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Tipos de parto

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Discentes: Paloma Matoso
Natália Soares
Beatriz Ramalho
Diego Motta
Henrique Brum
TRABALHO DE PARTO E TIPOS DE PARTO
O processo do nascimento é intrínseco ao viver da humanidade, conforme a cultura e o meio em que a mulher-mãe está inserida, razão pela qual seu trabalho de parto podem, ser vivenciados com maior ou menor intensidade, refletindo direta ou indiretamente em seu processo de viver. 
(CARRARO, 2005)
INTRODUÇÃO
A tendência mundial de avanço tecnológico e científico mostra uma enorme fragilidade no que se refere ao cuidado e conforto, principalmente, ao que diz respeito a esta vivência. O que se esperava era que os avanços tecnológicos auxiliassem no trabalho dos profissionais, contribuindo assim para que os cuidadores tivessem mais condições para ser e estar junto ao ser humano por eles cuidado.
INTRODUÇÃO
(CARRARO, 2005)
A noção de parto é usada para designar o processo e o resultado de parir (dar à luz). O parto, por conseguinte, marca o final de uma gravidez e o nascimento da criança que se desenvolve no útero da sua mãe. O ato fisiológico de parir e nascer com o decorrer dos anos passou a ser visto como patológico, privilegiando a técnica medicalizada e despersonalizada, em detrimento do estímulo, apoio e carinho à mulher que vivencia essa experiência.
(ROMANO, 2013)
DEFINIÇÃO DE PARTO
Só é efetivamente trabalho de parto, quando há presença de três critérios: 
 Presença de pelo menos 3 contrações uterinas regulares, rítmicas e com duração de pelo menos 30s em intervalos de 10min, de intensidade suficientemente forte para causar dilatação do colo uterino; 
Colo uterino dilatado pelo menos 3cm; e a presença de grau mínimo de apagamento do colo uterino. 
Perda do tampão mucoso.
FISIOLOGIA DO PARTO
(ROMANO, 2013)
O parto normal é definido por seus aspectos positivos, como mais fisiológico, mais saudável, mais emocionante e satisfatório para a gestante, tornando o parto ideal. 
PARTO NORMAL 
(ROMANO, 2013)
Primeiro estágio (dilatação): Fase de dilatação, contrações uterinas dolorosas, modificação ativa da cérvice, terminando quando sua ampliação está completa (10cm); 
Segundo estágio (expulsão): inicia com dilatação completa,encerrando com a saída do feto, presença de contrações mais intensas e frequentes, com intervalos progressivamente menores, até adquirirem o aspecto subintrante de 5 contrações em cada 10 minutos; 
Terceiro estágio (secundamento): é a fase após o nascimento do feto, e se caracteriza pelo descolamento (dequitação ou dequitadura), descida e expulsão ou desprendimento da placenta e de suas áreas para fora das vias vaginais.
ESTÁGIOS DO PARTO NORMAL
O primeiro estágio está dividido em três fases:
Latente
Ativa
 fase de transição
(ROMANO, 2013)
PRIMEIRO ESTÁGIO (DILATAÇÃO)
Inicio das contrações regulares;
Terminando com a rápida dilatação da cérvice;
Apagamento cervical;
Dilatação do colo uterino de 0 a 3 cm.
FASE LATENTE
Rápida dilatação da cérvice;
Dilatação da cérvice de 3 a 7 cm, com 40 a 80% de apagamento;
Duração de 6 horas nas nulíparas e 4 horas e 30 minutos nas multíparas;
Contrações a cada 2 a 5 min e aumentam de duração (45 a 60 segundos);
Desconforto da gestante é intensificado (moderado a forte à palpação).
FASE ATIVA
A dilatação desacelera e evolui de 8 para 10cm, com apagamento de 80% a 100%;
Duração de aproximadamente uma hora no primeiro nascimento e talvez 15 a 30 minutos em partos subsequentes;
Contrações mais fortes (parede endurecida à palpação), mais dolorosas, mais frequentes (a cada 1 a 2 minutos) e duram mais (60 a 90 segundos);
velocidade média da descida do feto é de 1cm/h em nulíparas e 2 cm/h em multíparas.
FASE DE TRANSIÇÃO
Os sinais a seguir indicam que a placenta está pronta para sair:
O útero se eleva;
O cordão umbilical se alonga; 
Sangue sai subitamente pela abertura vaginal;
O útero muda seu formato para globular.
