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ceção
	Tribunal
	Inform / Súm
	Tema
	Jurisprudência
	 
	
	
	
	
	
	
	PARTE GERAL
	
	
	
	
	 
	CESPE 
	 
	 O fato de um juiz, transcendendo a letra da lei, utilizar de raciocínio para fixar o alcance e a extensão da norma a partir de motivações políticas, históricas e ideológicas caracteriza o exercício da interpretação LÓGICA. 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PESSOA NATURAL
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	CAPACIDADE
	 
	 
	 
	 
	STJ 3aT
	482
	Interdição - Curador - Remuneração
	Assim, consignou que a retribuição pecuniária do curador, conquanto justa, não deve combalir o patrimônio do interdito, tampouco se transmudar em rendimentos para o curador. Desse modo, embora ele faça jus ao recebimento de remuneração pelo exercício da curatela, não pode, contudo, ao seu alvedrio, arbitrar a própria remuneração, segundo os parâmetros do que entende ser razoável e justo. Dessarte, tal retribuição deve ser fixada pelo juiz que, mediante pleito do curador, irá sopesar todos os elementos para, finalmente, fixar valor justo pelo trabalho despendido, em atenção à capacidade financeira do interdito.
	
	
	
	Enunciado 397 - V Jornada CJF
Art. 5º: A emancipação por concessão dos pais ou por sentença do juiz está sujeita à desconstituição por vício de vontade.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DIREITO DA PERSONALIDADE
	 
	 
	 
	 
	STJ 4aT
	482
	Dir da Personalidade - Nome - Alteração 
	o justo motivo revela-se presente na necessidade de suprimento de incorreções na grafia do patronímico para a obtenção da cidadania italiana, sendo certo que o direito à dupla cidadania pelo jus sanguinis tem sede constitucional. A regra da inalterabilidade relativa do nome civil preconiza que o nome (prenome e sobrenome) estabelecido por ocasião do nascimento reveste-se de definitividade, admitindo-se sua modificação, excepcionalmente, nas hipóteses previstas em lei ou reconhecidas como excepcionais por decisão judicial, exigindo-se, para tanto, justo motivo e ausência de prejuízo a terceiros. Daí, desnecessária a inclusão de todos os componentes do tronco familiar no polo ativo da ação (procedimento de jurisdição voluntária, no qual não há lide nem partes, mas tão somente interessados, incabível falar em litisconsórcio necessário).
	STJ 4aT
	415
	Pessoas - Dir da Personalidade
	Transgenitalização. A mudança de nome e sexo no registro civil de nascimento deve ser autorizada. No livro cartorário, à margem do registro das retificações de prenome e de sexo do requerente, deve ficar averbado que as modificações feitas decorreram de sentença judicial em ação de retificação de registro civil. Todavia, tal averbação deve constar apenas do livro de registros, não devendo constar, nas certidões do registro público competente, nenhuma referência de que a aludida alteração é oriunda de decisão judicial, tampouco de que ocorreu por motivo de cirurgia de mudança de sexo, evitando, assim, a exposição do recorrente a situações constrangedoras e discriminatórias.
	STJ 3aT
	440
	Pessoas - PJ Desconsideração
	O ordenamento jurídico pátrio (art. 50 CC) adotou a chamada teoria maior da desconsideração, segundo a qual se exige, além da prova de insolvência, a demonstração ou de desvio de finalidade (teoria subjetiva da desconsideração) ou de confusão patrimonial (teoria objetiva da desconsideração). Sob a ótica de uma interpretação teleológica, o art. 50 CC legitima a inferência de ser possível a teoria da desconsideração da personalidade jurídica em sua modalidade inversa, que encontra justificativa nos princípios éticos e jurídicos intrínsecos à própria disregard doctrine, que vedam o abuso de direito e a fraude contra credores. 
	STJ - 4aT
	454
	Uso da imagem - Ausência de autorização - Dano Moral 
	a ofensa se materializa com o simples uso da imagem sem autorização, ainda que tal utilização não tenha conteúdo vexatório, pois o direito à imagem se integra de forma irrestrita na personalidade. Dessa forma, a utilização indevida da imagem gera, autonomamente, indenização por perdas e danos (art. 12 do CC/2002). É cediço, também, que a Súm. n. 403-STJ apregoa que a indenização pela publicação de imagens com fins econômicos independe da prova do prejuízo.
	STJ 3a T
	463
	Ação de retificação do Registro Civil – Retificação de informação referente à profissão com intenção fazer prova para requerimento previdenciário
	Turma entendeu não ser possível que se permita desnaturar o instituto da retificação do registro civil, que, como é notório, serve para corrigir erros quanto a dados essenciais dos interessados, a saber, filiação, data de nascimento e naturalidade, e não quanto a circunstâncias absolutamente transitórias, como domicílio e profissão. Se a pretensão da interessada é obter prova para requerimento de benefícios previdenciários no futuro, para tal objetivo deve valer-se de procedimento autônomo em via processual própria, utilizando-se, inclusive, do disposto na Súm. n. 242-STJ.
	STJ 3a T
	493
	Direito à imagem - Publicação de foto
	O direito à imagem consiste em direito personalíssimo e assegura a qualquer pessoa a oposição da divulgação da sua imagem em circunstâncias relacionadas à sua vida privada e intimidade. Vale ressaltar, no entanto, que a veiculação de fotografia sem autorização não gera, por si só, o dever de indenizar, sendo necessária a análise específica de cada situação.
	STJ - 4aT
	493
	Dever de informar x direito à imagem
	O direito de informar deve ser analisado em conjunto com a proteção dada ao direito de imagem.
O Min. Relator, com base na doutrina, consignou que, para verificação da gravidade do dano sofrido pela pessoa cuja imagem é utilizada sem autorização prévia, devem ser analisados:
(i) o grau de consciência do retratado em relação à possibilidade de captação da sua imagem no contexto da imagem do qual foi extraída;
(ii) o grau de identificação do retratado na imagem veiculada;
(iii) a amplitude da exposição do retratado; e
(iv) a natureza e o grau de repercussão do meio pelo qual se dá a divulgação.
De outra parte, o direito de informar deve ser garantido, observando os seguintes parâmetros:
(i) o grau de utilidade para o público do fato informado por meio da imagem;
(ii) o grau de atualidade da imagem;
(iii) o grau de necessidade da veiculação da imagem para informar o fato; e
(iv) o grau de preservação do contexto originário do qual a imagem foi colhida.
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	
	Embora a lei proteja o direito sucessório do nascituro, não é juridicamente possível registrar no seu nome, antes do nascimento com vida, um imóvel que lhe tenha sido doado.
	CJF
	Enunciado 398
	
	Enunciado 398 - V Jornada CJF
Art. 12, parágrafo único: As medidas previstas no art. 12, parágrafo único, do Código Civil podem ser invocadas por qualquer uma das pessoas ali mencionadas de forma concorrente e autônoma.
	CJF
	Enunciado 399
	
	Enunciado 399 - V Jornada CJF
Arts. 12, parágrafo único e 20, parágrafo único: Os poderes conferidos aos legitimados para a tutela post mortem dos direitos da personalidade, nos termos dos arts. 12, parágrafo único, e 20, parágrafo único, do CC, não compreendem a faculdade de limitação voluntária.
	CJF
	Enunciado 400
	
	Enunciado 400 - V Jornada CJF
Arts. 12, parágrafo único, e 20, parágrafo único: Os parágrafos únicos dos arts. 12 e 20 asseguram legitimidade, por direito próprio, aos parentes, cônjuge ou companheiro para a tutela contra lesão perpetrada post mortem.
	CJF
	Enunciado 401
	
	Enunciado 401 - V Jornada CJF
Art. 13: Não contraria os bons costumes a cessão gratuita de direitos de uso de material biológico para fins de pesquisa científica, desde que a manifestação de vontade tenha sido livre, esclarecida e puder ser revogada a qualquer tempo, conforme as normas éticas que regem a pesquisa científica e o respeito aos direitos fundamentais.
	CJF
	Enunciado 402
	
	Enunciado 402 - V Jornada CJF
Art. 14, parágrafo único: O art. 14,parágrafo único, do Código Civil, fundado no consentimento informado, não dispensa o consentimento dos adolescentes para a doação de medula óssea prevista no art. 9º, § 6º, da Lei n. 9.434/1997 por aplicação analógica dos arts. 28, § 2º (alterado pela Lei n. 12.010/2009), e 45, § 2º, do ECA
	CJF
	Enunciado 403
	
