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Separação e purificação de compostos orgânicos Introdução • muitos reagentes ou solventes contêm impurezas • reações químicas produzem misturas de produtos Técnicas de Separação e purificação • Dissolução/cristalização/recristalização; • Extração • Destilação • Sublimação • Cromatografias Obs: substância de interesse precisa ter propriedades físico-químicas distintas da substância a ser separada (impureza/contaminante) Cristalização/recristalização Princípio do Método • rompimento da estrutura cristalina do sólido por dissolução a quente em solvente apropriado; • resfriamento da solução que produz novos cristais e deixa as impurezas no solvente. Moléculas estranhas não entram na rede cristalina que está sendo formada. Cristalização/recristalização Etapas: 1) Escolha do solvente: • bem solúvel a quente e relativamente insolúvel a frio • impurezas solúveis a frio • solvente inerte 2) Dissolução • dissolver com o solvente em ebulição 3) Filtrar a quente • remoção de impurezas sólidas. Cristalização/recristalização Cristalização/recristalização 4) Cristalização • resfriar lentamente para ocorrer a formação dos cristais. 5) Filtração • a solução resfriada deve ser filtrada com auxílio de vácuo. 6) Secagem dos cristais • simples exposição ao ambiente • estufa • dessecador Cristalização/recristalização Extração A extração é um processo de separação de compostos que consiste em transferir uma substância da fase na qual se encontra (dissolvida ou em suspensão) para outra fase líquida. Soluto A em solvente 1 – agitação em solvente 2 imiscível com o primeiro – ocorre de o soluto se distribuir entre as duas fases líquidas. Coeficiente de partição: K=C2/C1 C1 e C2 cc do soluto A em 1 e 2. O solvente extrator é qualquer que solubilize o soluto muito mais que o solvente original. Extração • quantidade de solvente extrator. • número de vezes da operação. Extração Contínua Os processos de extração contínua visam facilitar o processo de extração tornando-o mais prático, mais econômico, mais seguro e com maior rendimento em material extraído. Usos • composto a ser extraído é pouco solúvel • solvente de custo elevado • soluto encontra-se presente em baixa concentração na matéria- prima • extração sólido-líquido Extração Contínua Conjunto Extrator Soxhlet Possuem largo emprego industrial, em lipídios e obtenção de óleos vegetais. -a amostra não fica no balão de extração e sim num papel de filtro (forma cilíndrica) dentro do Soxhlet. - o solvente é aquecido num balão de fundo redondo, originando vapor. - o vapor proveniente do solvente aquecido passa para o condensador onde é refrigerado passando ao estado líquido e enchendo o extrator até ao nível do tubo lateral - o solvente vai arrastando compostos solúveis presentes na amostra e após vários ciclos obtém- se e extrato final. A extração com equipamento de Soxhlet é processo contínuo, e é bastante útil nos casos em que o composto puro é parcialmente solúvel em um solvente e as impurezas não. Destilação A destilação é uma operação na qual um líquido é aquecido à ebulição em aparelhagem adequada. Seus vapores são condensados e recolhidos. Destilação simples: dois compostos com diferença de pontos de ebulição superior a 80ºC podem ser separados eficientemente. Destilação fracionada: menor diferença entre os pontos de ebulição. Emprego de uma coluna de retificação. Em uma única destilação se consegue uma série de microdestilações simples sucessivas. Destilação Simples Exemplo: purificação da água do mar utilizando destilação simples. DESTILAÇÃO FRACIONADA Separa líquidos miscíveis de temperaturas de ebulição não muito próximas.Ex:água+álcool etílico Destilação Fracionada Destilação por arraste à vapor é utilizada para purificar substâncias que se decompõem em altas temperaturas e para separação entre compostos voláteis Exemplo: destilação por arraste de vapor d´agua - obtenção de