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P1 Sistema Nervoso 1

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Propedêutica Clínica – Teórica – P1 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Medicina Veterinária
Aluno: Jeferson Bruno da Silva – Matrícula: 201406074-4
Sistema Nervoso
REVISÃO DO SISTEMA NERVOSO
Cinco regiões medulares.
C1-C5 – Região Cervical
C6-T2 – Região Cérvico-torácica e chamamos de intumescência braquial.
T3-L3 – Região Tóraco-lombar
T4-S2 – Região Lombo-sacra e chamamos de intumescência lombo-sacra.
S3 em diante – Região Sacro-coccígea.
Tamanho medular é diferente do tamanho vertebral, a medula diminui nos últimos segmentos. O que temos no final da medula são prolongamentos dos nervos espinhais, o final nós chamamos de cauda equina por conta da aparência da distribuição dos nervos.
Medula Espinhal (Corte Transversal)
Substância cinzenta – corpo celular do neurônio (núcleo)
Substância branca – axônios dos neurônios. 
Toda vez que eu tenho um nervo espinhal saindo da medula ele sempre terá uma raiz sensitiva e uma raiz motora. A sensitiva fica no dorso – em cima, e a motora fica no ventre – em baixo.
Sistema Nervoso Periférico
Nervos Cranianos 
Todos eles têm núcleo, a maioria deles tem o núcleo dentro do tronco encefálico exceto o óptico e o olfatório que estão no diencéfalo.
NEURÔNIOS
Dividem-se em sensitivos e motores.
Os sensitivos são aferentes e reagem a estímulos exteriores. Os motores são eferentes.
Arco Reflexo – Resposta motora involuntária a um estímulo sensitivo, sem consciência – reflexos espinhais e cranianos. O estímulo chega de forma aferente e vai até a substância cinzenta do encéfalo e lá ele atinge um ou mais interneurônios e ele volta como resposta motora ao estímulo. 
Neurônio Motor Superior (NMS)
Faz sinapse com NMI e é responsável pela manutenção do tônus básico para regulação da postura e faz a manutenção ou diminui os reflexos. Ele mantém a regulação do reflexo basal para que nem todo estímulo leve a um reflexo motor, imagina um vento causando toda uma resposta.
Neurônio Motor Inferior (NMI)
Liga o SNC ao órgão efetor (músculo/glândula), início dos movimentos voluntários e regula ou aumenta o tônus muscular e reflexos.
Função Inibitória ou Moduladora
NMS vai estar sempre inibindo o NMI e por isso ele mantem o tônus muscular e diminuição dos reflexos, caso haja uma lesão no NMS eu não vou conseguir fazer essa inibição e vai causar paralisia ou paresia espática causando também uma hiperreflexia.
Lesão da S3 em diante causa Sindrome da Cauda Equina é há diminuição de tônus e sensibilidade da cauda e região perianal e também incontinência urinária. 
Exame Semiológico do Sistema Nervoso
Os métodos semiológicos para avaliação do sistema nervoso são inspeção e palpação e testes reflexos. 
O paciente apresenta alteração neurológica?
Alteração do SN é primária ou secundária? Se é no sistema nervoso propriamente dito ou então é em outro local e reflete no SN.
Local provável da lesão?
Exemplo: cavalo com bambeira (Mieloencefalite Protozoária Equina) é causada por Sarcocystis neurona, é importante saber se o fato do bambear tem a ver com essa doença.
Objetivos do Exame Neurológico
Confirmar a lesão e localizar o problema;
Então, tem-se a medula espinhal que tem diversos segmentos, tem que tentar identificar a origem do problema, por exemplo. 
Diagnóstico diferencial;
Para não confundir uma lesão uma com a outra
Estabelecer a localização/extensão envolvimento neurológico;
Plano tratamento e prognóstico.
Cuidado: diagnóstico incorreto – conclusões errôneas. 
IDENTIFICAÇÃO
Identificação – Raça
Existem raças que possuem predisposições a algumas doenças e isso é importante para encontrarmos um resultado adequado.
