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APPCC Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle Introdução O QUE É O SISTEMA APPCC?? É um sistema usado para descobrir os perigos na Indústria de Alimentos e para controlá-los. Também é chamado de HACCP Introdução Hoje, o Sistema HACCP (Hazard Analisys and Critical Control Point) constitui-se na ferramenta mais eficaz para garantir a produção de alimentos seguros à saúde dos consumidores, revelando-se como o sistema lógico, prático, sistemático, econômico e dinâmico para garantir essa segurança. Introdução No Brasil, o Sistema HACCP passou a ser denominado oficialmente de SISTEMA APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), fazendo já parte de diversos documentos oficiais citados, destacam-se a Portaria 1428/93 do Ministério da Saúde (M.S.) e a Portaria nº 46/98 do Ministério da Agricultura e do Abastecimento (MAPA). POR QUE UTILIZAR O SISTEMA APPCC? Os principais benefícios que o Sistema APPCC proporciona são: • Garantia da segurança do alimento; • Diminuição dos custos operacionais; • Diminuição da necessidade de testes dos produtos acabados, no que se refere à determinação de contaminantes; POR QUE UTILIZAR O SISTEMA APPCC? • Redução de perdas de matérias-primas e produtos; • Maior credibilidade junto ao cliente (consumidor); • Maior competitividade do produto na comercialização; • Atendimento aos requisitos legais do M.S. e do M.A.A. e de legislações internacionais (USA, Comunidade Européia e outras). • O consumidor deseja: ALIMENTO SEGURO DISPONÍVEL ESTOCÁVEL POR LONGOS PERÍODOS PREÇO ACESSÍVEL DANGER !!!! E na indústria de alimentos??? O que são considerados perigos??? Perigos Físicos Perigos Químicos Perigos Biológicos E quais são as consequências para o consumidor? E para a empresa? Organização de um sistema APPCC Diretor da empresa Coordenador do sistema APPCC Equipe de APPCC Coordenador do sistema APPCC Equipe de APPCC Coordenador do sistema APPCC Equipe de APPCC A equipe de APPCC vai então examinar todos os locais da fábrica para “encontrar” os pontos em que os perigos podem estar ou chegar aos alimentos. Estes locais são chamados PCC (PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE). Cada PCC deve ser constantemente monitorado. Por exemplo: temperatura, presença de objetos estranhos, etc. A monitorização vai mostrar se o que está sendo controlado, está dentro do que a equipe APPCC estabeleceu. A tomada destes dados deve ser precisa e confiável. Portanto, o monitor é uma pessoa chave para o APPCC e deve ser bem treinado. •Os seis princípios 1. Identifique pontos críticos de controle Um Ponto Crítico de Controle (PCC) é um ponto, local ou procedimento em um processo de produção de alimentos, no qual um controle pode ser aplicado • Como resultado, um perigo para a segurança do alimento pode ser prevenido, eliminado ou reduzido para um nível aceitável. • Perigo para a segurança do alimento pode ser de natureza biológica, química ou propriedades físicas, podendo tornar o alimento inseguro para o consumo humano. 2. Estabeleça limites para cada PCC Um limite crítico é o máximo ou mínimo valor para que um perigo físico, biológico ou químico possa ser controlado num PCC, a fim de ● prevenir ● eliminar ● reduzi-lo a um nível aceitável. 3. Estabeleça pontos críticos que monitorem as exigências Atividades de monitoramento são necessárias para assegurar que o processo está sob controle em cada PCC. É indicado que cada procedimento de monitoramento e sua frequência estejam listados no plano APPCC. 4. Estabeleça ações corretivas São ações a serem efetuadas quando o monitoramento indicar divergência de um limite crítico estabelecido e que devem estar identificadas no plano APPCC. Devem assegurar que nenhum produto prejudicial à saúde ou agente adulterador entre no comércio. 5. Estabeleça sistema de registros O plano de APPCC requer a manutenção de documentos, incluindo: Análise de perigos Planejamento APPCC Registros que documentem o monitoramento do PCC Limites críticos Atividades de verificação Manipulação de divergências do processo. 6. Estabeleça ações para verificar se o APPCC está trabalhando A validação assegura: ► que os planos realizem o que foi estabelecido para ser feito; ► ter êxito para garantir a produção de produtos seguros ► que o plano APPCC é adequado e está sendo trabalhado na forma pró-ativa Pré requisitos para a implantação do APCC Boas Práticas de Fabricação Como as Boas Práticas são a base higiênico- sanitária para a implantação do Sistema APPCC, é imprescindível que a empresa já tenha aquele programa devidamente implantado e controlado. Em consequência, é fundamental avaliar esse pré- requisito e, se necessário, providenciar sua implantação ou adaptação. