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OAB - Reclamátoria Trabalhista, Profº Custodio

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1 
 
Minha Primeira Reclamação Trabalhista 
Técnicas processuais de elaboração da causa de pedir e do pedido 
Análise de jurisprudência sobre os temas. 
 
O OBJETIVO do curso é demonstrar como os pedidos devem ser realizados, indicando 
na PRÁTICA o passo a passo de como PEDIR direitos trabalhistas, tais como o vínculo 
de emprego, responsabilidade solidária e subsidiária das Reclamadas, doenças 
ocupacionais e outros. 
 
Mini curriculum – Giéldison Nogueira CUSTÓDIO 
Advogado militante especializado em Direito Civil e Processo Civil; Sócio da 
Tardem e Nogueira Assessoria Empresarial, Professor Universitário, de Pós 
Graduação e de Cursos Preparatórios para o Exame de Ordem dos Advogados do 
Brasil. 
Contatos: 
E-mail: g.custodio@uol.com.br e Facebook: Custodio Nogueira 
 
 
FORMATO BÁSICO DA PEÇA INICIAL TRABALHISTA NOS TERMOS DA LEI 
A petição inicial é a peça em que o Reclamante expõe ao juiz as razões do conflito, 
demonstra o seu direito e requer a condenação do Reclamado, poderá ser escrita ou 
verbal. 
Sendo escrita, deverá seguir o formato da Lei art. 840, § 1º da CLT e art. 319 do NCPC: 
Art. 840 CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
§ 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da 
Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do 
reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o 
pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
 
Art. 319. NCPC - A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a 
profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no 
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a 
residência do autor e do réu; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos 
alegados; 
 
2 
 
Não tem mais o requerimento de citação! 
 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação 
ou de mediação. (Prejudicado na Trabalhista?) 
 
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, 
na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
 
Quando RCTE não sabe ao certo quem é seu empregador, confusão entre PJ e PF 
 
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de 
informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. 
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no 
inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou 
excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
 
Para que exista um ponto de apoio na confecção podemos dividi-la em 07 (sete) tópicos: 
Endereçamento: seguir as regras de competência em razão da matéria e do local. 
Qualificação: 
Reclamante: 12 itens (Nome, nacionalidade, estado civil (união estável), profissão, data 
de nascimento, nome da mãe, CTPS, PIS, RG, CPF e Endereço e e-mail); 
Reclamada: 3 itens (Razão Social, CNPJ e Endereço) 
Preliminar: questões iniciais de cunho processual. ATENÇÃO não utilizar o título 
“Preliminar” na inicial, deixar implícito (Duplo Arquivamento, Distribuição por 
Dependência, Distribuição Juízo Prevento, Justiça Gratuita, CCP, CCT, 
Responsabilidade das Reclamadas...). 
Fatos e Fundamentos Jurídicos: deverá expor os fatos e fundamentos jurídicos (art. 
840, § 1º da CLT c/c art. 319, III do NCPC), sintetizando os mesmos sempre dividindo 
por tópicos exemplo: 
I) Do Vínculo Empregatício; 
II) Da Jornada de Trabalho; 
III) Do Adicional de Insalubridade; 
IV) Da Responsabilidade Civil do Empregador; 
Pedido: trata-se do objeto da Reclamação Trabalhista, sempre com base na causa de 
pedir, formulando os mesmos de forma clara e separadamente, requerendo ao final a 
procedência da ação e a notificação da Reclamada. 
Provas: deverá protestar pelas provas que pretende produzir (art. 845 e 787 da CLT c/c 
319, VI e 330 do NCPC). Súmula 74, I do c. TST 
Valor da causa: (art. 319, V e 291 do NCPC). 
 
3 
 
TESE – Estrutura dos Fatos – Contar o Caso (objetivamente com clareza) 
 
COMEÇO: Contar o caso (direito material) – limitar a 6/7 linhas – para que não se 
perca a ideia daquilo que se quer falar. 
Objetivo – fazer com que o juízo se atenha a leitura do pedido, para fugir dos textos 
comuns. A simplicidade é a alma do sucesso! 
Antoine de Saint-Exupéry - autor do livro "O Pequeno Príncipe" 
 
 
 
PITADAS TÉCNICAS (maldade) – não abrir a tese, narrar o extremo necessário, sem 
falar muito, apenas para evitar inépcia do pedido. 
MEIO: 
É a sequência lógica do fato narrado CASANDO com a fundamentação legal (CF, CLT, 
CPC, CCB, Leis esparsas, Súmulas e OJs do TST, princípios, ACT, CCT) que serve de 
base para fundamentar o pedido. 
A redação é mágica! É inspiração. 
- Mesmo quando não havia nenhuma esperança, procurei dar o melhor de mim. 
(Orson Welles) 
 
FIM- É o pré pedido, simples e curto. Momento de pedir o que de fato pretende. 
“Assim sendo, requer a reintegração do Reclamante ao emprego ou a 
indenização do período correspondente, pelos motivos declinados nesse tópico”. 
 
Isto fecha a tese concluindo a ideia limitando a pretensão. 
 