	Enunciado 403 - V Jornada CJF
Art. 15: O Direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde que observados os seguintes critérios: a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou assistente; b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c) oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do declarante.
	CJF
	Enunciado 404
	
	Enunciado 404 - V Jornada CJF
Art. 21: A tutela da privacidade da pessoa humana compreende os controles espacial, contextual e temporal dos próprios dados, sendo necessário seu expresso consentimento para tratamento de informações que versem especialmente o estado de saúde, a condição sexual, a origem racial ou étnica, as convicções religiosas, filosóficas e políticas
	CJF
	Enunciado 405
	
	Enunciado 405 - V Jornada CJF
Art. 21: As informações genéticas são parte da vida privada e não podem ser utilizadas para fins diversos daqueles que motivaram seu armazenamento, registro ou uso, salvo com autorização do titular.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PESSOA JURÍDICA
	 
	 
	 
	 
	
	ORAL TRF1
	TEORIAS SOBRE A NATUREZA DA PERSONALIDADE JURÍDICA
	1) Com relação à pessoa jurídica, fale sobre a Teoria Jurídica ou Institucionalista. O CC adota qual? Fala sobre a existência legal das pessoas jurídicas.
Resposta:
Segundo Rosenvald e Chaves, citando Orlando Gomes, a questão da natureza das pes-soas jurídicas já foi alvo das mais intrincadas teorias justificadoras, mas o tema carece de maior interesse, uma vez que, seja qual for a explicação, nenhuma influência decisiva exerce na construção técnica hoje incorporada às legislações. De qualquer forma, podem ser vislumbradas duas correntes, a teoria negativista (Planiol) que nega sua existência concreta e vislumbra apenas um patrimônio sem sujeito; e a teoria afirmativista, supon-do a existência real de grupos sociais com interesses próprios, os quais não poderiam deixar de ser enxergados e aos quais o ordenamento jurídico não poderia negar a quali-dade de sujeito das relações jurídicas. Dentre os afirmativistas, destacam-se as seguintes teorias justificadoras da personalização das pessoas jurídicas: a) teoria da ficção legal (Savigny) – para quem só o homem podeira ser capaz de titularizar relações jurídicas, sendo a pessoa jurídica simples criação artificial da lei; b) teoria da realidade objetiva ou orgânica (Gierke e Zitelman) – pregava que seriam as pessoas jurídicas organismos sociais com existência e vontade próprios, diversos de seus membros, tendo por fim rea-lizar objetivos sociais, mas caiu no erro ao eliminar a vontade humana; c) teoria da rea-lidade técnica (Geny, Saleilles, Ferrara e Caio Mário) – entendia ser real a pessoa jurídica, porém dentro de uma realidade técnica, distinta das pessoas naturais, humanas – surge como uma teoria eclética entre as teorias da ficção e orgânica, pois reconhece traços de validade em ambas, uma vez que só o homem é passível de direitos e obriga-ções e que a personalidade da pessoa jurídica deriva de uma criação, de uma técnica jurídica; d) teoria da realidade das instituições jurídicas, teoria jurídica ou instituci-onalista (Hauriou) – poderia ser entendida como um misto das demais teorias, centran-do seu fundamento na idéia de que a personalidade humana deriva do direito e também poderia ser concedida a certos entes – agrupamento de pessoas ou patrimônios – para realizar fins próprios, a partir do desejo, vontade, das pessoas naturais que lhe deram vida. Entende a pessoa como uma realidade jurídica, dependente da vontade humana. Segundo Venosa, à luz do artigos 18, 20 e 21 do antigo diploma legal e art. 45 do atual Código Civil, para o nosso direito a pessoa jurídica é uma criação técnica, o conceito de pessoal jurídica é uma objetivação do ordenamento, mas uma objetivação que deve re-conhecer tanto a personalidade da pessoa física, quanto da jurídica como criações do direito. No mesmo sentido Pablo Stolze Gagliano. O art. 45 fala justamente sobre a exis-tência legal da pessoa jurídica de direito privado, afirmando que ela começa com a ins-crição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de auto-rização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. Diferentemente do registro das pessoas naturais, cujo registro civil tem natureza meramente declaratória, o registro dos atos constitutivos da pessoa jurídica tem natureza constitutiva, verdadeiro instrumento de reconhecimento de sua personalidade jurídica.
	
	ORAL TRF2
	
	3) Quanto à estrutura interna, pessoa jurídica se divide dentre outros em corporação, o que é uma corporação? Esta se opõe a que ideia?
Resposta:
Segundo Rosenvald e Farias, quando à estrutura interna as pessoas jurídicas classificam-se em: a) universitas bonorum – cuja estrutura interna é composta de uma patrimônio destinado, afetado, a uma finalidade específica que lhe dá unidade, como são as funda-ções; ou b) universitas personarum – compostas, em sua teia orgânica estrutural, por um conjunto de pessoas que se unem ao derredor de uma finalidade comum, como nas corporações. Daí ser lícito afirmar que as pessoas jurídicas podem ser corporações ou fundações. As corporações englobam as sociedades e as associações. A idéia de corpo-ração se opõe à idéia de fundação. As corporações são formadas por grupamento de pessoas, ligadas por um sentimento comum (affecio societatis), tendendo a um desidera-to único, são pessoas que, percebendo as vantagens do associativismo, buscam alcançar mais facilmente determinado resultado. As fundações são fruto da destinação patrimo-nial, almejando um fim lícito, consubstanciando a vontade do titular de vê-lo funcionali-zado a uma finalidade.
	
	ORAL TRF2
	
	4) O que seria uma sociedade nacional? E a estrangeira para o CC? 
Resposta:
Nacional é a pessoa jurídica cuja personalidade jurídica lhe foi conferida pelo ordena-mento jurídico pátrio, ou seja, foi constituída sob a lei brasileira. Estrangeiras são as de-mais, aquelas constituídas segundo as leis de outro país. O sentido da distinção, segundo Caio Mário, é informar que as pessoas jurídicas estrangeiras obedecem à lei nacinal de sua origem, conquanto suas agências e filiais no Brasil estejam sob o império da lei naci-onal, inclusive no que respeita à autorização para funcionamento, nos termos do art. 11 e § 1º da LINDB.
	STJ – 4aT
	437
	Responsabilidade - Sócios
	A questão de fundo versa sobre garantias hipotecárias prestadas por sócio-gerente que não dispunha de poderes contratuais para representar a sociedade, no caso caracterizada como de responsabilidade limitada. Não se pode invocar a restrição do contrato social quando as garantias prestadas pelo sócio, muito embora extravasando os limites de gestão previstos contratualmente, retornaram, direta ou indiretamente, em proveito dos demais sócios da sociedade, não podendo eles, em absoluta afronta à boa-fé, reivindicar a ineficácia dos atos outrora praticados pelo gerente.
	 
	 
	Condomínio - Dano moral
	Ainda que existente quem reconheça existência de personalidade jurídica para os condomínios, a posição majoritária defende que eles possuiriam, apenas, personalidade judiciária. Assim, seria inaplicável ao condomínio a Súmula 227 do STJ: “A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”, de modo que como o condomínio não tem personalidade jurídica, não possuiria a proteção dos direitos dapersonalidade, sendo inviável pleitear danos morais para si e em nome próprio. Logo, o condomínio não poderia sofrer dano moral.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
	 
	 
	 
	 
	