Epilepsia verdadeira/hereditária (as raças: beagle, poodle, pastor alemão)
Hidrocefalia (Comum em chihuahua)
Neoplasias cerebrais primárias (Boxer e Boston terrier).
Identificação – Idade
A idade influencia no aparecimento de diversas doenças.
Malformação congênita: sinais clínicos <1 ano cães.
Neoplasias (comum em idosos em decorrência à imunossupressão).
Intoxicações, infecções e traumas: sem idade.
Identificação – Sexo
Adenocarcinoma mamário: metástase SNC.
Adenocarcinoma prostático.
Identificação – Porte
Pequeno porte: Convulsões – generalizadas moderadas e sem perda de consciência.
Grande porte: Convulsões – severas e difíceis de controlar. 
Identificação – Espécie
Mieloencefaite Protozoária Equina (MPE) – Sarcocystis T Gondii / N caninum,
Hipocalcemia – bovino, felino;
Cinomose – Cão.
ANAMNESE
Anamnese – Pequenos Animais
Queixa principal? Perguntar se o animal está, por exemplo, com bambeira, convulsão. O que levou o animal ali;
Duração e evolução clínica?
Manejo sanitário? Vacinação? Cinomose, raiva?
Medicação? Metronidazol: tóxico para sistema vestibular em cães – superdosagem;
Vídeos?
Convulsões, distúrbios do sono?
Alterações de comportamento: convulsão, andar em círculos, agressividade...
Antecedentes mórbidos: atropelamento, adenocarcinoma.
Descrição do local: substâncias tóxicas, escadas?
Outro animal com sintomas semelhantes? Antecedentes?
Faixa etária?
Início súbito?
Sintomas contínuos ou episódicos?
Viagem recente?
Locomoção?
Perguntas relacionadas aos nervos cranianos.
Doenças infecciosas.
Anamnese – Grandes animais.
Você vai fazer uma anamnese do REBANHO!
Início dos sinais clínicos
Evolução (trauma x abcesso no cerebelo)
Anormalidades observadas
Alimentação, plantas tóxicas etc
Vacinação 
Doenças anteriores
Animais acometidos
Números de mortes
Número do rebanho.
Sistema Nervoso Central
Encéfalo – cérebro, cerebelo e tronco encefálico.
Medula Espinhal.
Toda vez que o animal tiver alterações encefálicas ele precisa ter pelo menos duas alterações nos seguintes parâmetros: Nível de consciência, comportamento, postura e posição da cabeça ou função dos nervos cranianos.
Estado do Nível de consciência/mental
1º Nível de Perda de Consciência: Obnubilação: consciência pouco comprometida, então o animal tem series de dificuldade em atender certos sinais; É temporária e recobrada com algum estímulo externo.
2º Nível de Perda de Consciência: Sonolência: é o momento do sono que temos de noite, mas é facilmente acordado;
3º Nível de Perda de Consciência: Estupor: perda de consciência e só acorda com estímulo doloroso;
4º Nível de Perda de Consciência: Semicoma - Coma: injúria severa.
A maioria delas são causadas por lesão no mesencéfalo ou cerebrais difusas.
Avaliação da Comportamento
Normal: varia com a espécie raça e indivíduo.
Emissão de sons anormais.
Andar compulsivo.
Andar em círculos
Apoio da cabeça contra objetos
Lamber ou morder animais/objetos inanimados.
Agressividade aumentada (proprietário)
Desorientação
Avaliação da Postura e Locomoção
Inclinação lateral da cabeça (head tilt) – intoxicação por closantel, dor, lesão do nervo, lado doloroso;
Tremor;
Andar e postura (fraqueza, ataxia, espasticidade, dismetria);
Perda de coordenação.
Paralisia do nervo hipoglosso = paralisia da língua – severa otite: acometido em mais de um nervo. 
Posição de cão sentado: comum em quadros de lesões na medula espinhal e ele fica sentado, movimentando somente as patas anteriores.
Paralisia do nervo radial – bovino; Foot Rot: podridão dos cascos que é causado por Fusobacterium necrophorum, Dichelobacter nodosus.
Abcesso na medula espinhal leva a quadros de paraplegia.
