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EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA ___ VARA DO TRABALHO DE CUIABÁ/MT BRUNO SILVA, brasileiro, solteiro, existência ou não de união estável, empacotador, inscrito no CPF/MF sob o nº 0012, portador da cédula de identidade de nº 0011, CTPS de nº 0010, Série, PIS de nº 0013, filho de Helena Silva e Valmor Silva, com endereço eletrônico (e-mail), residente e domiciliado na Rua Oliveiras, nº 150, Cuiabá/MT – CEP: 20000-000, vem por meio de seu advogado, com endereço profissional na Rua, nº, no bairro de, cidade/UF - CEP, onde recebe intimações, vem perante Vossa Excelência propor a presente (com fulcro no artigo 118 da Lei de nº 8.213/91 e a Súmula 378 do TST) em face de CENTRAL DE LEGUMES LTDA, pessoa jurídica de direito privado, nacionalidade, inscrita no CNPJ/MF sob o nº, com endereço principal na Rua das Acácias, nº 58, Cuiabá/MT – CEP: 20000-010, e com endereço eletrônico (e-mail), pelas seguintes razões de fato e de direito que passa a expor: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA RITO SUMARÍSSIMO I. DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA O Reclamante declara que não possui condições de demandar em juízo sem prejuízo de subsistência própria e de sua família, assim requer os benefícios da gratuidade da justiça, na forma da Lei nº 1.060/50, bem como nos termos do artigo 98 do Código de Processo Civil. II. DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA As partes não se submeteram à Comissão de Conciliação Prévia por estar suspensa a obrigatoriedade prevista no artigo 625-D da CLT, com fulcro na ADIN 2139 e 2160, fazendo prevalecer o direito de ação previsto no artigo 5ª, inciso XXXV da Constituição Federal de 1988. III. DO CONTRATO DE EMPREGO E DO ACIDENTE DE TRABALHO O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 27/09/2013, por prazo indeterminado, para exercer a função de empacotador. A função exercida consistia em empacotar congelados de legumes numa máquina adquirida para tal fim. Contudo, no dia 27/09/2015 o Reclamante sofreu um acidente de trabalho enquanto operava tal máquina, a sua mão ficou presa no interior do equipamento, gerando um trauma na mão esquerda e sendo obrigado a submeter-se a tratamento médico e psicológico. Após o acidente, a CIPA da empresa foi convocada e verificou que a máquina havia sido alterada pela empresa, que retirou um dos componentes de segurança para que a máquina trabalhasse com maior rapidez e, assim, aumentasse a produtividade. Em decorrência do acidente, o Reclamante foi obrigado a ficar afastado pelo INSS e recebendo auxílio doença acidentário por exatos 6 (seis) meses a contar do incidente, ou seja, permaneceu afastado até o dia 27/03/2016. Durante esse período de afastamento o Reclamante também ficou incapacitado de exercer a sua função extra, já que costumava fazer digitação de trabalhos de conclusão de curso para universitários. O acidente ocorrido não causou nenhuma deformidade permanente ou até mesmo danos de natureza estética ao Reclamante, que após o recebimento do benefício retornou à empresa para continuar exercendo a sua função. Porém, o Reclamante foi dispensando, sem justa causa no dia 27/08/2016, recebendo como última remuneração o salário de R$ 1.300,00 (mil e trezentos reais) e recebendo todas as verbas referentes à extinção contratual. IV. DO DIREITO A REINTEGRAÇÃO OU SECESSIVAMENTE INDENIZAÇÃO Como mencionado, o Reclamante sofreu acidente trabalho enquanto exercia a sua função, nas dependências da Reclamada. Em decorrência do acidente sofrido, o Reclamante passou a ter estabilidade provisória, pelo prazo de 12 (doze) meses após a cessação do seu auxílio- doença acidentário, conforme previsto no artigo 118 da Lei 8.213/91, que dispõem: Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. No mesmo sentindo, vem a Súmula 378 do TST, afirmando o direito a estabilidade provisória, in verbis: Súmula nº 378 do TST ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. (inserido item III) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio- doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997). II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ nº 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001). III – III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no n no art. 118 da Lei nº 8.213/91. Como o acidente ocorreu em 27/09/2015 e o Reclamante ficou afastado até o dia 27/03/2016, a partir dessa data o Reclamante faz jus ao direito de estabilidade pelo prazo de um ano, contudo sua dispensa ocorreu no dia 27/08/2016, após 5 (cinco) meses do seu retorno, tendo direito a mais 7 (sete) meses de estabilidade. Assim, a dispensa do Reclamante é nula e deve ocorrer a sua reintegração, conforme os dispositivos legais já mencionados. Desse modo, requer a reintegração do Reclamante, ou se o entendimento de Vossa Excelência entender inviável a reintegração requer a conversão dessa obrigação em indenização, com fulcro no artigo 496, da CLT. V. DAS DESPESAS MÉDICAS E DOS LUCROS CESSANTES Como o Reclamante ficou impossibilitado de exercer a sua função extra, é justo que a Reclamada tenha a obrigação de pagar os lucros cessantes que o Reclamante deixou de lucrar devido o acidente sofrido. E também a obrigação de ressarcir as despensas médicas, uma vez que foi comprovado pela CIPA que o acidente ocorreu por culpa exclusiva da Reclamada, que adulterou a máquina de trabalho do Reclamante, visando o lucro e colocando a vida do mesmo em risco, devendo assumir por todos os danos decorrentes de tal ato ilícito e imoral com seus funcionários. Diante do exposto, é evidente que a atitude da Reclamada afronta aos direitos trabalhistas do empregado. Logo, o Reclamante requer que a Reclamada seja condenada ao pagamento dos lucros cessantes e os gastos com despensas médicas. VI. DOS HONORÁRIOS ADVOCATICIOS O artigo 133 da Constituição Federal tornou o advogado indispensável à administração da Justiça. Sendo necessária a presença do profissional em Juízo, nada mais justo do que o deferimento de honorários advocatícios, inclusive ao advogado particular, por força do princípio da sucumbência. Diante do exposto, requer a condenação da Reclamada ao pagamento dos honorários sucumbenciais no importe de 20% sobre o valor da causa. VII. DAS PROVAS O Reclamante requer a produção de todas as provas em Direito admitidas, em especial a documental, TRCT, laudos médicos, CAT e o depoimento pessoal da Reclamada, sob pena de confesso, caso não compareça ou comparecendo se recuse a depor. VIII. OPÇÃO PELA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO Desde já o Reclamante informa que busca a composição amigável entre as partes, sendo assim opta para que seja usada técnica de conciliação e/ou mediação, conformeprever art. 319, inciso VII, do CPC. IX. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: 1) A concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita ao Reclamante. 2) Citação da Reclamada no endereço acima, citada para apresentar contestação no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão; 3) A reintegração do Reclamante, nos moldes do artigo 118 da Lei 8.213/91 c/c a Súmula 378 do TST; 4) Ou sucessivamente, com fulcro no artigo 496, da CLT a conversão da reintegração em indenização, e condenar a Reclamada nos seguintes pagamentos: Indenização R$ 1.300,00 + reflexos 13º salário proporcional R$ 756,00 Férias proporcionais R$ 756,00 1/3 das férias proporcionais R$ 252,00 FGTS R$ 788,48 Multa 40% do FGTS R$ 299,39 Despesas médicas R$ 2.500,00 Lucros cessantes R$ 1.200,00 Honorários sucumbenciais em 20% R$ 1.310,40 TOTAL R$ 7.862,27 5) Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em Direito, especial a documental, TRCT, laudos médicos, CAT e o depoimento pessoal da Reclamada. Dá-se à causa o valor de R$ R$ 7.862,27 (sete mil reais e oitocentos e sessenta e dois reais e vinte e sete centavos) Nestes termos, pede deferimento. Cidade/UF, data ADVOGADO OAB/UF nº Cíntia Andrade – Mat. 201307384544
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