 
4 
 
OBSERVAÇÕES GERAIS: 
 
1º) FOCO: 
É fundamental que o advogado(a) saiba concatenar as ideias, tanto que a ausência de 
lógica na construção da tese poderá significar a inépcia da petição, vejamos: 
 
Do Indeferimento da Petição Inicial 
 
Art. 330 NCPC - A petição inicial será indeferida quando: 
§ 1o Considera-se inepta a petição inicial quando: 
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
 
PROCESSO CIVIL E TRABALHISTA. CORREÇÃO DE PROVENTOS. INÉPCIA 
DA EXORDIAL. ARTS. 840, § 1º DA CLT E 295, II, DO CPC. DA NARRAÇÃO 
DOS FATOS NÃO DECORRE LOGICAMENTE A CONCLUSÃO. Embora o 
disposto no art. 840, § 1º, da CLT, estabeleça que basta à petição inicial 
trabalhista conter uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, não 
sendo exigidos os rigorismos do processo civil, é fundamental a correta 
indicação da causa de pedir em consonância com o pedido exposto na lide, sob 
pena de prejudicar a defesa e o entendimento do Magistrado que irá conhecer 
do feito. O parágrafo único do art. 295 do Código de Ritos Processuais, item II da 
narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão. 
(TRT-6 - RO: 1297032010506 PE 0001297-03.2010.5.06.0001, Relator: Ibrahim Alves da Silva 
Filho, Data de Publicação: 12/12/2011) 
 
A objetividade é própria da redação técnica jurídica, ou seja, não há espaço para 
literatura, para escrever além do necessário, isto cansa e NINGUÉM vai ler. 
 
Citações legais, doutrinárias e jurisprudenciais na inicial é dispensável. 
Na réplica sim, poderá ser interessantíssimo. 
 
2º-) HARMONIA: 
É a capacidade linguística do advogado(a) apresentar uma redação de sentido entre as 
palavras ligando os períodos (começo, meio e fim). 
 
COMEÇO DA TESE 
 
O presente pedido decorre do acidente de trabalho 
trajeto (in itinere) sofrido pelo Reclamante, conforme se comprova pelo incluso 
Boletim de Ocorrência, registrando que os fatos ocorreram a menos de 800 
(oitocentos) metros da residência do obreiro. Em decorrência desse fato, o 
Reclamante sofreu lesões físicas apontadas no incluso atestado médico. 
 
5 
 
Por conta do referido acidente, o Reclamante 
permaneceu afastado por 05 (cinco) meses percebendo o respectivo benefício. 
Assim que retornou ao emprego a Reclamada rescindiu o contrato de trabalho 
na modalidade sem justa causa. 
 
MEIO DA TESE 
Temos então, hipótese de acidentede trabalho em 
trajeto o qual está garantido pelo período de estabilidade de 01 (um) ano, após a 
alta médica concedida pelo INSS, conforme estabelece o artigo 21, inciso IV, 
alínea “d”, da Lei 8.213/91. 
 
FIM DA TESE 
Com isso, pleiteia a imediata reintegração do 
Reclamante ao emprego com a condenação da Reclamada no período entre a 
rescisão do contrato de trabalho e o fim do período estabilitário, ou então, seja 
condenada a Reclamada em indenizar todo o período correspondente, sem 
prejuízos dos reflexos em DSR’s, férias + 1/3, 13º salários, horas extras, 
adicional de insalubridade, aviso prévio e FGTS + 40% e ainda nas verbas 
rescisórias, saldo de salário, aviso prévio, férias + 1/3, 13º salário, adicionais 
recebidos FGTS + multa de 40%, DSRs. 
 
OBJETIVIDADE: - É ESCREVER TUDO EM POUCAS LINHAS, INICIAL DE 40 
LINHAS, NINGUÉM MERECE. NÃO HÁ ESPAÇO PARA O PROLIXO 
Que fala ou escreve usando mais palavras do que o necessário. Que se 
expressa, falando ou escrevendo, através do uso excessivo de palavras; que 
não consegue resumir uma ideia ou encurtar um pensamento: jornalista prolixo. 
Enfadonho; definido como entediante; que se estende demoradamente. 
Abundante; que se desenvolve em demasia; em que há abundância. (Etm. do 
latim: prolixus.as.um) 
Fonte: http://www.dicio.com.br/prolixo/ 
 
 
Vamos ver a seguir um Formato Básico de RT: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
(01) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO (art. 114 
CF) DA _____ª VARA DO TRABALHO DE _______. (art. 651 CLT) 
 
 
 
 
 
 
 
(2) “___”, nacionalidade, estado civil (união 
estável), profissão, nascido aos ____ , filho de _____, portador da CTPS nº _____ série 
_____, RG nº _____ , CPF nº ______ e PIS nº ____, domiciliado na (endereço completo 
c/ CEP), na cidade de ______, no Estado de ____, endereço eletrônico, por seu 
advogado que esta subscreve, nos termos da procuração anexa (doc. ), com escritório à 
(endereço completo), na cidade de ______, no Estado de ________, em nome de quem 
e para onde requer sejam remetidas às notificações, vem, perante Vossa Excelência, 
propor a presente 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
em face de “______”, inscrita no CNPJ nº _______, estabelecida na (endereço completo 
com CEP), na cidade de ______, no Estado de ______, com fundamento no art. 840, § 
1º da CLT e pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
(3) DA DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA 
CCP – CCT – RESPONSABILIDADE DA RCDA – DUPLO ARQUIVAMENTO 
DA DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA E DOS REFLEXOS SOBRE O 
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E DE PERICULOSIDADE 
 
Encontra-se em curso perante este d. Juízo 
ação reclamatória trabalhista (processo: 00018301220145020072 RT) ajuizada 
pelo ora Reclamante em face da Reclamada, na qual se aguarda a realização de 
audiência de instrução. 
No referido processo, o obreiro postula, entre 
outras parcelas o adicional de periculosidade e de insalubridade, e, nesta ação 
se postula os reflexos destes 02 (dois) pedidos, daí o instituto processual da 
continência. 
 