	ORAL TRF1
	
	2) Atribui-se ao Direito Alemão o início do instituto da desconsideração da personalidade, Vossa Excelência se recordaria?
Resposta:
Segundo Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, a doutrina da desconsidera-ção da personalidade jurídica ganhou força a partir da década de 50, com a publicação do trabalho de ROLF SERICK, professor da Faculdade de Direito de Heidelberg, na Alemanha. Com fulcro em sua teoria, pretendeu-se justificar a superação da personali-dade jurídica da sociedade em caso de abuso, permitindo-se o reconhecimento da res-ponsabilidade ilimitada dos sócios. O seu pensamento causou forte influência na Itália e Espanha. Contudo, segundo a doutrina clássica, o precedente jurisprudencial que permi-tiu o desenvolvimento da teoria ocorreu na Inglaterra, em 1897, com o famoso caso Sa-lomon v. Salomon & Co
	STJ - CE
	420
	Cooperativa Médica - Cláusula de Exclusividade - Impossibilidade
	mesmo antes da Lei n. 9.656/1998, é inválida a cláusula inserida em estatuto de cooperativa de trabalho médico que impõe exclusividade aos médicos associados, em razão do respeito à dignidade da pessoa e seu direito à saúde, bem como à garantia de livre concorrência, à defesa do consumidor, aos valores sociais do trabalho e à livre iniciativa.
	STJ 3aT
	462
	Desconsideração da Personalidade Civil – Art. 50, CC/02
	Reiterou o entendimento de que, para a desconsideração da pessoa jurídica nos termos do art. 50 do CC/2002, são necessários o requisito objetivo – insuficiência patrimonial da devedora – e o requisito subjetivo – desvio de finalidade ou confusão patrimonial.
	STJ 3aT
	463
	Desconsideração da PJ – Limitação da responsabilidade do sócio ao valor da quota social – Impossibilidade
	admitir que, em razão da desconsideração da personalidade jurídica da sociedade empresária, a responsabilidade dos sócios ficasse limitada ao valor de suas respectivas quotas sociais seria temerário, indevido e resultaria na desestabilização do instituto da desconsideração da personalidade jurídica.
	STJ 3aT
	482
	Desconsideração da PJ - CDC
	numa relação de consumo, os credores não negociais da pessoa jurídica podem ter acesso ao patrimônio dos sócios, por meio da disregard doctrine, a partir da caracterização da configuração de prejuízo de difícil e incerta reparação em decorrência da insolvência da sociedade (art. 28, § 5º, do CDC).
	CJF
	Enunciado 406
	Desconsideração - Grupos de sociedades
	Enunciado 406 - V Jornada CJF
Art. 50: A desconsideração da personalidade jurídica alcança os grupos de sociedade quando estiverem presentes os pressupostos do art. 50 do Código Civil e houver prejuízo para os credores até o limite transferido entre as sociedades.
	
	
	
	
	
	
	
	DAS ASSOCIAÇÕES
	
	trf2 oral 
	
	03) Os partidos e as entidades religiosas poderiam ser classificadas como associações?
Resposta:
Sim. Os partidos políticos e as entidades religiosas foram consideradas como espécies de pessoas jurídicas de direito privado, mas não passam de associações com propósitos es-pecíficos. As entidades religiosas são associações civis que têm como propósito p culto a determinada força ou forças sobrenaturais, por meio de doutrina e ritual próprios, envol-vendo, em geral, preceitos éticos. Já os partidos políticos são associações civil que visam assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
	CJF
	Enunciado 407
	
	Enunciado 407 - V Jornada CJF
Art. 61: A obrigatoriedade de destinação do patrimônio líquido remanescente da associação à instituição municipal, estadual ou federal de fins idênticos ou semelhantes, em face da omissão do estatuto, possui caráter subsidiário, devendo prevalecer a vontade dos associados, desde que seja contemplada entidade que persiga fins não econômicos.
	
	
	
	
	
	
	
	DAS FUNDAÇÕES
	
	oral TRF1
	conceito de fundação
	7) O que é uma fundação?
As fundações são, segundo Gustavo Saad Diniz, citado por Rosenvald e Farias, organi-zações com patrimônio afetado a uma finalidade específica determinada pelo instituidor, com personalidade jurídica atribuída pela lei. São, portanto, três os elementos nucleares de uma fundação: patrimônio, finalidade e afetação do patrimônio a uma finalidade es-pecífica. O art. 62 do CC/02 dispõe que para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
	
	
oral TRF1
	finalidade da fundação
	8) Este artigo 62, § único, leia. Qual a posição da doutrina sobre este parágrafo, é um rol taxa-tivo ou exemplificativo?
Resposta:
O parágrafo único do art. 62 dispõe que “a fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência”. Há dois enunciados da Jornada I de Direito Civil, promovida pelo Centro de Estudos Judiciários do CJF a respeito do citado dispositivo: Enunciado 8: “A constituição de fundação para fins científicos, educacio-nais ou de promoção do meio ambiente está compreendida no Código Civil, art. 62, pa-rágrafo único.” Enunciado 9: “ O CC 62 par.ún., deve ser interpretado de modo a exclu-ir apenas as fundações de fins lucrativos”. Tais enunciados evidenciam o caráter mera-mente exemplificativo do rol contemplado no citado dispositivo legal.
	
	oral TRF2
	
	2) Conceitue Fundação. Tem sócio? E associado? Se admite a desconsideração da pessoa jurí-dica nas associações?
Resposta:
As fundações são, segundo Gustavo Saad Diniz, citado por Rosenvald e Farias, organi-zações com patrimônio afetado a uma finalidade específica determinada pelo instituidor, com personalidade jurídica atribuída pela lei. São, portanto, três os elementos nucleares de uma fundação: patrimônio, finalidade e afetação do patrimônio a uma finalidade es-pecífica. O art. 62 do CC/02 dispõe que para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. As fundações não têm sócios ou associados. Terão um instituidor e administradores. A desconsideração da personalidade jurídica é cabível, sim, às associações, pois o art. 50 aplica-se às pessoas jurídicas de direito privado em geral, não se limitando às sociedades.
	
	
	
	
	
	
	
	DOMICÍLIO
	
	
	
	
	CJF
	Enunciado 408
	
	Enunciado 408 - V Jornada CJF
Arts. 70 e 7º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro: Para efeitos de interpretação da expressão “domicílio” do art. 7º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, deve ser considerada, nas hipóteses de litígio internacional relativo a criança ou adolescente, a residência habitual destes, pois se trata de situação fática internacionalmente aceita e conhecida.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	NEGÓCIO JURÍDICO
	
	
	
	
	
	Oral TRF3
	Silêncio x Vontade tácita x Vontade presumida
	2) Qual a diferença entre silêncio, vontade tácita e vontade presumida?
Resposta:
Silêncio é a ausência de manifestação de vontade (estaria assim no plano de inexistência), todavia, o art. 111 do CC/02, prevê espécie de silêncio qualificado por importar anuência diante das circunstâncias ou usos do lugar, não sendo exigido a declaração de vontade expressa, Ex: Se numa doação, o doador fixar prazo para que o donatário diga se aceita ou não a doação, e ele não responder nada neste prazo, por força do artigo 539, o silêncio será tido como aceitação da doação. Vontade Tácita: quando a lei não exigir vontade expressa, admite-se a tácita, que consiste numa declaração indireta, baseadanum comportamento, donde resulta, segundo os usos sociais, num grau muito elevado de probabilidade, a existência daquela vontade, Ex: aceitação da herança, quando apesar de não ter sido aceita expressamente, o herdeiro passa a praticar atos da qualidade de herdeiro. Vontade Presumida: A vontade presumida e a tácita diferem uma da outra, pelos simples fato de que na presunção, sempre haverá norma do ordenamento jurídico dizendo que determinadas atitudes serão tidas como presunção, o que não acontece com a tácita, donde se analisa, somente, o comportamento da parte, Ex: a entrega do título de crédito presume o pagamento da dívida. 
	
	Oral TRF3
	Nulidade - Efeitos
	3) Há produção de efeitos em negócio inexistente e negócio inválido?
Resposta:
O negócio inválido, nulo ou anulável, produz efeitos enquanto não decretada a sua nulidade, ou seja, a nulidade só se repercute se for decretada judicialmente, caso contrário, surtirão os efeitos aparentemente queridos pelas partes. Porém, o negócio inexistente não produz efeitos jurídicos, porque o negócio sequer se forma, faltando-lhe juridicidade.
	
	Oral TRF5
	Nulidade - Efeitos
	01) Em alguma hipótese o ato absolutamente nulo pode subsistir?
Resposta:
Sim, pode subsistir pela conversão do negócio jurídico inválido. Segundo o art. 170 do CC/02, importando regra do direito alemão, “Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.” A conversão do negócio jurídico nulo em outro negócio, o que não se confunde com sua convalidação (confirmação do mesmo negócio nulo). Ex: conversão de compra e venda nula por vício de forma em promessa de compra e venda (se não se realizou por escritura pública, pode converter em promessa e a partir dessa obrigar à transmissão do domínio do bem).
	
