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UNIVERSIDADE FEDERAL INSTITUTO DE MATEMÁTICA, ESTATÍSTICA E FÍSICA UNIDADE 4 −−−− DERIVADA DE FUNÇÕES DE UMA VA O cálculo teve sua origem em quatro problemas em que os matemáticos europeus estavam trabalhando durante o século XVII. São • O problema da reta tangente • O problema da velocidade e da aceleração • O problema de máximos e mínimos • O problema da área. Cada um destes problemas envolve o conceito de limite qualquer um deles. 4.1 O Problema da Reta Tangente O que significa dizer que uma reta é tangente a uma curva em um determinado ponto? circunferência, a reta tangente no ponto P é a reta perpendicular à radial que passa por P Para uma curva qualquer esta caracterização é mais difícil (a) (b) O problema de encontrar a reta tangente em um ponto P consiste, basicamente inclinação da reta procurada. Esta inclinação pode ser aproximada utilizando uma reta que passa pelo ponto de tangência e por outro ponto da curva, tal reta é chamada de secante. (a) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE INSTITUTO DE MATEMÁTICA, ESTATÍSTICA E FÍSICA DE FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL O cálculo teve sua origem em quatro problemas em que os matemáticos europeus estavam trabalhando durante o século XVII. São eles: O problema da reta tangente O problema da velocidade e da aceleração O problema de máximos e mínimos Cada um destes problemas envolve o conceito de limite e é possível introduzir o cálculo Reta Tangente O que significa dizer que uma reta é tangente a uma curva em um determinado ponto? circunferência, a reta tangente no ponto P é a reta perpendicular à radial que passa por P ualquer esta caracterização é mais difícil (observe Figura 1(b-d)). (c) Figura 1 O problema de encontrar a reta tangente em um ponto P consiste, basicamente da reta procurada. Esta inclinação pode ser aproximada utilizando uma reta que passa pelo ponto de tangência e por outro ponto da curva, tal reta é chamada de secante. (b) (c) Figura 2 GRANDE INSTITUTO DE MATEMÁTICA, ESTATÍSTICA E FÍSICA O cálculo teve sua origem em quatro problemas em que os matemáticos europeus estavam possível introduzir o cálculo a partir de O que significa dizer que uma reta é tangente a uma curva em um determinado ponto? No caso de uma circunferência, a reta tangente no ponto P é a reta perpendicular à radial que passa por P (observe Figura 1(a)). (d) O problema de encontrar a reta tangente em um ponto P consiste, basicamente, na determinação da da reta procurada. Esta inclinação pode ser aproximada utilizando uma reta que passa pelo ponto de Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 2 Fixa-se um ponto P do gráfico de )(xf , e toma-se Q do mesmo, PQ ≠ (Figura 2(a)). Fazendo Q se aproximar de P , pode acontecer que a reta PQ tenda a uma posição limite: uma reta t. Neste caso, a reta t é chamada de reta tangente ao gráfico em P , desde que ela não seja vertical. Neste contexto, a reta PQ é secante ao gráfico de )(xf . É importante salientar que Q deve se aproximar de P tanto pela esquerda como pela direita, e em ambos casos a reta PQ deve tender à t. Nas Figuras 2(a) e 2(b), mostram-se instantâneos de Q escorregando ao longo do gráfico de )(xf , em direção à P pela esquerda (2a) e pela direita (2b). Sejam ( )11 , yxP e ( )22 , yxQ dois pontos da curva ( )xfy = , então a reta secante (que corta a curva em dois pontos) possui uma declividade dada por: 12 12 sec xx yy m − − = . Ou ainda (outras notações): ( ) ( ) h xfxf m 12sec − = ( ) ( ) x xfxxf m ∆ −∆+ = 11 sec Observação 1: Note que xy ∆∆ é a inclinação da reta secante (que corta a curva em P e Q ). Se x∆ for muito pequeno, isto é, 0→∆ x , então o ponto Q tende para o ponto P , a inclinação da reta secante ( )PQ tende para a inclinação “ m ” da reta tangente no ponto P . Definição: Se ( )11 , yxP é um ponto no gráfico da função f , então a reta tangente no gráfico de f em P é definida como a reta que passa em P com declividade (coeficiente angular): ( ) ( ) h xfxf m htg 12 0 lim −= → , ou seja, ( ) ( ) h xfhxf m htg 11 0 lim −+= → . Logo, ( ) ( ) x xfxxf m x tg ∆ −∆+ = →∆ 11 0 lim . Importante: Da Geometria Analítica, a equação da reta tangente num ponto (x0, y0) é escrita como: ( )00 xxmyy tg −=− . Observação 2: A reta tangente a um gráfico nem sempre existe. A Figura 2(c) apresenta um exemplo onde ( )( )00 , xfxP = é um ponto anguloso reta secante y∆ x∆ tangente em P 1x 2x 