A saída espontânea da placenta pode ocorrer de duas maneiras: ou o lado fetal (cinza brilhante) se apresenta primeiro (mecanismo de Schultz) ou o lado materno (vermelho vivo) da placenta apresenta-se primeiro (mecanismo de Duncan).
SEPARAÇÃO DA PLACENTA
Após o desprendimento da placenta da parede uterina, a manutenção das contrações uterinas leva a placenta a ser expelida em 5 a 30 minutos, a menos que exista tração externa delicada para auxiliar. 
Após a expulsão da placenta, o útero é massageado rapidamente pelo médico ou obstetriz, até sua consistência ser firme, com a finalidade de contrair os vasos sanguíneos do útero e minimizar a possibilidade de hemorragia.
A perda normal de volume sanguíneo é de aproximadamente de 500ml por parto vaginal e 1000ml por cesariana.
EXPULSÃO DA PLACENTA
EXPULSÃO DA PLACENTA
Desde o momento da concepção, a gravidez altera profundamente a fisiologia da mulher, podendo levar a algumas complicações. As complicações da gravidez podem afetar qualquer mulher, mas as mais propensas são as que têm algum problema de saúde ou que não seguem corretamente o pré-natal. Algumas das possíveis complicações que podem surgir na gravidez são:
COMPLICAÇÕES DE PARTO
(SCOTT, 2007)
Pode ocorrer quando a mulher passa por situações estressantes ou faz muito esforço físico, por exemplo. Seus sintomas incluem: Contrações antes das 37 semanas de gestação e corrimento gelatinoso que pode ou não conter vestígios de sangue (tampão mucoso).
AMEAÇA DE PARTO PREMATURO
Pode ocorrer se a mulher consumir poucos alimentos ricos em ferro ou sofrer com a má absorção de ferro no intestino, por exemplo. Seus sintomas incluem: Cansaço fácil, dor de cabeça e fraqueza.
ANEMIA FERROPRIVA NA GRAVIDEZ
Pode ocorrer devido ao consumo excessivo de açúcar ou fontes de carboidratos. Seus sintomas incluem: Visão turva ou borrada e muita sede.
DIABETES GESTACIONAL
Pode ocorrer devido ao aumento excessivo da pressão sanguínea causado pela má alimentação e falta de exercícios físicos. Seus sintomas incluem: Pressão arterial acima de 140/90 mmHg, face ou as mãos inchadas e presença de uma concentração anormalmente elevada de proteínas na urina.
ECLAMPSIA
É quando a placenta recobre parcial ou totalmente a abertura do colo do útero, impossibilitando o trabalho de parto normal. É mais comum em mulheres que possuem miomas. Seus sintomas incluem: um sangramento vaginal indolor que pode ser de cor vermelho vivo e inicia no final da gestação que pode ser leve ou intenso.
PLACENTA PRÉVIA
Infecção causada por um parasita chamado Toxoplasma gondii, pode ser transmitida por animais domésticos como cães e gatos, e alimentos contaminados. A doença não gera sintomas e é identificada num exame de sangue. 
TOXOPLASMOSE
É uma emergência obstétrica rara. Em geral, ocorre em:
 gestações tardias; 
o risco é aumentado na cesariana, idade materna avançada, descolamento prematuro da placenta, trauma abdominal, placenta prévia e parto com fórceps. 
O líquido amniótico sofre embolização na circulação materna, causando taquicardia, hipotensão, dificuldade respiratória significativa, coagulação intravascular disseminada e, frequentemente, morte rápida materna. A necropsia pode mostrar células escamosas fetais e cabelos na circulação pulmonar.
EMBOLIA DE LÍQUIDO AMNIÓTICO
É a ocorrência de anormalidades de tamanho ou posição fetal, resultando em dificuldades no parto. O diagnóstico é feito por exame clínico, ultrassonografia ou pela resposta à evolução do trabalho de parto. O tratamento é feito por manobras físicas para reposicionamento fetal, parto operatório vaginal ou cesariana. A distocia fetal pode ocorrer quando o feto é muito grande para a abertura da pelve (desproporção cefalopélvica) ou está em posição anômala (p. ex., apresentação pélvica). A posição fetal habitual é a cefálica, com o occipício anterior.
