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Pragmatismo e construtivismo Pragmatismo John Dewey – o pai do pragmatismo na Educação • O pragmatismo se aproxima do sentido popular, segundo o qual um sujeito "pragmático" é aquele que tem o hábito mental de reduzir o sentido dos fenômenos à avaliação de seus aspectos úteis, necessários, limitando a especulação aos efeitos práticos, de valor utilitário, do pensamento. • Nas palavras de William James, o pragmatismo defende que o sentido de tudo está na utilidade - ou efeito prático - que qualquer ato, objeto ou proposição possa ser capaz de gerar. Uma pessoa pragmatista vive pela lógica de que as ideias e atos de qualquer pessoa somente são verdadeiros se servem à solução imediata de seus problemas. • Nesse caso, define-se como verdade o conjunto de todas as suas consequências práticas relativas a determinado contexto. • O que torna verdadeira a afirmação de que ela é boa são suas consequências. E a filosofia deve estudar o que faz gerar essas consequências e como usá-las para tornar a sociedade um lugar melhor. • Os pragmatistas argumentam que se deve considerar como verdadeiro aquilo que mais contribui para o bem estar da humanidade em geral, no mais longo prazo possível. • John Dewey nasceu em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrícola do estado norte-americano de Vermont. • Uma das principais lições deixadas por John Dewey é a de que, não havendo separação entre vida e educação, esta deve preparar para a vida, promovendo seu constante desenvolvimento. Como ele dizia, "as crianças não estão, num dado momento, sendo preparadas para a vida e, em outro, vivendo". • Dewey ensinou que o aprendizado se dá justamente quando os alunos são colocados diante de problemas reais. • A Educação, na visão deweyana, é "uma constante reconstrução da experiência, de forma a dar-lhe cada vez mais sentido e a habilitar as novas gerações a responder aos desafios da sociedade". Educar, portanto, é mais do que reproduzir conhecimentos. • É incentivar o desejo de contínuo desenvolvimento, preparar pessoas para transformar algo. “Não cessam de nos gritar o que nos querem ensinar aos ouvidos, como se por meio de um funil, e o nosso trabalho consiste em repetir.” Montaigne (1533-1592) conceito O construtivismo é uma das correntes teóricas que tenta explicar o funcionamento da inteligência humana, partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio. Trata-se de concepção do conhecimento e da aprendizagem com base na epistemologia genética de Jean Piaget e nas pesquisas socio- históricas de Lev Vygotsky. Segundo linha epistemológica, o homem não nasce inteligente. A inteligência é uma construção da relação sujeito- meio. O homem também não é passivo sob a influência do meio. Ele responde a estímulos externos e age sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma gradual e cada vez mais elaborada. Nesta concepção, o conhecimento não busca encontrar verdade absoluta nem representar o real tal como ele é supostamente seja. Na questão de adaptação (noção trazida da biologia) do organismo a seu meio ambiente, o homem encontra o conhecimento adequado para sua sobrevivência. Assim, o sujeito do conhecimento está o tempo todo reavaliando e reformulando suas ações e operações conceituais com base nas experiências por meio de uma relação dialética entre sujeito e meio. O próprio mundo sensorial é um resultado das relações entre sujeito- meio. Deste modo, o mundo sensorial também é construído. Na aquisição de novos conhecimentos o ser humano, segundo Piaget, adota três procedimentos: a adaptação, a assimilação e a acomodação. Estes três processos buscam um equilíbrio mental. Cada aquisição de conhecimento gera perturbação e requer assimilação e acomodação (princípio de equilibração). A adaptação é inerente ao processo de mudança a que nos submete a aprendizagem. Ela requer absorção da nova experiência por meio da assimilação a partir de um esquema já existente. Essa operação cria um novo esquema (visão de mundo) de acomodação ao novo conhecimento. Este novo esquema será então ampliado por novos conhecimento e experiências. Referências COLL, César; SOLE, Isabel. Os professores e a concepção construtivista. In: COLL, César et al. O Construtivismo na sala de aula. 4 ed. São Paulo: Ática, 1998. pp 9-28. LA TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl; DATAS, Heloysa (Org.). Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. 13 ed. São Paulo: Summus, 1992.
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