Oestrus ovis – bicho da cabeça: muito comum em ovelhas, em que o animal começa a bater a cabeça na parede, pois o animal não aguenta a dor e a coceira causada pelas miíases na cabeça; 
Ataxia – perda da propriocepção ou capacidade de identificar as relações espaciais entre os membros e ele tem bambeira e assimetria de patas. 
Em grandes animais temos a polioencefalimalácia e opistótono; necrose cebral.
Dificuldades do Exame Neurológico em Grandes Animais.
Tamanho e temperamento do paciente;
Limitada experiência do examinador;
No sistema nervoso as respostas apresentam maior correlação com o local da lesão do que com a sua causa;
Limitadas opções terapêuticas;Sequelas residuais são menos toleráveis em grandes do que em pequenos animais. 
Quando você tem o reconhecimento imediato da doença neurológica: sanidade/cura – decisão – eutanásia: economia. Ou seja, decidimos pela cura/sanidade do animal ou pelo sacrifício. Porque temos que ser honestos e pensar nas condições do proprietário e se vale a pena investir num tratamento, muitas vezes a eutanásia é a melhor opção. 
Avaliação dos Nervos Cranianos
	1º
	OLFATÓRIO
	2º
	ÓPTICO
	3º
	OCULOMOTOR
	4º
	TROCLEAR
	5º
	TRIGÊMEO
	6º
	ABDUCENTE
	7º
	FACIAL
	8º
	VESTIBULOCOCLEAR
	9º
	GLOSSOFARÍNGEO
	10º
	VAGO
	11º
	ACESSÓRIO
	12º
	HIPOGLOSSO
I – OLFATÓRIO
Função: olfação.
Nessa técnica nós temos que tampar os olhos do animal para que o nervo óptico não seja estimulado, então nós oferecemos um alimento para o animal ou colocamos alguma substância de odor forte próxima ao focinho dele e assim nós avaliamos a capacidade do animal em sentir o cheiro. Processos sensoriais existentes na mucosa nasal, as fibras conduzem impulsos olfatórios.
Anormalidades: incapacidade parcial ou total de sentir odores: hiposmia (cinomose) e anosmia. 
II – ÓPTICO
As fibras conduzem impulsos. 
O primeiro teste é o reflexo de ameaça: olho contralateral coberto. Estimula o nervo óptico para que haja o movimento. 
Teste bola de algodão: o olho do animal tende a acompanhar o movimento da bola ao cair. 
Teste do labirinto: colocar obstáculos na frente do animal com um dos olhos tapados, para que ele desvie dos obstáculos.
Reflexo pupilar: luz artificial, ambiente escuro, ambos os olhos, constrição pupilar. 
Reflexo pupilar direto
Reflexo pupilar indireto/Consensual
Anormalidade: cegueira total ou parcial.
III – OCULOMOTOR
Função: controle da pupila, acomodação visual e elevação da palpebral.
Reflexo pupilar: Teste do reflexo luminoso pupilar direto (você realiza o exame com a luz em um olho e avalia ele) o consensual (você realiza o exame em um olho e avalia o outro). O normal é que com a luz a pupila entre em miose.
Reflexo vestibular avaliar o posicionamento do globo ocular.
Movimentando-se a cabeça do animal, ou com o dedo você pode ver se o animal segue todo o movimento.
Reflexo palpebral (pálpebra superior)
Anormalidades: estrabismo ventrolateral (ele olha pro canto e pra baixo), reflexo pupilar anormal, ptose palpebral.
IV – TROCLEAR
Função de posicionamento ocular.
Testes: Inspeção (posição do globo ocular – bilateral)
Reflexo vestibular.
Anormalidade: estrabismo dorsomedial.
V – TRIGÊMIO 
Função: inervação para cabeça e músculos da mastigação e ramos oftálmico, maxilar e mandibular. Reflexo maxilar, reflexo mandibular. Na mastigação você pode avaliar dando alimento e vendo a estimulação. Então se pode estimular o reflexo mandibular e maxilar através de uma pinça ou em grandes animais, utilizando as mãos para ver se animal está respondendo.
Lesão do nervo trigêmeo pode causar a incapacidade de fechar a boca. 