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Vantagens: Menor desperdício: • Pela conservação correta da matéria-prima e alimentos e preparados; • Economia nos produtos de limpeza; • Proteção à saúde da população; • Contribui para a obtenção do Alvará Sanitário; • Cumprimento da legislação; • Melhoria da qualidade do serviço; • Produção de alimentos confiáveis e seguros; • Satisfação e conquista de novos clientes; • Redução do número de surtos causados por doenças transmitidas por alimentos. Recomendações para elaboração e implantação das Boas Práticas • Conhecer os conceitos de Boas Práticas. • Obter informações sobre a legislação sanitária no site da ANVISA ou nas VISAs estaduais e municipais. • Realizar um diagnóstico da adequação do estabelecimento. • Elaborar e desenvolver um plano de ação para solucionar as não-conformidades detectadas. • Elaborar o Manual de Boas Práticas para serviços de alimentação em conjunto com os funcionários. • Promover a capacitação dos responsáveis pela atividade de manipulação de alimentos. • Supervisionar e capacitar, periodicamente, todos os funcionários do estabelecimento. Manual de Boas Práticas • É um documento onde estão descritas as atividades e procedimentos que as empresas que produzem, manipulam, transportam, armazenam e/ou comercializam alimentos, adotam para garantir aos seus consumidores, que os alimentos produzidos tenham segurança e qualidade sanitária e para atender a legislação sanitária federal em vigor. Manual de Boas Práticas • Deve ser a reprodução fiel da realidade da empresa, descrevendo a sua rotina de trabalho, relacionando e anexando toda documentação comprobatória, os POP’s adotados, as planilhas de controle, registros, check list, etc. • O MBP deverá ser atualizado sempre que a empresa realizar alterações em sua estrutura física ou operacional e, sua apresentação será obrigatória para o licenciamento sanitário anual dos estabelecimentos. Manual de Boas Práticas • Descrever de maneira objetiva e clara para que serve o MBP e em quais áreas / funções/ setores do estabelecimento ele se aplica. • Indicar os documentos que referenciam o MBP (leis, portarias, normas técnicas, bibliografia técnica, etc). • Citar definições que sejam necessárias para o entendimento do manual. Manual de Boas Práticas 1 – IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 1.1 – Razão social 1.2 – Endereço. 1.3 – Responsável técnico (nome/ formação) e nº do registro no conselho profissional 1.4 - Autorização de funcionamento: 1.4.1 – Certificado de inspeção sanitária – xerox. 1.4.2 – Alvará – xerox. 1.4.3 – Caderneta sanitária – xerox. 1.4.4 – Horário de funcionamento da empresa – xerox. 1.5 – Listagem dos produtos fabricados/manipulados UAN: clientela atendida, nº de refeições/dia. Tipo de refeições servidas. Tipo e modalidade de distribuição. Manual de Boas Práticas 2 – RECURSOS HUMANOS 2.1 – Procedimento na admissão dos funcionários. · nº de funcionários totais (por sexo). · nº de funcionários das linhas de produção. · nº de funcionários qualificados. 2.2.1 – Método utilizado para treinamento dos funcionários, no que se refere às boas práticas no manuseio de alimentos, higiene pessoal, armazenagem, controle de pragas e outros. Citar o responsável pelo treinamento, sua qualificação profissional e a frequência da realização Manual de Boas Práticas 3 –HIGIENE E SAÚDE DOS MANIPULADORES 3.1 – Saúde: Fazem exames médicos e laboratoriais (quais?), periodicidade de realização (admissionais, demissionais e periódicos), por quem é executado O que acontece quando os funcionários estão doentes ou com feridas / lesões, local onde estão arquivados os controles de saúde dos funcionários. Manual de Boas Práticas 3.2 – Higiene dos manipuladores: 3.2.1 – Uniformes / EPIs Descrever o tipo de uniforme e EPI para cada área de produção. Número de mudas de uniformes para cada funcionário. Como é feita a higienização dos uniformes, e qual a frequência da troca? Manual de Boas Práticas 3.2.2 – Higienização das mãos Onde e como é feita a higienização das mãos, frequência, existência de instruções normativas/ cartazes afixados de como lavar as mãos. 3.2.3 – Hábitos comportamentais Usam adornos, fumam, usam perfume, tomam banho antes de iniciar as atividades? Como fazem a monitorização (check list/ planilhas), onde estão arquivados estes registros. Manual de Boas Práticas 4 – LOCALIZAÇÃO Área externa: descrição das áreas circunvizinhas do estabelecimento: vias de acesso, condições urbanas (área urbana) e de salubridade. Área interna: ventilação e exaustão; iluminação (natural ou artificial), intensidade; temperatura por setor de produção; poluição sonora (origem, nível de db) Manual de Boas Práticas 5 – INSTALAÇÕES 5.1 – Layout: anexar o layout da empresa, com metragem e especificação das áreas. 