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o 14/05/15 o 1 TERAPIA NUTRICIONAL EM DOENÇAS RENAIS Profª Giseli Cristina Galati Toledo Funções do Rim o Excreção e Síntese a. Excreção de uréia, ácido úrico, creatinina (produtos finais do metabolismo). b. Manutenção do volume extracelular (Balanço de Sódio e Água). c. Manutenção da Composição Iônica do volume extracelular (sódio, cloro, potássio, magnésio, cálcio e fósforo). d. Regulação da pressão arterial sistêmica. e. Manutenção do equilíbrio ácido-básico (excreção de ácidos não voláteis e recuperação de bicarbonato). Funções do Rim o Excreção e Síntese f. Produção de Hormônios e Enzimas (Eritropoietina, 1,25 diidroxivitamina D, renina, etc). g. Degradação e catabolismo de hormônios (insulina, glucagon, paratormônio, hormônio do crescimento, etc). h. Regulação dos processos metabólicos (gliconeogênese, metabolismo lípídico, etc). Funções do Rim • Manutenção da Homeostase Corporal Capacidade de Excreção e Regulação da água corporal, de minerais e de compostos orgânicos é a função mais importante do rim. Sem a função excretória o tempo de sobrevivência vai de 4 a 5 semanas ou até em 10 dias. Glomérulo e Túbulo Renal o 14/05/15 o 2 DOENÇAS RENAIS o Litíase Renal o Insuficiência Renal o É a perda das funções dos rins, o Pode ser: o INSUFICIÊNCIA RENAL AGÚDA -IRA o INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA-IRC DOENÇAS RENAIS o Litíase Renal o Formação de cálculos no trato urinário o F e n ô m e n o M u l t i f a t o r i a l ( g e n é t i c a , c o n d i ç õ e s socioeconômicas, ambientais, nutricionais) que resulta da supersaturação urinária, nucleação de cristais, agregação, retenção e crescimento de cristais. o Patogênese: a cristalização ocorre devido a anormalidades na composição urinária, por maior cristalização de cálcio, oxalato, ácido úrico o Papel relevante sobre a excreção urinária dos promotores e inibidores da formação dos cálculos. o CÁLCIO o OXALATO o SÓDIO: grande quantidade-aumenta o risco o POTÁSSIO:reduzida ingestão-aumenta o risco o VITAMINA C: sua metabolização produz sais de oxalato o PROTEÍNA: adequada ingestão reduz oxalato, fosfato, cálcio e ácido úrico urinários e aumenta a excreção urinária de citrato. q PURINAS: vitela, bacon, cabrito, carneiro, fígado, língua, rim, miolo, anchova, sardinha, arenque, bacalhau, truta, ovas de peixe, marisco, galeto, peru, porco, coelho, pato e ganso. o LÍQUIDOS: 30 mL de líquidos /kg /dia (2.100 a 2.500 mL de líquidos por dia) o Ingerir: água, sucos de frutas (limão e laranja- elevado teor de citrato), chá de frutas, flores ou ervas. o Evitar: chá preto e mate pelo elevado teor de oxalato; bebidas alcoólicas por conterem purinas e refrigerantes (aumentam excreção de oxalato) DOENÇAS RENAIS o Insuficiência Renal Agúda -IRA o Em alguns pacientes com doenças graves, os rins podem parar de funcionar de maneira rápida, porém temporária. o Rápida porque a função renal é perdida em algumas horas e temporária porque os rins podem voltar a funcionar após algumas semanas. o Em muitas ocasiões o paciente necessita ser mantido com tratamento por diálise até que os rins voltem a funcionar. o 14/05/15 o 3 DOENÇAS RENAIS o Insuficiência Renal Agúda -IRA ESTRATÉGIA NUTRICIONAL NA IRA Influenciada pelo estado nutricional do paciente. o 1º. GRUPO : pacientes não-catabólicos, geralmente a IRA é causada por nefrotoxinas. o Pacientes recebendo alimentação via oral e prognóstico de recuperação da função renal é excelente. Energia : 25 kcal/kg/dia Proteína: 0,6 a 1 g/kg/dia de AAE + NAAE DOENÇAS RENAIS o Insuficiência Renal Agúda -IRA ESTRATÉGIA NUTRICIONAL NA IRA o 2.o. GRUPO: composto por pacientes com moderado grau de catabolismo. o Pacientes costumam estar complicados por infecção, peritonite ou moderado grau de agressão (P.O. de grandes cirurgias). o Terapia nutricional enteral ou parenteral é indicada e frequentemente necessidade de diálise. o Energia: 25 a 30 kcal/kg/dia o Proteína: 0,8 a 1,2 g/kg/dia de AAE + NAAE DOENÇAS RENAIS o Insuficiência Renal Agúda -IRA ESTRATÉGIA NUTRICIONAL NA IRA o 3.o. GRUPO: A IRA ocorre em associação com um trauma severo, extensas áreas queimadas ou sepse. o O tratamento geralmente é complexo e inclui terapia nutricional parenteral, diálise contínua e suporte hemodinâmico e ventilatório. o Energia: 25 a 35 Kcal/kg/dia o Proteína: 1 a 1, 5 g/kg /dia de AAE + NAAE DOENÇAS RENAIS Insuficiência Renal Crônica –IRC ou DRC o Insuficiência renal crônica é a perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais. o Esta perda resulta em processos adaptativos que, até um certo ponto, mantêm o paciente sem sintomas da doença. o Até que tenham perdido cerca de 50% de sua função renal, os pacientes permanecem quase sem sintomas. Insuficiência Renal Crônica –IRC ou DRC q Se a função renal for 10 a 12% da normal, pode-se tratar os pacientes com medicamentos e dieta. – TRATAMENTO CONSERVADOR o Quando a função renal se reduz abaixo desses valores, torna-se necessário o uso de outros métodos de tratamento da insuficiência renal: diálise ou transplante renal. o DOENÇAS RENAIS DOENÇAS RENAIS o Principais Causas da IRC 1. Doenças renais primárias: Glomerulonefrites crônicas, pielonefrites crônicas, nefrites, doenças obstrutivas crônicas 2. Doenças sistêmicas: Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica, Doenças autoimunes, gota, 3. Doenças Hereditárias: Rins Policísticos, Síndrome de Alport, Cistinose 4. Malformações Congênitas National Kidney Foundation (2002) o 14/05/15 o 4 DOENÇAS RENAIS Insuficiência Renal Crônica o Redução na Taxa de Filtração Glomerular TFG – Perda da Capacidade Excretória o Acúmulo de solutos tóxicos no soro e plasma: Metabolismo de PTN . Uréia (VN=10-45mg/dl) e Creatinina (VN=0,5-1,2mg/dl) o Para estimar a TFG – Clearance de Creatinina ou Depuração de Creatinina (Ccr) DOENÇAS RENAIS q Para estimar a TFG – Clearance de Creatinina ou Depuração de Creatinina (Ccr) Fórmulas Cockroft & Gault: Clearance da creatinina (ml/min) = (140-idade) x Peso/(72 x creatinina) Sexofeminino = clearance x 0.85 Idade: em anos; Peso: em kg; Creatinina plasmática: em mg/dl. Cockcroft DW, Gault MH. Prediction of creatinine clearance from serum creatinine. Nephron 1976; 16: 31–41. DOENÇAS RENAIS Para estimar a TFG – Clearance de Creatinina ou Depuração de Creatinina (Ccr) q O Clearance de Creatinina reduz – ou seja a excreção pela urina, e aumenta a concentração plasmática. ACÚMULO DE COMPOSTOS TÓXICOS NO ORGANISMO, ASSOCIADO A ÀLTERAÇÕES NO BALANÇO HÍDRICO DE MINERAIS SÍNDROME URÊMICA o Principais Consequências: o Disfunção renal: série de distúrbios o Concentração inadequada de solutos e acúmulo de sustância tóxicas não utilizadas pela urina o Deficiência na produção de hormônios específicos FISIOPATOGENIA DA DRC o SÍNDROME URÊMICA DOENÇAS RENAIS Principais Manifestações Clínicas da Síndrome Urêmica Sistema Nervoso: ü Alterações no nível de consiciência- COMA ü Distúrbios do sono (sonolência/insônia) ü Fadiga ü Convulsões ü Flapping ü Polineurite ü Demência ü Cefaléia ü Irritabilidade Muscular DOENÇAS RENAIS Principais