O artigo 104, do Código de Processo Civil, diz 
que: 
“Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade 
quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais 
amplo, abrange o das outras”. 
7 
 
É que no caso vertente, não há na causa de 
pedir, nem mesmo no pedido da peça original a referência expressa aos reflexos 
que se persegue sobre ditos adicionais ante a falta de nitidez da causa de pedir, 
motivo pelo qual é agora requerida. 
 
Pelo exposto, requer a condenação da 
Reclamada no pagamento do maior adicional de insalubridade e também de 
periculosidade, por todo o período por ele trabalhado com reflexos nas verbas 
contratuais (férias + 1/3, 13º salário, adicionais e DSR’s) e nas verbas rescisórias 
(saldo de salário, aviso prévio, férias + 1/3, 13º salário, FGTS e multa de 40%). 
 
DA BREVE EXPOSIÇÃO DOS FATOS 
DE QUE RESULTOU O DISSÍDIO – ART. 840, § 1º DA CLT 
 
(4) DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
(DIVIDIR POR TÓPICOS/ NARRAR OS FATOS/DEMONSTRAR O 
DIREITO/FINALIZAR) 
DO CONTRATO DE TRABALHO 
A Reclamada admitiu o Reclamante em __/__/__ para 
exercer a função de _____, sendo que o contrato de trabalho perdurou até ___/___/__, 
ocasião em que foi dispensado sem perceber qualquer verba rescisória (...), tendo por 
último salário o valor de R$ _______. 
DA REVERSÃO JUSTA CAUSA 
A justa causa não encontra qualquer fundamentação legal, 
ou seja, a conduta do Reclamante não se enquadra em quaisquer das alíneas do art. 482 
da CLT, como a seguir será explicitado, razão pela qual, não merece prosperar. 
Ressalte-se que... (convencer o juízo das razões PROVA!) 
DOS PEDIDOS COM FUNDAMENTO NA INCLUSA CCT DA CATEGORIA 
DA DOENÇA OCUPACIONAL 
DA INSALUBRIDADE. DA PERICULOSIDADE E SUA CUMULAÇÃO 
DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR 
 
COMO FAZER QUALQUER TESE (CAUSA DE PEDIR): 
1º COMEÇO: narrar os fatos – SEM enrolação; 
2º MEIO: SEMPRE fundamentar na Lei; 
CF; CLT; CPC; CC; Leis Extravagantes; Súmulas; Orientações Jurisprudenciais do 
TST; Normas e Regulamentos Gerais dos Tribunais e jurisprudência atualizada! 
3º FIM: pré pedido – desde já requer a procedência, aqui se evita a inépcia do pedido. 
8 
 
Do Adicional Noturno. 
 
(COMEÇO) Excelência, o Reclamante laborou na escala 12x36 no 
horário das 19h as 07h. Contudo a Reclamada não pagava o adicional noturno e 
a hora noturna reduzida. 
 
(MEIO) Referida pretensão é devida, eis que as OJs da SDI-1 
388 e 395 do TST, garantem a pretensão. 
 
(FIM) Nesse sentido, requer a condenação da Reclamada a 
pagar o adicional noturno referente a 11ª e 12ª hora trabalhada, sem prejuízo da 
hora noturna reduzida compreendida entre as 22h e 5h e seus reflexos em 
DSR’s, férias + 1/3, 13º salários, horas extras, adicional de periculosidade, aviso 
prévio e FGTS + 40% e ainda nas verbas rescisórias, saldo de salário, aviso 
prévio, férias + 1/3, 13º salário, adicionais recebidos FGTS + multa de 40%, 
DSRs. 
 
(5) DO PEDIDO – ser extremamente técnico 
Diante do exposto, pleiteia o Reclamante a condenação da 
reclamada nos seguintes pedidos, resumidamente: 
a) Seja descaracterizada a justa causa, fazendo o Reclamante jus a todas as verbas 
rescisórias; 
b) Pagamento de saldo de salário; R$ ___ 
c) Pagamento de aviso prévio; R$ ___ 
d) Pagamento de férias vencidas e prop. + 1/3; R$ __ 
e) Pagamento de 13º salário proporcional (__/12);R$ __ f) Horas Extras de todo o 
período e reflexos ...; R$ __ 
g) Pagamento da multa do art. 467 e 477 da CLT R$ __ 
h) Pagamento de FGTS + 40% multa; R$ ___ e Liberação do TRCT, a fim de 
possibilitar o levantamento dos depósitos fundiários - a calcular – 
I) entrega das guias do seguro desemprego, sob pena de conversão em indenização - a 
calcular – 
J) Requer, outrossim, o pagamento das verbas rescisórias em primeira audiência, sob 
pena de pagamento acrescido de multa de 50%, nos termos do art. 467 da CLT e 
também da multa do art. 477 pelo atraso no pagamento. 
DA PROCEDÊNCIA 
Requer, ainda, a notificação da Reclamada para responder 
aos termos da presente ação, comparecendo à audiência que for designada, apresentando 
a defesa que tiver, sob os efeitos da revelia e pena de confissão quanto à matéria de fato, 
devendo ser julgada PROCEDENTE, com a consequente condenação da Reclamada 
nas verbas requeridas, todas acrescidas de correção monetária, juros, custas e demais 
cominações legais. 
9 
 
