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AULA+ 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
Prof. Edna Raquel Hogemann 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO 
BRASILEIRO I - Pág 172 a 180 
 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
CONTEÚDO DESTA AULA 
A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO 
BRASILEIRO (LINDB) 172 
•Princípio da obrigatoriedade e da continuidade das leis 
•Vigência e conhecimento da lei 
•Direito intertemporal no contexto do Sistema Jurídico Brasileiro. 
•Revogação da lei 
•Retroatividade, irretroatividade e ultratividade das leis 
•Obstáculos constitucionais à retroatividade da lei nova 
•Princípio da Irretroatividade da Lei (art. 5º, XXXVI CF) 
•Direito adquirido e expectativa de direito 
•Aplicação retroativa da lei 
•Aplicação imediata da lei 
•Leis temporárias e perpétuas, comuns e especiais 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Compreender: 
 - a importância da Lei de Introdução ao Código Civil 
como importante instrumento que regula a vigência, a 
validade, a eficácia, a aplicação, a interpretação e a 
revogação de normas no direito brasileiro. 
- o conceito de validade normativa à luz da Lei de 
Introdução ao Código Civil. 
- o processo de vigência legislativa. 
- o conceito de direito intertemporal 
 
 
Nossos objetivos nesse encontro 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO 
BRASILEIRO (LINDB) 
O direito brasileiro adotou um critério de 
especificação em lei de um conjunto de parâmetros 
de interpretação e aplicação do direito, a ser 
seguido em todo o ordenamento jurídico, 
ressalvados aqueles casos que a legislação 
específica de cada área do direito apresentar regras 
próprias de aplicação das suas normas. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
• Em verdade, é a Lei de Introdução de todo o 
Direito, pois institui normas sobre normas, ou seja, 
são normas que informam os requisitos legais que as 
demais normas deverão obrigatoriamente possuir 
para que penetrem no Direito, enquanto sistema 
normativo positivado, com os atributos de validade, 
vigência e eficácia. 
• A lei de introdução às Normas do Direito Brasileiro 
fixa e define algumas questões básicas, como o 
tempo de vigor da lei, o momento dos efeitos da lei, 
e a validade da lei para todos. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
• Esse conjunto de normas 
gerais se encontra na Lei 
de Introdução às Normas 
do Direito Brasileiro 
(LINDB), assim 
denominada a partir da 
entrada em vigor da Lei nº 
12.376, de 30.12.2010, 
sendo o seu conteúdo 
exatamente o mesmo da 
até então chamada Lei de 
Introdução ao Código Civil 
(Decreto-Lei nº 4.657, de 
4.9.1942). 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
VIGÊNCIA E CONHECIMENTO DA LEI. 
 Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o 
país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
Até o advento da LC 95/98, alterada pela LC 107/01, a cláusula de vigência vinha 
expressa, geralmente, na fórmula tradicional: “Esta lei entra em vigor na data 
de sua publicação”. 
A partir da LC nº 95, a vigência da lei deverá vir indicada de forma expressa, 
estabelecida em dias, e de modo que contemple prazo razoável para que dela se 
tenha amplo conhecimento, passando a cláusula padrão a ser: “ Esta lei entra 
em vigor após decorridos (número de dias) de sua publicação”. 
No caso de o legislador optar pela imediata entrada em vigor da lei, só poderá 
fazê-lo se verificar que a mesma é de pequena repercussão. 
Na falta de disposição expressa da cláusula de vigência, aplica-se como regra 
supletiva a do art. 1º da LINDB, que dispõe que a lei começa a vigorar em todo o 
país 45 dias depois de oficialmente publicada. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
VACATIO LEGIS 
Chama-se VACATIO LEGIS o período que medeia a data de 
publicação da lei e a de sua entrada em vigor. Com o 
período da vacatio legis (vacância da lei), o próprio 
legislador procura facilitar ao cidadão o cumprimento da 
lei, facultando o seu conhecimento prévio. Nada impede, 
contudo, que a vigência da lei nova seja imediata, 
dispensando-se a vacatio legis, como se observa na 
Introdução ao Código Civil. 
A forma de contagem do prazo da vacatio legis é a dos 
dias corridos, com exclusão do de começo e inclusão do 
de encerramento, computados domingos e feriados. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
9 
Art. 1° § 3º. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova 
publicação de seu texto, destinada à correção, o prazo deste artigo 
e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. 
 
