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Introdução Mesmo após cinco séculos, uma intensa miscigenação entre povos europeus, africanos e indígenas e uma série de mudanças sociais, ainda há, mesmo que veladamente, a propagação do padrão europeu/eurocêntrico, que historicamente é considerado/construído como superior aos indígenas e afrodescendentes, sendo que esses dois últimos povos continuam, mesmo que de forma dissimulada, a serem alvos de preconceitos e discriminação. O espaço escolar, assim como outros espaços sociais, não está isento da visão discriminatória acerca dos índios e negros, sendo que muitas vezes a escola reproduz a visão de diferentes duas parcelas da sociedade, de modo que pra tentar mudar essa situação foi aprovada a lei 10.639/03, que obriga o ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira, e posteriormente a lei 11.645/08, que complementava a primeira, acrescentando a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Indígena. A lei, porém, não é garantia de que esse ensino realmente irá acontecer e que o professor terá os meios necessários para informar aos seus alunos os conhecimentos sobre a História e Cultura Africana e Afro-brasileira e Indígena. Reflexão Teórica 1 O preconceito racial constitui-se em um grave problema existente nos dias atuais, presente em toda a sociedade, de um modo geral e consequentemente o espaço educativo não está ausente desse processo, algo que existe desde há muito tempo. Um assunto que quando exposto causa polêmica por ser muito complexo. Ao perguntar a alguém se é preconceituosa de imediato a resposta é negativa, uma vez que a maioria das pessoas afirma não ter nenhuma espécie de preconceito. Afinal, o tratamento 2 diferenciado e as formas de expressões direcionadas ao negro aparecem como “disfarçadas”. Por esses e outros motivos é importante fazer uma reflexão se o preconceito existente no espaço educativo compromete a autoestima e, consequentemente influenciam no processo de construção do conhecimento dos estudantes, principalmente nos anos iniciais de escolarização. Uma vez que a educação é um espaço de formação de indivíduos. Reflexão Teórica 2 A problematização sobre as relações raciais tem se ampliado de forma progressiva na sociedade brasileira nessa última década. Essa problematização envolve tanto as práticas cotidianas dessas relações, os embates e ações políticas, como as construções conceituais a estas relacionadas. Um desses embates teóricos encontra-se na pertinência de uso do conceito de raça ou etnia entre as diferentes descendências populacionais no país. Superado no campo científico a tese da raça biológica, o embate se dá entre os adeptos da sua transmutação em raça social e os que defendem o uso do conceito etnia, seja esta articulada às correntes cultura listas ou ligada à perspectiva histórico-político-social, fundamentada na ideia de território como elemento agregador de significado político. Este último enfoque encontra-se fundamentado na ideia de afro descendência como conjunto de referenciais sócio históricos e culturais, que remetem às matrizes. Outro enfoque que aqui nos interessa por se constituir em um dos focos temáticos deste projeto é o das políticas públicas, que implica em buscar entender o lugar das relações étnico/raciais no contexto da história sócio-política do Brasil, mais especificadamente no que se refere à população negra/afro-brasileira e ao racismo a ela direcionada ao longo dos séculos da nossa história. http://files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/NEAB/LIMA-%20Maria%20Batista.%20Identidade%20EtnicoRacial%20no%20Brasil%20uma%20reflexao%20teorico-metodologica..pdf texto sobre o tema http://revistacientifica.facmais.com.br/wp-content/uploads/2015/08/artigos/cultura_africana.pdf
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