	Oral TRF5
	Nulidade - Convalidação
	02) Há convalidação de atos nulos e anuláveis?
Resposta:
Convalidação é o suprimento da falta de autorização de terceiro, a qual somente pode ser feita em negócio anulável, pois o art. 176 do CC diz que quando a “anulabilidade”, expressão que se refere a atos anuláveis e não nulos, os quais não podem ser convalidados diante da impossibilidade de novação de negócio nulo (CC, art. 367), não sendo outro o entendimento do STJ, para quem “O vício irremediável de que padece o ato nulo também o impede de ser convalidado.” (REsp 856.699/MS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/09/2009, DJe 30/11/2009)
	
	Oral TRF5
	Condição - Potestativa
	05) Diferencie condições simplesmente potestativas das puramente potestativas.
Resposta:
A condição puramente potestativa é ilícita, por 	derivar do exclusivo arbítrio de uma das partes. A condição simplesmente potestativa é lícita, não é arbitrária, uma vez que, embora dependa da vontade de uma das partes intercalada com a de outra, alia-se a fatores circunstanciais que a amenizam. (Ex. bicho do jogador).
	
	
	
	
	
	
	
	INTERPRETAÇÃO
	
	
	
	
	CJF
	Enunciado 409
	
	Enunciado 409 - V Jornada CJF
Art. 113: Os negócios jurídicos devem ser interpretados não só conforme a boafé e os usos do lugar de sua celebração, mas também de acordo com as práticas habitualmente adotadas entre as partes.
	CJF
	Enunciado 421
	Interpretação - Contratos Coligados
	Enunciado 421 - V Jornada CJF
Arts. 112 e 113: Os contratos coligados devem ser interpretados segundo os critérios hermenêuticos do Código Civil, em especial os dos arts. 112 e 113, considerada a sua conexão funcional.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	ERRO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	C) Ainda que o erro não seja escusável, poderá por ele vir a ser anulado o negócio jurídico.
(C) – GABARITO PRELIMINAR 
Enunciado 12 - Jornadas CJF – Art. 138: na sistemática do art. 138, é irrelevante ser ou não escusável o erro, porque o dispositivo adota o princípio da confiança.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DOLO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	D) A anulação do negócio por dolo exige a prova do prejuízo.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-prova do prejuízo não é requisito para a caracterização do dolo.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	COAÇÃO
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	LESÃO
	 
	 
	 
	 
	CJF
	Enunciado 410
	
	Enunciado 410 - V Jornada CJF
Art. 157: A inexperiência a que se refere o art. 157 não deve necessariamente significar imaturidade ou desconhecimento em relação à prática de negócios jurídicos em geral, podendo ocorrer também quando o lesado, ainda que estipule contratos costumeiramente, não tenha conhecimento específico sobre o negócio em causa.
	 
	Questão TRF1
	 
	A) É prevista, no Código Civil, a nulidade de pleno direito do contrato celebrado com o vício de lesão.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-negócio anulável, e não nulo de pleno direito (art. 171, II, CC).
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	ESTADO DE PERIGO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	B) Anula-se o negócio pela configuração do estado de perigo, ainda que a outra parte não tenha dele conhecimento.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-exige-se requisito subjetivo em relação ao lesante quanto ao conhecimento da situação de estado de perigo.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	FRAUDE CONTRA CREDORES
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	E) Tratando-se de fraude contra credores, não pode ser presumida a má-fé do terceiro adquirente do bem do devedor.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-há situações de presunção de má-fé (art. 159, CC – insolvência notória e existência de motivo para o outro contratante conhecer a insolvência).
	STJ 3aT
	441
	Negócio Jurídico - Vício - Fraude Credores - Momento - Fraude predeterminada
	A literalidade do art. 158 p.2 CC, o qual dispõe que a declaração de ocorrência de fraude contra credores exige que o crédito tenha sido constituído em momento anterior ao ato que se pretende anular, deve ser relativizada, de forma que a ordem jurídica acompanhe a dinâmica da sociedade hodierna e busque a eficácia social do direito positivado. 
(trata-se de um posicionamento inovador que permite a consideração da fraude contra credores, nas hipóteses de caracterização de fraude predeterminada, ainda que o ato de insolvência tenha sido anterior à constituição do crédito daquele que foi lesado)
	STJ 3a T
	467
	Fraude contra credores - Efeitos - Sentença 
	Quanto aos efeitos da declaração de fraude contra credores, consignou que a sentença pauliana sujeitará à excussão judicial o bem fraudulentamente transferido, mas apenas em benefício do crédito fraudado e na exata medida desse. Naquilo que não interferir no crédito do credor, o ato permanecerá hígido, como autêntica manifestação das partes contratantes. Caso haja remissão da dívida, o ato de alienação subsistirá, não havendo como sustentar a anulabilidade.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	SIMULAÇÃO
	
	
	
	
	
	Oral TRF5
	Simulação
	04) Toda simulação é invalidante, de acordo com o Código Civil de 2002? O código diferencia a simulação relativa da absoluta?
Resposta:
Nem toda simulação é invalidante, visto que, nos termos do art. 167 do CC/02 “É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.”, em mais uma aplicação do princípio da conservação. Nesse cenário, verifica-se com clareza que o CC/02 diferencia, sim, a simulação relativa da absoluta, pois que a simulação relativa se trata justamente da dissimulação descrita na segunda parte do art. 167 do CC/02, vale dizer, na simulação relativa celebra-se o negócio com o objetivo de, com uma máscara, encobrir um outro negócio de efeitos jurídicos proibidos. Por outro lado, na simulação absoluta, celebra-se um negócio jurídico aparentemente normal, mas que não visa a produzir efeito jurídico algum.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	BOA-FÉ OBJETIVA
	
	
	
	
	CJF
	Enunciado412
	
	Enunciado 412 - V Jornada CJF
Art. 187: As diversas hipóteses de exercício inadmissível de uma situação jurídica subjetiva, tais como supressio, tu quoque, surrectio e venire contra factum proprium, são concreções da boa-fé objetiva.
	CJF
	Enunciado 413
	
	Enunciado 413 - V Jornada CJF
Art. 187: Os bons costumes previstos no art. 187 do CC possuem natureza subjetiva, destinada ao controle da moralidade social de determinada época, e objetiva, para permitir a sindicância da violação dos negócios jurídicos em questões não abrangidas pela função social e pela boa-fé objetiva.
	CJF
	Enunciado
	
	Enunciado 414 - V Jornada CJF
Art. 187: A cláusula geral do art. 187 do Código Civil tem fundamento constitucional nos princípios da solidariedade, devido processo legal e proteção da confiança, e aplica-se a todos os ramos do direito.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
	
	ORAL TRF5 - 2012
	
	01) Uma das clássicas teorias de prescrição e decadência é a do Agnelo Amorin Filho? Em que consiste essa teoria e ela é compatível com o CC/02?
Resposta:
A teoria de Agnelo Amorim é a mais difundida no direito brasileiro sobre prescrição e decadência.
Para construir a referida teoria, o professor paraibano associou a prescrição às ações condenatórias, ou seja, àquelas ações relacionadas com direitos subjetivos, próprio das pretensões pessoais. Assim, a prescrição mantém relação com deveres, obrigações e com a responsabilidade decorrente da inobservância das regras ditadas pelas partes ou pela ordem jurídica.
Por outro lado, a decadência está associada a direitos potestativos e às ações constitutivas, sejam elas positivas ou negativas. As ações anulatórias de atos e negócios jurídicos, logicamente, têm essa última natureza. A decadência, portanto, tem relação com um estado de sujeição, próprio dos direitos potestativos. Didaticamente, é certo que o direito potestativo, por se contrapor a um estado de sujeição, é aquele que encurrala a outra parte, que não tem saída.
Por fim, as ações meramente declaratórias, como aquelas que buscam a nulidade absoluta de um negócio, são imprescritíveis, ou melhor, não estão sujeitas à prescrição ou à decadência. A imprescritibilidade dessa ação específica está também justificada porque a nulidade absoluta envolve ordem pública.
O critério distintivo proposto pelo professor Agnelo Amorim é o utilizado no Código Civil de 2002.
	