Nesse caso, observar-se-ão as seguintes situações: 
– correção da norma em seu texto, por conter erros 
substanciais, durante a vacatio legis ensejando nova 
publicação: nova vacatio será iniciada a partir da data da 
correção, anulando-se o tempo decorrido; 
– várias publicações diferentes de uma mesma lei, 
motivadas por erro: a data da publicação será uma só e 
deverá ser a da publicação definitiva, ou seja, a última. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
10 
Art. 1° § 4º. As correções a texto de lei já 
em vigor consideram-se lei nova. 
• As emendas ou correções em lei que já esteja em 
vigor são consideradas leis novas, ou seja, para 
corrigi-la é preciso passar por todo o processo de 
criação de uma lei, devendo para isso obedecer aos 
requisitos essenciais e indispensáveis para a sua 
existência e validade. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
Art. 2º. Não se destinando à vigência temporária, a lei 
terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
 
 
• Este princípio está contemplado no art. 2º da LINDB, quando 
menciona que uma lei só deixa de vigorar quando modificada 
ou revogada por outra posterior. 
 
• Há que se fazer uma distinção entre derrogação e ab-
rogação. A derrogação significa revogação parcial enquanto 
que a ab-rogação diz respeito à revogação total. Ambas, 
derrogação e ab-rogação, são espécies do gênero revogação. 
Princípio da Obrigatoriedade e Continuidade das 
Leis 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
12AULA 1 12AULA 1 
 
• Depois da publicação ou decorrida a vacatio legis, a 
lei torna-se obrigatória, não podendo ser alegada 
sua ignorância: nemo jus ignorare censetur, sendo 
aplicada mesmo àqueles que a desconhecem, 
porque o “interesse da segurança jurídica exige esse 
sacrifício”. 
Princípio da Obrigatoriedade da Lei. 
( Art. 1º e Art. 3º LICC) 
Art. 3º. Ninguém se escusa de cumprir a lei, 
alegando que não a conhece. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
O princípio de segurança 
jurídica pressupõe uma 
previsibilidade dos 
efeitos jurídicos das 
condutas adotadas pelas 
pessoas, sendo uma de 
suas exigências 
exatamente a clareza e 
a publicidade das regras 
em vigor, o que se 
relaciona com os 
sistemas de publicidade. 
 
INTRODUÇÃOAO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
REVOGAÇÃO DA LEI 
Revogação é a perda total (ab-rogação) ou parcial 
(derrogação) de vigência de uma lei, tal como é 
definido no art. 2º e §§ da LINDB. 
Tem como referência a questão temporal ou a 
sucessão de normas jurídicas no tempo, não sendo 
aplicável a outros critérios de invalidação de 
normas que tenham por referência a sua posição 
hierárquica no ordenamento jurídico ou o seu grau 
de especialidade, salvo quando naturalmente estas 
normas hierarquicamente superiores ou especiais 
forem também mais recentes. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
REVOGAÇÃO: EXPRESSA E TÁCITA 
 
Se a lei posterior disser, de maneira expressa, que a 
lei anterior está revogada, temos a revogação 
expressa. 
A revogação tácita é a que decorre da vigência de uma 
nova disposição que colide com a anterior, sem que 
seja mencionada a lei nova a revogação da antiga. 
Assim, está implícita sua revogação. 
Há também revogação tácita quando a lei posterior 
regula inteiramente certa matéria tratada por lei 
anterior, sem que, ao final, diga expressamente que 
revogou a lei antiga. Costume não revoga lei. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
• Observação importante é no sentido de que os 
conceitos de ab-rogação e derrogação são relativos 
e podem englobar todo o texto de uma lei, seus 
artigos ou partes de artigos. Assim é possível falar 
da ab-rogação da lei X, como sendo a revogação de 
todos os seus artigos, de ab-rogação do art. 2º da 
lei X, permanecendo vigentes os demais artigos da 
lei, que como um todo teria sido, portanto, 
derrogada, ou mesmo da revogação do inciso I, do 
art. 2º da lei X, o que implicaria a derrogação do 
art. 2º, que permaneceria em parte vigente. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
A lei posterior revoga a anterior quando trata da mesma matéria 
de forma contrária. Uma vez revogada a lei nova, volta a vigorar 
a lei antiga? 
Art. 2º, parágrafo 3º, da LICC: “Salvo disposição em contrário, a 
lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a 
vigência”. 
Repristinação seria o restabelecimento da lei revogada após a 
perda da vigência da lei revogadora. Tal fato, como vimos, não é 
possível em nosso ordenamento jurídico, salvo disposição 
expressa em contrário. 
Tal dispositivo não se aplica às leis temporárias. - art. 2º, caput: 
“Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até 
que outra a modifique ou revogue.” 
A QUESTÃO DA REPRISTINAÇÃO - fenômeno não 
admitido no direito brasileiro 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
18 
TÉRMINO DA VIGÊNCIA DAS LEIS 
 