essências vegetais. O vapor de água arrasta composto voláteis (óleos essenciais), que condensam-se em condensador resfriado com água e a mistura é separada com funil de decantação, pois o líquido extraído é uma mistura de composto polar e apolar, constituindo assim uma mistura de líquidos imiscíveis. Destilação à pressão reduzida Destilação à pressão reduzida: é utilizada para purificar substâncias que se decompõem em temperaturas abaixo de seu PE ou àquelas com PE muito elevado. Menor pressão, resulta em menor PE. Sublimação O processo consiste na passagem de uma substância do estado sólido para o estado de vapor e, novamente, para o estado sólido, sem passar pelo estado líquido. Substâncias que atingem pressão de vapor igual à pressão atmosférica em temperaturas inferiores às necessárias para a fusão das mesmas. Naftaleno – Cânfora – Gelo seco Sólidos que fundem podem ser sublimados sob pressão reduzida. Sublimação Cromatografia Sistema constituído de duas fases: sólida ou fixa e fluida ou móvel. • Fase estacionária – adsorvente. • Adsorção: capacidade de uma substância em deter ou concentrar substâncias em sua superfície. • Eluente: serve para eluir a fase estacionária. • Cromatografia: exames anti doping – medicina legal. Principais procedimentos: • Cromatografia em papel (CP) • Em camada delgada (CCD) • Em coluna • Gasosa (CG) • Líquida (CL) Cromatografia: Classificação Forma física do suporte •Cromatografia planar: Cromatogafia em Papel (CP) e em Camada Delgada (CCD) •Cromatografia em coluna Cromatografia Gasosa (CG) e Líquida (CL) -diâmetro interno do tubo (preparativa/ analítica) -estado físico da F.M. (gas/líquido/supercrítico) -tipo de coluna (aberta/fechada) -fase estacionária (líquido/sólido) Polaridade das fases utilizadas Polaridade da fase estacionária Fase normal - Fase estacionária polar Fase reversa - Fase estacionária apolar Cromatografia em Papel Esta técnica utiliza para a separação e identificação das substâncias ou componentes da mistura a migração diferencial sobre a superfície de uma tira de papel filtro de qualidade especial. • Pequenas quantidades de amostra; • A amostra é aplicada em uma pequena distância da borda inferior de uma tira de papel. • O papel entra em contato com o eluente escolhido. • Ao subir o eluente arrasta seletivamente os componentes da mistura. • Visualização direta ou com uso de reveladores. Cromatografia em Papel • É uma técnica fácil, mas de complexa interpretação; • O principal componente celulose propicia um caráter altamente hidrofílico; • Com isso, os componentes altamente solúveis em H2O, (pH), são os que ficarão mais retidos não papel. Cromatografia em Papel Exemplo: separação de corantes de caneta hidrocor através da técnica de Cromatografia em papel. Cromatografia em Camada Delgada (CCD) Esta técnica é muito parecida com a anterior, porém demanda menor tempo para sua execução e conduz a resultados muito mais eficientes e perfeitos de separação. • técnica simples e barata • determinar pureza • identificar componentes – uso de padrões • acompanhar curso de reações • isolar componentes puros de uma amostra Cromatografia em Camada Delgada (CCD) Técnica:• cobre-se uma placa (alumínio, plástico, vidro) com adsorvente adequado de granulação especial. (0,1-2,0 mm) – uso de aglutinantes (gesso- sílica- alumina). • ao secar, o adsorvente permanece aderido à placa que, em geral, deve ser ativada por aquecimento (placas prontas comerciais). • similar método de visualização – reveladores mais potentes. • qualitativa e quantitativa – sensibilidade e precisão Cromatografia em Camada Delgada (CCD) Técnica: • amostras de até 250 mg. • utilizada em laboratórios clínicos e controle de qualidade. Cromatografia em Camada Delgada (CCD) • Rf (fator de retenção) – propriedade característica e reprodutível – Rate of flow. • Rf = distância percorrida pela mancha/ distância percorrida pelo solvente. • Existem valores tabelados