Manifestações Clínicas da Síndrome Urêmica Sistema Hematológico ü Anemia ü Sangramentos Sistema Cardiovascular ü Pericarditeü ICC ü Edema ü Hipertensão ü Miocardite o 14/05/15 o 5 DOENÇAS RENAIS Principais Manifestações Clínicas da Síndrome Urêmica Sistema Respiratório ü Pleurite ü Edema Agúdo de Pulmão ü Pulmão de Uremia Sistema Gastrointestinal ü Soluços, Salivação, Hálito Urêmico ü Anorexia, Náuseas e Vômitos ü Hemorragia Digestiva ü Diarréia DOENÇAS RENAIS Principais Manifestações Clínicas da Síndrome Urêmica Sistema Imunológico ü Imunodepressão ü Maior incidência de neoplasias ü Remissão de doenças imunes Pele ü Prurido ü Coloração Amarelo-Palha ü Palidez DOENÇAS RENAIS Principais Manifestações Clínicas da Síndrome Urêmica Sistema Músculo Esquelético ü Doença Óssea –Osteodistrofia Renal ü Amiloidose Sistema Urológico Impotência Sistema Endócrino ü Intolerância à glicose, hiperparatireoidismo, hiperlipidemia, infertilidade, retardo no crescimento, hipogonadismo, amenorréia Estágio Descrição TFG (ml/mim/ 1,73mm³) 1 Dano Renal com TGF normal ou aumentada ≥ 90 2 Dano Renal com redução leve da TGF 60-89 3 Redução moderada da TGF 30-59 4 Redução grave da TGF 15-29 5 Insuficiência Renal terminal < 15 ESTÁGIOS DA DOENÇA RENAL CRÔNICA National Kidney Foundation (2002). TFG = taxa de filtração glomerular o TRATAMENTO CONSERVADOR ü Intervenção Precoce- Evitar a progressão da doença ü Evitar as complicações urêmicas ü Preparar para a terapia de substituição renal: hemodiálise, diálise peritonial ou transplante ü Avaliação da Função Renal : TFG (creatinina sérica e excreção renal) TRATAMENTOS DA IRC o TRATAMENTO CONSERVADOR Medidas para retardar a progressão da DRC 1. Controle glicêmico (aumento da excreção de hemoglobina glicosilada – perda da função renal < 7%) 2. Controle da PA < 130/80 mmHg – restrição de sódio 2 a 4g/ dia + diurético TRATAMENTOS DA IRC o 14/05/15 o 6 o TRATAMENTO CONSERVADOR Medidas para retardar a progressão da DRC 3. Uso de Inibidores de ECA – Enzima Conversora de Angiotensina ou Bloqueadores de Receptores de Angiotensina – Redução da pressão intraglomerular 4. Restrição Protéica: dieta hipoprotéicas 5. Cessão do Tabagismo TRATAMENTOS DA IRC q Correção da Anemia – hemoglobina de 11 a 12g/dl – diminui progressão e mortalidades. Ferritina acima de 100ng/dl. Suplementação de Fe. Administrar Eritropoietina em pacientes que não estiverem realizando hemodiálise. q Osteodistrofia – Monitorar níveis de Ca, P,e PTH devem ser determinados em pacientes com TFG < 60ml/min/1,73m³. Nível elevado de P é preditivo de mortalidade. MEDIDAS PARA PREVENIR COMPLICAÇÕES DA IRC q Osteodistrofia ü Fósforo sérico – 2,7-4,6mg/dl (estágios 3 e 4) ü Fósforo sérico – 3,5-5,5mg/dl (estágio 5) ü Fósforo da dieta restrito em: 800 à 1000mg/dia ü Utilização de quelantes de fósforo à base de cálcio (na ausência de hipercalcemia (<10mg/dl), PTH<150pg/ml. ü Dose de Ca quelante não deve ultrapassar 1500mg/dia ou 2000mg quando incluído o cálcio da dieta. MEDIDAS PARA PREVENIR COMPLICAÇÕES DA IRC q Correção das alterações de Eletrólitos e Acidose ü Mecanismos adaptativos para aumentar a excreção de K ü Hipercalemia : TGF = < 10ml/min ü Cuidados com a ingestão excessiva de potássio ü Medicamentos podem dificultar a eliminação de K ü Acidose metabólica: suplementar bicarbonato de sódio (preservar massa muscular e não desenvolver doença óssea) MEDIDAS PARA PREVENIR COMPLICAÇÕES DA IRC q Correção da Subnutrição q Controle de Infecções: segunda causa de morte no DRC MEDIDAS PARA PREVENIR COMPLICAÇÕES DA IRC National