• Vigência e revogação são matérias disciplinadas pela 
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 
• A lei nova revoga a anterior quando trata sobre o 
mesmo assunto de forma diversa. Assim, nos fatos 
ocorridos após a sua revogação, a lei antiga não 
produzirá qualquer efeito, cessando, desta forma, sua 
eficácia. 
• Mas, com relação aos fatos ocorridos anteriormente à 
edição da nova lei, a lei antiga poderá continuar 
produzindo efeitos. Tal fenômeno é chamado de 
ultratividade da lei. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
DIREITO INTERTEMPORAL NO CONTEXTO DO 
SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO 
19 19 12 
A chamada aplicação da lei no tempo e no espaço 
refere-se à eficácia do Direito segundo a extensão 
de sua incidência ou em função do tempo ligado à 
sua vigência. Temos, assim, a eficácia da lei no 
tempo e no espaço. 
 
A eficácia da lei no tempo diz respeito ao tempo de 
sua atuação até que desapareça do cenário jurídico. 
Como tal fato pode ocorrer? 
 
Conflito de Leis no Tempo e no Espaço. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
Em duas hipóteses: 
• a) se a lei já tem fixado seu tempo de duração, com 
o decurso de prazo determinado ela perde sua 
eficácia e vigência. 
• b) se ela não tem prazo determinado de duração, 
permanece atuando no mundo jurídico até que seja 
modificada ou revogada por outra de hierarquia 
igual ou superior (LINDB, art. 2º); é o princípio da 
continuidade das leis. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
DIREITO INTERTEMPORAL 
Toda a matéria tratada no art. 2o da lei de Introdução ao 
Código Civil, dá margem a uma infinidade de conflitos. 
Tais conflitos são chamados de “conflitos das leis no 
tempo”. 
O conflito das leis no tempo nasce justamente da colisão da 
lei nova com a anterior. Muitas vezes permanecem 
conseqüências da lei antiga, sob a vigência da lei nova. E, 
muitas vezes, situações que foram criadas pela lei antiga 
já não encontrarão apoio na lei nova. Então há que se 
estudar até que ponto a lei antiga pode gerar efeitos e até 
que ponto a lei nova não pode impedir esses efeitos da lei 
antiga. Chamaremos tal fenômeno de direito 
intertemporal. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
22AULA 1 22AULA 1 
Uma lei nova só tem valor para o futuro ou regula situação 
anteriormente constituída, isto é, tem eficácia pretérita? 
· A norma que atinge os efeitos de atos jurídicos praticados sob o 
império da lei revogada é retroativa, tem eficácia pretérita; a que não 
se aplica a qualquer situação jurídica constituída anteriormente é 
irretroativa, hipótese em que a norma revogada permanece vinculante 
para os casos anteriores à sua revogação. 
· Em princípio, as leis não devem retroagir; em face do seu caráter 
prospectivo, devem disciplinar situações futuras. O fundamento maior 
do princípio da irretroatividade, consagrado na doutrina, e pela 
generalidade das legislações, é a proteção do indivíduo contra possível 
arbitrariedade do legislador. Se fosse admitida a retroatividade como 
princípio absoluto, a segurança do indivíduo não ficaria preservada. 
· A eficácia retroativa das leis é, portanto, excepcional; não se 
presume, devendo provir de texto expresso. 
A QUESTÃO DA RETROATIVIDADE E IRRETROATIVIDADE DAS LEIS 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
Art. 6º “a lei em vigor terá efeito imediato e geral, 
respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a 
coisa julgada”. 
No mesmo sentido, dispõe o inciso XXXVI do art. 5º da 
CF/88 “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada”. 
 
Logo, para entender-se a irretroatividade, é importante 
que se entenda o que significa direito adquirido, ato 
jurídico perfeito e coisa julgada. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
• ATO JURÍDICO PERFEITO (art. 6º, § 1º LINDB) 
 
É aquele que se realizou inteiramente sob a vigência 
de determinada lei. Assim, se alguém comprou 
alguma coisa, pagando na hora o respectivo preço 
total, o direito daquela pessoa sobre tal coisa está 
consumado, não podendo ser atingido por lei nova. 
Conclusão: Se o ato não estiver terminado, a lei nova 
o atingirá. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
DIREITO ADQUIRIDO (art. 6º, § 2º LINDB) 
 
É aquele que, na vigência de determinadalei, 
incorporou-se ao patrimônio de seu titular. 
O direito adquirido é direito em estado latente, 
surgido quando determinada pessoa preenche os 
requisitos estabelecidos pelo ordenamento jurídico, 
para ser considerado um titular de direito, pouco 
importando se e quando exercerá tal direito. 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
DIREITO ADQUIRIDO E EXPECTATIVA DE DIREITO 
A expectativa de direito é a possibilidade de se vir a 
ter um direito. Ela não confere direitos. 
 
