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CIRURGIAS DO ABDOME (CELIOTOMIA)

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Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
 
 
UNIDADE I – CIRURGIAS DO ABDOME 
 
 
1) CELIOTOMIAS (LAPAROTOMIAS) 
 
# CONCEITO: 
 
É a abertura cirúrgica da cavidade abdominal. 
 
# ANATOMIA CIRÚRGICA DO ABDOME: 
1. Divisão – epigástrica, mesogástrica e hipogástrica. 
2. Músculos – obliquo abdominal externo e interno do abdome, reto e transverso. 
3. Serosa – peritônio parietal (ligamento falsiforme). 
 
# INDICAÇÕES: 
 
• Realização de procedimentos cirúrgicos específicos. Ex.: Cistotomia, 
ovariohisterectomia, enterotomia, redução de hérnias, etc. 
• Fins exploratórios (Fig. 01): 
1. Quando os sinais clínicos e os exames complementares não são conclusivos e há 
suspeita de comprometimento visceral abdominal. 
2. Quando o paciente não responde ao tratamento clínico e o quadro continua a 
agravar-se. 
3. Em traumas severos com suspeita de lesão visceral. Ex.: Ruptura intestinal 
 
 
 
 
 
 
Fig. 01 – Celiotomia exploratória em
um eqüino. 
 
 
 
 
 
 
# INSTRUMENTAL NECESSÁRIO: 
 
• Material de hemostasia; 
• Material de diérese; 
• Material de síntese; 
• Material auxiliar (afastadores). 
1 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
 
 
# PRÉ-OPERATÓRIO: 
 
• Avaliação das condiç
• Jejum: pequenos anim
• Tricotomia da região
• Decúbito: dorsal, late
• Anti-sepsia da região
• Sondagem uretral no ventral. 
 
# ANESTESIA: 
• Pequenos animais – g
• Grandes animais: tran
 
# CLASSIFICAÇÃO DAS C
 
 As celiotomias estão 
 
1. Longitudinais: 
• Medianas: pré
• Paramedianas
2. Transversais: unilate
3. Combinadas. 
4. Paracostal: direita ou
5. Flanco: direita ou esq
6. Ventro-lateral: direit
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ões físicas do animal. 
ais-12 horas, grandes animais-24 horas. 
 a ser incidida. 
ral ou em estação. 
 a ser incidida (álcool-iodo-álcool). 
s machos quando a incisão for na linha média
eral e neuroleptoanalgesia. 
qüilização e analgesia local (bovinos), geral (eqüinos) 
ELIOTOMIAS: 
classificadas em: 
-umbilical, retro-umbilical e pré-retroumbilical. 
: pré-umbilical, retro-umbilical e pré-retroumbilical. 
a. trans-retal – direita ou esquerda. 
b. para-retal – direita ou esquerda. 
ral direita ou esquerda, bilateral. 
 esquerda. 
uerda. 
a ou esquerda. 
Classificação das incisões abdominais: 
 
A – longitudinal mediana pré-umbilical. 
B – longitudinal mediana retro-umbilical. 
C – longitudinal paramediana. 
D – paracostal. 
E – combinada (mediana pré-umbilical com 
paracostal). 
F – transversal. 
G - flanco 
2 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
 
 
 