DISTOCIA FETAL
Emergência médica rara na qual o corpo uterino vira pelo avesso, protraindo-se através do colo do útero até o interior da vagina ou além da abertura vaginal. O útero é mais comumente invertido quando
muita tração é aplicada no cordão umbilical, na tentativa de retirar a placenta. A excessiva pressão no fundo uterino durante a retirada da placenta, um útero flácido ou placenta acreta (placenta com aderência anormal) podem contribuir.
INVERSÃO UTERINA
É a presença de mais de um feto na cavidade uterina. A gravidez múltipla ocorre em 1 de 70 a 80 partos. Os fatores de risco incluem:
Estimulação ovariana (normalmente com clomifeno ou gonadotrofinas);
Reprodução assistida (p. ex., fertilização in vitro);
Prévia gravidez múltipla;
Idade materna avançada.
GRAVIDEZ MÚLTIPLA
O útero sobredistendido tende a estimular o trabalho de parto precoce, causando parto pré-termo (média de gestação com gêmeos, 35 a 36 semanas, com trigêmeos, 32 semanas e com quadrigêmeos, 30 semanas). A apresentação fetal pode ser anômala. O útero pode se contrair após o parto da primeira criança, descolando a placenta e aumentando o risco para o feto remanescente. Algumas vezes, a distensão do útero dificulta sua contração pós-parto, provocando atonia e hemorragia materna. A gravidez múltipla aumenta os riscos de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, hemorragia pós-parto, cesariana, parto prematuro e restrição do crescimento.
GRAVIDEZ MÚLTIPLA
Perda sanguínea de mais de 500 ml durante ou imediatamente após o terceiro estágio do trabalho de parto, em um parto vaginal, ou mais de 1.000 ml em uma cesariana. O diagnóstico é clínico. O tratamento depende da etiologia da hemorragia. 
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
As causas de hemorragia pós-parto incluem:
Atonia uterina (a mais comum);
Lacerações do trato genital;
Prolongamento da episiotomia;
Ruptura uterina;
Distúrbios hemorrágicos;
Retenção de fragmentos de placenta;
Hematoma;
Inversão uterina;
Subinvolução (involução incompleta) do local placentário (em geral ocorre precocemente, mas também pode surgir mais tarde, como 1 mês após o parto).
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
Antes do início do trabalho de parto é considerada prematura. O diagnóstico é clínico. O parto, algumas vezes, é indicado quando a idade gestacional é ≥ 34 semanas ou quando os pulmões fetais estão maduros, e também é, de maneira geral, indicado em caso de infecção ou comprometimento fetal.
RUPTURA DAS MEMBRANAS
É a ocorrência de dilatação cervical ou descida fetal lentas durante a fase ativa do trabalho de parto. O diagnóstico é clínico. O tratamento é feito com ocitocina, parto vaginal operatório ou cesariana.
TRABALHO DE PARTO PROLONGADO
É a posição anormal do cordão na frente da parte de apresentação fetal; dessa maneira, o feto comprime o cordão durante o trabalho de parto, causando hipoxemia fetal. O prolapso do cordão umbilical pode estar contido dentro do útero (oculto) ou protruso na vagina (evidente). 
PROLAPSO DO CORDÃO UMBILICAL
Ocorre na maioria das vezes ao longo das linhas de cicatrizes em mulheres que tiveram cesarianas anteriores. 
Outros fatores contribuintes são as anormalidades uterinas congênitas, trauma e outros procedimentos cirúrgicos uterinos, como as miomectomias.
 A ruptura uterina pode ocorrer antes ou durante o trabalho de parto. 
As causas de ruptura uterina são: hiperdistensão uterina (gravidez múltipla, polidrâmnio, anomalias fetais), versão fetal externa ou interna, perfuração iatrogênica, uso excessivo de uterotônicos e o não reconhecimento da distocia fetal com contrações uterinas excessivas contra o anel de restrição mais baixo do útero. O uso de prostaglandinas em mulheres que planejam um parto, após histórico de cesariana, aumenta o risco de ruptura uterina e é um procedimento não recomendado.
RUPTURA UTERINA
É aquele em que o feto penetra no estreito superior da bacia, passa pelo estreito médio, ultrapassa o estreito inferior e se desprende dos genitais externos, saindo pela vagina. 
(BARACHO, 2007)
TIPOS DE PARTO – PARTO NATURAL 
É um procedimento cirúrgico originalmente desenvolvido para salvar a vida da mãe e/ou da criança, quando ocorrem complicações durante a gravidez ou o parto. É, portanto, um recurso utilizável quando surge algum tipo de risco para a mãe, o bebê ou ambos, durante a evolução da gravidez e/ou do parto. Como todo procedimento cirúrgico, a cesárea não é isenta de riscos, estando associada, no Brasil e em outros países, a maior morbimortalidade materna e infantil, quando comparada ao parto vaginal. 
