Buscar

Negócioio Jurpidico Dto Civil 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prescrição 
É a exceção que alguém tem, contra quem não exerceu, durante certo tempo que alguma regra jurídica fixa, sua pretensão ou ação. Não alcança o direito, mas apenas a pretensão, ou seja, a etapa da exigibilidade. Não afeta o direito e sim o seu exercício. 
- Casos de interrupção da prescrição: art. 202 e 203 CC;
- Casos de suspensão da prescrição: art.197 ao 200 CC;
- Prazos prescricionais: art 205 e 206 CC (1 ano -> hotéis, pousadas, restaurantes; 2 anos -> pensão alimentícia; 3 anos -> cobrança de alugueis de imóveis, cobrar juros ou prestações acessórias, ressarcimento de enriquecimento s/ causa; 4 anos -> tutela contra o tutor; 5 anos-> dividas com valor determinado em documento publico, cobrança de honorários pelos profissionais liberais autônomos, do vencedor do processo judicial ao receber do vencido as despesas processuais que pagou) 
Decadência 
Extinção de um direito potestativo em virtude do seu não exercício durante o tempo concedido pelo ordenamento jurídico. Não ha interrupção ou suspensão do prazo decadencial, o prazo corre a partir da assinatura do contrato. 
Negócio jurídico
Classificação:
1- Quanto ao numero de declarantes: unilateral ou bilateral;
2- Quanto ao exercício de direitos: de disposição ou de administração;
3 –Quanto as vantagens patrimoniais: gratuitos ou onerosos;
4- Quanto a forma: formais ou não formais;
5- Quanto a existência: principais ou acessórios;
Pressupostos do negocio jurídico:
1- EXISTÊNCIA: para existir o negocio jurídico precisa de elementos como agente (parte do negocio), objeto, forma (como se desenvolve) e vontade (dos agentes).
2- VALIDADE: requisitos de validade (art. 104, CC). 
- Agente capaz;
- Objeto lícito, possível e determinável;
- Forma prescrita em lei ou não proibida;
3- EFICÁCIA: negócios jurídicos existentes e validos, mas que pela vontade das partes ou pela força da lei não produzem efeitos durante determinado tempo. São elementos acidentais do negocio que devem ser apostos expressamente (condição, termo e encargo) 
A) Condição (art. 121): advém exclusivamente da vontade das partes. É um evento futuro e incerto. São licitas todas as condições não contrarias a lei, à ordem publica ou aos bons costumes. Evento presente ou pretérito não é condição. Art. 123 e 124 possui os casos de invalidade do NJ em relação as condições. Podem ser: 
- Suspensiva: suspende os efeitos do negocio até determinado prazo;
- Resolutiva: encerra os efeitos do negocio;
- Casual: não há controle sobre a realização da condição (fenômenos da natureza);
- Potestativa: possui poder sobre a condição;
- Puramente potestativa: é ilícita porque quem propõe tem poder sobre a condição e só ele poderia realizá-la. 
B) Termo: dia ou momento em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico. É um evento futuro e certo. Herança, adoção, emancipação, casamento, reconhecimento de paternidade e direitos da personalidade não admitem termo. Classificação:
- convencional (as partes estabelecem) x de direito (previsto em lei);
- certo (há uma data para ocorrer) x incerto (ex morte);
- suspensivo (suspende ate o evento acontecer) x resolutivo (encerra quando o evento ocorre);
- essencial (clausula não respeitada exclui o NJ) x não essencial;
C) Encargo: determinação que, imposta, pelo autor de uma liberalidade, a esta adere, restringindo-a. Geralmente é doação ou herança. É a imposição de uma obrigação ao beneficio. Não pode ser aposta em negocio oneroso. O prazo é o bom senso. A liberalidade só pode ser revogada pelo autor.
	Condição
	Termo
	Encargo
	Aquisição do direito
	X
	√
	√
	Exercício do direito 
	X
	X
	√
Defeitos do negócio jurídico: 
Imperfeições decorrentes de anomalias na formação ou declaração da vontade (elemento essencial do NJ). O defeito é a distorção da vontade. Manifestação de vontade deficiente.
1- ERRO OU IGNORÂNCIA (art. 138 ao 144): noção falsa que o agente tem de qualquer dos elementos do negocio – falsa representação da realidade. Forma espontânea e não provocada intencionalmente. 
- art. 138 - São anuláveis os negocios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstancias do negócio.
- Erro de fato (falsa representação da realidade, não provocada pela outra parte nem seria realizado o NJ sabendo da realidade) x Erro de direito (não anula o NJ, a pessoa descumpre uma norma alegando que não sabia da existência da mesma);
- Erro substancial (ou essencial): só se realiza o NJ porque não sabia que estava errado devido falsa representação da realidade. O erro pode ser sobre a pessoa (a pessoa não era o que você achava que era), sobre o objeto (joia falsa) ou sobre a natureza do negócio (confundir empréstimo com doação ).
