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Delineamentos de pesquisa

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Principais delineamentos de pesquisa
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Delineamento
Planejamento, com certo grau de detalhamento, daquilo que se pretende realizar. 
Plano ou do esquema que o pesquisador pretende utilizar em seu trabalho.
É o esboço geral no qual são indicados os princípios metodológicos a serem seguidos a partir dos objetivos da pesquisa .
Demonstram o tipo de investigação que será realizada e sua relação com as variáveis (Campos, 2000).
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TIPOS DE DELINAMENTOS
PESQUISA DESCRITIVA
PESQUISA EXPERIMENTAL
Levantamento
Correlação
Observação naturalista
Estudo de caso
Auto-relatos
Quase experimentais 
Experimentais
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Pesquisa Descritiva
Estratégias de pesquisa para observar e descrever comportamento, incluindo a identificação de fatores que possam
estar relacionados a um fenômeno em particular. 
Os métodos descritivos respondem às seguintes questões sobre o comportamento: quem, o quê, onde e quando. 
Quem se envolve um determinado comportamento? Que fatores ou eventos parecem estar associados a esse comportamento? Onde esse comportamento ocorre? Quando esse comportamento ocorre? Com que frequência? 
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1- DELINEAMENTO DE LEVANTAMENTO
 É o tipo mais simples de pesquisa, já que visa identificar quais características constituem uma determinada realidade.
 É uma coleta de informações com um grupo de pessoas acerca de um problema estudado.
 Procura-se ter dados representativos da população de interesse, tanto em relação ao número de casos incluídos na amostra quanto a forma de sua inclusão. 
 Realizado com grande número de pessoas. Ex.: Pesquisa de opinião, intenção de voto,senso.
 Em geral, quem realiza são grandes instituições que tem condições financeiras (IBGE, ibope e outros). 
 Mediante analise estatística obtém-se conclusões correspondentes aos dados coletados.
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DELINEAMENTO DE LEVANTAMENTO: objetivo
Para se ter o conhecimento direto da realidade; para obter uma grande quantidade de dados em curto espaço de tempo e quantidade; uma pesquisa em que se pode coletar dados e organizá-los em tabela e analisa-los segundo a estatística
Validade externa muito alta 
Validade interna quase nula: não favorece o estabelecimento de inferências causais.
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2-DELINEAMENTO CORRELACIONAL
É uma forma de pesquisa descritiva, na qual compara a ocorrência de algumas variáveis em dois momentos ou situações diferentes em um contexto natural.
Busca descrever a ocorrência conjunta de componentes dos fenômenos, mas não propicia dados que determinam se as relações são ou não causais.
Comparação entre dois grupos de sujeitos: em um ocorre uma condição e, no outro, essa condição não ocorre.
Objetivo: conhecer o qto 2 variáveis estao relacionadas ou associadas
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DELINEAMENTO CORRELACIONAL
 - CARACTERÍSTICAS - 
 Não estabelece qual é a VI nem a VD, mas nomeia as variáveis de variável antecedente e variável consequente;
 Possui alta validade externa;
Possui baixa validade interna;
 Ausência de manipulação de grupos;
 Tem uma maior aproximação empírica do comportamento social, já que a observação se dá no seu contexto natural;
 Há uma compensação da falta de controle das variáveis através do uso de métodos de controle estatístico.
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índice de correlação
Um índice de correlação é um indicador numérico que representa quão relacionados dois fatos parecem estar. Um índice de correlação sempre varia entre -1,00 até +1,00. 
O índice de correlação tem duas partes, o número e o sinal. 
O número indica a força dessa relação e o sinal (+ ou - ) indica a direção ,o sentido ,da relação entre as duas variáveis.
Mais especificamente, quanto mais perto o índice de correlação está para 1,00, quer positivo ou negativo, maior é a correlação ou associação entre dois fatores. 
Uma correlação positiva indica que os respondentes que obtiveram escores altos na variável X tende a obter escores também altos na variável Y. De forma recíproca, respondentes que obtém escores baixos em X tendem a obter escores baixo em Y.
