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Resumo cap 7

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Universidade Federal da Paraíba
Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Mecânica
Disciplina: Ergonomia							Prof.: Francisco Másculo
Aluno: Paulo Roberto O. de Carvalho 					Mat.: 11011241
Síntese – Capítulo 7 – Posto de trabalho
	Este resumo tem por objetivo sintetizar e explicar os pontos importantes do capítulo referente ao posto de trabalho, que por definição é a configuração física do sistema homem-máquina-ambiente. É uma unidade produtiva envolvendo um homem e o equipamento que ele utiliza em seu trabalho, assim como o ambiente. Então, em uma fábrica ou um escritório, nós teremos vários postos de trabalho. Existem basicamente dois enfoques dos postos de trabalho, o taylorista, que é largamente utilizado na prática, é baseado nos princípios de ergonomia dos movimentos, e o ergonômico o qual é baseado principalmente na análise biomecânica e interações homem, sistema e ambiente. 
	O enfoque taylorista é chamado de estudo de tempos e movimentos, é baseado em uma série de conhecimentos empíricos, acumulados desde Taylor. A sequência de movimentos necessários para executar uma tarefa é baseada em uma série de princípios de economia de movimentos e o melhor método é escolhido pelo critério do menor gasto. O desenvolvimento deste método é feito geralmente em laboratórios onde todos os dispositivos, materiais e ferramentas são colocados em posições mais convenientes, vasados em critérios empíricos e experiências pessoais do analista de métodos. O processo abrange três etapas, a primeira é o desenvolvimento do método, a qual se deve definir o objetivo da operação, descrever as diversas alternativas de métodos para se alcançar o objetivo, testar as alternativas e selecionar o método que melhor se adeque. A segunda etapa é preparar o método padrão, ou seja, registra-lo e implanta-lo em toda fábrica, para isso devemos realizar uma descrição detalhada do método especificando os movimentos necessários e a sequência, fazer um desenho esquemático do posto de trabalho, mostrando o posicionamento das peças, ferramentas, máquinas com as respectivas dimensões e listar as condições ambientais e outros fatores que podem afetar o desempenho. A terceira etapa diz respeito ao tempo padrão, o qual é o tempo necessário, a um operário experiente, para executar o trabalho usando o método padrão, incluindo-se as tolerâncias de espera. Os resultados deste enfoque nem sempre são mais eficazes, por existir a inconveniência de concentrar a carga de trabalho sobre determinados movimentos musculares, produzindo excessiva fadiga localizada e monotonia.
	O enfoque ergonômico tende a desenvolver postos de trabalho que reduzam as exigências biomecânicas e cognitivas, procurando colocar o operador em uma boa postura de trabalho. O posto de trabalho deve envolver o operador como uma vestimenta bem adaptada, que ele possa realizar o trabalho com conforto, eficiência e segurança. Neste enfoque procura-se eliminar tarefas altamente repetitivas. A maior dificuldade dos projetistas é a grande variabilidade das dimensões antropométricas da população. Isso leva a dimensionamentos inadequados dos postos de trabalho, provocando esforços musculares estáticos e movimentos exagerados dos braços, ombros, tronco e pernas o que pode ocasionar dores musculares, resultando em queda de produtividade. Assim, o principal objetivo é a perfeita adaptação das máquinas e equipamento ao trabalhador, de modo a reduzir as posturas e movimentos desagradáveis, minimizando os estresses musculares.
	Muitos critérios podem ser utilizados para avaliar a adequação de um posto de trabalho. Entre eles se incluem o tempo gasto na operação e o índice de erros e acidentes. Contudo a postura e o esforço exigido dos trabalhadores é um dos melhores critérios. Podem-se determinar os pontos de tensões que tendem a provocar dores nos músculos e tendões.