1y 2y X Y ( )xf Q P α Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 3 (bico), e que o processo anteriormente descrito conduz a duas posições limites t1 e t2, obtidas respectivamente ao fazer Q se aproximar de P pela esquerda e pela direita. Observação 3: Cálculo da inclinação da reta tangente: Fazendo Q se aproximar de P , o que corresponde a fazer x∆ tender a zero. A reta secante tende à reta tangente, e a inclinação da reta secante PQm tende à inclinação da reta tangente: ( ) ( ) x xfxxf mm x PQ x tg ∆ −∆+ == →∆→∆ 00 limlim . Observação 4: Chama-se reta normal a uma curva num ponto considerado, a reta perpendicular à reta tangente neste ponto. A equação da reta normal é dada por ( ) )(1 00 xx m xfy tg −−=− . I saac Newton 1643 – 1727 Exemplo 1: Sendo ( ) 2xxf = , calcule a inclinação da reta tangente ao gráfico de )(xf no ponto de abscissa 5. Solução. ( ) ( ) 1022lim 2limlim 5 2 0 222 00 == ∆ ∆+∆ = = ∆ −∆+∆+ = ∆ −∆+ = =→∆ →∆→∆ xx xx tg x x xxx x xxxxx x xfxxf m Exemplo 2: Sendo ( ) xxxf 23 += , escreva a equação da reta tangente e da reta normal ao gráfico de )(xf no ponto de abscissa 1. Solução. ( ) ( ) 0 5 16 5 1)1( 5 13 025)1(5323 233lim233limlim 3,1 2 322 0 33223 00 =+−+−→−−=−→ =−−→−=−→+= = ∆ +∆+∆+∆ = ∆ +−∆+∆+∆+ = ∆ −∆+ = == →∆→∆→∆ yxxynormalretadaEq yxxyxx x xxxxxx x xxxxxxxx x xfxxf m tgretadaeq yx xxx tg 4.2 Taxa de variação média e instantânea A velocidade pode ser vista como uma taxa de variação – a taxa de variação da posição (s) com o tempo (t). As taxas de variação ocorrem em muitas aplicações. Por exemplo, podemos considerar o problema da velocidade: aquele em que o objeto pode ser pensado como um ponto móvel ao longo de uma reta, de modo que a sua posição seja determinada por uma única coordenada s . Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 4 O movimento é totalmente conhecido se sabemos onde o ponto móvel está em cada momento; isto é, se conhecemos a posição s como uma função do tempo t : ( )tfs = . O tempo é normalmente medido a partir de algum instante inicial conveniente 0=t . Todos nós estamos familiarizados com a idéia de velocidade em nosso sentido cotidiano, como um número que mede a taxa em que a distância está sendo percorrida. Isto é, falamos em andar a 4km/h, dirigir a 100km/h, etc. Falamos também de velocidades médias, que são os números computados. Se percorremos de carro a distância 480km em 6 horas, então nossa velocidade média é de 80km/h,pois a velocidade média mv é dada por t d vm = , onde d é a distância percorrida e t é o intervalo de tempo gasto. Para determinar a velocidade do objeto num dado instante t , fazemos o seguinte: no intervalo de tempo t∆ , entre tt =1 e um instante posterior ttt ∆+=2 observa-se que o objeto se desloca de ( )tfs =1 até ( )ttfs ∆+=2 . A velocidade média nesse intervalo é o quociente t s tt ss vm ∆ ∆ = − − = 12 12 . Quando t∆ for pequeno, essa velocidade média está perto da velocidade exata v no começo do intervalo, isto é, t s v ∆ ∆ ≅ , onde ≅ lê-se “é aproximadamente igual a”. Além disso, quanto menor t∆ , torna-se cada vez melhor essa aproximação, e assim temos ( ) ( ) t tfttf t s v tt ∆ −∆+ = ∆ ∆ = →∆→∆ 00 limlim . Essa velocidade é conhecida como velocidade instantânea. Nessa terminologia, a velocidade é simplesmente a taxa de variação da posição com relação ao tempo. Sabemos que a velocidade é importante para estudar o movimento de um ponto ao longo de uma reta, mas a maneira como a velocidade varia também é importante. Por definição a aceleração de um móvel é a taxa de variação de sua velocidade v : t v a t ∆ ∆ = →∆ 0 lim . Exemplo 3: Encontre a velocidade e a aceleração nos instantes 1=t e 2=t de um objeto em queda livre cuja função posição é dada por ( ) 10016 2 +−= tts , onde s está em metros e t em segundos. Calcule também a velocidade média no intervalo [ ]2,1 . Solução. Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 5 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) sm t s vmédiavelocidade sm t ttt t v a smvtesmvt t t ttt t ttttt t ttt t tfttf t s v tt tt ttt /48 12 8436 /32323232limlim /64,2/32,1 321632lim10016100216lim 1001610016limlimlim 2 00 2 0 222 0 22 000 −= − − = ∆ ∆ =→ −= ∆ +∆−− = ∆ ∆ = −==−== −= ∆ ∆−∆− = ∆ −++∆+∆+− = = ∆ +−−+∆+− = ∆ −∆+ = ∆ ∆ = →∆→∆ →∆→∆ →∆→∆→∆ 4.3 Definição de Derivada De acordo com a seção anterior, para calcular a inclinação da reta tangente ao gráfico de )(xf no ponto ( )( )00 , xfxP = , procede-se assim: 1. Toma-se ( )( )xxfxxQ ∆+∆+= 00 , do gráfico, distinto de P , 2. Calcula-se ( ) ( )00 xfxxff −∆+=∆ de onde resulta que a inclinação PQm da reta secante PQ é ( ) ( ) x xfxxf mPQ ∆ −∆+ = 00 . (O lado direito é chamado de quociente de Newton.) 