(6) PROVAS 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em 
direito admitidas, especialmente pelo depoimento pessoal da Reclamada, sob pena de 
confissão nos termos da Súmula nº 74, I do TST e outras que forem necessárias,que 
desde já ficam requeridas. 
(7) VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ ______ (_____). 
Termos em que, Pede deferimento. 
Local e data. 
________________________ 
Adv. - OAB/nº ____ 
 
DO GRUPO ECONOMICO. 
Nos termos do § 2º do art. 2º da CLT configura-se o mesmo grupo econômico sempre 
que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica 
própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo 
grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica. 
As empresas que compõem o mesmo grupo econômico serão, para os efeitos da relação 
de emprego, solidariamente responsáveis, ou seja a empresa principal e cada uma das 
subordinadas. Identidade no objeto social, identidade societária e objeto final de 
interesse comum. É o grupo econômico de fato. 
 
Jurisprudência: 
Ementa: GRUPO ECONÔMICO CARACTERIZAÇÃO. O Direito do Trabalho 
não exige documento ou prova específica para caracterização do grupo 
econômico. Assim, tal prova será feita analisando-se o caso concreto. O que se 
apura nestes autos é a interligação entre as executadas Alvalux e Pérola, 
restando demonstrado o estreito nexo de coordenação entre as empresas e 
a convergência de interesses, caracterizada esta a existência de grupo 
econômico. Agravo de petição a que se nega provimento.PROCESSO 
Nº: 03019001420035020048 A20 ANO: 2014 TURMA: 17ª TRT 2ªR. 
 
 
Ementa: AGRAVO DE PETIÇÃO. GRUPO ECONÔMICO. IDENTIDADE 
SOCIETÁRIA. CONJUGAÇÃO DE INTERESSES PARA AUMENTO DA 
RENTABILIDADE COMERCIAL E ENRIQUECIMENTO DOS SÓCIOS. 
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA RECONHECIDA. Embora formalmente 
algumas das empresas não explorem estritamente a mesma atividade 
econômica das devedoras principais, o grupo econômico decorre da 
identidade societária, que faz presumir a conjugação de interesses para 
aumento da rentabilidade comercial do grupo econômico e enriquecimento dos 
sócios. PROCESSO Nº: 00029536120125020057 A28, TURMA: 6ª TRT 2ªR. 
 
10 
 
A Responsabilidade Solidária é a responsabilização da 2ª Reclamada pessoa física ou 
jurídica respondendo em igualdade com a 1ª Reclamada face aos créditos trabalhistas do 
empregado, e, para fins de reconhecimento do vínculo empregatício, este pode ser 
postulado em face de uma ou outra, ou ainda em face de ambas. 
As pessoas ditas solidárias respondem na qualidade de principais pagadores no mesmo 
pé de igualdade, como se fossem as contratantes diretas. 
Grupo Econômico de FATO e de DIREITO. 
Tese Inicial: 
 
III-) DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E/OU SUBSIDIÁRIA 
 
 Excelência, a 1ª Reclamada (prestadora de serviços) 
contratou o Reclamante conforme se infere da anotação em CTPS, verifica-se 
ainda que o Cartão CNPJ desta indica a atividade de construção e redes de 
distribuição de energia elétrica e manutenção de redes de distribuição de 
energia elétrica. 
 
Por seu turno o cartão CNPJ da 2ª Reclamada 
(tomadora), indica atividade de distribuição de energia elétrica. 
 
 A 1ª Reclamada (prestadora de serviços) é encarregada 
de dirigir e fiscalizar a prestação de serviços de seus empregados à 2ª 
Reclamada (tomadora). A prestadora detém o poder de comando e os seus 
empregados são a ela subordinados, não se admite que a tomadora "tome" essa 
posição. O mesmo ocorre quanto à pessoalidade, que ocorre somente em 
relação à prestadora. Pouco importa à tomadora qual o trabalhador que a 
prestadora colocará no posto de serviço para se desincumbir de sua obrigação 
contratual oriunda da relação interempresarial. 
 
 No presente caso, verifica-se que os serviços 
prestados pelo Reclamante eram de referente a atividade fim da 2ª 
Reclamada, ou seja, realizava corte de energia, retirada de relógios, 
religação com prazo normal e nos casos de urgência, justificando o vínculo 
diretamente com a 2ª Reclamada (tomadora). 
 
 Insta consignar, que o Reclamante sempre laborou na 2ª 
Reclamada e sempre recebia ordens diretamente dela, prestando serviços 
pessoalmente, pois não era substituído em suas ausências, caracterizando a 
subordinação jurídica e/ou a pessoalidade diretamente com a 2ª Reclamada, 
estabelecendo o vínculo empregatício diretamente com esta, sendo por tanto 
responsável solidariamente, devido a ilicitude da terceirização. Requer então, a 
condenação da 2ª Reclamada na modalidade solidária. 
 
CONTUDO, caso Vossa Excelência entenda pela 
regularidade da terceirização, passa o Reclamante requerer a condenação das 
Reclamadas na modalidade subsidiária, eis que inequívoco o aproveitamento da 
mão de obra e o inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte da 
empregadora (1ª Reclamada). 
 