	O projeto do posto de trabalho faz parte de um planejamento global das instalações produtivas (arranjo físico ou layout de fabricas e escritórios). Este planejamento é feito em três níveis. O primeiro é o projeto do macro-espaço, neste nível é feito um estudo do espaço global da empresa, sendo definidas as dimensões de cada departamento e também das áreas auxiliares, como estoque e manutenção. Também é definido o fluxo geral de materiais, desde a entrada da matéria-prima até a saída dos produtos acabados, passando por todas as etapas intermediárias de transformação da matéria-prima em produto. Em cada etapa do processo fica definida a equipe de trabalho com todas as máquinas e equipamentos envolvidos. No segundo nível, temos o projeto do micro-espaço, onde a atenção é focada em cada unidade produtiva, ou seja, no posto de trabalho. Geralmente inclui um trabalhador e o seu ambiente imediato, abrangendo a máquina e equipamento que ele utiliza, bem como as condições de temperatura e ruídos. No terceiro nível, temos o projeto detalhado, o qual estabelece as características da interface homem-máquina-ambiente, para que as interações entre esses subsistemas sejam adequadas. É nesta etapa que são projetados ou se selecionam os instrumentos de informação e de controle apropriados à natureza e exigências do trabalho. A contribuição ergonômica pode ocorrer nesses três níveis. No primeiro incluem-se os estudos do ambiente em geral, a organização do trabalho, trabalho em equipe, sistema de transporte, entre outros. No nível micro, a ergonomia concentra-se no posto de trabalho. Já no projeto detalhado, faz estudo dos controles e manejos, assim como dispositivos de informação.
	A primeira etapa do projeto de um posto de trabalho é fazer uma análise detalhada da tarefa. Esta pode ser definida como sendo um conjunto de ações humanas que torna possível um sistema atingir o seu objetivo. A análise da tarefa deve ser iniciada o mais cedo possível, antes que certos parâmetros do sistema sejam definidos e se torne difícil e oneroso introduzir modificações corretivas. A análise é realizada em três níveis. O primeiro, chamado de descrição da tarefa, ocorre em um nível mais global, o segundo, chamado de descrições das ações, em um nível mais detalhado, e o terceiro, uma revisão crítica, para corrigir os eventuais problemas.
	O arranjo físico, ou layout, é o estudo da distribuição espacial ou do posicionamento relativo dos diversos elementos que compõe o posto de trabalho. Existem vários critérios, nos quais se baseiam os arranjos físicos, os mais que mais se utilizam são, a importância, a frequência de uso, o agrupamento funcional, a sequência de uso, a intensidade do fluxo e as ligações preferenciais. Observa-se que os três primeiros critérios apresentados referem-se à natureza dos elementos, enquanto os demais se referem às interações entre os mesmos. 
	O dimensionamento correto do posto de trabalho é uma etapa fundamental para o bom desempenho da pessoa que ocupará este posto, é possível que esta pessoa passe várias horas ao dia, durante anos a fio, sentada ou em pé neste posto. Qualquer erro pode submeter ao trabalhador sofrimentos por longos anos. O posto de trabalho deve ser dimensionado de forma que a maioria de seus usuários tenha uma postura confortável. Para isso, diversos fatores devem ser considerados como a postura adequada do corpo, movimentos corporais necessários, alcances dos movimentos, medidas antropométricas dos ocupantes do cargo, necessidades de iluminação, ventilação, dimensões das máquinas, equipamentos e ferramentas, e interação com outros postos e o ambiente externo.
	A etapa final é a construção e teste do posto. Inicialmente poderá ser construído um modelo tridimensional de madeira ou papelão em escala 1:1, apenas para simular a distribuição espacial dos elementos que compõem o posto de trabalho. Nesta fase, os ajustes necessários poderão ser introduzidos com poucos gastos de tempo e de recursos. Entretanto, o teste definitivo do posto de trabalho deve ser feito com um modelo real ou mais próximo possível das condições reais de funcionamento. 
	Devido à grande difusão da informática, hojeexistem postos de trabalho com computadores em praticamente todas as profissões. Em alguns casos, o uso de computadores é esporádico. Mas em outros o usuário passa horas com o corpo quase estático, com a atenção fixa na tela do monitor e as mãos sobre o teclado realizando operações de digitação, altamente repetitivas. Isto acontece nas centrais de telemarketing, e SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor). Comparado ao trabalho tradicional de escritório, as condições de trabalho no computador são mais severas. As inadaptações ergonômicas desses postos produzem consequências bastante incômodas, como fadiga visual, dores musculares do pescoço e ombros e dores nos tendões dos dedos.

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