 Por outro lado, uma correlação negativa é aquela em que as duas variáveis movimentam-se em direções opostas: à medida que um fator aumenta, o outro diminui. Assim, quando dois fatores estão negativamente correlacionados, ambos variam em direções opostas. 
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Contudo, é muito importante compreender que dizer que há uma correlação entre dois fatores, não significa dizer que um causa o outro. Embora dois fatores possam estar altamente correlacionados, a evidência de correlação não demonstra uma relação de causa e efeito.
Por exemplo, há evidência significativa que mostra uma forte correlação positiva entre estresse e propensão a resfriados e infecções. Assim, a quantidade de estresse é um forte preditor de propensão a resfriados e infecções.
Duas razões pelas quais estudos correlacionais são válidos: 
Dados correlacionais podem ser utilizados para excluir alguns fatores e identificar outros que demandam um estudo maior; 
2. Os resultados da pesquisa correlacional permitem que você faça predições significativas. 
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Vantagens do método correlacional
 Só trabalha com um grupo;
 É barato e rápido;
 É um método feito no próprio ambiente do sujeito;
 Não manipula as variáveis;
 Não tem tanta implicação com a parte ética;
 Alto poder de generalização.
Desvantagens do método correlacional
 Não há controle das variáveis estranhas;
 Não verifica a relação causa e efeito;
 Se interessa apenas pela correlação.
 
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PESQUISA DESCRITIVA
 - OUTROS DELINEAMENTOS - 
 Para obter informações sobre o modo como determinados indivíduos pensam em uma ampla gama de contextos, os investigadores podem usar autorelatos (uma narrativa dos processos psicológicos do próprio indivíduo), estudos de casos (estudos de indivíduos em profundidade) , estudo de campo e observação naturalística (estudos detalhados do desempenho cognitivo em situações cotidianas e em contextos não-laboratoriais).
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Auto-relatos 
Os auto-relatos apresentam a desvantagem de que a confiabilidade dos dados depende da “honestidade” das pessoas que fornecem os relatos. 
Mesmo considerando que elas sejam completamente verídicas em suas narrativas, as que envolvem informação evocada (p. ex., diários, relatos retrospectivos, questionários e levantamentos) são notavelmente menos confiáveis do que as narrativas propiciadas durante o processo estudado sob investigação, porque elas, às vezes, esquecem o que fizeram. 
Contudo, o próprio ato de relatar pode alterar os resultados (quando dependem da memória, por exemplo), e nem sempre os indivíduos podem perceber, conscientemente, certos processos. 
Por tudo isso, os auto-relatos são muito criticados por muitos cientistas que preferem não utiliza-los
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Observação naturalística 
É utilizado para observar sistematicamente e registrar comportamentos, à medida que ocorrem no ambiente natural dos sujeitos observados. Normalmente, o ideal é que os sujeitos observados não vejam seus observadores nem percebam que estão sendo observados.
Contudo, há situações em que isso não é possível, então os pesquisadores passam algum tempo no ambiente até que os sujeitos se habituem com sua presença e voltem a se comportar como faziam antes. (habituação).
O objetivo básico da observação naturalística é detectar os padrões de comportamento que existem naturalmente – padrões que podem não ser aparentes em um laboratório ou quando os sujeitos sabem que estão sendo observados.
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Observação naturalística 
• A habituação é muito utilizada em situações em que não é possível que o pesquisador não seja visto. Há que se considerar que essa situação não é a ideal, mesmo havendo habituação. Ainda assim, esse tipo de situação permite a observação do comportamento muito mais próximo do natural do que seria em um laboratório.
A grande vantagem da observação naturalística é permitir pesquisas sobre comportamentos humanos que não podem ser eticamente manipulados
em um experimento. 
Como uma ferramenta de trabalho, a observação naturalística pode ser utilizada onde quer que haja padrões observáveis de comportamento .e bares
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Estudos de caso/ de campo 
São descrições altamente detalhadas de um único indivíduo ou evento. 
O próprio sujeito estudado pode ser intensamente entrevistado, bem como seus amigos, familiares e colegas de trabalho. 