(FAUNDES & CECATTI, 1991; MCCLAIN, 1990; MILLER, 1988)
TIPOS DE PARTO - CESÁREA
VANTAGEM
DESVANTAGEM
NATURAL
Participação ativa da mãe;
Melhorana recuperação materna;
Menor risco de hemorragia e infecções;
Hormônios facilitadores a amamentação.
Dores doparto;
Tempo;
Danos ao períneo enfraquecido.
CESÁREA
Não ter contato com a dor no momento do parto;
Realizar a ligadura.
Exposição materno/infantil a uma grande cirurgia, com riscos de mortalidade;
Lidar com a recuperação;
Riscos de lesões intra-abdominais.
(BARBOSA et al., 2003)
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Tem como objetivo defender a assistência ao trabalho de parto, parto e nascimento, com o objetivo de resgatar o caráter fisiológico no processo do nascimento de forma positiva e sem traumas. O conforto físico pode ser aumentado pelo uso de técnicas de massagem e relaxamento, posturas variadas, música, métodos de respiração e práticas alternativas, que favoreçam o bom desenvolvimento do trabalho de parto e forneça conforto e segurança à mulher e seu bebê. 
PARTO HUMANIZADO
(MOURA, 2007)
Conexão corpo-mente. 
O corpo como organismo. 
O paciente como sujeito relacional. 
Conexão e carinho entre médico e paciente. 
Diagnóstico e cura de fora para dentro e de dentro para fora. 
Balanço entre os desejos da instituição e do indivíduo. 
Informação, tomada de decisões e responsabilidade compartilhadas entre o médico e o paciente. 
Ciência e tecnologia contrabalançada com o humanismo. 
Foco na prevenção da doença. 
A morte como resultado aceitável. 
Cuidados dirigidos pela compaixão. 
Mente aberta para outras modalidades. 
MODELO HUMANISTA - Cartilha humanizaSUS (2014), 
A intervenção fisioterapêutica na assistência obstétrica de baixo risco, como parte da rotina da equipe, valoriza a responsabilidade da gestante no processo, por meio do uso ativo do próprio corpo. 
A mobilidade corporal durante o processo de parturição envolve interação de fatores fisiológicos, psicológicos, culturais e, principalmente, o apoio e a orientação da equipe obstétrica. 
A ação do fisioterapeuta é um fator estimulante para que a mulher se conscientize de que seu corpo ativo pode ser uma ferramenta para facilitar o processo do trabalho de parto e trazer-lhe satisfação com a experiência do nascimento. 
(BAVARESCO, 2011)
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
Orientar sua paciente gestante e, se possível, o acompanhante durante o pré-natal, oferecendo informações sobre maneiras de diminuir as tensões musculares frequentes nesta fase, além das posições que favorecem o trabalho de parto.
FISIOTERAPIA – PRIMEIRA FASE DO PARTO
Eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS- transcutaneous Electricial Stimulation), comporvadamente segura, não-invasiva, facilmente aplicável e de baixo custo. 
O TENS envia impulsos elétricos através de eletrodos posicionados próximos à região dolorosa.
 Recomenda-se que seja colocado um par de eletrodos posicionados na região paravertebral, no nível de T10 e L1, que corresponde à inervação do útero e cérvix, e um par no nível de S2-S4, que corresponde à inervação do canal de parto e assoalho pélvico.
CONTROLE DA DOR - TENS
 A incrementada estimulação das fibras aferentes de grosso calibre, proporcionada pela TENS, inibe a transmissão sináptica nas vias de transmissão finas, responsáveis pela experiência da dor. Assim, o estímulo nocioceptivo (mensagem de dor) não chega aos centros sensoriais superiores (comporta fechada).
Eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS)
Eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS)
Assim, no momento do parto, o controle e a coordenação dos músculos do assoalho pélvico são exigidos. Daí
a importância da cinesioterapia no pré-parto. 
Uma mulher que usa devidamente seus músculos sabe, de maneira consciente, relaxá-los, o que favorece e possibilita a saída do feto em direção ao meio externo com menor estresse muscular. 