Kidney Foundation (2002). NUTRIÇÃO NA IRC o NUTRIÇÃO NO TRATAMENTO CONSERVADOR Restrição Protéica – Dieta Hipoprotéica ü Reduz produção de compostos nitrogenados tóxicos ü Reduz a pressão Intraglomerular ü Reduz lipídeos sérico ü Prevenção de outras complicações q Restrição de Sódio – Hipossódica q Restrição de Potássio- Hipocalêmica q Restrita em Fósforo o 14/05/15 o 7 NUTRIÇÃO NA IRC RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS DE PROTEÍNA NA FASE NÃO DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR Taxa de filtração glomerular (mL/min) PROTEÍNA ( g /Kg peso ideal /dia ) > 70 Sem restrição (0,8 a 1) 30 A 70 0,6 (50 a 60 % PAVB) pode ser aumentado 0,75g/Kg/dia em dificuldade de restrição protéica ou caso não alvance as necessidades de energia < 30 0,6 (50 a 60 % de PAVB) ou 0,3 + suplementação com mistura de aminoácidos essenciais e cetoácidos. Pode ser aumentado 0,75g/Kg/dia em dificuldade de restrição protéica ou caso não alvance as necessidades de energia < 60 + SÍNDROME NEFRÓTICA** 0,8 + 1 g de proteína para cada g de proteinúria ou 0,3 + suplementação com mistura de aminoácidos essenciais e cetoácidos+ 1 g de proteína para cada g de proteinúria Diabéticos com controle glicêmico inadequado 0,8 (50 a 60 % de PAVB) o ** proteinúria > 3,5g/1,73 m2/24 horas o Fonte: KOPPLE (2004) –adaptado o São análogos de aminoácidos essenciais sem o nitrogênio o No f í g ado , a t ravé s d a v i a d a transaminação, o nitrogênio disponível é incorporado à cadeia carbônica do aminoácido, formando o aminoácido essencial correspondente. o Supre as necessidades de aminoácidos essenciais do organismo, o uso de cetoác idos leva à d iminu ição da disponibilidade de nitrogênio, reduzindo ass im a formação de compostos nitrogenados tóxicos resultantes do seu metabolismo NUTRIÇÃO NA IRC RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS DE ENERGIA NA FASE NÃO DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR Manutenção do Peso Energia (Kcal/Kg/dia) Peso ideal ou desejável < 60 anos 35 > 60 anos atividade física leve 30 Redução de Peso 30 ou menos Repleção > 35 o Fonte: National Kidney Foundation, 2002 NUTRIÇÃO NA IRC RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS DE CARBOIDRATOS E GORDURA NA FASE NÃO DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR o Lipídeos: 25-35% do VET o Gordura Saturada (origem animal): até 7% o Gorduras Monoinsaturadas (óleo de oliva e canola): >20 o Gorduras Poliinsaturadas (óleo de soja, milho, girassol)> 10% o Carboidratos: Restante das Calorias o Fibras 20-25g o 14/05/15 o 8 NUTRIÇÃO NA IRC RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS DE CARBOIDRATOS E GORDURA NA FASE NÃO DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR o Qual peso utilizar para o cálculo das Recomendações Nutricionais? ü Peso atual – dever ser utilizado se o paciente estiver com o máximo do peso ideal ou desejável ü Peso ajustado - Se a adequação do peso for >115% ou menor que 115% - Peso ajustado=(Peso ideal-peso atual) x 0,25 + peso atual o Fonte: National Kidney Foundation, 2002 NUTRIÇÃO NA IRC RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS DE POTÁSSIO, SÓDIO, CÁLCIO, FERRO E LÍQUIDOS NA FASE NÃO DIALÍTICA OU TRATAMENTO CONSERVADOR o Fonte: National Kidney Foundation, 2002 ü Potássio(mEq/dia) – 40-70 ü Sódio (mg/dia) – 1000-3000 ou 5g de Sal ü Fósforo (mg/Kg peso ideal/dia) < 10 ü Cálcio (mg/dia) -1400-1600 – Avaliar necessidade de suplementação ü Ferro (mg/dia) - 10-18 Avaliar necessidade de suplementação ü Líquidos (ml/dia) sem restrição