Buscar

11 EXTINÇÃO DOS CONTRATOS II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

CURSO DE DIREITO UDC 
DIREITO CIVIL IV – CONTRATOS 
PROFESSOR: ME. LUIS MIGUEL BARUDI DE MATOS 
 
BIBLIOGRAFIA: 
- GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil: contratos – tomo I e II. Vol. IV. São Paulo: Saraiva 
- GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: contratos e atos unilaterais. Vol. III. São Paulo: Saraiva 
- TARTUCE, Flávio. Direito civil: direito das obrigações e responsabilidade civil. Vol. 2. São Paulo: Método 
- TARTUCE, Flávio. Direito civil: Teoria geral dos contratos e contratos em espécie. Vol. 3. São Paulo: Métodoodo 
O PRESENTE MATERIAL SERVE DE ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO QUE DEVE SER 
EMBASADO NA BIBLIOGRAFIA INDICADA 
EXTINÇÃO DO CONTRATO II 
 
EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO 
 
CONCEITO: meio de defesa pelo qual a parte demandada pela execução de um 
contrato pode argüir que deixou de cumpri-lo pelo fato da outra parte não ter 
satisfeito a prestação correspondente. 
 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua 
obrigação, pode exigir o implemento da do outro. 
 
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes 
diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação 
pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que 
aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la. 
 
 Somente se aplica aos contratos bilaterais (prestações correlatas) nos quais 
existe a dependência recíproca de obrigações. 
 
 Exceção substancial que paralisa a pretensão do autor de exigir a prestação 
acordada ante a alegação do réu de não ter recebido a contraprestação devida. 
 
 Não se discute o conteúdo contratual nem a existência da obrigação, apenas se 
contesta sua exigibilidade. 
 
 A exceção pode ser invocada independentemente do motivo do 
inadimplemento, seja recusa ou impossibilidade (caso fortuito/força maior). 
 Pode ser apresentada a exceção pelo cumprimento parcial ou imperfeito do 
contrato. 
ELEMENTOS CARACTERIZADORES 
 
a) existência de contrato bilateral 
 
b) demanda de uma das partes pelo cumprimento 
 
c) prévio descumprimento pela parte demandante 
 
 Em decorrência da autonomia da vontade é possível que as partes acordem 
pela restrição à aplicação do instituto. 
 
 Nesse caso (cláusula solve et repete) o contratante se obriga a cumprir sua 
obrigação independentemente do cumprimento da outra parte, restando 
apenas a possibilidade de demandar pelo cumprimento e perdas e danos. 
 
 Comum em contratos administrativos. 
 
 Não tem valor nos contratos de consumo em vista do art. 51, IV do CDC 
(desvantagem do consumidor). 
 
 
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao 
fornecimento de produtos e serviços que: 
 
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o 
consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a 
eqüidade; 
 
 
 
 
 
TEORIA DA IMPREVISÃO E RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA 
 
TEORIA DA IMPREVISÃO 
 
 Vinculada diretamente ao princípio do PACTA SUNT SERVANDA, a teoria da 
imprevisão ou da imprevisibilidade marcou substancialmente a evolução do 
Direito. 
 
 Aplica-se aos contratos de duração ou prestações continuadas. 
 
 Código de Hamurabi (Séc. XVIII, A.C.) 
 
 REBUS SIC STANDIBUS do Direito Canônico 
 
 Liberalismo: vontade e razão humana (indivíduo) como centro do universo 
social. 
 
 Alteração trazida no pós-guerra (I Guerra Mundial) 
 
PACTA SUNT SERVANDA 
 
 "Os pactos devem ser respeitados" 
 
 Princípio da força obrigatória dos contratos 
 
 O contrato faz lei entre as partes 
 
 Limites na função social do contrato e na boa-fé objetiva 
 
REBUS SIC STANDIBUS 
 
 "Estando as coisas assim" ou "Enquanto as coisas estão assim". 
 
 Possibilidade de que um pacto seja alterado sempre que as circunstâncias que 
envolveram a sua formação não forem as mesmas no momento da execução da 
obrigação contratual, de modo a prejudicar uma parte em benefício da outra. 
 
 Rebus sic standibus representa a Teoria da Imprevisão e constitui uma exceção 
à regra do Princípio da Força Obrigatória dos Contratos. 
 
 A cláusula inserida no contrato é a formalização da possibilidade de revisão ou 
rescisão contratual quando presente a situação imprevista, adequando-o à 
nova realidade. 
 
 
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre 
o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, 
a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. 
 
 
TEORIA DA IMPREVISÃO X RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA 
 
 Teoria da imprevisão permite rediscutir a relação contratual em face de 
acontecimentos novos, imprevisíveis pelas partes e a elas não-imputáveis. 
 
 Resolução por onerosidade excessiva já prevê a extinção do contrato em razão 
do descumprimento involuntário causado pela verificação de onerosidade 
excessiva gerada por circunstâncias supervenientes. 
 
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma 
das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, 
em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor 
pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à 
data da citação. 
 
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar 
eqüitativamente as condições do contrato. 
 
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela 
pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de 
evitar a onerosidade excessiva. 
 
REQUISITOS PARA APLICAÇÃO 
 
1. existência de um contrato de execução continuada ou diferida, não se 
aplicando aos contratos de execução imediata. 
 
2. superveniência de circunstância imprevisível, não sendo aceita a onerosidade 
decorrente de previsão contratual (mau negócio). 
 
3. alteração da base econômica objetiva do contrato, impondo a uma das partes 
ou a ambas a onerosidade excessiva (sempre devido a ocorrência 
superveniente e imprevisível). 
 
4. onerosidade excessiva que se traduz no aumento da gravidade econômica da 
prestação para uma das partes (enriquecimento x empobrecimento) ou para 
ambas (empobrecimento). 
 
TEORIA DA IMPREVISÃO X LESÃO 
 
 Não se confunde a teoria da imprevisão com vício causado por lesão (art. 157), 
embora se verifique em ambos a desproporção entre as prestações. 
 
 Na lesão ocorre o vício em face do abuso da inexperiência de uma das partes, 
sua necessidade econômica e a má-fé da outra, causando a desproporção 
econômica da prestação. 
 
ELEMENTOS DA LESÃO 
 
 objetivo ou material: desproporção econômica das prestações 
 
 subjetivo ou imaterial: premente necessidade, inexperiência (lesado) e dolo 
(lesante) 
 
DIFERENÇAS 
 
 LESÃO: defeito do negócio jurídico apto a impor sua anulação (ex tunc). 
 
 IMPREVISÃO: existência de contrato válido que por fato superveniente resta 
desequilibrado substancialmente em sua base econômica (ex nunc). 
 
TEORIA DA IMPREVISÃO X INADIMPLEMENTO FORTUITO 
 
 Caso fortuito ou força maior resultam no inadimplemento fortuito (portanto 
involuntário) da obrigação e não impõe a obrigação de indenizar. 
 
 
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou 
força maior, se expressamente nãose houver por eles responsabilizado. 
 
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos 
efeitos não era possível evitar ou impedir.

Outros materiais