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# Nas células temos ácidos dicarboxílicos de cadeia curta que fazem parte do ciclo do ácido cítrico e da via de síntese de lipídeos que serão estudados, um exemplo é o Malonil-Coenzima A. 1 Estrutura e função de Lipídeos – Texto de apoio Texto de apoio: ÁCIDOS GRAXOS, FOSFOLIPÍDEOS E LIPOPROTEÍNAS PLASMÁTICAS Para ser um lipídeo devemos considerar um álcool sendo esterificado em uma de suas hidroxilas por um ácido carboxílico. Em alimentos temos ácidos carboxílicos de diversos tamanhos, porém as células possuem ácidos carboxílicos (monocarboxílicos#) de tamanhos maiores, com cadeias acima de 10 carbonos, tais ácidos são denominados de ácidos graxos. Os ácidos graxos podem ser do tipo saturados, monoinsaturados ou poli-insaturados; tal característica é determinante para a forma como esse nutriente será utilizado pelo organismo. O excesso de gorduras ou lipídeos contendo ácidos graxos saturados na alimentação foi associado em muitas pesquisas a doenças cardíacas e vários tipos de câncer, aqui podemos citar os TAG, TriAcilGliceróis, composto por uma molécula de glicerol esterificada por 3 ácidos graxos, os quais podem ser todos saturados, o que lhes confere elevado ponto de fusão. Os TAG compõem o tecido adiposo são apolares e sólidos a temperatura ambiente. Os ácidos graxos monoinsaturados são benéficos à saúde, pois atuam aumentando a produção do bom colesterol (HDL, lipoproteína de alta densidade) e diminuindo as chances de problemas cardiovasculares e pressão alta, esta lipoproteína, normalmente faz o recolhimento do colesterol e demais lipídeos das células e o transporta para o fígado para ser degradado. O aumento dos transportadores de lipídeos corporais, lipoproteínas plasmáticas, principalmente o LDL e VLDL, podem levar a problemas cérebro-vasculares como derrame cerebral e infarto do miocárdio. Problemas como aterosclerose e colesterol alto podem ser prevenidos a partir da infância com o maior consumo de ácidos graxos monoinsaturados, que estão presentes nos azeites de oliva e de dendê. Uma alimentação rica em ácidos graxos monoinsaturados e pobre em gordura saturada, aumenta os níveis do bom colesterol, diminuindo as chances de desenvolver esses problemas. Além disso, tem efeito hipotensivo, prevenindo a hipertensão arterial. Alguns ácidos graxos poli-insaturados presentes nos azeites de oliva e de dendê fazem parte da lista de ácidos graxos essenciais, como exemplo podemos citar o ácido linolênico (ômega-3) e o ácido linoléico (ômega-6). A importância destes ácidos graxos está em suas funções biológicas pois os mamíferos não são capazes de produzir o ácido araquidônico (ácido graxo com C20 e 4 duplas – precursor dos eicosanóides) sem estes precursores e nossa capacidade de aumentar a cadeia carbônica e inserir duplas ligações na mesma é limitada, tornando assim fundamental a ingestão destes ácidos graxos essenciais. Curiosidade: Quando o Azeite de Oliva (de azeitona) apresenta uma acidez muito elevada (maior que 3,3%), é submetido a um tratamento para neutralizar o excesso de acidez, sendo então classificado como Refinado e tendo acidez final de no máximo 0,3%. Os Azeites de Oliva não refinados são classificados por Virgem ou Extra-Virgem em função da acidez apresentada; são classificados como extra-virgens aqueles com acidez máxima de 0,8% e virgens aqueles com acidez de até 2,0%. Os azeites que apresentam acidez entre 2,0% e 3,3% são normalmente misturados aos azeites refinados, compondo um tipo genérico “Azeite de Oliva”, cuja acidez máxima deve ser de 1,0%. – veja qual você tem em casa!!!!! # Nas células temos ácidos dicarboxílicos de cadeia curta que fazem parte do ciclo do ácido cítrico e da via de síntese de lipídeos que serão estudados, um exemplo é o Malonil-Coenzima A. 2 Estrutura e função de Lipídeos – Texto de apoio A composição de ácidos graxos nos azeites faz parte da identidade dos mesmos e essa composição varia em função da origem do fruto (solo e clima da região de plantio) e em função do processamento (com ou sem refino). Os azeites são ricos em ácidos graxos essenciais. Tira dúvidas - O que são ácidos graxos essenciais? São os ácidos graxos importantes para o funcionamento do corpo humano mas que o nosso organismo não é capaz de produzir, sendo necessário adquiri-los por meio da alimentação. Na infância, uma baixa ingestão destes ácidos graxos essenciais pode retardar o crescimento e causar problemas de pele e fígado. Além dos ácidos graxos, nossas células tem elevada produção e renovação dos fosfolipídios. Os fosfolípides fazem parte da composição da membrana celular. Todos as ações