Os registros psicológicos, médicos ou escolares podem também ser analisados, se necessário. 
Esse tipo de estudo também pode ser utilizado para compreensão de condições raras, incomuns ou extremas.
Estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro de seu contexto de realidade ,no qual são utilizados várias fontes de evidência.
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Estudo de Campo e Estudo de Caso
Muito utilizado na Antropologia, o Estudo de campo distingue-se do levantamento, basicamente, por escolher um único grupo ou comunidade e aprofundar o estudo,podendo até mesmo sofrer alterações durante o processo. Já o levantamento é mais preciso estatisticamente e de maior alcance.
O Estudo de caso é amplamente utilizado nas ciências biomédicas e sociais. É um estudo intensivo e profundo sobre um individuo, evento, instituição ou comunidade, visando identificar variáveis relacionadas com o evento estudado. É um trabalho ideográfico que usa técnicas de observação, sem preocupação de generalizar os resultados encontrados.
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Pesquisa-Ação e Pesquisa participante
A pesquisa-ação exige o envolvimento ativo do pesquisador e a ação por parte das pessoas ou grupos envolvidos no problema. É considerada por muitos, desprovida de objetividade. 
A pesquisa participante também se caracteriza pela interação entre pesquisadores e participantes. Tomada por muitos como sinônimos, a pesquisa-ação supõe uma forma de ação mais planejada, enquanto a participante privilegia o senso-comum, permitindo ao homem trabalhar, criar e interpretar a realidade a partir dos recursos que possui.
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Pesquisa Experimental
 Estuda fenômenos manipulando e controlando a ocorrência das variáveis e , posteriormente, observa-se o seu efeito.
A variável independente sofre a manipulação direta do pesquisador que exerce sobre ela um controle.
 É o único tipo que permite controle sobre as variáveis independente e dependente e sujeitos amostrais.
 A existência de manipulação e controle é que permite o estabelecimento de relações causais.
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Pesquisa Experimental
É usado para demonstrar que uma variável causa mudanças em uma segunda variável (uma V.I. causa mudanças em uma V.D.). 
Em um experimento, o pesquisador deliberadamente varia um fator (V.I.) e, então, mede as mudanças produzidas em um segundo fator (V.D.).
Idealmente, todas as condições experimentais são mantidas o mais constante possível, exceto o fator que o pesquisador sistematicamente muda (V.I.). 
Então, se mudanças ocorrem no segundo fator (V.D.), elas podem ser atribuídas às variações do primeiro fator (V.I.). 
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Pesquisa Experimental
Ao procurar manter as condições experimentais estáveis, o pesquisador está tentando evitar que outras variáveis que não as estudadas, interfiram nos resultados. 
Essas variáveis são chamadas de variáveis intervenientes, isto é, que podem intervir nos resultados que serão medidos na v.D., Colocando em dúvida se tais resultados são decorrentes das manipulações da v.I.
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O método experimental é um método de pesquisa usado para demonstrar que a mudança em uma variável causa uma mudança em outra variável. Conduzir um experimento envolve a variação deliberada de um fator chamado variável independente. 
O pesquisador, então, mede a mudança, caso ela ocorra, que é produzida em um segundo fator chamado de variável dependente. A variável dependente é assim chamada porque qualquer mudança que possa ocorrer depende da ocorrência de variações na variável independente.
Na medida do possível, todas as outras variáveis do experimento são mantidas constantes. Assim, quando os dados são analisados, quaisquer mudanças que possam ocorrer na variável dependente podem ser atribuídas à variação deliberada da variável independente.
Dessa forma, um experimento pode demonstrar uma relação de causa e efeito entre variáveis dependentes e independentes. Uma variável que possa interferir nos resultados, colocando em dúvida o efeito da V.I. sobre a V.D., é chamada variável interveniente
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OBJETIVOS
Estabelecer relações causa-efeito;
Rejeitar ou aceitar hipóteses relativas a relações causa-efeito entre variáveis. 