11 
 
Pelo exposto requer a nulidade do vínculo empregatício 
com a 1ª Reclamada, bem como, o reconhecimento do vínculo de emprego 
direto com a 2ª Reclamada que deverão responder solidariamente a presente 
ação e futura execução, conforme o acima exposto, que será confirmado por 
ocasião da audiência e não sendo esse o entendimento de Vossa Excelência, 
que declare a responsabilidade subsidiaria quanto a 2ª Reclamada. 
 
Decisão em Primeiro Grau: 
 
12.RESPONSABILIDADE DA 2ª RECLAMADA: 
Incontroverso nos autos a existência de contrato de prestação de serviços de 
construção e manutenção de redes de energia elétrica entre as reclamadas (ID 
cd09b6e), bem como o fato de que o autor era empregado da 1ª reclamada e 
prestava serviços em benefício da 2ª reclamada na função de eletricista. 
Pois bem. Sendo regra em nosso ordenamento jurídico que o vínculo 
empregatício se forme diretamente com o tomador de serviços (Súmula 331, I 
do C. TST), resta inequívoca a ocorrência de terceirização ilícita no caso 
dos autos, uma vez que 2ª reclamada presta serviços como concessionária 
de distribuição de energia elétrica e a função desempenhada pelo 
reclamante se enquadra em sua atividade-fim (Súmula 331, III do C. TST). 
Portanto, caracterizada a terceirização ilícita consubstanciada na contratação 
irregular por interposta pessoa, deve ser reconhecido o vínculo diretamente entre 
o reclamante e a tomadora de serviços, com fulcro no artigo 9º da CLT. 
Friso que a existência de qualquer cláusula contratual tendente a excluir a 
responsabilidade da tomadora não pode ser oposta em face do reclamante, que 
não participou da relação contratual entre as empresas reclamadas. 
Diante disso, deve a 2ª reclamada responder de forma solidária pelas verbas 
acima deferidas. RTOrd-1000656-67.2015.5.02.0313 – 3ª VT GRU. 
 
 
CCT-ACT 
Como determinar a CCT que deve acompanhar a inicial: 
Pelo princípio da territorialidade, ou seja, será a CCT do local onde o Reclamante 
prestou serviços, pouco importando o local da sede da Reclamada. 
Interpretação sistemática e teleológica do art. 651 da CLT - Local da prestação de 
serviços. 
Jurisprudência: 
ENQUADRAMENTO SINDICAL 
Ementa: Cediço que o enquadramento sindical dos empregados é determinado 
pela atividade preponderante do empregador, exceto quando se tratar de 
profissão pertencente a categoria diferenciada (art. 511, § 3º, da CLT). A par 
disso, no Direito pátrio, o âmbito de aplicação dos pactos coletivos é o das 
representações dos sindicatos convenentes, nos termos do art. 611 da CLT, 
sendo que a convenção coletiva aplicável numa empresa é a firmada pelos 
sindicatos que têm base territorial equivalente ao local de prestação de 
serviços de seus empregados, mesmo que outro seja o da contratação ou 
do domicílio do empregador. TRT10: 1184200380110003 02/06/2004, 1ª T 
 
12 
 
Tese para Peça Inicial: 
 
IV-) DOS PEDIDOS COM BASE NO TEXTO COLETIVO: 
 
DO REAJUSTE SALARIAL NOS TERMOS DA INCLUSA CCT DA 
CATEGORIA 2013/2014 – CLÁUSULA 2ª. 
 
Requer que a Reclamada traga aos autos todos os 
holerites do período contratual, pois o Reclamante juntou as CCTs de todo operíodo, possibilitando e requerendo seja apurado eventuais diferenças, pois, se 
constatada deverá a empregadora ser condenada a pagá-las com reflexos em 
todas as verbas trabalhistas e rescisórias inclusive as incidentes em eventual 
procedência dos pedidos desta inicial, assim como, ao pagamento da multa 
prevista na Cláusula 8ª do texto convencionado, o que desde já se requer. 
 
DO ANUÊNIO - NOS TERMOS DA INCLUSA CCT DA CATEGORIA 2013/2014 
– CLÁUSULA 4ª. 
 
Como o Reclamante atende todos os requisitos do 
benefício em tela, requer que a Reclamada traga aos autos todos os holerites do 
período contratual, pois o Reclamante juntou as CCTs de todo o período, 
possibilitando e requerendo seja apurado o efetivo pagamento do anuênio, pois, 
se constatado o não pagamento, deverá a empregadora ser condenada a pagá-
lo com reflexos em todas as verbas trabalhistas e rescisórias inclusive as 
incidentes em eventual procedência dos pedidos desta inicial, assim como, ao 
pagamento da multa prevista na Cláusula 8ª do texto convencionado, o que 
desde já se requer. 
 
DO VALE REFEIÇÃO NOS TERMOS DA INCLUSA CCT DA CATEGORIA 
2013/2014 – CLÁUSULA 5º. 
 
Pede-se então que a empregadora traga aos autos 
os recibos de entrega do vale refeição COM OPOSIÇÃO de assinatura do 
Reclamante, durante todo o período contratual, eis que juntadas todas as CCTs 
que garantem o benefício, sendo que do contrário deverá a Reclamada ser 
condenada ao pagamento de R$ 20,00 (vinte reais) por dia durante todo o 
período em que vigorou o contrato de trabalho, sem prejuízo de aplicação da 
multa prevista na cláusula 8ª do texto convencionado, o que desde já se requer. 
 
 
DO SEGURO DE VIDA NOS TERMOS DA INCLUSA CCT DA CATEGORIA 
2013/2014 – CLÁUSULA 7ª. 
 
