOLOGIA DA ÚLCERA PÉPTICA Alteração da Secreção Ácida Gástrica Maiores níveis séricos de gastrina Maior nível de Pepsinogênio I Maiores níveis do conteúdo de gastrina na mucosa antral Maior nível de ácido no duodeno (Predisposição a metaplasia gástrica) * * * AINES e ÚLCERA PÉPTICA * * * AINES e ÚLCERA PÉPTICA * * * AINES e ÚLCERA PÉPTICA * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Úlcera de Stress Gastropatia de Stress (Gastrite e Úlcera) Quadro agudo, ocorrendo em pacientes criticamente doentes Asfixia Perinatal, Parto Traumático, Sepse, Queimaduras, Trauma Cranioencefálico, Múltiplos Traumas, Grandes Cirurgias, Insuficiência Respiratória, Coagulopatia, Choque e Hipoglicemia. * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Outras causas Doenças associadas Doença de Crohn Síndrome de Zollinger-Ellison Fibrose Cística Anemia Falciforme Diabetes Melitus Gastrite Eosinofílica Causas mais raras - Doença de Menétrier, Gastrite Linfocítica, Gastrite Infecciosa em Imunodeprimido (CMV, Herpes Simples e Cândida albicans), Refluxo Biliar e Gastrite Auto-Imune. * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Manifestações Clínicas Dor abdominal Síndrome dispéptica (epigastralgia em queimação, náuseas, plenitude, eructações) 70% dos dispépticos não tem úlcera 40% dos ulcerosos negam dor Complicações - Hemorragia - Perfuração - Obstrução * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Úlcera Gástrica (UG) X Úlcera Duodenal (UD) Características da dor Dor noturna (2/3 UD x 1/3 UG) Anorexia, náuseas e perda de peso UD são mais prevalentes que UG * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Diagnóstico Manifestações clínicas Endoscopia Digestiva Alta Histopatologia UG Biópsia SEMPRE (no mínimo 6) SEED Teste da urease * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA * * * GASTRITE Presença à Microscopia de Inflamação da Mucosa Gástrica. Assintomática. * * * Lesão da mucosa, mais profunda, atingindo a camada muscular da mucosa. ÚLCERA * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Endoscopia Digestiva Alta (EDA) - Caracterização da lesão - Presença de sangramento - Técnicas para controle de sangramento - Coleta de material para pesquisa de Hp e histologia * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Tratamento Clínico Medidas Gerais - Dieta - Tabagismo - Álcool - Uso de AINES Tratamento Medicamentoso - Redução da acidez do conteúdo gastrointestinal - Erradicação do Hp * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Tratamento Medicamentoso Antiácidos - Efeitos colaterais (constipação e diarréia) - Eficazes por pouco tempo (alívio sintomático) Bloqueadores de receptores H2 (ranitidina, cimetidina) - Cicatrização em 4 sem: 70-80% em 8 sem: 80-90% Inibidores da bomba de prótons (IBP) (omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol, esomeprazol) - Cicatrização de 80-95% em 4-8 sem. * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Tratamento do Hp INDICAÇÃO (Maastricht consensus – 2000) Absoluta na presença de úlcera gástrica ou duodenal - Prevenção de câncer gástrico. (Suerbaum, S. Helicobacter pylori infection – NEJM, 2002) * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Tratamento Cirúrgico Indicações: complicações 1. Perfuração 2. Hemorragia 3. Obstrução 4. Intratabilidade ou Recidivas constantes após tratamento clínico / Suspeita de malignidade * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA HEMORRAGIA > 50% das HDA Maioria é duodenal; Pior prognóstico nas UG Idade avançada, Hp, AINES Somente 10% não têm história de uso de AINES ou Hp • Mortalidade: 8-10% • Apresentação Clínica: - melena: 20-68% - hematêmese: 14-30% - ambos: 18-50% - hematoquesia: < 5% (Cowles, RA. Surgical Management of PUD – SLEPT, 2001) * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Hemorragia Tratamento clínico - 80% para espontaneamente - Hidratação venosa - cateterismo vesical e diurese horária - SNG - IBP Tratamento endoscópico - 90% dos sangramentos cessam com tratamento endoscópico - 5% necessitam de tratamento cirúrgico * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Tratamento Cirúrgico da Hemorragia Falha do tratamento endoscópico Ressangramento após TTO Endoscópico Necessidade de hemotransfusão > 5 U em 24h Sangramento superior a 1500 – 2000 ml em 24 h Queda do hematócrito para menos de 25% Idade avançada e presença de comorbidades Dificuldade em obter o tipo sanguíneo * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Perfuração Principal indicação cirúrgica de emergência AINES 10 x mais risco - Dor abdominal intensa e agudização súbita - Irritação peritoneal - Sinais sistêmicos (taquicardia, hipotensão, taquipnéia) Diagnóstico - Pneumoperitôneo 70-80% doscasos - TC Abdome (> sensibilidade e especificidade) * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA * * * ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Obstrução Complicação rara - Úlcera duodenal - Plenitude, saciedade precoce, náuseas e vômitos, perda de peso Diagnóstico: EDA Tratamento - Clínico (IBP) + EDA (dilatação): quando contra- indicado cirurgia - Cirúrgico
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