SEGUNDA FASE DO PARTO 
O papel da fisioterapia durante o parto, no entanto, vai além das orientações oferecidas no pré-natal. 
O acompanhamento da paciente durante todo o processo na maternidade deve ser feito na tentativa de corrigir posturas antálgicas, aliviar tensões, direcionar o posicionamento durante o parto, incentivar o relaxamento dos músculos do assoalho pélvico e oferecer maior conforto a parturiente.
PAPEL DO FISIOTERAPEUTA
Acupuntura
Acupressura 
Hipnose
Técnicas de relaxamento
Respiração 
Aplicação de frio e calor 
Aromaterapia
Áudioanalgesia 
Massagem 
 Banho de imersão durante o parto. 
(LAWRENCE, 2009 apud SILVA et al., 2011)
ESTRATÉGIAS DE BLOQUEIO DA DOR 
Promover o relaxamento;
Obter concentração;
Diminuir riscos de trauma perineal no momento expulsivo; 
Melhorar a oxigenação sanguínea da mãe e do feto;
Diminuição do tempo de trabalho de parto;
Redução da percepção dolorosa.
(BAVARESCO, 2011 apud PEDROSO et al., 2012)
EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS
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Técnica respiratória: inspirar pelo nariz de forma gradual e profunda, dilatando o abdômen, como se fosse uma grande bexiga; espirar pela boca, sentindo o abdômen esvaziar-se.
Respiração freno-labial, onde a paciente inspira pelo nariz e expira o ar pela boca, como se estivesse assoviando. Essa respiração proporciona maior ventilação pulmonar e relaxamento.
EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS
(PEDROSO et al., 2012)
EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIO
Há várias formas de se massagear a parturiente: 
Massagem do tecido conjuntivo nas zonas reflexas na região sacral;
Deslizamento da região sacrococcígea até as cristas ilíacas;
Massagem profunda sobre a região sacral;
Massagem com as duas mãos sobre as articulações sacroilíacas, no sentido longitudinal do occipital até o cóccix, paralelamente à coluna vertebral.
(BALASKAS, 1993 apud BAVARESCO, 2011)
MASSAGEM
MASSAGEM 
Reduz a sensibilidade dolorosa;
 Redução da atividade simpática através da modificação da transmissão aferente nociceptiva, a qual se torna mais lenta e eleva os níveis de encefalinas e endorfinas endógenas;
Alivia a dor lombar, queixa presente em um terço das parturientes no primeiro estágio do parto, geralmente em consequência da apresentação posterior da cabeça do feto (ODP), provavelmente devido à demora na rotação do pólo cefálico. 
(VALE, 2006 apud BAVARESCO, 2001)
BANHO QUENTE 
BANHO QUENTE
A não ser que a parturiente seja portadora de patologias que requerem repouso ela poderá adotar a posição em que se sentir mais confortável. 
As posições maternas que mais contribuem para a contratilidade uterina são as verticais (sentada, de cócoras e em pé) e podem ser estimuladas pelo terapeuta. Neste momento a bola suíça pode ser uma escolha adequada.
(BARACHO, 2007)
POSIÇÕES
Outras posturas também podem ser estimuladas e auxiliadas pelo fisioterapeuta, tais como:
Ajoelhada;
Sentada;
Quatro apoios; 
Sentada em cadeiras especiais, inclinada para frente apoiada em uma parede; 
Segurando-se a uma corda presa ao teto ou a uma barra, 
Posição de Simms (decúbito lateral esquerdo);
Cócoras sustentada, para que assim haja maior relaxamento, principalmente da musculatura dorsal, do assoalho pélvico e do canal vaginal.
(BALASKAS, 1993 apud BAVARESCO, 2011)
POSIÇÕES
A parturiente também pode adotar a posição de decúbito lateral esquerdo com um travesseiro embaixo da cabeça e uma almofada posicionada embaixo da perna, que deve estar em semiflexão de adução. Essa posição facilitará um melhor afluxo de sangue e oxigênio uteroplacentário .
(BARACHO, 2007)
Posições de cócoras e quatro apoios aumentam o diâmetro e medidas dos ângulos pélvicos.
(SIMKIN, 2004 apud SILVA et al., 2011)
EXERCÍCIOS DE DILATAÇÃO E ENCAIXE
Melhorar a percepção da tensão e do relaxamento do assoalho pélvico da gestante, através da realização de movimentos associados à respiração, promovendo desta forma, inclusive, o relaxamento global da mulher. (LOPES, 2003 apud BAVARESCO, 2011).