VI – ABDUCENTE
Função: movimentação do globo ocular
Teste: inspeção e reflexo vestibular. 
Anormalidade: estrabismo medial.
VII – FACIAL 
Inervação motora orelha, pálpebras e músculo relacionados a expressão facial. Tem função gustativa do terço final da língua. Quando há uma lesão desse nervo craniano pode levar a uma assimetria facial.
Ptose do pavilhão auditivo, palpebral, labial e paralisia da língua: otite. Mais de um nervo craniano acometido.
Por exemplo: uma pálpebra caída e você pode fazer o teste do reflexo palpebral e avalia a contração muscular, também pode fazer o reflexo de ameaça. Secreção glândula lacrimal e terço final do paladar. Ceratoconjuntivite seca mostra um comprometimento do nervo. 
Avaliação da sensibilidade do lábio: você pressiona o lábio com os dois dedos e dos dois lados e verifica se há reflexo. 
VIII – VESTIBULOCOCLEAR
Vestibulo – avalia o equilíbrio; Coclear – avalia a audição; 
Testes: inspeção – posição da cabeça e nistagmos, captação de estímulo sonoro e locomoção.
Em grandes animais você pode empurrar e ver se o animal retorna a posição, em pequenos animais você levanta uma das patas e verifica se ele vai retornar a posição. Quando o animal busca apoio para permanecer em pé, geralmente em paredes e pilastras, ele tem uma lesão vestibular unilateral.
No caso do teste de audição você pode bater palmas e prestar atenção no animal para ver se ele vai responder; Hipoacusia – baixa sensibilidade auditiva / Normoacusia – normal / Hiperacusia – sensibilidade alta e exacerbada.
Anormalidade: rotação da cabeça, dificuldade de captação de som, desequilíbrio e nistagmos. 
IX – GLOSSOFARÍNGEO
Função: Inervação faringe e sensibilidade da porção caudal da língua. 
Oferecer alimentos, passagem de sonda nasogástrica (avaliar a deglutição do animal), compressão externa da faringe para verificar a sensibilidade e se o animal tem reflexos ao estímulo, movimentando para causar o reflexo de deglutição.
Anormalidade: disfagia;
X – VAGO
Função: Avalia a função motora e sensorial das vísceras torácicas e abdominais e motora da laringe e faringe.
Teste do Reflexo Toracolaríngeo: só faz em equino. Palpar dorsolateralmente o movimento reflexo da musculatura laríngea. Você dá um tapa agudo contralateral a região torácica dorsal (caudal cernelha). Slap test: batidas perto da cernelha, próximo a escápula e você vai ver ou sentir a laringe abrindo.
Teste da atropina no nervo vago: Em bovinos usamos o teste da atropina, injetamos atropina no animal e ela vai estimular a ação do nervo vago, medimos a frequência cardíaca antes, durante e depois, fazendo uma média das avaliações. Se os batimentos cardíacos aumentarem a mais de 15,8% significa que há lesão no nervo vago, porque ele não está conseguindo modular a frequência cardíaca e assim o animal não faz hemostasia eficiente.
No cão tem o teste do reflexo óculocardíaco onde se mede a frequência cardíaca do animal antes do teste e depois vai pressionar o globo ocular dele por 30 segundos e rapidamente escuta os batimentos, depois de um minuto escuta de novo. Não pode ter mais de 12 a 14 batimentos cardíacos acima do normal.
Anormalidade: Disfagia e sons respiratórios anormais e sinais gastrointestinais.
XI – ACESSÓRIO
Função: Só avalia o músculo trapézio. Motora para mm pescoço.
Eletromiografia que é um exame que avalia a atividade elétrica do neurônio, se tiver atividade o nervo está funcionando.
Anormalidade: atrofia do músculo. O animal pode ter resistência ao movimento da cabeça e do pescoço.
XII – HIPOGLOSSO
Avalia a língua. Oferecer alimento para o animal e observar se existe a paralisia da língua. 
Inspeção de simetria. Avalia o tônus da língua.
Anormalidade: dificuldade de retração e atrofia da língua.

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