- art. 139 - quando o erro é substancial (I-natureza do negócio e objeto; II-pessoa; III-sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo ou principal do NJ.)
- art. 140 - Erro sobre os motivos: não justifica pedido de anulação. O falso motivo só vicia a declaração da vontade quando expresso como razão determinante.
- art. 141 – transmissão errônea da vontade por meios impostos e anulável nos mesmos casos em que o é a declaração direta.
- art. 142 – O erro da indicação da coisa ou da pessoa, a que se refirir a declaração da vontade, não viciara o negocio quando, por seu contexto e pelas circunstancias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada. 
- A transmissão errônea da vontade pode se dar através de instrumento (corretor do celular) ou através do mensageiro (o que não anula o NJ).
2- DOLO (art. 145 ao 150): artifício ou expediente astucioso empregado para induzir alguém à pratica de ato que o prejudica tornando o ato anulável. Cria-se uma falsa representação da realidade. Classifica-se em:
a) Dolo essencial/principal: o negócio jamais se realizaria se não houvesse falsa representação da realidade, logo, é anulável. (art.146);
b) Dolo incidental/acidental: o negocio seria realizado porém de outro modo. Não anula o negócio porém é indenizável (art. 146);
c) Dolo bilateral: as duas (ou mais) partes usam artifícios para enganar o outro, logo, a justiça não interfere (art. 147, 150);
d) Dolo positivo/comissivo: agiu de forma para enganar a outra parte e induzi-la a praticar o ato;
e) Dolo omissivo: omite da pessoa uma informação que você tem o dever jurídico de prestar.- art. 148
 – dolo de terceiro também anula.
3- COAÇÃO (art. 151 ao 155): Ameaça com que se constrange alguém à prática de um ato. É sinônimo de violência. 
- Requisitos:
a) ameaça como causa determinante;
b) temor de dano à pessoa, família (vinculo afetivo) ou bens;
c) temor fundado e injusto (não exerce o direito de defesa);
- art. 155 temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
- o autor da coação pode ser um terceiro interessado (ex pai que obriga a filha a casar).
- art. 152 – será levado em conta as características físicas do coator e do coato (sexo, idade, condição, saúde, temperamento do paciente e todas as demais circunstancias que possam influir na gravidade dela).
- art. 153 – exercício normal de direito e temor referencial não são coação (temor referencial = religião).
- Ameaça de dano evitável não é coação.
4-ESTADO DE PERIGO/NECESSIDADE (art. 156): Ameaça ou violência decorrente de circunstancias do fato que exerçam influencia sobre a vontade do agente. É o intermediário entre a coação e a lesão. O risco de sofrer algum dano surge de uma outra circunstancia. Requisitos: 
a) Possibilidade de dano grave a integridade física;
b) Conhecimento desta possibilidade pela outra parte;
c) Pressão pela ameaça; 
* Paulo Lobo os requisitos são dois: 1- ciência daquele estado; 2- iniquidade das condições.*
- art. 156 – Configura-se estado de necessidade quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamenteonerosa.
- A pessoa prejudicada tem consciência da desvantagem ou iniquidade provocada pelo NJ, mas o realiza ante a situação peculiar da necessidade de salvar-se ou de salva alguém de sua família.
- Difere-se da lesão porque a situação de perigo não foi criada com o objetivo de extorquir um negocio.
- O dano deve ser atual ou iminente (esta acontecendo ou esta prestes a acontecer) e grave.
- Pode decorrer de fato humano ou natural
- ex: hospital que exige um valor muito alto para a garantia de internação de uma pessoa que o procura em situação de risco de vida ou de saúde. A exigência desproporcional ao paciente ou ao acompanhante principalmente nas hipóteses de emergência.
- Consequência: os atos são anuláveis. 
*Se o mesmo que faz a ameaça tenta tirar proveito é coação – logo a ameaça não deve ser a mesma q vai tirar proveito*
 
5- LESÃO (art.157): Prejuízo econômico resultante de desproporção nas prestações de um negócio. Só dano patrimonial. Vantagem desproporcional de uma das partes, que age de má-fé, aproveitando-se da situação de vulnerabilidade da outra. As hipóteses de vulnerabilidade são:
 a) a inexperiência da outra parte;
b) a premente necessidade;
- art. 157 – ocorre lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou inexperiência, se obriga a prestação manifestadamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
- a inexperiência pode ser em relação a fatos da vida, matéria dos negócios ou em determinado tipo de negocio, ausência ou dificuldade de acesso a informações que permitam a manifestação da vontade consciente e o desconhecimento técnico ou cientifico;
- ex: comprador profissional de objetos de arte que não revela ao proprietário de uma pintura em tela seu valor de mercado, oferecendo um preço muitas vezes inferior (inexperiência);
- a premente necessidade (necessidade de realizar o NJ para que possa empregar o resultado em imperiosa destinação, ex: vender urgentemente um bem para que possa pagar um debito fiscal) que leva a pessoa a se submeter a condições iníquas;
- Analisar a desproporção pelos valores da época da realização do negócio (157 §1º);
- Fundamentos jurídicos da lesão:
a) objetivo: buscar justiça contratual
b) subjetivo: vicio de consentimento (há uma distorção da vontade da pessoa);
- Consequência: ato anulável ou oferecimento de suplemento pela parte que tirou vantagem (157 §2º);
6- FRAUDE CONTRA CREDORES (art. 158 ao 165): é a combinação das partes do negocio com o propósito de prejudicar terceiro. Difere das demais espécies, pois a prejudicada não e a outra parte, mas a pessoa estranha à relação negocial. Não há infração direta a dever negocial, mas sim contrariedade indireta a direitos dos credores de uma pessoa das partes do negocio. Trata de insolvência e não de divida.