	ORAL TRF5 - 2012
	
	02) Trate sobre a distinção entre prescrição e decadência.
Resposta:
Há várias distinções:
- a prescrição extingue a pretensão, enquanto a decadência extingue o direito;
- os prazos prescricionais somente podem ser estabelecidos por lei, ao passo que os prazos de decadência podem ser estabelecidos pela lei ou por convenção entre as partes;
- a prescrição pode ser renunciada após a sua consumação, enquanto a decadência legal não pode ser renunciada, em qualquer hipótese (a convencional pode ser renunciada após a consumação, tal qual a prescrição);
- a prescrição não corre contra determinadas pessoas, enquanto a decadência corre contra todas as pessoas, exceto os absolutamente incapazes;
- a prescrição está sujeita a casos de impedimento, suspenso ou interrupção; já a decadência não pode ser impedida, suspensa ou interrompida, regra geral, com exceção de regras específicas;
- a prescrição está relacionada a direitos subjetivos e atinge ações condenatórias, enquanto a decadência está relacionada a direitos potestativos, atingindo ações constitutivas positivas e negativas;
- o prazo geral de prescrição é de 10 anos e não há um prazo geral de decadência (embora haja um prazo geral para anular negócio jurídico, que é de 2 anos, contados de sua celebração);
- os prazos especiais de prescrição são de 1, 2, 3, 4 e 5 anos, enquanto os prazos especiais de decadência são fixados em dias, meses, ano e dia e ano (1 a 5 anos), todos previstos nos arts. 205 e 206 do Código Civil.
	
	ORAL TRF5 - 2012
	
	03) A teoria de Câmera Leal distingue a prescrição e decadência com base na origem das ações. Esse critério ainda está vigente a luz do CC/02?
Resposta:
A doutrina de Câmara Leal distingue a prescrição da decadência com base na origem das ações. Por ela, a prescrição supõe uma ação cuja origem é distinta da origem do direito, tendo, por isto, um nascimento posterior ao nascimento do direito. Por sua vez, a decadência supõe uma ação, cuja origem é idêntica à origem do direito, sendo, por isso, simultâneo o nascimento de ambas.
Até a promulgação do Código Civil de 2002 o critério era utilizado no direito brasileiro. O novo código, no entanto, não adotou tal critério. O critério adotado atualmente é o de Agnelo Amorim.
	
	ORAL TRF5 - 2012
	
	04) Existe alguma causa que impede a fluência de prescrição que não está previsto expressamente na lei, mas que decorre do princípio da equidade?
Resposta:
Sim. Por questão de equidade, a prescrição não corre nos casos em que o titular da pretensão está materialmente impossibilitado de agir, como, por exemplo, é o caso de um comerciante que tem seu estabelecimento interditado e, sem poder acessá-lo, não pode acessar também documentos para propor uma ação atacando a interdição. 
	
	ORAL TRF5 - 2012
	
	05) O juiz pode de ofício decretar a prescrição e decadência?
Resposta:
Tanto a prescrição quanto a decadência podem ser decretadas de ofício pelo juiz. No caso da decadência, no entanto, somente a decadência legal pode ser reconhecida de ofício. A convencional sempre dependerá de requerimento da parte.
Considerando que a prescrição pode ser renunciada pelo devedor após decorrido seu prazo,, para compatibilizar tal possibilidade com a decretação de ofício pelo magistrado, é prudente que ele escute antes o devedor, para que a ele seja oportunizada a renúncia, caso assim queira. 
	
	ORAL TRF5 - 2012
	
	06) Discorra como prescrição como meio de prova.
Resposta:
ATENÇÃO! NÃO CONSEGUI, DE JEITO NENHUM, ENTENDER A PERGUNTA. PENSEI QUE PODERIA SER DO TIPO DISCORRA SOBRE A PRESCRIÇÃO COMO MEIO DE PROVA E, ANALISANDO SOB ESSA PERSPECTIVA, APRESENTO A SEGUINTE RESPOSTA:
A prescrição, em geral, não é meio de prova. Os meios de prova são os elementos considerados pelo juiz para formar a sua convicção. São, em geral, perícias, documentos, etc.
A única forma que me ocorre de se ver a prescrição como um meio de prova é no caso da prescrição aquisitiva (usucapião). A demonstração da perda da pretensão do titular da propriedade de reavê-la para si implica na prova de que outrem adquiriu tal propriedade. Neste caso, a prescrição atua de forma peculiar, tanto criando um direito em si quanto servindo de prova de que outrem perdeu um direito que tinha antes (o direito de propriedade).
	 
	 
	 
	 
	STJ
	Súm 405
	Prescrição - Seguro Obrigatório - DPVAT
	SÚMULA 405 STJ
A ação de cobrança do seguro obrigatório (DPVAT) prescreve em três anos.
	STJ
	Súm 101
	Prescrição - Seguro
	Súmula 101 STJ
A ação de indenização do segurado em grupo contra a seguradora prescreve em um ano.
	STJ
	Súm 229
	Prescrição - Seguro - Susensão
	Súmula 229 STJ
O pedido do pagamento de indenização à seguradora suspende o prazo de prescrição até que o segurado tenha ciência da decisão.
	STJ
	Súm 278
	Prescrição - Ação de indenização
	Súmula 278 STJ
O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é a data em que o segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral.
	STJ
	Súm 412
	Prescrição - Tarifa - Água e Esgoto 
	SÚMULA 412 STJ
A ação de repetição de indébito de tarifas de água e esgoto sujeita-se ao prazo prescricional estabelecido no Código Civil
o STJ definiu se deveria ser aplicado a esse caso o prazo determinado pelo Código Civil (CC) ou o que o Código de Defesa do Consumidor (CDC) fixa. O CC anterior, de 1916, em seu art. 177, estipulava em 20 anos o prazo prescricional; o atual em dez anos e o CDC em 5 anos. O caso é de pretensão de restituir tarifa de serviço paga indevidamente, não de reparaçãode danos causados por defeitos na prestação de serviços. Não há, portanto, como aplicar o CDC. Como também não pode ser aplicado o que estabelece o CTN, para restituição de créditos tributários, visto que a tarifa (ou preço) não tem natureza tributária. 
	STJ
	Súm 39
	Prescrição - SEM
	SÚMULA 39 STJ
Prescreve em vinte anos a ação para haver indenização, por responsabilidade civil, de sociedade de economia mista.
➔a prescrição qüinqüenal atinge apenas a Fazenda Pública, não atingindo as empresas públicas nem as sociedades de economia mista.
➔o texto da súmula foi aprovado na vigência do CC/16, o art. 206 do NCC traz outros prazos. Hoje o STJ considera o prazo de 5 anos.
	STJ
	Súm 106
	Prescrição - Demora na citação 
	Súmula 106 STJ
Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da justiça, não justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou decadência.
	CJF
	Enunciado 415
	