CARACTERÍSTICAS
Num estudo experimental, o investigador:
Manipula pelo menos uma variável independente;
Controla o efeito de outras variáveis consideradas potencialmente relevantes;
Observa o efeito numa ou mais variáveis dependentes. 
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A manipulação da variável independente é a característica que melhor distingue a investigação experimental de outros tipos de investigação.
Variável dependente é a mudança ou diferença resultante da manipulação da variável independente. A variável dependente deverá poder ser medida. 
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 PARTICIPANTES da PESQUISA
Em um experimento típico, normalmente há um grupo controle, isto é,que não recebe tratamento, e este grupo passa por todas as fases da pesquisa mas não é exposto à variável independente (V.I.). Assim, o grupo controle atua como a referência com as quais as mudanças o grupo experimental podem ser comparadas.
Grupo Experimental (ou condição experimental): Em um experimento, o grupo de participantes que é exposto à variável independente ou tratamento de interesse.
Grupo Controle (ou condição controle): Um grupo de participantes que não é exposto à variável independente ou ao tratamento de interesse com o qual o grupo experimental é comparado.
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 PARTICIPANTES E A DISTRIBUIÇÃO ALEATÓRIA
Os pesquisadores utilizam um processo chamado distribuição aleatória para alocar participantes nos diversos grupos de experimento. A distribuição aleatória significa que todos os participantes do estudo têm chance igual de serem alocados em qualquer um dos grupos do estudo (controle ou experimental). 
A distribuição aleatória é um elemento importante de um experimento bem elaborado, por pelo menos duas razões: 
a escolha aleatória dos participantes assegura que as diferenças entre eles sejam espalhadas em todas as condições do experimento; 
uma vez que o mesmo critério é usado para alocar todos os participantes em todas as condições do experimento, a distribuição aleatória garante que a locação destes não seja tendenciosa.
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VARIAÇÕES NO DELINEAMENTO EXPERIMENTAL
Grupo Controle Placebo: Um grupo controle em que os participantes são expostos a substâncias inertes ou a tratamentos sem efeitos conhecidos.
O placebo ajuda a verificar o efeito da expectativa, que são mudanças que ocorrem simplesmente porque os participantes esperam, isto é, têm a expectativa que essas mudanças vão ocorrer.
O estudo duplo-cego: Nesse tipo de estudo, nem os participantes nem os pesquisadores que coletam os dados sabem quem faz parte do grupo experimental e quem está tomando o placebo. O procedimento duplo-cego ajuda a evitar a possibilidade de uma atitude tendenciosa por parte do pesquisador em tentar comprovar sua hipótese.
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Os três modelos mais comuns de pesquisa experimental são: 
	• Experimentos APENAS DEPOIS: consiste em estabelecer dois grupos homogêneos, o grupo experimental e o grupo de controle. Após estimular somente o grupo experimental verificam-se as diferenças e variações entre os dois grupos, concluindo-se que a variação ocorre devido ao estímulo dado pelo pesquisador. • Experimentos ANTES-DEPOIS: estabelece-se um grupo único que é submetido à análise inicial e depois submetido a um determinado estímulo. Verifica-se a cada variação o efeito causado, concluindo se o efeito obtido altera ou não o grupo estudado. • Experimentos ANTES-DEPOIS (com 2 grupos): verifica-se o grupo de controle e o grupo experimental antes
do estímulo, então aplica-se o estímulo no grupo experimental, verifica-se a diferença entre o grupo experimental (estimulado) e o de controle (sem estímulo). A diferença entre os dois será a medida do estímulo aplicado.
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Vantagens do método Experimental
 Há controle das variáveis estranhas;
 Verifica a relação causa e efeito.
 Alta validade interna
 Devido ao processo de amostragem, produz resultados que tem potencialmente amplitude de generalização.
Desvantagens do método Experimental
 Costumam ser mais dispendiosos e demorados;
 Tem implicação com a parte ética;
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Pesquisa Ex-Post Facto
A pesquisa “ a partir do fato passado”, é um estudo realizado após a ocorrência de variações na variável. O propósito é o mesmo da experimental, verificar relações entre variáveis, porém não há controle das variáveis.
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