5.2 – Tipo de construção, material empregado e área de cada setor Relatar as características físicas de cada setor (cozinha, instalações sanitárias e vestiários, área de armazenamento, etc ) tais como: teto, forro, paredes, piso, ralos/ canaletas, iluminação, ventilação, janelas, portas, lavatórios, sistemas de exaustão, esgotamento sanitário, instalações elétricas, etc. Manual de Boas Práticas 6 – CONTROLE DA POTABILIDADE DA ÁGUA • Origem da água potável e onde é armazenada. • Número, capacidade e estado de conservação dos reservatórios existentes; • Periodicidade da lavagem dos reservatórios e a descrição do método de higienização. • Controle da potabilidade de água e documentos comprobatórios das análises laboratoriais. • Se for usada água não potável, indicar a finalidade e a identificação das tubulações. Manual de Boas Práticas 7 – MANEJO DOS RESÍDUOS • Tipo de depósito de lixo nas áreas de produção, forma e frequência com que o lixo é retirado da área de produção; caminho percorrido pelo lixo para fora da área de produção; onde é armazenado até destinação final. • Como é e com qual frequência é feita a higienização das lixeiras. Manual de Boas Práticas 8 – EQUIPAMENTOS 8.1 – Equipamentos existentes e suas especificações: Relacionar todos os equipamentos existentes e suas especificações 8.2 – Programa de manutenção preventiva e calibração dos equipamentos: Como é feita a manutenção preventiva e calibração de equipamentos e onde estão arquivados os controles/ registros dessa manutenção. Manual de Boas Práticas 9 – HIGIENIZAÇÃO DE INSTALAÇOES, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS 9.1 – Higiene dos equipamentos e utensílios: • Descrever os procedimentos de higienização, como é feito o monitoramento da higienização e qual a frequência com que são inspecionados. 9.2 – Higiene das instalações: • Quais os procedimentos de higienização dos ambientes, os métodos, produtos, frequência e os responsáveis. Como é monitorada, com que frequência e onde estão arquivados os registros. Manual de Boas Práticas 10 – CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS • Tipos de pragas mais comuns no ambiente da empresa. As medidas preventivas para não permitir a entrada e onde estão instaladas barreiras físicas. • Se usa processo químico, qual o procedimento adotado; quais os produtos químicos utilizados no combate à infestação, quantidades, periodicidade da aplicação, qual empresa realiza o serviço, bem como seu número de alvará sanitário junto ao órgão competente. 10 – CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS • Existe monitoramento, preenchimento e arquivo de relatórios sobre as atividades de controle de praga? • Qual a frequência e onde estão arquivados os registros. Manual de Boas Práticas 11 – CONTROLES NA PRODUÇÃO 11.1 – Seleção da matéria prima, ingredientes e embalagens • Critérios de ordem higiênico-sanitária são usados na aquisição de matérias-primas. Como é feita a seleção de fornecedores. Registros usados. 11.2 – Recebimento • Parâmetros qualitativos e quantitativos usados no recebimento de cada produto. O que é feito quando existem não conformidades no recebimento, quem é o responsável; qual a forma de documentação desses procedimentos (planilhas/ checklist, etc.) Manual de Boas Práticas 11.3 – Armazenamento • Descrever as regras de armazenamento adotadas para as matérias-primas recebidas. • Onde são armazenados os produtos químicos e tóxicos, material de limpeza. Manual de Boas Práticas 11.4 – Preparo do alimento • Descrever os equipamentos, utensílios e pessoal; • Cuidados na manipulação dos alimentos; • O fluxograma de produção de cada categoria de alimentos. • Temperatura e técnicas utilizadas no manejo térmico; • Procedimentos utilizados após o processamento e na distribuição Manual de Boas Práticas 11.5 –Transporte do alimento preparado Contempla todos os procedimentos requeridos para o transporte de alimentos preparados: • Sistema de envasamento; • Etiquetagem; • Controle de tempo e temperatura; • Normas para os meios de transporte. 12 – ACONDICIONAMENTO, IDENTIFICAÇÃO E ARMAZENAMENTO DOS ALIMENTOS PRÉ PREPARADOS, PRONTOS E SOBRAS Descrever os critérios de acondicionamento, rotulagem e armazenamento • Alimentos prontos • Alimentos pré-preparados • Sobras Manual de Boas Práticas 13 – CONTROLE DE QUALIDADE • A empresa realiza algum tipo de controle de qualidade (sensorial, laboratorial). Descrever e relatar que tipo de controle é realizado e a finalidade de cada um. Manual de Boas Práticas 14 – PROGRAMA DE RECOLHIMENTO DE ALIMENTOS • Quais procedimentos são adotados para o rápido e efetivo recolhimento dos produtos reclamados. Onde são armazenados esses produtos, seu destino final, onde são feitos os registros e onde estão arquivados? Manual de Boas Práticas 15 – REGISTROS • Descreve como são tratados e controlados. Onde são feitos, tipos de planilhas... Manual de Boas Práticas 16 – ANEXOS • Indicam uma lista de anexos do manual, sejam eles: xerox de alvará, comprovantes de saúde, layout, modelo de registros de controles, planilhas, check list, certidões, exames, laudos, certidões, etc. Manual de Boas Práticas
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