	Enunciado 415 - V Jornada CJF
Art. 190: O art. 190 do Código Civil refere-se apenas às exceções impróprias (dependentes/não autônomas). As exceções propriamente ditas (independentes/ autônomas) são imprescritíveis.
	STJ - 3aT
	360
	Prescrição
	Considerando o disposto no art. 2.028 do CC/2002, quando não haja transcorrido mais da metade do prazo de prescrição na data da vigência do CC/2002 (1 ano após a sua publicação), aplica-se o prazo estabelecido pela lei nova, cujo termo inicial é 11/1/2002 (data da publicação do CC). Art. 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada. Há jurisprudência firme no sentido de que se há aumento do prazo prescricional, valeria o prazo do código anterior, uma vez que a mens legis do novo código era a redução dos prazos prescricionais.
	STJ - 3aT
	379
	Prescrição
	O prazo para reclamar tarifas bancárias pagas indevidamente (serviço não prestado) não se prende ao prazo decadencial do art. 26 CDC (30 ou 90 dias), pois que repetir o pagamento não equivale à reexecução, redibição ou ao abatimento de preço, dado que não se trata de má-prestação do serviço, mas, sim, de enriquecimento sem causa.
	STJ - 2aS
	378
	Prescrição
	O prazo para arguir nulidade da venda de ascendente a descendente sob a égide do CC16 é vintenário, e trata-se de ato anulável. 
(No CC 02, para mim, é de 2 anos, por força do art. 496 c/c 179, respeitado o P. da Actio Nata - CJF: 368)
STJ 4aT - 477 - (a venda de bem de ascendente a descendente realizada por intermédio de interposta pessoa) prazo deve ser contado da data da abertura da sucessão do alienante, e não da data do ato ou contrato, isso com o intuito de evitar que os descendentes litiguem com o ascendente ainda em vida, o que certamente causa desajuste nas relações familiares. 
	STJ – 4aT
	399 / 439
	Prescrição
	Se o segurado deixa transcorrer um ano entre a data do sinistro e o pedido de cobertura, ocorre a prescrição; se deixar transcorrer menos de ano para fazer o pedido, computa-se o lapso já decorrido, que fica paralisado após o pedido administrativo, e volta a ter curso, pelo que restar, após a recusa da seguradora. Nesse mesmo sentido, há jurisprudência quanto à contagem do prazo prescricional em casos que envolvem seguro de vida. No Info 439, confirmou-se esse entendimento.
	STJ - 2aS STJ - 3aT STJ - 4aT
	426 430 432
	Prescrição
	Info 426 - 2aS: A responsabilidade pelo fato do produto (art. 12 do CDC) leva à aplicação do prazo prescricional quinquenal à ação que visa seu reconhecimento (art. 27 do mesmo código). Tem-se, desse contexto, que, como há essa legislação especial a regular a prescrição relativa à matéria, não há como cogitar aplicar o prazo prescricional geral do Código Civil. Info 430 - 3aT: Ação de indenização por dano material e moral decorrente das sequelas causadas pelo uso de cigarro ajuizada em 2004, quando afirma o autor que tomou conhecimento do dano em meados de 1997 - ocorrência de prescrição: a prescrição quinquenal do art. 27 do CDC não é afastada pelo disposto no art. 7º desse mesmo codex. Apesar de esse artigo prever a abertura do microssistema para outras normas que possam dispor sobre a defesa de consumidores, ainda que insertas em diplomas que não cuidam especificamente da proteção do consumidor, a prescrição vintenária do art. 177 do CC/1916, que se pretendia fazer incidir, caracteriza-se pela generalidade e vai de encontro ao regido especificamente na legislação consumerista. Anotou-se que o disposto no art. 2º, § 2º, da LICC também determina a aplicação do art. 27 do CDC ao caso. Info 432 - 4aT: A pretensão de ressarcimento dos familiares da ação em razão dos danos morais deve observar o art. 27 CDC, mas, diferentemente da pretensão do próprio fumante, surge com a morte deste, momento a partir do qual eles tinham ação exercitável a ajuizar (actio nata) com o objetivo de compensar o dano que lhes é próprio, daí a prescrição não se dar quando o fumante teve ciência da doença, mas sim, com a morte do fumante. 
	STJ – 4aT
	431
	Prescrição
	O prazo de 90 dias previsto no art. 26, II, do CDC para a reclamação por vício na prestação do serviço não se aplica quando o que se move é ação indenizatória por danos morais e materiais. Demanda de natureza condenatória, sequer se sujeita a prazo decadencial, mas sim prescricional.
	CJF
	Enunciado 416
	Prescrição - Interrupção
	Enunciado 416 - V Jornada CJF
Art. 202: A propositura de demanda judicial pelo devedor, que importe impugnação do débito contratual ou de cártula representativa do direito do credor, é causa interruptiva da prescrição.
	CJF
	Enunciado 417
	Prescrição - Interrupção
	Enunciado 417 - V Jornada CJF
Art. 202, I: O art. 202, I, do CC deve ser interpretado sistematicamente com o art. 219, § 1º, do CPC, de modo a se entender que o efeito interruptivo da prescrição produzido pelo despacho que ordena a citação é retroativo até a data da propositura da demanda.
	Questão CESPE
	 
	Prescrição - Interrupção - Citação - Processo extinto sem julgamento do mérito
	É pacífico no Colendo Superior Tribunal de Justiça "o entendimento de que a citação válida em processo extinto, sem julgamento de mérito, interrompe a prescrição, com exceção das causas previstas nos incisos II e III do art. 267 do CPC”.
	STJ 3aT
	481
	Prescrição - Quotas Condominiais - 5 anos
	na vigência do CC/1916, o crédito condominial prescrevia em 20 anos nos termos do seu art. 177. Entretanto, com a entrada em vigor do novo Código Civil, o prazo prescricional aplicável à pretensão de cobrança das quotas condominiais passou a ser de cinco anos nos termos do art. 206, § 5º, I, do CC/2002, observada a regra de transição do art. 2.028 do mesmo codex.
	STJ 2aS
	480
	Prescrição - Ação de Prestação de Contas - Consumidor x Instituição financeira
	tendo o consumidor dúvidas quanto à lisura dos lançamentos efetuados pelo banco, é cabível a ação de prestação de contas sujeita ao prazo de prescrição regulado pelo CC/2002. Assim, o prazo decadencial estabelecido no art. 26 do CDC não é aplicável a tal ação ajuizada com o escopo de obter esclarecimentos acerca da cobrança de taxas, tarifas e/ou encargos bancários, uma vez que essa não se confunde com a reclamação por vício do produto ou do serviço prevista no mencionado dispositivo legal. 
	 
	Questão TRF1
	 
	C) O cômputo do prazo prescricional de um ano para o ajuizamento da ação, objetivando o recebimento de indenização securitária em favor do segurado, tem início a partir do requerimento em que se tenha pleiteado administrativamente a aposentadoria por invalidez.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
- o prazo de 1 ano está relacionado à pretensão para recebimento de seguro, e, no caso, o termo inicial seria o conhecimento da incapacidade, e não o requerimento pleiteado administrativamente (art. 206, § 1º, II, b, CC).
- encontreiuma jurisprudência do TJMG que (eu imagino) se aproxima da situação um pouco da alternativa: “A contagem do prazo prescricional de um ano para ajuizamento da ação de cobrança de indenização securitária, tem seu termo inicial na data em que o segurado toma ciência inequívoca de sua incapacidade, o que coincidiu, no caso, com a data da concessão da aposentadoria por invalidez pelo órgão previdenciário, e será suspensa a partir da data do requerimento administrativo à seguradora. Em outras palavras, a partir da data da ciência da incapacidade, terá o segurado o prazo de um ano para efetivar o requerimento administrativo de pagamento de indenização securitária, pois, caso ultrapasse esse lapso temporal, inafastável será o reconhecimento da ocorrência de prescrição ânua do direito à indenização.”
	STJ 1aT 
	
	Imprescritibilidade
	A Primeira Turma do STJ reiterou entendimento já consolidado de que Ações de Indenização por danos derivados de prisão, perseguição ou tortura ocorridos durante o Regime Militar, em razão de serem propostas com a finalidade de defender os direitos fundamentais são imprescritíveis, ou seja, podem ser propostas a qualquer tempo. É notório destacar também que, neste mesmo julgamento, o Tribunal determinou que cabe à União a responsabilidade pelos danos morais. III - Recurso especial improvido. (REsp 529.804/PR, Rel. Min. Francisco Falcão, Segunda Turma, DJU 24.5.2004). (grifos nossos) Dessa forma, para a Corte Superior é pacífico não somente o dever de indenizar, mas o fato de que tais ações possam ser ajuizadas a qualquer tempo, porquanto são imprescritíveis.
	CJF
	Enunciado 419
	Prescrição - Reparação Civil - Contratual / extracontratual
	Enunciado 419 - V Jornada CJF
Art. 206, § 3º, V: O prazo prescricional de três anos para a pretensão de reparação civil aplica-se tanto à responsabilidade contratual quanto à responsabilidade extracontratual.
	STJ 3aT
	500
	Prescrição - contagem - ilícito civil e penal
	Se um fato constitui, ao mesmo tempo, um ilícito civil e penal, poderá ser proposta uma ação civil de reparação de danos e uma ação penal, que tramitarão em instâncias diferentes e relativamente independentes.
O prazo prescricional para a ação de reparação de danos é de 3 anos.
O art. 200 do CC afirma que não correrá o prazo de prescrição para essa ação cível antes que a decisão sobre o fato na esfera penal transite em julgado. No entanto, o prazo prescricional da ação cível somente ficará suspenso, nos termos do art. 200, do CC, se existir processo penal em curso ou, pelo menos, a tramitação de um inquérito policial apurando o fato sob a ótica criminal. Se não existir ação penal nem inquérito policial sobre o fato, o prazo da ação cível está correndo normalmente.
	CJF
	Enunciado 420
	Prescrição - Reparação Civil (3 anos) - Acidente de trabalho
	Enunciado 420 - V Jornada CJF
Art. 206, § 3º, V: Não se aplica o art. 206, § 3º, V, do Código Civil às pretensões indenizatórias decorrentes de acidente de trabalho, após a vigência da Emenda Constitucional n. 45, incidindo a regra do art. 7º, XXIX, da Constituição da República.
	CJF
	Enunciado 418
	Prescrição - Aluguéis (3 anos) - Fazenda Pública
	Enunciado 418 - V Jornada CJF
Art. 206: O prazo prescricional de três anos para a pretensão relativa a aluguéis aplica-se aos contratos de locação de imóveis celebrados com a administração pública.
	
