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............................................................................................................................................................... UNIP-Universidade Paulista - Campus Ribeirão Preto Direito Penal Geraldo Domingos Cossalter Ribeirão Preto Outubro 2012 1 Geraldo Domingos Cossalter RA B35759-2 Direito Penal Trabalho apresentado ao Professor Marcelo Velludo Garcia de Lima, da disciplina Direito Penal, da turma DR2B18, série 02, turno manhã, do curso de Direito. Unip - Universidade Paulista - Campus Ribeirão Preto – SP Ribeirão Preto, 01 de outubro de 2012 2 SUMÁRIO: 1) Introdução........................................................................................................pg 3 2) Territorialidade.................................................................................................pg 4 3) Extraterritorialidade....................................................................................pg 5,6,7 4) Considerações finais.....................................................................................pg 7,8 5) Bibliografia.......................................................................................................pg 8 3 1 ) INTRODUÇÃO: Com o objetivo não de apenas discorrer, mas de compreender o conceito dos temas aqui apresentados pode-se afirmar que tal objetivo foi atingido, haja vista que Damásio de Jesus simplifica o entendimento com uma linguagem prática e ao mesmo tempo esclarecedora. Portanto, o mais importante é ter atingido a compreensão destes conceitos tão importantes do Direito Penal. 4 2) TERRITORIALIDADE O Art. 5º, caput, do CP: “aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional”. Podemos compreender que o Código adotou o princípio da territorialidade, o que significa aplicar a lei penal brasileira, em crimes cometidos dentro do território brasileiro, independentemente de tratados internacionais ou regras de Direito Internacional. Fica evidenciado, que a lei brasileira, permite em determinados casos a eficácia da norma de outros países. O texto fala em território e a indicação marginal em territorialidade, daí a importância em distinguirmos os dois, fixando o conceito de território que apresenta dois tipos: Material – natural ou geográfico, que compreende o espaço fronteiriço. Jurídico – abrange todo o espaço que o Estado exerce a sua soberania, e é o conceito que nos interessa, pois o território nacional é definido como sendo todo o espaço terrestre, marítimo e aéreo, que está sujeito à soberania do Estado, compreendido pelos limites entre os Estados vizinhos, mar livre, corpo territorial principal ou não. O território se compõe das seguintes partes: - solo ocupado pela corporação política, sem solução de continuidade e com limites reconhecidos. - regiões separadas do solo principal. - rios, lagos e mares interiores. - golfos, baias e portos. - parte que o Direito Internacional atribui a cada Estado, sobre os mares, lagos e rios contíguos. 5 - a faixa de mar exterior, que corre ao longo da costa e constitui o ‘’mar territorial’’. - espaço aéreo - navios, aeronaves, conforme circunstâncias a seguir indicadas. A territorialidade, portanto é o princípio pelo qual as relações jurídicas entre nacionais e estrangeiros são reguladas pela lei territorial que vigora dentro do território nacional, aplicando a lei do Brasil, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de Direito internacional, ao crime cometido em território nacional, considerando-se para efeitos penais, a extensão do território nacional, embarcações e aeronaves nacionais, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem, e as que se achem em alto mar ou espaço aéreo, aplicando-se ainda á crimes praticados a bordo de embarcações ou aeronaves de propriedade privada que estejam em pouso em território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial brasileiro, sofrendo exceção, no caso de Diplomatas. 3) EXTRATERRITORIALIDADE O Art. 7º do Código Penal abordou a questão da extraterritorialidade da lei penal, ou seja, da aplicabilidade da lei penal brasileira a fatos criminosos ocorridos fora do Brasil como exceção ao princípio da territorialidade(4.1.1). Tal norma não trouxe modificações de grande relevância em relação ao art. 5º , tendo como mais significativa a alteração no que tange aos princípios gerais reguladores da matéria e consagrados em nível legislativo - o da defesa real (4.1.3), o da justiça universal (4.1.4), o da nacionalidade (4.1.2)0, e o da representação (4.1.5). São dois os tipos de extraterritorialidade, os quais serão expostos nos itens. seguintes. 6 EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA Em todas as hipóteses de crimes do art. 7º, I, do Código Penal, o agente é. punido sempre segundo a lei brasileira, mesmo que tenha sido absolvido ou condenado fora do território brasileiro. Isso não significa que serão executadas, integralmente, as penas aplicadas pelos dois países, pois a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil. "Art. 7º Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro; I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil." EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA Ao contrário da extraterritorialidade incondicionada, na extraterritorialidade condicionada, a lei brasileira só poderá ser imposta a autores de crimes que foram cometidos fora do território brasileiro se atender a uma ou mais hipóteses do Artigo 7º , II, do Código Penal e segundo as condições do parágrafo 2º e 3º do Código Penal. "Art. 7º Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: II - os crimes: 7 a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. Parágrafo 2º. Nos casos do inciso II, aplicação da lei brasileira. depende de concurso das seguintes condições: a) entrar o agente em território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entreaqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido pena; e) não ter sido o agente perdoado ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade , segundo a lei mais favorável. Parágrafo 3º. A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houver requisição do Ministro da Justiça." 4) CONSIDERAÇÕES FINAIS Para se entender o que é território nacional, no sentido jurídico, é o âmbito espacial que fica sujeito ao poder soberano do Estado. No sentido efetivo, real, são a superfície terrestre, que é composta pelo solo e subsolo, as águas fluviais, lacustres e marítimas e o espaço aéreo. O princípio da territorialidade é igual à lei penal que tem aplicação no território do Estado que a editou, independentemente do sujeito 8 ativo ou passivo. No caso do Brasil, adota-se a territorialidade temperada, diferente da absoluta, haja vista, que mesmo sendo soberano, dependendo da situação o Estado abre mão da aplicação da lei em detrimento de convenções, tratados ou regras de direito internacional, tal como dispõe o’’Caput’’ do artigo 5, CP, incisos 1 e 2. Já a extraterritorialidade, se tem como regra a aplicação da lei brasileira àqueles que praticarem crimes penais dentro do território nacional, incluídos os casos fictamente como sua extensão. O princípio da extraterritorialidade aplica a lei brasileira aos crimes cometidos além de nossas fronteiras, em outros países, portanto, a importância destes dois princípios garante a forma de executar a lei penal, tanto em território nacional, quanto fora dele, o que garante ao poder público, autonomia de fazer valer a lei, em aplicar a lei, caso contrário, ficaria muito fácil para o criminoso safar-se em determinadas situações. 5) BIBLIOGRAFIA 1) Jesus, Damásio de, Direito Penal vol. 1, parte geral, 33 Ed,São Paulo, Saraiva. 2012. 2) Guimarães, Deocleciano Torrieri, Dicionário Téc. Jurídico, 15ed, São Paulo, Rideel, 2012.
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