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PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO. São premissas éticas extraídas do material legislativo. 1. PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. In dubio pro reo. Em caso de dúvida, o réu é absolvido, presumindo-se a sua inocência. Aplica-se à apreciação de provas e quando esgotados os recursos interpretativos. 2. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. Nullum crimen, nulla poena sine praevia lege. Abrange, principalmente, dois princípios do direito: princípio da anterioridade da lei penal e princípio da reserva legal. É uma garantia prevista no art. 5º da Constituição Federal que existe para proteger os indivíduos contra abusos arbitrários por parte do Estado. Sua primeira aparição no direito brasileiro foi na Constituição Imperial de 1824. 2.1. Princípio da reserva legal: somente a lei em seu sentido estrito pode definir crime e cominar pena. 2.1.1. Reserva absoluta de lei: nenhuma outra fonte do direito penal pode gerar a norma (CF); 2.1.2. Taxatividade e vedação à analogia: a lei deve ser precisa, pois não permite que seu alcance se estenda a condutas meramente semelhantes; 2.1.3. Taxatividade e descrição genérica: a descrição deve ser precisa; 2.1.4. Conteúdo material: o simples respeito formal ao princípio da legalidade não é suficiente. O Direito Penal deve prezar a sociedade pluralista, não podendo proteger bens meramente morais. Aqui, busca-se um conceito ontológico do crime, segundo o qual só podem ser consideradas delituosas as condutas que ameacem a coletividade. 2.2. Princípio da anterioridade da lei penal: a lei precisa estar em vigor no tempo da prática do crime, ou seja, a vigência da lei deve ser anterior à conduta delituosa. Tempus regit actum. 3. PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA. O Direito Penal só deve intervir quando as outras ramificações do Direito não forem capazes de prevenir a conduta típica. 4. NES BIS IN IDEM. Ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato.
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