 - Ex: credor de devedor, agindo de má-fé, utilizam-se da aparência de determinado NJ, que esconde a real intenção, ou seja, impedir o terceiro (credor de um deles) possa ter satisfeito ou garantido, patrimonialmente, o seu credito; 
- Credor é a quem se deve dinheiro; insolvência é um estado em que o devedor tem prestações a cumprir superiores aos rendimentos que recebe. Os credores quirografários; são aqueles que não possuem garantia, nada possuem para assegurar que receberão algo, a não ser a fé, esperança, confiança e, também, sorte;
- insolvência: tudo que eu tenho de negativo no meu balanço é maior que o meu patrimônio;
- art. 158 – os negócios de transmissão gratuitas de bens ou remissão de divida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido a insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelo credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. – Negocio prejudicial ao credor por tornar o devedor insolvente, já ter sido praticado em Estado de insolência ou torna insuficiente a garantia concedida.
- Limite ao poder de disposição que o devedor tem sobre seus bens;
- Elementos:
a) objetivo: ato prejudicial ao credor – anula as garantias que o credor tem;
b) subjetivo: consciência de estar prejudicando o credor (má-fé);
- Hipóteses previstas em lei (já é ou se torna insolente):
a) atos de transmissão gratuita de bens;
b) remissão de dividas (perdão);
c) contratos onerosos (caso haja insolência notória);
d) pagamento antecipado de dividas;
c) concessão de garantias preferenciais;
- Ação revocatória: anulação do negocio fraudulento que só pode ser proposta por quem já era credor;
- Atos praticados para a manutenção de estabelecimento mercantil, agrícola ou industrial são de boa-fé.
Anulabilidade dos negócios jurídicos: 
Sanção para negócios praticados por agente relativamente incapaz ou em que exista vício de vontade. Até que se peça a anulação os NJ são válidos
- art.4 – relativamente incapazes são os menores de 18 maior de 16, ébrios habituais e viciados em toxico e os que não podem expressar sua vontade;
- O ato pode ser confirmado pelas partes - ressalvados interesses de terceiros (um terceiro envolvido ainda continua com o NJ);
- Prazo decadência de 4 anos (art. 178). Início do prazo: quando há coação se da a partir do momento que cessa, em outros defeitos a partir da realização do NJ e quando há incapacidade cessa quando a incapacidade cessar (maioridade ou laudo medico);
- Confirmação do ato pode se dar através da expressão da vontade. Em atos unilaterais não é necessário a concordância. Eficácia retroativa (quando há defeito no NJ retroage para a realização do NJ). A confirmação pode ser:
a) expressa: declaração (da mesma forma que se realiza o nj deve ser declarada a confirmação);
b) tácita: cumprimento voluntario de obrigação, a partir do momento do processo tem que pedir anulação do pagamento, por exemplo, pq caso contrario é considerado commo aceito as condições, no caso, o pagamento das parcelas;
- Implica renuncia a todos os procedimentos judiciais contra a validade do negócio.
Nulabilidade (art. 166 ao 170):
Matéria de ordem publica, não sujeita a prescrição ou decadência. Não afeta só as partes, mas também a confiança da sociedade no instituto NJ.
- Hipóteses art. 166 – é nulo o NJ quando celebrado por:
a) agente absolutamente incapaz;
b) objeto ilícito impossível ou indeterminável;
c) motivo ilícito comum a ambas as partes;
d) não revestir forma prescrita em lei;
e) falta de solenidade que a lei considere essencial para sua validade;
f) objetivo de fraudar a lei;
g) lei declarando nulo ou proibir-lhe a pratica sem cominar sanção;
- Hipóteses art. 167 - É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. (afeta credibilidade e gera insegurança jurídica)
-> negocio derivado de relação com conteúdo inexistente ou diverso do que aparente.
->A simulação ocorre quando as partes, maliciosamente, pactuam um determinado negócio jurídico, mas na verdade desejam outros efeitos, visando fraudar a lei ;
Elementos: 
a) Divergência intencional entre vontade interna e vontade declarada;
b) intuito de enganar;
c) acordo simulatório;
d) simulação pode ser alegada por qualquer interessado ou MP;
e) NJ nulo não pode ser confirmado, mas segundo o art. 170 se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.
- Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado.
- Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.

Outros materiais