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15/12/2016 1 Carboidratos E Metabolismo do Glicogênio Bioquímica - Profª Claudia Andrade 15-dezembro-2016 Universidade Federal de Mato Grosso Medicina Carboidratos “Carbono hidratado” Biomoléculas mais abundantes na natureza Mais da metade do carbono orgânico do planeta está armazenado em apenas duas moléculas de carboidratos: Amido e Celulose Polímeros de glicose Amido x Celulose Quais as funções dos carboidratos? - fornecimento de energia a partir da oxidação dos C. - armazenamento de energia: polímeros de glicose -substrato para a biossíntese de outras biomoléculas: carboidratos e lipídios - componente estruturais da membrana celular 15/12/2016 2 7 Classificação em relação à estrutura: 8 ALDOSES E CETOSES Glicose • É uma aldoexose com a seguinte fórmula: C6H12O6 GLICOSE • É o carboidrato mais importante metabolicamente. • É sob a forma de glicose que a maior parte dos carboidratos da dieta são absorvidos e através da a corrente sanguínea alcança diferentes tecidos para ser oxidada e/ou armazenada sob forma de glicogênio • É também substrato para a lipogênese hepática. DISSACARÍDEOS Unidos pela ligação glicosídica 15/12/2016 3 Sacarose: açúcar comum de mesa Sacarose glicose + frutose Lactose: dissacarídeo encontrado no leite Lactose glicose + galactose Maltose: é originada da hidrólise do amido formada por duas unidades de glicose Maltose glicose + glicose Sacarase, lactase e maltase localizam-se na superfície externa das células epiteliais que revestem o intestino delgado. sacarase lactase maltase 14 Polissacarídeos Polissacarídeos Estruturais Celulose É um homopolissacarídeo linear não-ramificado de 10.000 ou mais unidades de glicose unidas por ligações glicosídicas do tipo 1-4 com configuração b. Devido a esse tipo de ligação, as cadeias formadas assumem uma conformação alongada e agregam-se lado a lado formando fibras insolúveis. Os organismos dos vertebrados NÃO secretam nenhuma enzima capaz de hidrolisar a celulose. Os únicos vertebrados capazes de utilizar a celulose são os ruminantes devido a presença de um microorganismo chamado Triconympha, que secreta celulase. Peptideoglicanos O peptideoglicano é um heteropolissacarídeo ligado a peptídeos presente na parede celular de bactérias. É formado por dois tipos de açúcares: o ácido N- acetilmurâmico e a N- acetilglicosamina O peptideoglicano é a estrutura que confere rigidez à parede de bactérias 15/12/2016 4 Bactérias gram−positivas: possuem parede celular espessa (~25 nm) formada por várias camadas de peptídeoglicanos que envolvem a sua membrana plasmática. ex.: Staphylococcus aureus Bactérias gram−negativas: possuem uma parede celular fina (~2−3 nm) consistindo de uma única camada de peptídeoglicano inserida entre membranas lipídicas interna e externa. ex.: Escherichia coli α−D−glicose unidos por ligações glicosídicas α(1→4). C1 C4 AMIDO ligações glicosídicas α(1→4) e várias ligações α(1→6) nos pontos de ramificação C1 C6 AMIDO Modelo de um grânulo de amidoGrânulo do AMIDO: 15/12/2016 5 25 Glicogênio – o que é? 26 Polímero de glicose semelhante ao amido, porém encontrado nas células animais 27 Glicogênio - função Uma fonte importante de glicose para manutenção da glicemia e fonte energética para músculo. A glicose sanguínea pode ser obtida de três fontes principais: -Dieta -Degradação do glicogênio -Gliconeogênese / Neoglicogênese 28 Fases da Homeostase da Glicose em Humanos: 30 Jejum x Quantidade de Glicogênio no fígado Mais horas em jejum, menor é o conteúdo de glicogênio no fígado porque o mesmo foi degradado para liberar glicose Taxa de degradação: glicogenólise também reduz 15/12/2016 6 31 Intensidade do exercício x fonte de substrato para o músculo 32 Metabolismo de carboidratos e lipídios durante o exercício prolongado 33 Porque estocar glicogênio e não somente lipídios como fonte energética? 