Determina a redação da Cláusula 7ª da CCT: 
 
07 - SEGURO 
 
As empresas pagarão a partir de 01 de dezembro de 2013, um seguro de 
vida em benefício de seus empregados aeroviários, sem ônus para os 
mesmos, cobrindo morte e invalidez permanente, total ou parcial, no valor 
de R$ 11.873,99 (onze mil, oitocentos e setenta e três reais e noventa e 
nove centavos). 
 
13 
 
Requer então que a Reclamada comprove a 
contratação do benefício, o qual deverá ter sido renovado durante todo o 
contrato de trabalho, eis que o Reclamante faz prova do direito por meio da 
juntada de todas as CCTs do período, nos termos do artigo 396 do CPC: 
 
O benefício deverá constar expressamente como 
segurado/beneficiário o autor desta exordial, pois a obrigação é do empregador. 
Caso não se comprove tal contratação, que se condene a Reclamada ao 
pagamento na integralidade do valor consignado em cada CCT juntada aos 
autos, pois na eventualidade da não contratação teríamos o locupletamento do 
empregador, devendo portanto, ser pedagogicamente condenado, sem prejuízo 
de aplicação da multa prevista na cláusula 8ª do texto convencionado, o que 
desde já se requer. 
 
 
DA CESTA BÁSICA – NOS TERMOS DA CCT 2011/2013 E DAS CCTS 
ANTERIORES. 
 
 
Tendo em vista que o Reclamante recebia salário 
inferior ao previsto na Cláusula acima, pede-se então que a empregadora traga 
aos autos TODOS os recibos de entrega das cestas básicas COM OPOSIÇÃO 
de assinatura do Reclamante, sendo que do contrário deverá a Reclamada ser 
condenada ao pagamento de R$ 253,35 por mês, do início do contrato de 
trabalho até 30 de novembro de 2013, quando cessou a vigência da CCT 
2011/2013, sem prejuízo de aplicação da multa prevista na cláusula 8ª do texto 
convencionado, o que desde já se requer. 
 
 
DO VALE ALIMENTAÇÃO – NOS TERMOS DA CCT 2013/2014. 
 
 
Tendo em vista que o Reclamante recebia salário 
inferior ao previsto na Cláusula acima, pede-se então que a empregadora traga 
aos autos TODOS os recibos de entrega do vale alimentação COM OPOSIÇÃO 
de assinatura do Reclamante, sendo que do contrário deverá a Reclamada ser 
condenada ao pagamento de R$ 294,30 por mês, a partir de 1º de dezembro de 
2013 até a cessação do contrato de trabalho do Reclamante, sem prejuízo de 
aplicação da multa prevista na cláusula 8ª do texto convencionado, o que desde 
já se requer. 
 
ACIDENTE DE TRABALHO E DOENÇA OCUPACIONAL 
O que é e, como pedir na inicial: 
 
Acidente de Trabalho TÍPICO: Decorre de evento único dentro da empresa e no 
horário de trabalho. (art. 19 lei 8.213/91). 
Atípico: Embora não tenha sido causa única (concausa), acabou contribuindo 
diretamente para a morte do trabalhador, ou perda de sua capacidade ou reproduzido 
lesão que exija atenção médica para sua recuperação. (art. 21, I, lei 8.213/91). 
14 
 
Doenças Ocupacionais: São espécies do acidente de trabalho atípico, como as doenças 
profissionais (art. 20, I) e as doenças do trabalho (art. 20, II, lei 8.213/91). 
 
DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
DOENÇA PROFISSIONAL - É aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho peculiar à determinada profissão, ou função, ou seja, está diretamente ligada a 
profissão do trabalhador. 
Ex.: O soldador que desenvolveu catarata. 
Jurisprudência: 
 
ACIDENTE DE TRABALHO. DOENÇA PROFISSIONAL. CONFIGURAÇÃO. 
Autorizando as respostas do perito aos quesitos formulados pelas partes a 
conclusão de que a incapacidade laboral decorreu de esforços físicos exigidos 
na função desempenhada pelo autor, não se vinculando exclusivamente à 
moléstia degenerativa constatada, de se manter a r. decisão primeira 
reconhecendo a existência de doença profissional equiparada à acidente de 
trabalho. 810200423902 PR, 5ª T., 13/11/2009 
 
DOENÇA DO TRABALHO - Está mais ligada ao meio ambiente de trabalho, é aquela 
que tem ligação com o ambiente onde o trabalho é exercido. 
Ex.: Um trabalhador que está exposto ao ruído excessivo, em um galpão de solda, e 
desenvolve surdez. Esse é um caso típico de doença do trabalho. 
Jurisprudência: 
 
MOLÉSTIA DO TRABALHO. Os autos revelam que o esforço empreendido pelo 
autor no exercício da função de armador atuou para eclosão da hérnia inguinal 
esquerda, gerando incapacidade parcial e temporária para o trabalho, restando, 
pois, caracterizada a doença do trabalho.... Se houvesse eficiente sistema de 
proteção ao trabalhador e se as condições de ergonomia fossem ideais, 
certamente o surgimento/agravamento da moléstia teria sido evitado, restando 
evidenciada a culpa subjetiva das reclamadas pelo acidente. Recurso Ordinário 
obreiro parcialmente provido. 00013455720145020057, 14ª T., 16/12/2015 
 
CONCAUSA – art. 21, I, da lei 8.213/91. 
 