	
	
	
	
	
	
	DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
	 
	 
	 
	 
	
	ORAL TR1 
	Obrigação natural
	5) Fernando Noronha é uma autoridade em matéria de obrigação natural, “ele diz que é de-ver extrajurídico” (seria uma pergunta?) e “a lei ignora as obrigações naturais até o momento em que a prestação é cumprida”. Faça uma explanação sobre estas duas afirmações.
Resposta:
Para Fernando Noronha, as obrigações naturais seriam inexigíveis por consistirem em deveres de prestar não jurídicos, mas meramente morais, verdadeiros imperativos sociais de justiça, daí porque tutelado juridicamente o adimplemento, se efetuado voluntaria-mente – embora não tivesse antes meios de fazer justiça, uma vez conseguida ela não se permite o retorno ao status anterior de injustiça (o que significaria o direito como agente de injustiça). O autor critica a concepção consolidada de obrigação natural como obriga-ção desprovida de ação (imperfeita). Segundo ele, não é possível considerar verdadeira-mente jurídica uma pretensão que não é juridicamente sancionada. As obrigações natu-rais são, para Venosa, obrigações incompletas, imperfeitas. Apresentam como caracterís-ticas essenciais as particularidades de não serem judicialmente exigíveis, mas, se forem cumpridas espontaneamente, será tido por válido o pagamento, que não poderá ser repe-tido (há a retenção do pagamento, soluti retentio). Para ele, embora inspirada na moral, a obrigação natural não se reduz a uma obrigação moral, que é mero dever de consciência, não lhe reconhecendo o Direito qualquer prerrogativa. A juricidade da obrigação natural, contudo, só surge no momento de seu cumprimento, pois antes dele, ela é mero dever moral. No momento de seu cumprimento é que se ressalta a face jurídica da obrigação, é no momento da extinção da obrigação que desponta se caráter jurídico, residindo aí a maior dificuldade para a explicação da natureza dessa singular forma de obrigação.
	
	ora TRF2
	obrigação natural
	6) Porque se fala que a obrigação natural tem uma proteção negativa?
Resposta:
Porque a proteção que a ordem jurídica lhe confere somente se inicial com a extinção da obrigação, com o pagamento, não conferindo àquele que pagou o direito à repetição (so-luti retentio), considerando-se válido o pagamento. Até então a obrigação era juridica-mente inexigível. Para maiores detalhes ver respostas às questões 5 e 6 do TRF1, do item anterior. 
	STJ - 4aT
	362
	Obrigações
	A Segunda Seção já firmou o entendimento de que descabe a cobrança de taxas impostas por associação de moradores a proprietários não associados que não aderiram ao ato que instituiu o encargo. Para a cobrança de cota-parte de despesas de custeio e manutenção de loteamento por associação de moradores, a posição mais correta é a que recomenda o exame de caso a caso (situação essa que não se faz no STJ por força das Súmulas 5 e 7). Na hipótese de condomínio de fato, é necessária a comprovação de que os serviços são prestados e o proprietário deles se beneficiou.
	STJ - 4aT
	Questão 
	Novação
	A novação, conquanto modalidade de extinção de obrigação em virtude da constituição de nova obrigação substitutiva da originária, não tem o condão de impedir a revisão dos negócios jurídicos antecedentes, máxime diante da relativização do princípio do pacta sunt servanda, engendrada pela nova concepção do Direito Civil, que impõe o diálogo entre a autonomia privada, a boa-fé e a função social do contrato. Inteligência da Súmula 286 do STJ (A renegociação de contrato bancário ou a confissão da dívida não impede a possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos anteriores.). (REsp 866.343/MT)
	STJ - 3aT
	REsp 1082635
	Frete terrestre ou marítmo. Prescrição em 1 ano.
	O prazo prescricional para ajuizamento de ação de cobrança de frete de transporte terrestre de mercadorias é de um ano, assim como o de transporte marítimo. A decisão da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sepultou a alegação de que o artigo 449, inciso III, do Código Comercial – que fixa a prescrição do direito de cobrar – não se aplicaria ao transporte terrestre, só ao marítimo. 
	STJ - 3aT
	500
	Teoria do adimplemento substancial
	Por meio da teoria do adimplemento substancial, defende-se que, se o adimplemento da obrigação foi muito próximo ao resultado final, a parte credora não terá direito de pedir a resolução do contrato porque isso violaria a boa-fé objetiva, já que seria exagerado, desproporcional, iníquo.
No caso do adimplemento substancial, a parte devedora não cumpriu tudo, mas quase tudo, de modo que o credor teráque se contentar em pedir o cumprimento da parte que ficou inadimplida ou então pleitear indenização pelos prejuízos que sofreu (art. 475, CC). Em uma alienação fiduciária, se o devedor deixou de pagar apenas umas poucas parcelas, não caberá ao credor a reintegração de posse do bem, devendo ele se contentar em exigir judicialmente o pagamento das prestações que não foram adimplidas. (no caso analisado, tinha pago 31 das 36 parcelas ajustadas)
	STF
	Súm 49
	
	SÚMULA 49 STF
A cláusula de inalienabilidade inclui a incomunicabilidade dos bens.
	
	Oral TRF3
	Silêncio x Vontade Tácita x Vontade Presumida
	2) Qual a diferença entre silêncio, vontade tácita e vontade presumida?
Resposta:
Embora haja divergência na doutrina acerca do real alcance dos termos, pode-se dizer que o silêncio é a ausência completa de manifestação de vontade, que somente produz efeitos na medida em que estes sejam reconhecidos pela lei.
A vontade tácita, por sua vez, ocorre em situações nas quais há manifestação de vontade, mas esta não se dá pela forma escrita, embora se possa efetivamente perceber a real intenção do agente. É o caso, por exemplo, do agente que cumpre um contrato mesmo sabendo que sobre ele pende vício de anulabilidade, razão pela qual manifesta sua tácita vontade de não questionar a validade da avença.
Já a vontade presumida, conceito bastante próximo do anterior, representa situação em que a lei atribui a determinado comportamento um específico significado de um declaração de vontade negocial. É o caso da devolução da coisa empenhada, que presume a remissão do penhor
	
	Oral TRF3
	Ato inválido x Ato inexistente
	3) Há produção de efeitos em negócio inexistente e negócio inválido?
Resposta:
Há clássica afirmação no sentido de que os atos inválidos são aptos à produção de efeitos, enquanto não desconstituídos, ao passo em que os atos inexistentes jamais podem produzir efeitos, já que sequer reúnem os requisitos de existência dos atos jurídicos em geral, razão pela qual prescindiriam até mesmo de declaração judicial de sua inexistência.
Na prática, entretanto, é possível que haja produção de efeitos em atos inexistentes, até que sobrevenha manifestação judicial em contrário. Exemplo conhecido dos tribunais federais é o caso do aposentado do INSS que tem valores descontados em seu benefício por suposto contrato de empréstimo consignado com instituição financeira; o contrato não existe, mas até que haja determinação judicial em contrário, haverá produção de efeitos; se o desconto dos valores não for percebido pelo aposentado, o contrato inexistente produzirá todos os seus efeitos e o “pagamento” será integralmente realizado.
	