Ex. 1: Se alguém tem 24 anos de serviço e frente à lei 
vigente lhe falta 1 ano para aposentar-se, este 
indivíduo tem uma expectativa de direito à sua 
aposentadoria. Caso a lei mude neste momento, terá 
ele que submeter-se ao novo regramento. 
Ex. 2: O filho, estando seu pai ainda vivo, tem 
expectativa de direito quanto à herança. Entretanto, 
os bens de seu pai ainda não incorporaram ao seu 
patrimônio, não gerando, portanto, direito adquirido. 
Conclusão: A lei nova atinge as expectativas de direito. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
COISA JULGADA 
Depois de decidida uma 
questão pelo Judiciário, 
se já não há 
possibilidade de recurso, 
faz ela lei entre as 
partes, estabelecendo 
obrigações e direitos 
entre as mesmas. 
A lei nova não atingirá tais 
decisões. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
A QUESTÃO DA RETROATIVIDADE E 
IRRETROATIVIDADE DAS LEIS 
Pergunta-se: Uma lei nova só tem valor para o futuro 
ou regula situação anteriormente constituída, isto 
é, tem eficácia pretérita? 
a) A norma que atinge os efeitos de atos jurídicos 
praticados sob o império da lei revogada é 
retroativa, tem eficácia pretérita; a que não se 
aplica a qualquer situação jurídica constituída 
anteriormente é irretroativa, hipótese em que a 
norma revogada permanece vinculante para os casos 
anteriores à sua revogação. 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
b) Em princípio, as leis não devem retroagir; em face 
do seu caráter prospectivo, devem disciplinar 
situações futuras. O fundamento maior do princípio 
da irretroatividade, consagrado na doutrina, e pela 
generalidade das lês legislações, é a proteção do 
indivíduo contra possível arbitrariedade do 
legislador. Se fosse admitida a retroatividade como 
princípio absoluto, a segurança do indivíduo não 
ficaria preservada. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
c) A eficácia retroativa das leis é, portanto, 
excepcional; não se presume, devendo provir de 
texto expresso. 
 
Temos ainda que a Constituição Federal, na verdade, 
não proíbe a retroatividade da lei, a não ser da lei 
penal que não beneficia o réu (art. 5º, XL, CF), e 
resguardados sempre o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada (art. 5º, XXXVI, 
CF). 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
• Por retroatividade da lei entende-se que a lei nova 
pode atingir situações abrangidas por leis 
anteriores. 
• Ao contrário, por irretroatividade das leis a lei nova 
não pode atingir situações reguladas pela lei 
anterior. 
• Reforçando a matéria examinada podemos dizer 
ainda que: “o princípio da irretroatividade encontra 
respaldo em nosso ordenamento jurídico tendo em 
vista a necessidade de segurança e estabilidade 
necessários à vida em sociedade”. Assim, temos a 
certeza de que o nosso direito de hoje não será 
violado pela lei de amanhã. 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
APLICAÇÃO IMEDIATA DA 
LEI 
• A aplicação imediata de 
lei se dá naquelas 
relações jurídicas de 
efeitos diferidos, que 
são as que envolvem a 
prática de diversos atos 
ao longo do tempo, que 
deverão ser adaptados 
à sistemática da nova 
legislação 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
São as seguintes as hipóteses de aplicação imediata 
de lei: 
• Normas Processuais –Como elas não dizem respeito 
ao direito em si, uma mudança na legislação 
processual é de imediato aplicada aos processos 
judiciais em andamento, que a partir da 
modificação deverão ter o seu rito adequado ao que 
prescreve a nova lei, preservando-se os efeitos dos 
atos processuais praticados de acordo com a 
sistemática da legislação revogada. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
São as seguintes as hipóteses de aplicação imediata 
de lei: 
• Normas de Ordem Pública – são as que envolvem 
temas de ordem pública, inclusive aqueles que 
repercutem na esfera jurídica dos particulares. São 
de ordem pública as regras ligadas ao estado das 
pessoas (direitos da personalidade, capacidade 
jurídica, regime matrimonial e sucessório, por 
exemplo), ordem econômica, política salarial, 
concorrência, direito do consumidor etc. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE PENAL 
Proíbe que, uma vez determinada por Lei como ilícita 
determinada conduta, os efeitos penais, 
incriminantes e condenatórios dessa Lei retroajam 
anteriormente à vigência dessa. Assim sendo, a 
prática de uma conduta delituosa só será punível se 
praticada após a vigência da Lei que a proscreve. 
Por conseguinte, toda prática dessa conduta antes 
da vigência torna-se intocável pelo Direito Penal, 
seguindo lícita e não punível seu autor. O efeito ex-
tunc é vedado in malam partem, isto é, pra punir. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE PENAL 
• No entanto, a Lei proibiu apenas a retroatividade 
em prejuízo ao agente. Como a Lei não proibiu a 
retroatividade benéfica, se tem que, do Princípio da 
Irretroatividade Penal surge o Princípio da 
Retroatividade Benéfica Penal. 
• No Brasil, o Princípio da Irretroatividade Maléfica 
Penal está garantido na Constituição Federal de 
1988, a qual, em seu artigo 5º inciso XXXIX exige 
que: "Não há crime sem lei ANTERIOR que o defina, 
nem pena sem PRÉVIA cominação legal." 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
LEIS TEMPORÁRIAS E PERPÉTUAS, COMUNS E 
ESPECIAIS. 
Leis temporárias - leis com prazo de vigência 
temporário, o que obviamente não se presume, 
devendo dela constar expressamente o prazo de 
expiração de sua vigência (o chamado termo de 
vigência) ou os fatos futuros que porão fim à sua 
vigência (a denominada condição). 
Leis perpétuas - A regra geral do art. 2º da LINDB é 
que “não se destinando à vigência temporária, a lei 
terá vigor até que outra a modifique ou revogue”, o 
que caracteriza por princípio as leis como perpétuas 
no direito brasileiro. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
• Leis comuns ou gerais - são aquelas de conteúdo 
mais aberto, que em muitos casos são a expressão 
de princípios de direito em forma de regras. 
 