3. Faz-se Q se aproximar de P , o que se consegue fazendo x∆ tender a zero; então a reta secante tenderá à reta tangente ao gráfico de )(xf no ponto ( )( )00 , xfxP = , de modo que se m for sua inclinação, tem-se ( ) ( ) x xfxxf mm x PQ x ∆ −∆+ == →∆→∆ 00 00 limlim . O segundo membro recebe o nome de derivada de )(xf em 0x . Define-se a derivada de uma função )(xf no ponto de abscissa 0x como o número ( ) ( ) ( ) x xfxxf xf x ∆ −∆+ = →∆ 00 00 lim' , supondo que o limite exista, caso em que se diz que a função é derivável em 0x . A derivada de f em x é dada por ( ) ( ) ( ) x xfxxf xf x ∆ −∆+ = →∆ 0 lim' , desde que o limite exista. O domínio de ( )xf ' consiste de todos os valores de x para os quais o limite exista. Notações: ( )xf ' , 'y , dx dy , dx df , ( )[ ]xf dx d (notação de Leibniz) [ ]yDx (notação de operador) Gottfried Wilhelm von Leibniz 1646 – 1716 Exemplo 5: Mostre que a derivada de xxxf 3)( 2 += é 32)(' += xxf . Solução. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3232lim3332lim 33limlim' 2 0 222 0 22 00 += ∆ ∆+∆+∆ = ∆ −−∆++∆+∆+ = ∆ +−∆++∆+ = ∆ −∆+ = →∆→∆ →∆→∆ x x xxxx x xxxxxxxx x xxxxxx x xfxxf xf xx xx Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 6 Exemplo 6: Usando a definição, determine a derivada das seguintes funções: a) axexf =)( b) ( )axsenxg =)( Solução. a) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ax e xa x ax xa x ax axxxa xx ea xa e ea x e e x ee x xfxxf xf ⋅= ∆ − ⋅= ∆ − = ∆ − = ∆ −∆+ = ∆ →∆ ∆ →∆ ∆+ →∆→∆ 43421 ln 0000 1lim1limlimlim' b) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) x axxasen x xaaxsen x axsenaxxasenxaaxsen x axsenxxasen x xfxxf xg xx x xx ∆ ∆ + ∆ −∆ = ∆ −∆+∆ = ∆ −∆+ = ∆ −∆+ = →∆→∆ →∆ →∆→∆ coslim1coslim coscoslim limlim' 00 0 00 ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( )axaxg xa xasen axa x xa axsen x axxasen ax x xaaxsen axsenxg xx xx cos' limcos1coslim coslimcos1coslim' 1 0 0 0 00 ⋅= ∆⋅ ∆ ⋅+ ∆ −∆ = ∆ ∆ + ∆ −∆ = →∆→∆ →∆→∆ 4434421444 3444 21 Exemplo 7: Considere a função xxm =)( , determine: a) a derivada de )(xm ; b) a inclinação da reta tangente a )(xm em 9=x ; c) os limites de )(' xm quando +→ 0x e +∞→x Solução. a) x xm 2 1)(' = b) Cálculo do coeficiente angular: 6 1 92 1)9(' ==m Eq. da reta tangente: ( ) 0969 6 13 =+−⇒−=− yxxy c) +∞== ++ →→ x xm xx 2 1lim)('lim 00 ; 0 2 1lim)('lim == +∞→+∞→ x xm xx E2. Determine a derivada de ( )axxf cos)( = pela definição. Resposta: ( )axsena ⋅− Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 7 Teorema: Forma alternativa para a derivada: ( ) ( ) ( ) 0 0 0 0 lim' xx xfxf xf xx − − = → Demonstração: A derivada de f em 0x é dada por ( ) ( ) ( ) x xfxxf xf x ∆ −∆+ = →∆ 00 00 lim' . Se xxx ∆+= 0 , então 0xx → quando 0→∆x . Logo, trocando xx ∆+0 por x , obtém-se ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 0 000 00 0 limlim' xx xfxf x xfxxf xf xxx − − = ∆ −∆+ = →→∆ . 4.4 Derivadas Laterais em um Ponto � Derivada lateral à direita: Uma função ( )xfy = tem derivada lateral à direita de um ponto de abscissa 0xx = , se existir o limite lateral à direita de 0xx = da razão incremental. ( ) ( ) ( ) 0 0 0 0 lim' xx xfxf xf xx − − = +→ + � Derivada lateral à esquerda: Uma função ( )xfy = tem derivada lateral à esquerda de um ponto de abscissa 0xx = , se existir o limite lateral à esquerda de 0xx = da razão incremental. ( ) ( ) ( ) 0 0 0 0 lim' xx xfxf xf xx − − = −→ − Exemplo 8: Mostre que a função 2)( −= xxf não possui derivada em 2=x . Solução. Calculando as derivadas laterais: ( ) ( ) ( ) 1 2 02 lim 2 2lim2' 22 = − −− = − − = ++ →→ + x x x fxff xx ( ) ( ) ( ) 1 2 02 lim 2 2lim2' 22 −= − −− = − − = −− →→ − x x x fxff xx Como ( ) ( )+− ≠ 2'2' ff , pode-se se afirmar que a função não possui derivada em 2=x . Exemplo 9: Verifique se a função ( )xsenxf =)( possui derivada em 0=x . Solução. Calculando as derivadas laterais: x0 x f (x0) f (x) f (x) – f (x0) x - x0 = ∆xCálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 8 ( ) ( ) ( ) ( ) 1 0 0lim 0 0lim0' 00 = − − = − − = ++ →→ + x xsen x fxff xx ( ) ( ) ( ) ( ) 10lim 0 0lim0' 00 = − = − − = −− →→ − x xsen x fxff xx Como ( ) ( )+− ≠ 0'0' ff , pode-se se afirmar que a função ( )xsenxf =)( possui derivada em 0=x . E3. Mostre que a função xxm =)( não é derivável em 0=x . Observação 5: Quando uma função não possui derivada em um ponto? Uma função terá derivada em 0xx = se os coeficientes angulares das retas secantes que passam por ( )( )00 , xfxP e um ponto Q próximo no gráfico tenderem a um limite à medida que Q se aproxima de P. Quando as secantes não têm uma posição limite ou se tornam verticais à medida que Q tende a P, a derivada não existe. Logo, a diferenciabilidade está ligada à “suavidade” do gráfico da função. Uma função cujo gráfico é, de modo geral, suave pode não ter derivada em um ponto por vários motivos. Ela não terá derivada nos pontos em que o gráfico apresentar a) uma quina (as derivadas laterais são diferentes) b) um ponto cuspidal (o coeficiente angular de PQ tende a ∞ de um lado, e a −∞, do outro) c) uma tangente vertical (o coeficiente angular de PQ tende a ∞ ou a −∞, de ambos lados) d) uma descontinuidade. a) b) c) d) Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 9 4.5 Diferenciabilidade e Continuidade Teorema: Se a função )(xf é diferenciável em 0xx = , então ela é contínua em 0xx = . Demonstração: Pela hipótese, )(xf é diferenciável em 0xx = , logo ( ) ( ) 0 0 0 lim xx xfxf xx − − → existe e é igual a ( )0' xf . Deve-se mostrar que )(xf é contínua em 0xx = , isto é, que ( ) ( )0 0 lim xfxf xx = → . Para 0xx ≠ , tem-se ( ) ( ) ( ) ( ) ( )0 0 0 0 xx xx xfxf xfxf −⋅ − − =− , assim, ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( ) 00'limlimlim 00 0 0 0 000 =⋅=−⋅ − − =− →→→ xfxx xx xfxf xfxf xxxxxx , ou seja, ( ) ( )[ ] 0lim 0 0 =− → xfxf xx e, portanto ( ) ( )0 0 lim xfxf xx = → . Observação 6: Segue do teorema que se )(xf não for contínua em 0xx = , então )(xf não poderá ser derivável em 0xx = . Exemplo 10: Considere as funções > ≤ = 1,2 1,)( 2 x xx xf e > ≤ = 1,1 1,)( 2 x xx xg , responda: a) As funções )(xf e )(xg são contínuas em 1=x ? b) As funções )(xf e )(xg são diferenciáveis em 1=x ? Solução. a) Para )(xf : Como 22lim 1 = +→x e 1lim 2 1 = −→ x x são diferentes, então )(xf não é contínua. Para )(xg : Como 11lim 1 = +→x e 1lim 2 1 = −→ x x são iguais, então )(xg é contínua. b) Para )(xf : A função )(xf não é contínua, portanto não é diferenciável. Para )(xg : Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 10 Calculando as derivadas laterais: ( ) ( ) ( ) 0 1 11lim 1 1lim1' 11 = − − = − − = ++ →→ + xx fxff xx ( ) ( ) ( ) 21lim 1 1lim 1 1lim1' 1 2 11 =+= − − = − − = −−− →→→ − x x x x fxff xxx Observa-se que seus valores são distintos, logo )(xg não é diferenciável em 1=x . Exemplo 11: Verifique se a função xxf =)( é contínua e se possui derivada em 0=x . Continuidade: Os limites 0lim 0 = +→ x x e 0lim 0 = −→ x x são iguais, logo xxf =)( é contínua. Diferenciabilidade: A função xxf =)( não é diferenciável, pois os limites ( ) ( ) ( ) 1 0 0 lim 0 0lim0' 00 = − − = − − = ++ →→ + x x x fxff xx ( ) ( ) ( ) 10lim 0 0lim0' 00 −= − = − − = −− →→ − x x x fxff xx são distintos. 4.6 Regras de Derivação As regras de derivação tornam o cálculo de derivadas mais eficiente. Sejam c um número real, n um número racional, ( )xf e ( )xg funções diferenciáveis: 1. Derivada da função constante: 0= dx dc Demonstração: Através da definição de derivada, temos ( ) ( ) ( ) 0limlim' 00 = ∆ − = ∆ −∆+ = →∆→∆ x cc x xfxxf xf xx . Exemplo 12: Calcule a derivada das seguintes funções em relação a x : a) ( ) 9=xf b) ( ) pi=xg Solução. a) ( ) 0' =xf b) ( ) 0' =xg 2. Derivada da potência de x : 1−= n n nx dx dx Demonstração: Para demonstrar a essa regra utiliza-se a forma alternativa da definição de derivada e a fórmula ( )( )1221 −−−− +++−=− nnnnnn xzxxzzxzxz . Isto é, Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 11 ( ) ( ) ( ) 11221limlimlim' −−−−− →→→ =+++= − − = − − = nnnnn xz nn xzxz nxxzxxzz xz xz xz xfzf xf . Exemplo 13: Calcule a derivada das seguintes funções em relação a x : a) ( ) 3xxf = b) ( ) 6−= xxg Solução. a) ( ) 23' xxf = b) ( ) 76' −−= xxg 3. Derivada da multiplicação de uma função por uma constante: Se c é uma constante e ( )xfu = é uma função derivável em x, então ( )[ ] ( )xcfxcf dx d '= . Exemplo 14: Calcule a derivada das seguintes funções em relação a x : a) ( ) 234xxf = b) ( ) xxg 7= Solução. a) ( ) 2 11 2 3 6 2 34' xxxf = ⋅= − b) ( ) 7' =xg E4. Escreva a equação da reta tangente à função x y 2= no ponto ( )2,1 . Resposta: 42 +−= xy 4. Derivada da função ( ) xexf = : ( ) xexf =' Demonstração: Através da definição de derivada, temos ( ) ( ) ( ) ( ) xx x x xx x xxx xx e x e e x ee x ee x xfxxf xf = ∆ − = ∆ − = ∆ − = ∆ −∆+ = ∆ →∆ ∆ →∆ ∆+ →∆→∆ 1lim1limlimlim' 0000 . Exemplo 15: Calcule a derivada de ( ) xexf 4= . Solução. ( ) xexf ⋅= 4' 5. Derivada da soma algébrica: Se ( )xfu = e ( )xgv = são funções de x, então ( ) dx dv dx du dx vud ±=± . Demonstração: Através da definição de derivada, temos Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 12 ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) dx dv dx du dx vud x xvxxv x xuxxu x xvxxvxuxxu x xvxuxxvxxu dx vud xx x x += + ∆ −∆+ + ∆ −∆+ = ∆ −∆++−∆+ = ∆ +−∆++∆+ = + →∆→∆ →∆ →∆ 00 0 0 limlim lim lim . Exemplo 16: Calcule a derivada das seguintes funções: a) ( ) 2065 34 −+= xxxf b) ( ) 53355 xxxxz −+= c) ( ) 3 15 31 3 1 xx xxg −+−= Solução. a) ( ) 2323 18203645' xxxxxf +=⋅+⋅= b) ( ) 52 5 3 2 35' 4 −−+⋅= xxxxz c) ( ) 3 43 14 11 2 115 3 1 ' xx xxg +−⋅−= E5. Calcule a derivada das seguintes funções hiperbólicas: a) ( ) ( )xsenhxf = b) ( ) ( )xxg cosh= E6. Em um experimento metabólico a massa M de glicose decresce de acordo com a fórmula ( ) 203054 t,,tM −= , onde t é o tempo de reação dado em horas. Calcule: a) ataxa de reação em 0=t ; b) a taxa de reação em 2=t ; c) a taxa média de reação no intervalo de 0=t a 2=t . Respostas: 5. a) ( )xcosh b) ( )xsenh c) ( )xh 2sec 6. a) 0 b) − 0,12 c) −0,06 6. Derivada para o produto de funções: Se ( )xfu = e ( )xgv = são funções de x, então ( ) dx du v dx dv u dx vud += ⋅ . Demonstração: Através da definição de derivada, temos ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) x xvxuxxvxxu dx vud x ∆ −∆+∆+ = ⋅ →∆ 0 lim . Para transformar essa fração em uma equivalente que contenha razões incrementais para as derivadas de u e v , subtraímos e adicionamos ( ) ( )xvxxu ∆+ ao numerador: Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 13 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) x xuxxu xv x xvxxv xxu x xuxxu xv x xvxxv xxu x xvxuxvxxuxvxxuxxvxxu dx vud xxx x x ∆ −∆+ ⋅+ ∆ −∆+ ⋅∆+= ∆ −∆+ + ∆ −∆+∆+= ∆ −∆++∆+−∆+∆+ = ⋅ →∆→∆→∆ →∆ →∆ 000 0 0 limlimlim lim lim À medida que x∆ tende a zero, ( )xxu ∆+ se aproxima de ( )xu , logo ( ) dx du v dx dv u dx vud += ⋅ . Exemplo 17: Determine a derivada das seguintes funções: a) ( ) ( )135 2101 += xxxf b) ( ) ( )42 += xxxg c) ( ) ( )( )xxxxxm 32 2 2 + + = Solução. a) ( ) ( ) ( )1011032101 35135 xxxxxf +=+= Fazendo a multiplicação primeiro: ( ) 100102100102 353536051013510335' xxxxxf +=⋅+⋅= ou Usando a regra do produto: b) ( ) ( ) xxxxxg 8242 2 +=+= Fazendo a multiplicação primeiro: ( ) 84822' +=+⋅= xxxg ou Usando a regra do produto: c) ( ) ( )( ) +++=+ + = 22 3 32 52 3232 2 132 2 xxxxxx xx xm Fazendo a multiplicação primeiro: ( ) +++= ⋅+⋅+⋅+⋅= xxxxxxxxxm 6395 2 123 2 3233 2 52 2 1 ' 2 1 22 3 2 1 22 3 ou Usando a regra do produto: ( ) ( )( ) ( ) +++++= 313212 2 1 ' 2 x xxxxxxm ( ) ( ) ( )[ ]xxxxxf 2110135' 1012100 ++⋅= ( ) ( ) ( ) 844212' +=++= xxxxg Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 14 7. Derivada para o quociente de funções: Se ( )xfu = e ( )xgv = são funções de x, então 2v 'uv'uv v u dx d −⋅ = , 0≠v . Exemplo 18: Obtenha a derivada das funções abaixo: a) ( ) 12 1 + + = x x xf b) ( ) 1 1 2 2 + − = x x xg c) ( ) 1 18 2 + − = x e xh x d) ( ) ( ) 10243 log10 2 + + = pi xv Solução. a) ( ) ( )212 1 ' + − = x xf b) ( ) ( )22 1 4 ' + = x x xg c) ( ) ( )( )22 2 1 218 ' + +− = x xxe xh x d) ( ) 0' =xv 8. Derivada da potência de uma função: dx du un dx du nn ⋅⋅= −1 Exemplo 19: Calcule a derivada das funções: a) ( ) ( )42 43 += xxf b) ( ) 12 += xxg c) 3 3 1 x y = d) ( ) ( ) 2122 −+= xxxh e) ( ) 43 7 45 + = x xm Solução. a) ( ) ( ) ( )3232 43246434' +=+⋅= xxxxxf b) ( ) ( ) 2112' −+= xxg c) ( )323' xy −= d) ( ) ( )( )2121' 2 xxxxh ++−= e) ( ) ( )33242 33 45 7 603 7 5 7 454' +=⋅ + = xxx x xm 9. Derivada de função composta (Regra da Cadeia): Se ( )ufy = e ( )xgu = , então dx du du dy dx dy ⋅= Exemplo 20: Calcule a derivada das funções: a) ( ) xxexf 43 += b) ( ) ( )10242 22 +−= xxy c) ( ) ( ) 222 9 −−= xxxh Solução. a) ( ) ( ) xxexxf 42 343' ++= b) ( ) ( ) ( )67224' 29232 −+−= xxxxy c) ( ) ( )( ) 422 992' −−+= xxxxh E7. Escreva a equação da reta normal ao gráfico de xey −= no ponto ( )1,0 . Resposta: 1+= xy Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 15 10. Derivada da função inversa ( )xfg 1−= : ( )( )xgfdx dg ' 1 = Essa regra também pode ser escrita como dy dxdx dy 1 = . Exemplo 21: Calcule dx dy nos seguintes casos: a) yyx 53 2 += b) yyyx ++= 23 3 Solução. a) yyx 53 2 += Derivando em relação a x : 56 1 ''5'61 + =→+= y