Estimula a posição vertical, permite liberdade na adoção de diferentes posições, possibilita o exercício do balanço pélvico por sua característica de objeto lúdico que traz benefícios psicológicos, além de ter baixo custo financeiro. (SILVA et al., 2011).
BOLA SUÍÇA
BOLA SUÍÇA
Diminuir a dor materna, facilitar a circulação materno-fetal e a descida do feto na pelve materna, melhorar as contrações uterinas e diminuir o trauma perineal.
Deambular um maior trajeto aos 5 cm de dilatação pontuaram um valor mais alto no escore de dor, fazendo acreditar que a posição vertical favorece a maior intensidade das contrações uterinas como também o ajuste da cabeça fetal na bacia materna.
(MAMEDE, 2005 apud MAMEDE et al, 2007)
DEAMBULAÇÃO
Ao aplicar as técnicas descritas durante o trabalho, ROMANO (2013) comprovou que a fisioterapia diminui até 51% a duração do tempo do trabalho de parto nas primíparas, e nas multíparas diminui em até 33%. Isto comprova que o profissional deveria ser mais inserido na área, sendo mais um agente proporcionador de bem-estar durante este momento tão delicado da vida de uma mulher.
- BARACHO, E. Fisioterapia Aplicada à Obstetrícia, Uroginecologia e Aspectos de Mastologia. 4° Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
- BAVARESCO, G.Z. et al. O fisioterapeuta como profissional de suporte à parturiente. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 16(7):3259-3266, 2011.
- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios e Diretrizes/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 1. ed., 2. reimpr. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011. 82 p. – (Série C. Projetos, Programas e Relatórios). ISBN 978-85-334- 0781
- BRASIL. Ministério da Saúde. Humanização do parto e do nascimento / Ministério da Saúde. Universidade Estadual do Ceará. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 465 p. : il. – (Cadernos HumanizaSUS ; v. 4).
CARRARO TE, Knobel R, Radünz V, Meincke SMK, Fiewski MFC, Frello AT, et al. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2006; 15 (Esp): 97-104.
REFERÊNCIAS
- CARRARO TE. Editorial. Texto Contexto Enferm. 2005 Abr-Jun; 14 (2): 153-4.
- COELHO MJ, Neves EP, Santos RS, Pereira A, Pereira M, Figueiredo NMA. Conforto e suas interfaces com o cuidar e os cuidados de enfermagem. Rev. Enferm. Atual. 2010 Jul-Ago; 5 (28): 7-13.
- MAMEDE, F.V.; MAMEDE, M. V.; DOTTO, L. M. G. Reflexões sobre deambulação e posição materna no trabalho de parto e parto. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem. Rio de Janeiro, 11 (2): 331 - 6, 2007 jun.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. Brasília (DF): O Ministério; 2011.
- MOURA, Fernanda Maria de Jesus S. Pires et al . A humanização e a assistência de enfermagem ao parto normal. Rev. bras. enferm.,  Brasília ,  v. 60, n. 4, p. 452-455,  Aug.  2007 .
- RADÜNZ V. Cuidando e se cuidando: fortalecendo o self do cliente oncológico e o self da enfermeira. Goiânia (GO): AB; 1999.
- RICCI, Susan Scott. Enfermagem Materno-neonatal e saúde da mulher. 3° ED. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 2008.
- ROMANO, F. B. Análise da intervenção fisioterapêutica na assistência ao trabalho de parto. Caderno de Ciências Biológicas e da Saúde, Boa Vista, n. 02, 2013
REFERÊNCIAS
- SCOTT, Susan. Enfermagem Materno-Neonatal e Saúde da Mulher: Unidade 4: Trabalho de Parto e Parto: Capítulo 12: Trabalho de Parto e Processo de nascimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 266-284 p.
- SILVA, L. M.; OLIVEIRA, S. M. J. V.; SILVA, F. M. B.; ALVARENGA, M.B. Uso da bola suíça no trabalho de parto. Acta Paulista de Enfermagem. São Paulo, vol. 24, núm.
5, 2011, pp. 656-662.
- VELHO MB, Santos EKA, Bruggemann OM, Camargo BV. Vivência do parto normal ou cesáreo: revisão integrativa sobre a percepção de mulheres. Texto contexto – enferm. 2012; 21 (2):458-466. ISSN 0104-0707
REFERÊNCIAS

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