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INTRODUÇÃO Neste experimento trabalharemos com as duas leis de Kirchhoff para conhecermos as forças eletromotriz e a resistência interna de um circuito, considerado pelo experimento. A intenção ao criar essas leis foi resolver problemas de circuitos mais complexos e para criar essas leis Kirchhoff teve que introduzir dois conceitos: o nós e a malha. Os nós são pontos nos circuitos onde se unem dois ou mais condutores, já a malha é qualquer caminho fechado de um condutor. Assim, a primeira lei diz respeito aos nós e a segunda diz respeito as malhas. Portanto: 1º lei de Kirchhoff – “A soma algébrica das correntes, em cada nó deve ser zero.” ∑ 𝑖 = 0 2° lei de Kirchhoff – “A soma algébrica das forças eletromotrizes ou fem () em qualquer malha é igual a soma algébrica dos produtos iR na mesma malha. ∑ = ∑ 𝑖𝑅 O experimento está dividido em três partes, onde na primeira vamos descobrir a medida da força eletromotriz e a resistência interna de uma bateria. Na segunda parte mediremos a resistência interna do amperímetro e o valor da força eletromotriz da fonte. Por fim, na terceira etapa faremos as medidas para um circuito de duas malhas. ESQUEMA DOS CIRCUITOS DO EXPERIMENTO DESENVOLVIMENTO Na primeira parte do experimento, obtivemos na tabela apenas os valores de V(V) e de i (A), entretanto podemos através desses valores descobrir o valor da fem da bateria e da fonte e sua resistência interna, utilizando a equação abaixo: (I) VB - VA = V = - ir’ . Portanto (na bateria): V = 4,0 V Vb – Va = V = - iR I = 0,21 A 7,7 – 4,0 = 19,05 – iR’ = i.R = 19,05 V 0,21R’ = 19,05 – 3,7 R’ = 73,09 (Q1.a) E na fonte, temos: = 17,91 V(Q1.b) Além de encontrar esses valores, ainda podemos usar a tabela 1 para comparar os resultados da bateria e da fonte obtidos e entender o porquê da diferença entre elas. Quando a corrente atravessa a bateria, ocorre uma diferença de potencial entre seus terminais que não se iguala à fem ɛ, por existir uma resistência interna r’ na própria bateria. Já a fonte não apresenta essa resistência interna, portanto a fem ɛ será igual à diferença de potencial(Q2). Na segunda parte, medimos a resistência interna do amperímetro e o valor da fem da fonte, com isso construímos dois gráficos, um de V(V) em função de i(mA) e outro de P(w) em função de R(). No primeiro gráfico, obtivemos os coeficientes angular e linear da reta obtida e, a partir deles, obtivemos a fem ɛ da fonte e r do amperímetro, conforme mostrado nos dados abaixo: A = 1,925151314 B = -0,020155404 Como ɛ = A por causa da linearização e, pela regressão linear, obtivemos A=1,925151314, então ɛ vale aproximadamente 1,9V. Pela linearização: Ra+Rp = -B(10)³. Sabendo que Rp = 32,66 Ω , temos que: Ra + 32,66 = 20,15 => Ra = 12,50Ω. (Q3.b) Observando o gráfico, vale frisar que quando a reta intercepta o eixo das abcissas (onde y=0) significa que a imax = icc, que é a corrente máxima que o circuito suporta. Já a intersecção com as ordenadas representa o valor da força eletromotriz ɛ.(Q3.c) Já no gráfico de P em função de R, podemos visualizar o ponto de máxima transferência de potência e obter R e, então, r do amperímetro, conforme segue abaixo: Ponto máximo: 72,0 mW R* = 20 Ω Rp = 32,66 Ω R* = Ra + Rp 20 = Ra + 32,66 Ra = 20 – 32,66 = 12,66 Ω Comparando-se o Ra obtido pelo gráfico (12,66 Ω ) e o Ra teórico (12,50Ω), nota-se um pequeno erro, decorrente principalmente pela falta de precisão do gráfico (traçado a mão livre).(Q4) Na terceira etapa, montamos um circuito de duas malhas e tiramos as medidas das correntes nesse circuito. Entretanto, com as resistências internas dos amperímetros que foram fornecidas pelo professor, podemos utilizar as leis de Kirchhoff para prever os resultados “teóricos” das correntes. Assim: I3 = i1 + i2 (I) ɛ1 - i1(R1 +r1) + i2(R2 + r2) = 0 (II) - ɛ1 - i2(R2 + r2) – i3(R3 + r2) = 0 (III) I3 = i1 + i2 8,06 - i1(6,8 +0,25) + i2(4,7+ 0,25) = 0 - 8,10 - i2(4,7 + 0,25) – i3(3,0 + 0,25) = 0 Substituindo a equação I em III e isolando i1, ficamos com: I1 = −8,10 − 8,2𝑖2 3,25 Agora, substituindo i1 em II, temos i2 = - 1,13 A e fazendo a substituição de I2 em I1, temos I1 = 0,36 A. Por fim, como I3 = I1 + I2 = - 1,13 + 0,36 => I3 = - 0,77 A Os sinais negativos nos resultados dos cálculos das correntes indicam que o sentido adotado inicialmente não é o correto. Assim: I1 = 1,13 A I2 = 0,36 A I3 = 0,77 A Houve diferença entre os valores calculados e os valores medidos, provavelmente por erro na aparelhagem ou no manuseio durante o experimento. (Q5) Podemos novamente calcular as correntes i1, i2, i3, mas agora desprezando as resistências internas dos amperímetros. I3 = i1 + i2 (I) ɛ1 - i1(R1) + i2(R2) = 0 (II) - ɛ1 - i2(R2) – i3(R3) = 0 (III) Usando os mesmos procedimentos utilizados para calcular a as correntes considerando a resistência interna dos amperímetros, obtemos os resultados: I1 = 0,35 A I2 = 1,19 A I3 = 0,83 A Comparando os resultados obtidos nas questões 5 e 6 percebe-se que houve pouca diferença nos valores das correntes devido ao fato das resistências internas dos amperímetros serem muito pequenas. CONCLUSÃO Aprendemos nesta experiência a medir um circuito elétrico utilizando as Leis de Kirchhoff. Para circuitos mais complexos ela é bem útil, visto que ela tende a separar o circuito em malhas simples, que facilitam a visualização e os cálculos das tensões e correntes. Observa-se, pelos cálculos e dados obtidos, que as Leis de Kirchhoff realmente são válidas. Nota-se que o pequeno erro encontrado para a Lei das Malhas encontra-se dentro dos parâmetros esperados pela teoria. Na segunda etapa do experimento, houve outro erro bastante considerável no R(30), pois mesmo calculando seu desvio padrão (), ainda temos o valor longe da curva esperada no gráfico. Estes erros podem ser explicado pelo mau contato das ligações do circuito, deficiência dos equipamentos ou até mesmo mal calibração dos equipamentos onde foi aferida a voltagem da fonte.
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