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja 
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da 
sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica 
para a sua recuperação; 
 
15 
 
Jurisprudência: 
 
DOENÇA DEGENERATIVA AGRAVADA PELO EXERCÍCIO DO TRABALHO. 
CONCAUSA. DOENÇA OCUPACIONAL CARACTERIZADA. Ainda que a 
moléstia que acometa o trabalhador seja de cunho degenerativo, como nos 
casos dos autos, se houver agravamento em virtude do exercício de seu labor, 
presente estará o nexo entre o mal que o aflige e o dano, na modalidade 
concausal, nos termos do art. 21, I da Lei n. 8.213/91. (TRT18, RO - 0000861-
25.2011.5.18.0082, Rel. JUÍZA CONV.SILENE APARECIDA COELHO, 3ª 
TURMA, 01/08/2012). RO 00008612520115180082 GO, 3ª T., 01/08/2012 
 
 
Acidente de Trajeto – in itinere – art. 21, IV, “d” da lei 8.213/91. 
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: 
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de 
trabalho: 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, 
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do 
segurado.Jurisprudência: 
 
ACIDENTE DE TRABALHO. IN ITINERE. NÃO-CARACTERIZAÇÃO. O 
infortúnio ocorrido no percurso da residência do empregado para o local de 
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive 
veículo de propriedade do segurado, é qualificado como acidente de trabalho, 
por equiparação, nos moldes da alínea “d” do inciso IV do artigo 21 da Lei nº 
8.213/91. Evidenciado que o empregado sofrera infortúnio em percurso distinto 
do residência-trabalho, torna-se inviável caracterizar o fato como acidente de 
trabalho. RO 1241201180110004 DF, 1ª T., 03/02/2012 no DEJT. 
 
 
Contrato de trabalho de PRAZO DETERMINADO. 
Súmula nº 378 do TST 
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI 
Nº 8.213/1991. 
III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza 
da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista 
no art. 118 da Lei nº 8.213/91. 
 
Tese para Peça Inicial: 
 
 
XI-) DA DOENÇA OCUPACIONAL. DA REINTEGRAÇÃO/INDENIZAÇÃO. 
DA REALIZAÇÃO DE PERÍCIA MÉDICA. 
 
A Reclamada admitiu o Reclamante gozando de perfeitas 
condições de saúde, tanto é verdade que ao realizar o exame admissional foi 
considerado apto para o exercício da função para a qual foi contratado. 
 
16 
 
Pois bem, no decorrer do pacto laboral, com o exercício 
de atividades que consistiam em movimentos repetitivos, contínuos e diários, 
sem pausa para descanso, passou o Reclamante a sofrer com fortes dores nos 
ombros, pulso e antebraços. Tanto que foi diagnosticado um deslocamento dos 
tendões dos dois ombros, motivo pelo qual, ficou afastado do trabalho por 
prescrição médica e pelo INSS, conforme comprovam os atestados que seguem 
anexo. Importante destacar que sequer foi realizado o exame demissional. 
 
Evidente, que o Reclamante é portador de moléstia 
ocupacional, adquirida no exercício de atividades laborais para a Reclamada, 
doença que lhe causou sequelas e reduziu a capacidade laboral, logo, é 
portador de estabilidade provisória com fulcro nos artigos 19 e 20 c/c artigo 118 
da Lei 8.213/1991. 
 
Diante de todo o exposto, temos que o Reclamante faz 
jus à reintegração em funções compatíveis com sua condição física, ou ainda, à 
indenização, nos termos da Súmula 396, I do TST, o que resta requerido. 
 
A fim de subsidiar a perícia médica que desde logo se 
requer, pede-se a demandada juntar as fichas de entrega de EPIs com as 
especificações dos equipamentos, datas de trocas, higienização e devoluções, 
do certificado de aprovação dos equipamentos entregues, com a data de 
expedição e validade, e do comprovante de treinamento do Reclamante, com 
oposição de assinatura do obreiro, sempre dentro do prazo de validade indicado 
pelo fornecedor do equipamento, juntando aos autos 01 (uma) amostra do EPI 
que fornecia, o que desde já se requer. 
 
Requer que a Reclamada junte ainda o PPP (Perfil 
Profissional Profissiográfico), o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais), o LTCAT (Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho) e 
ainda, o laudo de que trata o artigo 160 da CLT. Deverá ainda a Reclamada 
demonstrar que cumpriu integralmente as obrigações do artigo 157 da CLT, 
notadamente pela juntada das ordens de serviços para comprovar ter oferecido 
orientação ao Reclamante sobre o fiel cumprimento das normas de segurança e 
medicina do trabalho, sem prejuízo de outros que se fizerem necessários ao 
deslinde da causa. 
 
Pelo exposto, requer seja reconhecida a doença 
ocupacional determinando a reintegração do obreiro em função compatível com 
a lesão sofrida bem como pela indenização do período entre a demissão e a 
reintegração com todos os reflexos devidos. Caso reste afastado, deverá a 
Reclamada indenizar todo o período de estabilidade com os reflexos devidos. 
 
 
 
Em decorrência de um acidente de trabalho (típico ou atípico) e, dependendo das 
sequelas como diminuição ou cessação da capacidade laborativa torna-se interessante 
pedir indenização (pensão vitalícia): 
 
 
 
17 
 
Art. 950 CCB - Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa 
exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a 
indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da 
convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para 
que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. 
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja 
arbitrada e paga de uma só vez. 
 
Tese para Peça Inicial: 
 
DA PENSÃO MENSAL VITALICIA. 
 