yyyy b) yyyx ++= 23 3 Derivando em relação a x : 163 1 '''6'31 2 2 ++ =→++= yy yyyyyy 11. Derivada da função logaritmo natural: ( ) dx du udx ud 1ln = Demonstração: Para determinar a derivada da função ( )xy ln= , usa-se a relação de função inversa xe y = . Derivando ambos lados em relação a x : ( ) ( )x dx d e dx d y = Isto é, 1= dx dy e y . Isolando dx dy , obtemos yedx dy 1 = , ou seja, xdx dy 1 = . Exemplo 22: Determine as seguintes derivadas: a) ( ) dt td 2ln b) ( )5ln 2 +z dz d c) ' 1 1ln − + x x dx d Solução. a) ( ) ttdt td 12 2 12ln =⋅= b) ( ) 5 25ln 2 2 + =+ z z z dz d Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 16 c) ( ) ( )32 ' 1 22 1 11 1 1 1 1ln + − = + +−+ + − = − + x x x xx x x x x dx d 12. Derivada da função exponencial (base a ): ( ) dx du aaa dx d uu ln= Exemplo 23: Derive as funções: a) ( ) xxxf 432 += b) ( ) 145 +−= xxxg Solução. a) ( ) ( ) 2ln432' 243 += + xxf xx b) ( ) ( ) ( ) ( )22 1 2 1 5ln5 1 5ln5 1 55ln5' 1 45ln5' 1 32 1 4 1 4 1 4 + = + = + = + − = + − + − + − + − + xxxx x xg x x x x x x x x Exemplo 24: Calcule a derivada das seguintes funções: a) ( ) xxxf = b) ( ) x xxf = Solução. a) Escreve-se xxy = . Aplica-se logaritmo: ( ) ( ) ( ) ( )xxyxy x lnlnlnln =→= Deriva-se em relação a x : ( ) ( ) ( )1ln'1ln'1ln'1 +=→+=→⋅+= xxyxyy x xxy y x b) Escreve-se xxy 1 = . Aplica-se logaritmo: ( ) ( ) ( )x x yxy x ln1lnlnln 1 =→ = Deriva-se em relação a x : ( ) ( ) ( )xxyx x yy xx x x y y x ln1'ln1'11ln1'1 1 22 −=→−=→⋅+−= E8. Mostre que ( )aaa dx d xx ln= . E9. Suponha que ( )xg é uma função derivável, utilizando a regra da cadeia, mostre que a) ( )[ ] ( ) ( )xgee dx d xgxg '= b) ( )[ ]{ } ( )( )xg xg xg dx d 'ln = 13. Derivada da função logarítmica de base a : e dx du u u dx d aa log 1log = Exemplo 25: Diferencie as funções: a) ( ) ( )13log += xxf b) ( ) = x xg 1log 2 Solução. Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 17 a) ( ) ( )e x xf log3 13 1 ' ⋅⋅ + = b) ( ) ( ) ( )e x e x x xg 222 log 1log11 1 ' −= −⋅= 14. Derivada da função seno: ( )( ) ( ) dx du uusen dx dcos= Exemplo 26: Determine a derivada das seguintes funções: a) ( ) ( )653 23 ++= xxsenxf b) ( ) ( )12 += xsenxg c) ( ) ( )xsenexh x 4= Solução. a) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )xxxxxxxxxf 109653cos'653653cos' 2232323 +⋅++=++⋅++= ( ) ( ) ( )653cos109' 232 ++⋅+= xxxxxf b) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )[ ] ( )'11cos12 1 '1 12 1 ' 22 2 2 2 +⋅+ + =+ + = xx xsen xsen xsen xg ( ) ( ) ( )[ ] xxxsenxg 21cos12 1 ' 2 2 ⋅+ + = ( ) ( )( )1 1cos ' 2 2 + +⋅ = xsen xx xg c) ( ) ( )[ ] [ ] ( ) ( ) ( )xsenexexsenexsenexh xxxx 44cos44''4' +=+= ( ) ( ) ( )[ ]xsenxexh x 44cos4' +⋅= 15. Derivada da função cosseno: ( )( ) ( ) dx du usenu dx d −=cos Exemplo 27: Encontre a derivada das funções abaixo: a) ( ) − + = 1 6 cos x x xf b) ( ) ( ) ( )xxsenxg 22 cos+= c) ( ) ( )78cos3 += xxh d) ( ) ( )( )x xsen xm cos = Solução. a) ( ) ( )( ) ( ) − + − = − + − +−− = − + ⋅ − + = 1 6 1 7 1 6 1 61( ' 1 6 1 6 ' 22 x x sen xx x sen x xx x x x x senxf b) ( ) 1=xg ⇒ ( ) 0' =xg c) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( )'787878cos3'78cos78cos3' 22 +⋅+⋅+−=+⋅+= xxsenxxxxh ( ) ( ) ( ) ( ) ( )7878cos2487878cos3' 22 +⋅+−=⋅+⋅+−= xsenxxsenxxh Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 18 d) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( )( ) ( ) ( )xxx xsenxsenxx xm 222 seccos 1 cos coscos == −⋅−⋅ = E10. Determine a derivada das seguintes funções: a) ( ) ( )( )xsen x xg cos= b) ( ) ( )xxh cos 1 = c) ( ) ( )xsenxm 1 = Resposta: a) ( ) ( )xecxg cos' −= b) ( ) ( ) ( )xtgxxh ⋅= sec' c) ( ) ( ) ( )xgxecxm cotcos' ⋅−= 16. Derivada da função tangente: ( )( ) ( ) dx du uutg dx d 2sec= Exemplo 28: Obtenha a derivada das seguintes funções: a) ( ) ( )xtgxf 3= b) ( ) ( )xtgexg x 25 ⋅= c) ( ) ( )( )xtg xsen xh 4= Solução. a) ( ) ( )xxf 3sec3' 2= b) ( ) ( )[ ] ( ) ( )xtgextgexg xx 2''2' 55 +⋅= ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]xtgxextgexexg xxx 252sec2252sec2' 25525 +⋅=+⋅= c) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( )xtg xxsenxxtg xh 2 2sec44cos4 ' ⋅−⋅⋅ = 17. Derivada da função cotangente: ( )( ) ( ) dx du uecug dx d 2coscot −= Exemplo 29: Calcule a derivada das seguintes funções: a) ( ) ( )86cot += xgxf b) ( ) ( ) ( )xgxxg cotln ⋅= c) ( ) ( )32 cot xgxxh = Solução. a) ( ) ( )86cos6' 2 +⋅−= xecxf b) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( )[ ]'cotlncot'ln' xgxxgxxg ⋅+⋅= ( ) ( ) ( ) ( )[ ]xecxxg x xg 