para comparação. Critérios para escolha da fase móvel: analitos devem ser solúveis diferentemente não deve haver reação entre analitos/FM e FM/FE Adsorção depende: natureza química do adsorvente área de superfície/ tamanho da partícula porosidade da partícula CCD - exemplos Requerimento da amostra:: detectável no cromatograma solúvel na FM estável à luz, oxigênio, solvente, não ser volátil CP Vantagens •técnica simples •não requer instrumentação sofisticada •baixo custo Desvantagens: •uso limitado •alargamento de banda-difusão- •pouca alternativa de reveladores CCD Vantagens •maior sensibilidade •mais rápido •> repetibilidade •< difusão •> faixa de aplicação •reveladores reativos •permite aquecimento Desvantagens •degradação de compostoslábeis devido á grande superfíciede exposição •dificuldades na quantificação Comparação Cromatografia em Coluna • O mais antigo procedimento cromatográfico. • Coluna de vidro, metal ou plástico preenchida (empacotada) com um adsorvente adequado. • Adsorventes: silicagel, alumina, carbonato de cálcio, óxido de magnésio. • Eluentes: éter etílico, clorofórmio, acetato de etila, acetona, etanol, metanol, água destilada ou misturas de solventes. • A amostra é colocada na parte superior e em seguida o eluente – pode-se utilizar vácuo na parte inferior. • Os componentes se movem com velocidades diferentes na coluna, dependendo das interações de cada substituinte com o adsorvente. Cromatografia em Coluna Cromatografia de Troca Iônica (Coluna) Cromatografia de Afinidade (Coluna) Cromatografia Gasosa • Rapidez • Alto poder de separação • Separação de várias classes de compostos em uma análise • Sensibilidade (ppm - ppb) • Facilidade de registrar dados • Variedade de detetor (especificidade) • Amostras voláteis • Compostos termicamente estáveis • Técnicas auxiliares p/ identificação Cromatografia Gasosa: aplicações • Análise de ácidos graxos e triglicerídeos • Análise de micotoxinas • Análise de compostos voláteis responsáveis pelo aroma característico de alimentos • Análise de açucares • Análise de amino ácidos • Análise de pesticidas • Análise de fármacos • etc • etc • Cromatografia Gás-Sólido FE: sólidos (sílica, carvão grafitinizado, polímeros porosos) Princípio de retenção: adsorção, volatilidade • Cromatografia Gás-Líquido *** Líquido mantido estacionário em suporte inerte Princípio de retenção: solubilidade, volatilidade Cromatografia Gasosa : tipos Cromatografia Gasosa: Instrumentação • Gás de arraste (FM) • H2, N2, He, Ar • Função: transporte da amostra • Propriedades: inerte, compatível com o detetor, puro Detector Uv-Vis Detector de Fluorescência Detector de arranjo de diodos Detector de Índice de Refração Detectores eletroquímicos • Apolar: hidrocarbonetos não aromáticos, silicones (ex.: SE-30) - P.E. • Polar: contém grande quantidade de grupos polares (Ex.: Carbowax)- interações tipo pontes de hidrogênio • Intermediária: grupos polares ou potencialmente polares em esqueleto apolar (Ex. SE-52) Escolha da coluna: • polaridade da fase estacionária, • diâmetro e espessura do filme quantidade de amostras, tempo de análise, pressão (velocidade da FM), temperatura do forno Cromatografia gasosa: Instrumentação Colunas - fase estacionária (FE) Padronização interna •Uma substância conhecida é adicionada em concentração definida em todos os padrões e nas amostras; •Não co-elui com a amostra •É estável e detectado na concentração em que se encontra Etapas: Faz-se uma curva de calibração baseada na relação entre as áreas e concentrações do PI e da substância de interesse Contamina-se a amostra com um volume conhecido da solução estoque do padrão interno (PI) Cromatografia Liquida de Alta Eficiência (HPLC) Detector Uv-Vis Detector de Fluorescência Detector de arranjo de diodos Detector de Índice de Refração Detectores eletroquímicos Quantificação: Calibração Externa Calibração Interna
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