 
# TÉCNICA CIRÚRGICA: 
 
1. Incisão longitudinal mediana – A celiotomia longitudinal na linha média 
ventral é a abordagem padrão para quase todas as vísceras abdominais. 
Existem restrições por alguns veterinários na realização desta técnica nas 
cadelas em lactação. Embora a cesariana na linha média não interfira 
diretamente com a produção do leite, em algumas cadelas sensíveis poderá 
haver relutância na amamentação dos neonatos no pós-operatório imediato, 
isto deve-se ao aumento da sensibilidade local provocada pela incisão 
cirúrgica. O paciente é posicionado em decúbito dorsal, e a pele é incisada 
na linha mediana ventral. A incisão pode ser estendida desde o processo 
xifóide até o osso púbico. O comprimento da incisão geralmente está a 
critério do cirurgião, mas deve ser amplo o suficiente para que se trabalhe 
confortavelmente. A cavidade abdominal é aberta com bisturi, após a parede 
muscular ter sido pinçada com pinça de Allis e tracionada dorsalmente, 
evitando-se com essa manobra a perfuração de vísceras. A incisão deve 
então ser ampliada com tesoura de Mayo reta ponta romba. Após ter 
completado o procedimento para o qual procedeu-se a celiotomia, inicia-se o 
fechamento da cavidade abdominal. A parede abdominal é suturada com 
pontos Sultan, fio de mononylon, com a espessura variando conforme o 
tamanho e o peso do paciente (pequenos animais-3.0 a zero, grandes 
animais-2 a 4). Procura-se incluir na sutura apenas a bainha externa do 
músculo reto do abdome e peritônio. O subcutâneo é suturado com pontos 
simples contínuo (fio absorvível 3.0 a zero) e a pele aproximada com pontos 
em zigue-zague (fio absorvível 3.0 a 2.0). A síntese de pele é com pontos 
isolados simples (fio mononylon 3.0 a zero PA, nylon monofilamento 0.50 
ou 0.80 GA). 
 
2. Incisão de flanco – A laparotomia de flanco é mais freqüentemente realizada 
em bovinos. A escolha do flanco direito ou esquerdo está na dependência do 
procedimento a ser efetuado e da preferência do cirurgião. É feita uma 
incisão cutânea vertical, ventral aos processos transversos lombares, os 
músculos oblíquo externo e interno do abdome são seccionados no mesmo 
sentido da incisão da pele. Os vasos hemorrágicos deverão ser pinçados e 
ligados (categute 2.0). O músculo transverso é cuidadosamente seccionado 
com tesoura no sentido vertical, após a fáscia transversal e peritônio terem 
sido elevados e seccionados com pinça dente de rato. Deve-se cuidar para 
não seccionar as vísceras adjacentes. A incisão é ampliada com tesoura de 
Mayo reta romba. A ferida cirúrgica é suturada em 3 ou 4 planos. O 
peritônio e a fáscia transversal são suturados em conjunto com o músculo 
transverso do abdome, empregando-se pontos em colchoeiro e simples 
3 
Prof. Daniel Roulim Stainki 
Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia – PUCRS 
Curso de Medicina Veterinária 
Cirurgia Veterinária II 
 
contínuo sobre a crista formada (categute 2). Os músculos oblíquos com 
pontos Sultan (categute 2) e a pele com pontos isolados simples ou Wolff 
(nylon monofilamento 0.50 ou 0.60). 
 
 
# PÓS-OPERATÓRIO: 
 
• Curativo tópico diário. 
• Uso de antibióticos parenterais. 
• Retirada dos pontos aos 8-10 dias de pós-operatório para pequenos animais, e de 10 
a 15 dias para grandes animais. 
• Evitar que o animal venha a lamber ou morder os pontos, acarretando no 
arrancamento dos mesmos. 
 
SUGESTÃO DE LEITURA: 
 
ARCHIBALD, J. Canine surgery. 2. ed., Santa Barbara: Am.Vet.Pub., 1974. 
 
BELLENGER, C. R. Abdominal wall. In: SLATTER, D. Textbook of small animal 
surgery. 2 ed., v. 1, Philadelphia: Saunders Company, 1993. cap. 33, p. 399-406. 
 
KERJES, A. W. NÉMETH, F. , RUTGERS, L. J. E. Atlas de cirurgia dos grandes 
animais. São Paulo: Manole, 1986. 143 p. 
 
VAN SLUIJS, F. J. Atlas de cirurgia de pequenos animais. São Paulo: Manole, 1992. 
143 p. 
 
4 
Prof. Daniel Roulim Stainki

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