2coslncot1' −⋅+⋅= ( ) ( ) ( ) ( )xecxxg x xg 2coslncot1' ⋅−⋅= ( ) ( ) ( ) ( )( )xxsen xxxsenx xg 2 lncos ' − = c) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( )xgxxecxxxgxxgxxh cot2cos3cot''cot' 3222232 +−=+= ( ) ( ) ( )xgxxecxxh cot2cos3' 324 +−= Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 19 18. Derivada da função secante: ( )( ) ( ) ( ) dx du utguu dx d ⋅= secsec Exemplo 30: Diferencie as seguintes funções em relação a y: a) ( ) ( )yyyf 8sec 2 += b) ( ) ( ) ( )yysenyg 3sec3 ⋅= c) ( ) ( )yyyh sec= Solução. a) ( ) ( ) ( ) ( )yytgyyyyf 88sec82' 22 +⋅+⋅+= b) ( ) ( ) ( )[ ] ( )[ ] ( )yysenyysenyg 3sec'3'3sec3' ⋅+⋅= ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ( )[ ] ( )yyytgyysenyg 3sec3cos333sec33' ⋅⋅+⋅⋅⋅= ( ) ( )( ) ( )[ ] ( )yytgy ysenyg 3sec33133 3cos 33' 222 2 =+=+= c) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( ) ( )y y ytgyyyyyyyh sec 2 1 secsec''sec' +=+= ( ) ( ) ( ) += ytg y yyh 2 1sec' 19. Derivada da função cosecante: ( )( ) ( ) ( ) dx du uguecuec dx d cotcoscos ⋅−= Exemplo 31: Determine ( )xf ' : a) ( ) ( )22cos xecxf = b) ( ) ( )3 3cos xecxf = c) ( ) ( )( )4cosln += xecxf Solução. a) ( ) ( ) ( )22 2cot2cos4' xgxecxxf ⋅−= b) ( ) ( )[ ] ( )[ ] ( )[ ] ( ) ( )[ ]xgxecxecxecxecxf 3cot3cos33cos 3 1 '3cos3cos 3 1 ' 3 2 3 2 −== −− ( ) ( )[ ] ( ) ( )[ ] ( )[ ] ( )xgxecxgxecxecxf 3cot3cos'3cot3cos3cos' 3132 −=−= − c) ( ) ( ) ( )( ) ( )4cot4cos 4cot4cos ' +−= + ++− = xg xec xgxec xf 20. Derivada da função arco seno: ( )( ) dx du u uarcsen dx d 21 1 − = , 1<u Demonstração: Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 20 Determina-se a derivada de ( )xarcseny = , escrevendo ( ) xysen = . Derivando ambos lados em relação a x : ( )( ) dx dxysen dx d = . Através da regra da cadeia: ( ) 1cos = dx dyy . Isolando dx dy , temos ( )ydx dy cos 1 = . Como ( )yseny 21cos −= e ( ) xysen = , obtemos 21cos xy −= . Consequentemente, 21 1 xdx dy − = . Exemplo 32: Determine ( )xf ' : a) ( ) ( )82 += xarcsenxf b) ( ) ( )3 34 += xarcsenxf c) ( ) ( ) 21 xxarcsenxxf −+⋅= Solução. a) ( ) ( ) ( ) ( )2222 81 22 81 1 ' +− =⋅ +− = x x x x xf b) ( ) ( ) 323 3 1 3 1 31 4 ' + ⋅⋅ +− = xx xf ⇒ ( ) ( )233 31 1 33 4 ' +−+ = xx xf c) ( ) ( ) 22 12 2 1 ' x x x x xarcsenxf − − + − += ⇒ ( ) ( )xarcsenxf =' 21. Derivada da função arco cosseno: ( )( ) dx du u u dx d 21 1 arccos − −= , 1<u Exemplo 33: Calcule ( )xf ' : a) ( ) ( )( )xsenxf 2arccos= b) ( ) ( )2arccos3 xxxf = c) ( ) ( ) )arccos(arccos xexxf += Solução. a) ( ) ( )( ) ( )( ) ( ) ( )( ) 221 2cos22 21 1 ' 22 −= − − = − −= xsen x xsen dx d xsen xf b) ( ) ( ) ( ) ( ) + − − = +⋅ − − ⋅= 2 2 2 2 2 arccos 1 23arccos2 1 13' x x x xx x xxf c) ( ) ( )x dx d e xx xf x arccos 2 1 1 1 ' )arccos(+⋅ − −= ⇒ ( ) ( ) − − + − −= 2 )arccos( 1 1 12 1 ' x e xx xf x Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 21 E11. Mostre que ( )( ) 21 1 arccos x x dx d − −= . 22. Derivada da função arco tangente: ( )( ) dx du u uarctg dx d 21 1 + = Demonstração: Determina-se a derivada de ( )xarctgy = , escrevendo ( ) xytg = . Derivando ambos lados em relação a x : ( )( ) dx dxytg dx d = . Através da regra da cadeia: ( ) 1sec2 = dx dyy . Isolando dx dy , obtemos ( )ydx dy 2sec 1 = . Como ( )ytgy 22 1sec += e chegamos a ( )ytgdx dy 21 1 + = , substituindo ( )xarctgy = , obtemos que ( ) ( )( ) 222 xxarctgtgytg == . Assim, ( )( ) 21 1 x xarctg dx d + = . Exemplo 34: Obtenha a derivada das seguintes funções: a) ( ) ( )( )36 += xarctgxf b) ( ) ( )[ ]xarctgxg ln= c) ( ) = 2 1 x arctgxh Solução. a) ( ) ( ) 51818 3 361 6 ' 22 ++ = ++ = xxx xf b) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( )xarctgxxxarctgxarctgxarctgxg 22 1 1 1 11 ' 1 ' + = + ⋅== c) ( ) ( ) 434 422 2 1 22 1 ' 1 11 1 ' x x x x x x x xh + −=−⋅ + = + = − 23. Derivada da função arco cotangente: ( )( ) dx du u ugarc dx d 21 1 cot + −= Exemplo 35: Calcule a derivada das seguintes funções trigonométricas inversas: a) ( ) ( )xegarcxf 51 3cot= b) ( ) ( )( )xxgarcxf lncot 22 = c) ( ) ( ) ( )xgarcxsenxf cot3 ⋅= Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 22 Solução. a) ( ) ( ) x x x x e e e e xf 10 5 5 101 91 15 '3 91 1 ' + −= + −= b) ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) xx xxx xx x x xx xx xx xf 242242242 ln1 ln2ln21 ln1 1 'ln ln1 1 ' + + −= + + −= + −= c) ( ) ( )[ ] ( ) ( ) ( )[ ]'cotcot''3 xgarcxsenxgarcxsenxf ⋅+⋅= ( ) ( ) ( ) ( ) ⋅ + −⋅+⋅= xx xsenxgarcxxf 2 1 1 1 cotcos'3 ( ) ( ) ( ) ( )( )xx xsenxgarcxxf +−⋅= 12cotcos'3 E12. Mostre que ( )( ) 21 1 cot x xgarc dx d + −= . 