necessárias para as células envolvem a membrana, por isso a importância de suas funções são inquestionáveis. Para tal é necessário a confecção dos fosfolipídeos que fazem parte de sua composição diariamente, sendo que crianças em desenvolvimento tem elevada necessidade destes compostos, uma boa fonte de fosfolipídeos é a gema de ovo. Um fosfolípide pode ser composto por dois tipos de álccois: o glicerol ou o esfingol. Quando o fosfolipídeo possui o glicerol como álcool, a hidroxila da posição 3 é esterificada por um grupo fosfato, o qual recebe ainda uma nova molécula, de característica polar, para criar o lipídeo de membrana, composto por uma cabeça polar (grupo X + fosfato) e caudas apolares (cadeias de hidrocarbonetos dos 2 ácidos graxos que foram inseridos no glicerol). Podemos também ter os esfingolipídeos, que possuem como álccol o esfingol ou esfingosina (aminoálcool de 18 carbonos na cadeia), que recebe um único ácido graxo (criando uma cera) em seu grupo amino. Em sua hidroxila da extremidade, este aminoálcool pode ganhar uma cabeça polar sendo composta por uma fosfocolina ou cadeias de carboidratos (glicosídeos e cerebrosídeos). Um exemplo importante dos esfingolipídeos de membrana plasmática a ser lembrado são os lipídeos que compõem o sistema sanguíneo ABO, onde as diferenças na cadeia dos carboidratos dos esfingolipídeos da membrana das hemácias (células vermelhas do sangue) dizem se o tipo sanguíneo é A, B ou O. Sendo que o sangue do tipo AB é de pessoas que possuem o esfingolipídeo A e B ao mesmo tempo. Nesta tabela 2 ilustramos a composição da gema de ovo. Este alimento contém 29,7% de fosfolipídeos. Sendo que dentre estes temos representantes que são glicerofosfolipídeos (fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilserina) e esfingolipídeos (esfingomilelina). # Nas células temos ácidos dicarboxílicos de cadeia curta que fazem parte do ciclo do ácido cítrico e da via de síntese de lipídeos que serão estudados, um exemplo é o Malonil-Coenzima A. 3 Estrutura e função de Lipídeos – Texto de apoio Devido à sua natureza hidrofóbica, os lipídios, após sua absorção no intestino, ou síntese pelas células, são transportados no plasma (parte líquida do sangue) pelas lipoproteínas – partículas formadas por uma capa hidrofílica constituída por fosfolipídios, colesterol livre e proteínas, envolvendo um núcleo hidrofóbico que contém TAG e colesterol esterificado. As proteínas que constituem as lipoproteínas são denominadas apolipoproteínas ou apoproteínas (apo). As apoproteínas exercem diversas funções no metabolismo das lipoproteínas como: montagem da partícula, o meio ligante a receptores de membrana que as captam para o interior da célula (apo B-48, apo B-100 e E) ou co-fatores enzimáticos (apo C-II, C-III e A-I). De acordo com sua densidade e mobilidade eletroforética, as lipoproteínas são classificadas em quilomícrons, lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL), lipoproteínas de densidade intermediária (IDL), lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e lipoproteínas de alta densidade (HDL).As grandes classes de lipoproteínas – como as VLDL, as LDL e as HDL não são compostas de partículas homogêneas, apresentam subclasses distintas de tamanho, densidade e composição química. Os quilomícrons são sintetizados nas células da mucosa intestinal, têm um núcleo central composto de grande quantidade de triacilgliceróis (80 a 95%) e uma pequena quantidade de ésteres de colesterol derivados da gordura ingerida com a dieta. Sua principal proteína estrutural é a apoproteína B-48. As VLDL são produzidas no fígado e se caracterizam pelo seu alto conteúdo de triacilgliceróis. A apoproteína principal é B-100, mas contém também apo C-II e apo E na sua superfície. Já as lipoproteínas LDL, possuem o núcleo central composto quase exclusivamente de ésteres de colesterol e na superfície só uma proteína (a apo B-100). As lipoproteínas HDL são formadas em sua maior parte por ésteres de colesterol e recobertas pelas apoproteínas; a apo A-I é a principal. Contêm também em menor quantidade, as apo A-II, apo A-IV; apo Cs, apo E e apo J. Controlar os níveis plasmáticos das lipoproteínas é passo essencial para o tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares, uma vez que elas estão intimamente relacionadas com o desenvolvimento da placa aterosclerótica. É igualmente importante a prevenção da oxidação das lipoproteínas e a conseqüente formação das células esponjosas, bem como controlar os níveis de triacilgliceróis, que estão relacionados com a constituição e tamanho das partículas de LDL.
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