o Recomendação diária de suplementação de vitaminas no tratamento conservador Ø Vitamina A e K – não suplementar Ø Vitamina E (UI) - 400-800 – indicada para doenças cardiovasculares Ø Vitamina B12 (ug)- 2,4 Ø Ácido Fólico (mg) – 1 – aumentar a dose até 10 mg em casos de hiper-homocisteinemia Ø Niacina (mg)- 14-16 Ø Biotina (ug)- 30 Ø ÁcidoPantotênico (mg) -5 NUTRIÇÃO NA IRC NUTRIÇÃO NA IRC ORIENTAÇÕES DIETÉTICAS PARA O TRATAMENTO NUTRICIONAL CONSERVADOR o Fonte: National Kidney Foundation, 2002 ü Alimentos ricos em potássio que devem ser restritos: Frutas e Hortaliças Cruas ü Para reduzir o teor de potássio dos vegetais recomenda-se a cocção dos alimentos em água e desprezá-las – Redução de 60% do potássio ü Alimentos protéicos são ricos em potássio NUTRIÇÃO NA IRC ORIENTAÇÕES DIETÉTICAS PARA O TRATAMENTO NUTRICIONAL CONSERVADOR o Fonte: National Kidney Foundation, 2002 ü CARAMBOLA – PROIBIDA – contém neurotoxina que não é depurada na IRC- soluços, convulsões e morte ü Restrição do Na – Controle da PA – retardo da progressão da IRC ü Evitar alimentos embutidos ricos em sódio, temperos prontos, shoyo, enlatados, etc ü Uso de sal light é contra-indicado: contém potássio (K) o 14/05/15 o 9 NUTRIÇÃO NA IRC ORIENTAÇÕES DIETÉTICAS PARA O TRATAMENTO NUTRICIONAL CONSERVADOR o Fonte: National Kidney Foundation, 2002 ü Restrição do Fósforo se dá com a restrição protéica. Se necessário utilizar quelantes. ü Alimentos fontes de fósforo que devem ser evitados caso o fósforo sérico esteja aumentado:refrigerantes à base de cola, ceveja, oleaginosas, víceras, peixes (sardinha), nuggets, hambúrguer. ü Como leite e derivados são fonte protéica a ingestão de Ca fica reduzida, podendo ser necessário a suplementação desse mineral. NUTRIÇÃO NA IRC ORIENTAÇÕES DIETÉTICAS PARA O TRATAMENTO NUTRICIONAL CONSERVADOR o Fonte: National Kidney Foundation, 2002 ü Suplementação de Fe pode ser necessária caso não atinja as recomendações na dieta devido à restrição protéica ü Restrição hídrica – somente em caso de edema TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL PREPARO PARA TERAPIA SUBSTITUTIVA DO RIM ü DIÁLISE ü HEMODIÁLISE TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL o Diálise peritoneal é o processo de depuração do sangue no qual a transferência de solutos e líquidos ocorre através de uma membrana semipermeável (operitônio) que separa dois compartimentos. o Um deles é a cavidade abdominal, onde está contida a solução de diálise; o outro é o capilar peritoneal, onde se encontra o sangue com excesso de escórias nitrogenadas, potássio e outras substâncias. o O peritônio age como um filtro, permitindo a transferência de massa entre os dois compartimentos. Consiste em uma membrana semipermeável, heterogênea e com múltiplos poros de diferentes tamanhos. DIÁLISE TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL o A solução de diálise é introduzida na cavidade abdominal através de um cateter, onde permanece por um determinado tempo para que ocorram as trocas entre a solução e o sangue (esse processo é chamado de permanência). De um modo geral, as substâncias nitrogenadas e líquidos passam do sangue para a solução de diálise, a qual é posteriormente drenada da cavidade peritoneal. Após isso, uma nova solução é infundida, repetindo assim o processo dialítico e dando início a um novo ciclo de diálise. TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL o 14/05/15 o 10 o Portanto, cada ciclo de diálise peritoneal (conhecido como troca) possui três fases: infusão, permanência e drenagem. o O