34 • Glicogênio pode ser rapidamente mobilizado; • O lipídio precisa de O2 para produzir energia; • O lipídios NÃO pode ser convertido em glicose Porque glicogênio e não somente gordura? 35 Porque estocar glicogênio e não glicose livre dentro das célula? 36 • Concentração de glicose livre equivalente ao glicogênio armazenado no fígado é ~ 400mM x glicemia ~5mM. – Glicose livre é osmoticamente ativa (célula aumentaria de volume) • A concentração de glicogênio equivalente é 0,01M – portanto o armazenamento da glicose como glicogênio evita problemas osmóticos para a célula Porque glicogênio e não glicose livre? 15/12/2016 7 37 O metabolismo do Glicogênio envolve duas vias principais: - Glicogenólise - Glicogênese G lic o ge n ó lis e G lic o gê n es e 39 Degradação do glicogênio ou glicogenólise 40 Glicogênio 41 ? 42 Glicogênio-fosforilase (fosforilase)+Pi 15/12/2016 8 43 Glicogênio fosforilase: catalisa a clivagem da ligação a(14): glycogen(n residues) + Pi glycogen (n–1 residues) + glucose-1-phosphate glucose-1-phosphate H O OH H OHH OH CH2OH H OPO3 2 H 44 Piridoxal phosphate (PLP), um derivado da vitamina B6, atua como coenzima para a glicogênio fosforilase. Piridoxal fosfato (PLP) N H C O P O O O OH CH3 C H O H2 45 Glicogênio-fosforilase (fosforilase)+Pi Fosfoglicomutase 46 Fosfoglicomutase: troca do fosfato do C1 para o C6 na molécula de glicose: 47 Glicogenio fosforilase Enzima desramificadora Enzima desramificadora Atividade 4-a-D-Glicanotransferase Atividade Amilo-a16-Glicosidase 48 Glicogênio-fosforilase (fosforilase) Fosfoglicomutase Enzima Desramificadora Glicogênio Glicose-6-fosfato 15/12/2016 9 49 Glicogenólise no músculo esquelético e no fígado 50 Hidrólise da glicose-6-fosfato pela glicose-6-fosfatase no retículo endoplasmático E liberação de glicose livre na corrente sanguínea Glicogênese inibida Glicogenólise induzida (Síntese do glicogênio) (Degradação do glicogênio) 52 Síntese do glicogênio ou glicogênese Processo bioquímico que transforma a glicose em glicogênio 53 54 15/12/2016 10 55 ? 56 Fosfoglicomutase Glicose-6- Fostato Glicose-1- Fostato 57 + UDP-glicose- Pirofosforilase + PPi PPi + H2O 2 Pi PPi é rapidamente hidrolisado pela pirofosfatase 58 Glicogênio sintase 59 Inicio da Síntese de Glicogênio necessita da Proteína Glicogenina: “Primer” 60 H O OH H OHH OH CH2OH H O H H OHH OH CH2OH H O HH C CH NH C H2 O O H O OH H OHH OH CH2OH H H C CH NH C H2 O O 1 5 4 3 2 6 H O OH H OHH OH CH2OH H H O 1 5 4 3 2 6 P O P O Uridine O O O O C CH NH C H2 HO O UDP-glucose O-linked glucose residue a(14) linkage + UDP + UDP Ligação da segunda molécula de glicose 15/12/2016 11 61 62 Enzima Ramificadora 63 Ação coordenada entre as enzimas glicogênio sintase e ramificadora é necessária para glicogênese 64 UDP-glicose Pirofosforilase Glicogênio Sintase Enzima Ramificadora Fosfo glicomutase65 UDP-glicose participa de outras vias metabólicas além da glicogênese 15/12/2016 12 67 Doenças do glicogênio • Causadas por deficiências em enzimas que participam da síntese ou degradação do glicogênio. ou Glicogenoses 68 Exemplos: Manifestações clínicas comuns nas Glicogenoses Acúmulo de glicogênio. Glicogênio pouco ramificado. Glicogênio c/ ramificação excessiva. Hepatomegalia. Hipoglicemia. Hipoglicemia do jejum, convulsões e retardo mental. Hiperlactacidemia. Insuficiência hepática progressiva. Cãibras musculares e hipolactacidemia após exercícios.
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