• Leis especiais - são as que tratam de certos temas 
de maneira pontual ou mais detalhada, devendo-se 
lembrar que, mesmo entre as leis especiais, podem 
existir graus diferentesde especificidade, que 
permitem afirmar que “uma norma é mais 
específica do que a outra”. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
AGORA VAMOS CORRIGIR OS 
EXERCÍCIOS DO LIVRO 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
3. Em se tratando do conflito de leis no tempo, pode-
se dizer que: 
a) a lei revogada recupera sua eficácia quando a lei 
revogadora é revogada. 
b) a lei revogada não se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência, salvo determinação 
expressa. 
c) a lei revogada pode ser aplicada em caso de lacuna 
na lei revogadora. 
d) o fato, uma vez tratado em lei, não pode mais 
deixar de ser disciplinado pela legislação. 
e) a lei revogadora pode alterar a coisa julgada 
fundada na lei revogada. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
AULA 13: A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO I 
3. Em se tratando do conflito de leis no tempo, pode-
se dizer que: 
a) a lei revogada recupera sua eficácia quando a lei 
revogadora é revogada. 
b) a lei revogada não se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência, salvo determinação 
expressa. 
c) a lei revogada pode ser aplicada em caso de lacuna 
na lei revogadora. 
d) o fato, uma vez tratado em lei, não pode mais 
deixar de ser disciplinado pela legislação. 
e) a lei revogadora pode alterar a coisa julgada 
fundada na lei revogada. 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
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6. Examine as situações em que o direito brasileiro admite a 
aplicação retroativa da lei e os seus limites: 
a) A norma que atinge os efeitos de atos jurídicos praticados sob o império da lei 
revogada é retroativa, tem eficácia pretérita; a que não se aplica a qualquer 
situação jurídica constituída anteriormente é irretroativa, hipótese em que a 
norma revogada permanece vinculante para os casos anteriores à sua revogação. 
 b) Em princípio, as leis não devem retroagir; em face do seu caráter prospectivo, 
devem disciplinar situações futuras. O fundamento maior do princípio da 
irretroatividade, consagrado na doutrina, e pela generalidade das lês legislações, é 
a proteção do indivíduo contra possível arbitrariedade do legislador. Se fosse 
admitida a retroatividade como princípio absoluto, a segurança do indivíduo não 
ficaria preservada. 
 c) A eficácia retroativa das leis é, portanto, excepcional; não se presume, devendo 
provir de texto expresso. 
 
Temos ainda que a Constituição Federal, na verdade, não proíbe a retroatividade da 
lei, a não ser da lei penal que não beneficia o réu (art. 5º, XL, CF), e resguardados 
sempre o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada (art. 5º, XXXVI, 
CF). 
 
 
 
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GALERA, POR 
HOJE É SÓ! 
Façam a leitura da 
próxima aula , os 
exercícios do livro 
 e da webaula

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