número de trocas ou ciclos realizados por dia, assim como o tempo de permanência e drenagem, dependem da modalidade de diálise peritoneal escolhida de acordo com as características clínicas de cada paciente. TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL o MODALIDADES DE DIÁLISE Diálise Peritoneal Intermitente (DPI): o tratamento é dado durante 24 a 48 horas, em ambiente hospitalar, com troca a cada 1 ou 2 horas, e com freqüência de 2 vezes por semana. Pode ser feita manualmente ou por cicladora. Indicada em pacientes com alta permeabilidade, função renal residual significativa e alguns casos de IRA. Diálise TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL o MODALIDADES DE DIÁLISE Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD): nessa modalidade o abdome fica sempre preenchido com líquido, normalmente são feitas 4 trocas por dia e é a mais adequada para a maioria dos pacientes. TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL ü Diálise Peritoneal Noturna (NIPD): a diálise é realizada a noite pela cicladora, enquanto o paciente dorme, por um período de 8 a 10 horas. Durante o dia a cavidade abdominal fica vazia. ü Diálise Peritoneal Contínua por Cicladora (CCPD): as trocas são feitas durante a noite pela cicladora e durante o dia a cavidade abdominal permanece com líquido de diálise. ü CCPD com troca manual: uma ou mais trocas extras são realizadas durante o dia para melhor adequação do paciente. TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL HEMODIÁLISE o A hemodiálise é um tratamento que consiste na remoção do líquido e substâncias tóxicas do sangue como se fosse um rim artificial. TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL É o processo de filtragem e depuração de substâncias indesejáveis do sangue como a creatinina e a uréia. A hemodiálise é uma terapia de substituição renal realizada em pacientes portadores de insuficiência renal crônica ou aguda, já que nesses casos o organismo não consegue eliminar tais substâncias devido à falência dos mecanismos excretores renais. TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL o 14/05/15 o 11 Tratamento Nutricional do Paciente em Diálise e Hemodiálise o Depleção Nutricional acomete pacientes em Diálise Ambulatorial Contínua e Hemodiálise o Causas do déficit nutricional: Ø Anorexia devido à baixa ingestão alimentar Ø Perda de aminoácidos e peptídeos (10-12g/sessão de HD e 3g/dia em DPAC) Ø Perda de proteínas (1-63 g/sessão de HD e 5g a 15g/dia em DPAC) Ø Perda de proteínas (1-63 g/sessão de HD e 5g a 15g/dia em DPAC) Ø Perda de glicose (26 g/sessão de HD) Ø Catabolismo Interdialítico Ø Doenças Intercorrentes Ø Acidose Metabólica Ø Aumento do níveis de citoquinas e proteínas de fase agúda Ø Uso de medicamentos Tratamento Nutricional do Paciente em Diálise e Hemodiálise o Depleção Nutricional acomete pacientes em Diálise Ambulatorial Contínua e Hemodiálise o Causas do déficit nutricional: Ø Distúrbios Hormonais Ø Distúrbios Gastrointestinais Ø Diálise Insuficiente Ø Peritonites Ø Fatores Psicológicos e Sociais Ø Bioimcompatibilidade da membrana em HD e do dialisato em DPAC Ø Doenças Associadas Tratamento Nutricional do Paciente em Diálise e Hemodiálise OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA EM DIÁLISE 1. Recuperar ou manter o EN 2. Identificar as causas de deterioração do EN 3. Promover o equilíbrio-eletrolítico e controlar o edema 4. Controlar alterações de resíduos metabólicos 5. Promover a qualidade de vida e longevidade por meio de alimentação saborosa RECOMENTAÇÕES