Independentemente da modalidade de 
responsabilidade civil que vier a ser conhecida na presente reclamação, deverá 
a empregadora ser condenada ao pagamento de pensão mensal vitalícia, no 
valor do último salário percebido pelo Reclamante, posto que, o 
comprometimento físico do autor limita sua capacidade laboral, nos precisos 
termos do artigo 950 do Código Civil. 
 
Subsidiariamente, requer a condenação da 
Reclamada no importe comumente pago aos empregados que exercem a 
mesma atividade que o Reclamante exercia (o que será comprovado por meio 
da juntada do CAGED e RAIS anuais de todos os colaboradores que ocupam a 
mesma função e que hoje estão em atividade na empregadora), o que se requer 
seja juntado aos autos pela demandada, levando-se em conta ainda, os 
aumentos anuais (dissídios), 13º salário e férias acrescido de 1/3, e ainda o 
bônus de final de ano que incorporará a pensão vitalícia. 
 
Requer, por fim, a constituição de capital para 
custear a pensão mensal, bem como que os valores da pensão sejam pagos de 
uma única vez, conforme previsto no art. 950, parágrafo único, do Código Civil, 
apurando-a conforme elementos declinados. 
 
Jurisprudência: 
ACIDENTE DO TRABALHO. INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL. 
PENSÃO MENSAL VITALÍCIA. PAGAMENTO EM PARCELA ÚNICA. ARTIGO 
950, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CCB. Existindo nexo causal entre a lesão 
sofrida pela reclamante e o trabalho desenvolvido junto à reclamada, bem como 
havendo redução da capacidade de trabalho, é devida a indenização por dano 
material, a ser paga em parcela única, conforme postulado, nos termos do artigo 
950, parágrafo único, do CCB. Recurso ordinário interposto pela reclamante a 
que se dá provimento parcial, no item. RO 00008606820115040522 RS, 
25/02/2014. 
 
 
ACIDENTE DE TRABALHO. CULPA CONCORRENTE DA VÍTIMA. 
INEXISTÊNCIA. Inexistindo provas de que o empregado concorreu 
culposamente para o evento danoso, não há de se falar em redução eqüitativa 
do quantum indenizatório (CCB/2002, art. 945). ACIDENTE DE TRABALHO. 
PENSÃO VITALÍCIA. COMPENSAÇÃO COM BENEFÍCIOS 
PREVIDENCIÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE. A pensão vitalícia de que trata o art. 
18 
 
950 do CCB/2002 - possui natureza indenizatória, decorrente da 
responsabilidade civil, não guardando correlação com os valores pagos a título 
de benefícios previdenciários. Assim sendo, não é possível a compensação das 
reparações civis com as parcelas de natureza previdenciária, em razão de sua 
natureza distinta. Recursos da Reclamada e Reclamante conhecidos e 
desprovidos. RO 926200501310852 DF, 3ª T., 06/03/2009. 
 
DANO EMERGENTE E LUCRO CESSANTE: advém do dano material, pois é 
possível quantificar tanto o dano atual (emergente) como o futuro (lucro cessante): 
Art. 402 CCB - Salvo as exceções expressamente prevista em lei, as perdas e 
danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que 
razoavelmente deixou de lucrar”. 
 
Tese para Peça Inicial: 
 
XIV-) DOS DANOS EMERGENTES E DOS LUCROS CESSANTES 
 
O dano emergente advém do acidente de trabalho 
que o Reclamante sofreu, por culpa da Reclamada, resultando sequelas 
permanentes, pois o Reclamante perdeu totalmente a sensibilidadede seu dedo 
e, por consequência, a capacidade laborativa foi consideravelmente reduzida, 
bem como jamais irá laborar com a mesma perfeição técnica de outrora. 
 
Além disso, diante da constatação da incapacidade 
para o trabalho pelo INSS, o Reclamante se viu obrigado em ficar afastado por 
meses do trabalho, momento em que ficou privado de desenvolver atividade 
laborativa remunerada, traduzindo o lucro cessante. 
 
No caso dos autos o Reclamante permaneceu 
afastado do dia do acidente 26/01/2013 até 29/09/2013, conforme comunicado 
de decisão do INSS. Com isso requer a condenação da Reclamada a pagar os 
salários deste período devidamente atualizados. 
 
Jurisprudência: 
 
ACIDENTE DE TRABALHO. LUCROS CESSANTES. PERÍODO DE 
AFASTAMENTO PREVIDENCIÁRIO. Em caso de acidente de trabalho, os 
danos materiais devidos pelo empregador incluem os LUCROS CESSANTES 
até o fim da convalescença do empregado, ou seja, os salários devidos desde a 
data de afastamento até o termo final de percepção do benefício previdenciário, 
período no qual o empregado ficou privado de desenvolver atividade laborativa 
remunerada em face do infortúnio, conforme se extrai do art. 950 do Código 
Civil. A percepção de benefício previdenciário não prejudica o deferimento 
da verba indenizatória, pois a Constituição da República estabelece claramente 
que o pagamento das parcelas decorrentes do seguro acidentário não exclui a 
indenização devida pelo empregador (CR/88, art. 7º, XXVIII). - (TRT-3 - RO: 
01114201414803002 0001114-21.2014.5.03.0148, Relator: Sebastião Geraldo 
de Oliveira, Segunda Turma, Data de Publicação: 14/08/2015). 
 
19 
 
Art. 7º, XXVIII CF - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, 
sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo 
ou culpa;

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