24. Derivada da função arco secante: ( )( ) dx du uu uarc dx d 21 1 sec − = Demonstração: Determina-se a derivada de ( )xarcy sec= , escrevendo ( ) xy =sec . Derivando ambos lados em relação a x : ( )( ) dx dxy dx d =sec . Através da regra da cadeia: ( ) ( ) 1sec =⋅ dx dyytgy . Isolando dx dy , obtemos ( ) ( )ytgydx dy ⋅ = sec 1 . Mas ( ) xy =sec e como ( )ytgy 22 1sec += , então podemos escrever que ( ) 1sec22 −= yytg , ou seja, ( ) 1sec2 −= yytg chegamos a 1sec 1 2 − = yxdx dy , usando o fato que ( ) xy =sec , obtemos o resultado ( )( ) 21 1 sec xx xarc dx d − = . Exemplo 36: Determine a derivada das seguintes funções trigonométricas inversas: a) ( ) ( )3sec += xarcxf b) ( ) ( )2sec xarcxxg ⋅= c) ( ) ( ) ( )xarcxxh seccos ⋅= Solução: a) ( ) ( ) ( )2313 1 ' +−+ = xx xf b) ( ) ( ) x xx xxarcxg 2 1 1 sec1' 42 2 − +⋅= ⇒ ( ) ( ) 4 2 1 2 sec' x xarcxg − += Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 23 c) ( ) ( ) ( ) ( ) 21 1 cossec' xx xxarcxsenxh − +⋅−= 25. Derivada da função arco cossecante: ( )( ) dx du uu uec dx d 1 1 arccos 2 − −= Exemplo 37: Obtenha a derivada das seguintes funções: a) ( ) ( )3arccos xecxf = b) ( ) ( )[ ]xecxg arccosln= c) ( ) ( )xeecxh 5arccos= Solução. a) ( ) ( ) 1 3 1 3 ' 1 1 ' 663 2 3 63 − −= − −= − −= xxxx x x xx xf b) ( ) ( ) ( )[ ] ( ) ( )xecxxxxxecxecxecxg arccos1 1 1 1 arccos 1 'arccos arccos 1 ' 22 − −= − −== c) ( ) ( ) 1 5 1 5 ' 1 1 ' 10105 5 5 105 − −= − −= − −= xxx x x xx eee e e ee xh E13. Mostre que ( )( ) 21 1 arccos xx xec dx d − −= . Lista de Exercícios IV Derivada de Funções de Uma Variável 1. Calcule a derivada das funções abaixo: a) ( ) 3234 25 −+−= xxxxf b) ( ) ( )xarcsenxf x4= c) ( ) ( ) ( )xtgxxf ⋅= ln d) ( ) ( )3ln 6 += xxxf e) ( ) ( ) ( )xarcsenxxxf ln2= e) ( ) ( ) 7235 cosh 34 −+− = xxx x xf f) ( ) ( ) 2+ + = x exsen xf x g) ( ) ( ) xe xx xf 4cos3 + = h) ( ) ( )xexf xx 3)cos( log3 ++= i) ( ) ( ) ( ) x xsenxx xf ⋅−= 2 4 j) ( ) ( )xxf cos= k) ( ) ( )xexf cos= l) ( ) ( )( ) 41logcos 53 − += x tgxxf m) ( ) += xxexf 2cos 1 n) ( ) ( ) ( )[ ]3ln xtgxxf = o) ( ) ( )( ) 4+= xextgxf p) ( ) ( )( ) 32 +−= xx xxsenxf q) ( ) ( ) ( )xtgxxxf 53 24 −−= Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 24 r) ( ) ( ) ( )xsenh x senxarctgxf x 2195 2 + −−= s) ( ) ( ) 12 2 + = x xsen xf 2. Dada ( ) 53 23 +−−= xxxxf , obtenha a equação da reta tangente e da reta normal ao gráfico de f no ponto ( )2,3 . 3. Seja ( ) 22 xxxf −−= . Determine a equação da reta tangente ao gráfico de f que seja paralela à reta 4−= xy . 4. Em que ponto a reta tangente à parábola 372 +−= xxy é paralela à reta 035 =−+ yx ? 5. Encontre a equação da reta tangente à curva 134 −−= xy que seja perpendicular à reta 0112 =−+ yx . 6. Determine, se houver, os pontos da curva 201243 234 +−+= xxxy nos quais a reta tangente é horizontal. 7. Influências externas produzem uma aceleração numa partícula de tal forma que a equação de seu movimento retilíneo é ct t by += , onde y é o deslocamento e t é o tempo. Responda: a) Qual é a velocidade da partícula quando 2=t ? b) Qual é a equação da aceleração dessa partícula? 8. Considere as funções ≥+− < = 2,205 2,5)( xx xx xg a) A função )(xg é contínua? Justifique sua resposta. b) A função )(xg é diferenciável? Justifique sua resposta. Respostas da Lista IV 1. a) 3 5 4 4 2 3 5 4 xxx −− b) )4ln()(4 1 4 2 xarcsen x x x + − c) )(sec)ln()( 2 xx x xtg + d) x x x x 2 )3ln( 3 6 6 6 2 11 + + + e) )ln()(2 1 )ln()(. 2 2 xxxarcsen x xx xarcsenx + − + f) 43243 32 5327 )( )5327( )cosh()2092( xxx xsenh xxx xxx +−+− + +−+− +− − g) 2)2( )( 2 )cos( x xsene x xe xx + + − + + h) )3ln( 1)()3ln(3 )cos( x xsene xx +− i) 23 434 2 )()2()()24()cos()2( x xsenxx x xsenx x xxx − − − + − j) )cos(2 )( x xsen − k) )()cos( xsene x− l) ( ) 6 5 2 3 1sec5 )3ln( )(log x x x xsen −− m) − + )2ln(22 2 1 1 x x xx x e esen n) x xtgx xtgxx )()(ln3)()(sec)(ln3 32 223 + o) [ ] 4))(()(cos)sec())(ln( 4 +++ xex xtgexecxxtg p) ( )( ) ( ) [ ]{ }1)1)(ln(2))(ln()cot(3232 −+++−+− xxxsenxxxxsen xxxx x Cálculo Diferencial e Integral Unidade 4 – Derivadas de Funções de uma Variável 25 q) ( ) ( ) −− − +−−−− 53 64)()53ln()(sec53 24 3 24224 xx xx xtgxxxxx xtg r) ( )x x x x x 2cosh2 1 cos18 )5ln(5 1 1 3 2 2 + +− + s) ( ) ( ) ( )23 22 1212 cos2 + − + x xsen x xx 2. reta tangente: 0228 =−− yx reta normal: 0408 =−+ yx 3. 03 =+− yx 4. ( )3,1 −=P 5. 022 =−− yx 6. ( ) ( ) ( )20,0,12,2;15,1 −− 7. a) cbv +−= 4 )2( b) 3 2)( t b ta =
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