DE ENERGIA PARA PACIENTES EM TRATAMENTO DIALÍTICOS Pacientes em Tratamento Hemodiálise Ø Manutenção -30Kcal/Kg/dia Ø Baixo Peso (desnutrição)>35Kcal/dia Ø Sobrepeso ou Obesidade 20-30Kcal/ dia Ø Lipídeos 30-35% do VET Ø Saturados até 7% Ø AG Poliinsaturados -> 10% do VET Ø AG Monoiinsaturado > 20% do VET Ø Colesterol - <200mg/dia Ø Carboidrato = 50%-60% do VET Ø Fibras – 20-25g Pacientes em Diálise Peritonial Ø Manutenção -25-35Kcal/Kg/dia Ø Baixo Peso (desnutrição)>35Kcal/dia Ø Sobrepeso ou Obesidade 30-35Kcal/dia Ø Lipídeos 30-35% do VET Ø Saturados até 7% Ø AG Poliinsaturados -> 10% do VET Ø AG Monoiinsaturado > 20% do VET Ø Colesterol - <200mg/dia Ø Carboidrato = 50%-60% do VET Ø Fibras – 20-25g As recomendações dos pacientes em DPAC já inclui a energia proveniente das bolsas de glicose absorvidao As principais fontes de AG Poliinsaturados são: Salmão, Sardinha, Cavala, Arenque o As principais fontes de AG Monoiinsatuardo: azeite de oliva, óleo de canola, oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes),, abacate o 14/05/15 o 12 RECOMENTAÇÕES DE PROTEÍNA PARA PACIENTES EM TRATAMENTO DIALÍTICOS Pacientes em Tratamento Hemodiálise Ø Manutenção do EN- 1,2g/ Kg/dia (Peso Ideal ou Desejável) Ø > 50% das Ptns de alto valor biológico Ø Baixo peso ou desnutrição ou infecção – 1,2-1,4g/Kg/dia Pacientes em Diálise Peritonial Ø Manutenção do EN- 1,3g/ Kg/dia (Peso Ideal ou Desejável) Ø > 50% das Ptns de alto valor biológico Ø Baixo peso ou desnutrição ou infecção – 1,3-1,5g/Kg/dia As recomendações dos pacientes em DPAC já inclui a energia proveniente das bolsas de glicose absorvida o Fonte: National Kidney Foundation, 2002 RECOMENTAÇÕES DE POTÁSSIO, SÓDIO, FÓSFORO E LÍQUIDOS o Acuidade gustativa mais baixa para o sal o Recomendações de Sódio Hemodiálise: 1-1500mg/dia Diálise Peritonial: 2-3mg/dia o Recomendações de Fósforo Hemodiálise: <17mg/dia Diálise Peritonial:<17mg/dia RECOMENTAÇÕES DE POTÁSSIO, SÓDIO, FÓSFORO E LÍQUIDOS o Acuidade gustativa mais baixa para o sal o Recomendações de Cálcio Hemodiálise: 10-18mg/dia Diálise Peritonial:10-18mg/dia o Recomendação de Líquido Hemodiálise: 500+diurese de 24 horas Diálise Peritonial:Normalmente sem restrição o Recomendação diária de suplementação de vitaminas no em hemodiálise e diálise peritonial Ø Vitamina A e K – não suplementar Ø Vitamina E (UI) - 400-800 – indicada para doenças cardiovasculares Ø Vitamina B12 (ug)- 2,4 Ø Ácido Fólico (mg) – 1 – aumentar a dose até 10 mg em casos de hiper-homocisteinemia Ø Niacina (mg)- 14-16 Ø Biotina (ug)- 30 Ø Ácido Pantotênico (mg) -5 NUTRIÇÃO NA IRC Exemplo de Cardápio para paciente em Hemodiálise o Café da Manhã - 1 copo americano de leite com café e açúcar - 1 unidade de pão frânces - 2 colheres de chá de margarina sem sal - 1 fatia média de fruta pobre em potássio o Lanche da Manhã -1 fruta pobre em potássio ou suco de fruta o Almoço e Jantar -1 pires de chá de legumes cozidos em água -1 bife de 85 g -3 colheres grandes de arroz Exemplo de Cardápio para paciente em Hemodiálise o Almoço e Jantar -1 pires de chá de legumes cozidos em água -1 bife de 85 g -3 colheres grandes de arroz -1 concha pequena de feijão -2 colheres de sopa de mandiquinha cozida -2 colheres de sopa de óleo - 1 unidade de pêssego em calada o 14/05/15 o 13 Exemplo de Cardápio para paciente em Hemodiálise o Lanche da Tarde -½ copo americano de café com leite -1 fatia média de bolo simples o Ceia -1 xícara de chá com açúcar -3 torradas -2 colheres de chá de geléia de fruta
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