	
	
	
	
	
	
	TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
	
	
	
	
	
	
	
	CESSÃO DE CRÉDITO
	
	
	
	
	
	
	
	ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
	
	
	
	
	CJF
	Enunciado 422
	Assunção de dívida
	Enunciado 422 - V Jornada CJF
Art. 300: (Fica mantido o teor do Enunciado n. 352) A expressão “garantias especiais” constante do art. 300 do CC/2002 refere-se a todas as garantias, quaisquer delas, reais ou fidejussórias, que tenham sido prestadas voluntária e originariamente pelo devedor primitivo ou por terceiro, vale dizer, aquelas que dependeram da vontade do garantidor, devedor ou terceiro para se constituírem.
	CJF
	Enunciado 423
	Assunção de dívida
	Enunciado 423 - V Jornada CJF
Art. 301: O art. 301 do CC deve ser interpretado de forma a também abranger os negócios jurídicos nulos e a significar a continuidade da relação obrigacional originária em vez de “restauração”, porque, envolvendo hipótese de transmissão, aquela relação nunca deixou de existir.
	CJF
	Enunciado 424
	Assunção de dívida
	Enunciado 424 - V Jornada CJF
Art. 303, segunda parte: A comprovada ciência de que o reiterado pagamento é feito por terceiro no interesse próprio produz efeitos equivalentes aos da notificação de que trata o art. 303, segunda parte.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PAGAMENTO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	Pagamento feito por 3o
	D) Se irmão do devedor saldar a dívida, ele não terá direito de ser reembolsado.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
	CJF
	Enunciado 425
	Pagamento - Repercussão - (eficácia x validade)
	Enunciado 425 - V Jornada CJF
Art. 308: O pagamento repercute no plano da eficácia, e não no plano da validade como preveem os arts. 308, 309 e 310 do Código Civil.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	IMPUTAÇÃO EM PAGAMENTO
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	DAÇÃO EM PAGAMENTO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	A) Embora a dação não possa ser imposta ao credor, este poderá exigir do devedor prestação supletiva por meio de determinação judicial.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	NOVAÇÃO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	C) Caso os contratantes queiram novar a dívida, deverão fazê-lo de modo expresso.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-pode ser expresso ou tácito (art. 361, CC).
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	COMPENSAÇÃO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	E) Poderão os contratantes extinguir a dívida pela compensação de débito inexigível do credor para com o devedor.
(C) – GABARITO PRELIMINAR 
-compensação de débito inexigível?? – CC. Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	CONFUSÃO
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	REMISSÃO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	B) A remissão da dívida não necessitará da concordância do devedor.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-remissão é negócio jurídico bilateral, depende da aceitação do devedor.
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	TEORIA DA IMPREVISÃO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	Teoria da Imprevisão
	B) A parte interessada necessita provar a imprevisibilidade, mas não o caráter extraordinário do fato superveniente.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-exige-se que o acontecimento seja extraordinário e imprevisível. (CC. Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação) 
	 
	Questão TRF1
	Teoria da Imprevisão
	C) Os fatos causadores da onerosidade devem estar desvinculados de uma atividade do devedor.
(C) – GABARITO PRELIMINAR 
	 
	Questão TRF1
	Teoria da Imprevisão
	D) Para a revisão do contrato, o juiz poderá levar em conta a capacidade econômico-financeira das partes.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
	 
	Questão TRF1
	Teoria da Imprevisão
	E) O fato de o devedor estar, culposamente, em mora com relação ao cumprimento de outras cláusulas contratuais não é óbice à revisão.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
	STJ 4a T
	492
	Teoria da Imprevisão
	A resolução contratual pela onerosidade excessiva reclama superveniência de evento extraordinário, impossível às partes antever, não sendo suficientes alterações que se inserem nos riscos ordinários. 
	CJF
	Enunciado 439
	Teoria da Imprevisão - Onerosidade excessiva
	Enunciado 439 CJF - V Jornada
Art. 478. A revisão do contrato por onerosidade excessiva fundada no Código Civil deve levar em conta a natureza do objeto do contrato. Nas relações empresariais, observar-se-á a sofisticação dos contratantes e a alocação de riscos por eles assumidas com o contrato. 
	CJF
	Enunciado 440
	Teoria da imprevisão
	Enunciado 440 CJF - V Jornada
Art. 478. É possível a revisão ou resolução por excessiva onerosidade em contratos aleatórios, desde que o evento superveniente, extraordinário e imprevisível não se relacione com a álea assumida no contrato.
	
	
	
	
	
	
	
	DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
	
	
	
	
	CJF
	Enunciado426
	Honorários advocatícios
	Enunciado 426 - V Jornada CJF
Art. 389: Os honorários advocatícios previstos no art. 389 do Código Civil não se confundem com as verbas de sucumbência, que, por força do art. 23 da Lei n. 8.906/1994, pertencem ao advogado.
	CJF
	Enunciado 427
	
	Enunciado 427 - V Jornada CJF
Art. 397, parágrafo único: É válida a notificação extrajudicial promovida em serviço de registro de títulos e documentos de circunscrição judiciária diversa da do domicílio do devedor.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	JUROS
	 
	 
	 
	 
	CJF
	Enunciado 428
	Juros - Termo incial
	Enunciado 428 - V Jornada CJF
Art. 405: Os juros de mora, nas obrigações negociais, fluem a partir do advento do termo da prestação, estando a incidência do disposto no art. 405 da codificação limitada às hipóteses em que a citação representa o papel de notificação do devedor ou àquelas em que o objeto da prestação não tem liquidez.
	STJ – 1aS
	Rec Rep
	Obrigações - Juros
	Atualmente, a taxa dos juros moratórios a que se refere o art. 406 do CC/2002 é a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, por ser ela a que incide como juros moratórios dos tributos federais (arts. 13 da Lei 9.065/95, 84 da Lei 8.981/95, 39, § 4º, da Lei 9.250/95, 61, § 3º, da Lei 9.430/96 e 30 da Lei 10.522/02). No Info 435 (posterior a esse julgamento), a 4aT aplicou 1% após o CC02, mas creio não ter alterado a posição do tribunal.
	STJ – 1aS STJ - 1aT
	402 439
	Obrigações - Juros
	Quando a decisão é posterior à entrada em vigor do CC02 e determina a aplicação de juros legais, há de se observar a incidência de 6% aa até 11/01/2003 (art. 1062 CC16) e SELIC após essa data (at. 406 CC02). 
	STJ - CE
	437
	Obrigações - Juros
	Os juros são consectários legais da obrigação principal, razão por que devem ser regulados pela lei vigente à época de sua incidência. O juiz, na formação do título judicial, deve especificá-los conforme a legislação vigente. Dentro dessa lógica, havendo superveniência de outra norma, o título a ela se adéqua, sem que isso implique violação da coisa julgada. Seria inadmissível a aplicação ultra-ativa do CC revogado. (novamente houve posicionamento para aplicar 12% sob a égide do CC02 - isso aconteceu no info 435 na 4aT e no info 437 na CE, mas no Info 439 a 1aT fala que é a SELIC)
	STJ – 2aS
	Rec Rep
	Contratos - DPVAT
	No seguro DPVAT, os juros de mora são devidos a contar da citação, por se tratar de responsabilidade contratual e obrigação ilíquida.
	STJ
	Notícias
	Juros - Instituição financeira - Abusivos 
	Estão suspensos todos os processos em trâmite nos Juizados Especiais Cíveis do país em que se discute a aplicação da taxa média de mercado nos casos de constatação de abusividade na cobrança de juros pactuados entres as partes. O banco quer que a questão seja analisada pela Segunda Seção e confrontada com entendimento firmado pelo STJ no julgamento do REsp 1.061.530.
	STJ 4a T
	462
	Juros de Mora – Ação Monitória – Nota Promissória Prescrita
	Precedente novo no sentido de considerar, como termo inicial para a contagem dos juros de mora relacionados à nota promissória prescrita, o dia do vencimento da obrigação. 
Havendo obrigação líquida e exigível a determinado termo, desde que não seja daquelas em que a própria lei afasta a constituição de mora automática, o inadimplemento ocorre no vencimento de cada parcela em atraso, independentemente de interpelação. Por outro lado, expõe ser consabido que a jurisprudência deste Superior Tribunal afirma ser a ação monitória cabível para cobrança de valores relativos a título de crédito prescrito. Consequentemente, conclui que a perda da eficácia executiva das notas promissórias, como no caso dos autos, não obstaculizaria a exigência dos juros de mora, os quais incidem a partir do vencimento da obrigação. Anota, ainda, que se trata de precedente novo.
	CJF
	Enunciado 428
	Juros de Mora - termo inicial
	Enunciado 428 CJF - Art. 405. Os juros de mora, nas obrigações negociais, fluem a partir do advento do termo da prestação, estando a incidência do disposto no art. 405 da codificação limitada às hipóteses em que a citação representa o papel de notificação do devedor ou àquelas em que o objeto da prestação não tem liquidez. 
	STF STJ
	 
	Fazenda Pública - Juros e Correção
	a jurisprudência do STJ era pacífica até recentemente, no sentido de que as normas que alterem a taxa de juros de mora não seriam aplicáveis a processos em curso. Isso, porque esse tipo de disposição tem também conteúdo material, e não meramente processual. A fim de reforçar o que dito, eis os seguintes julgados:
2. Esta Corte Superior de Justiça realizando a exegese do art. 1.º-F da Lei n.º 9.494/97, entendeu que este possui natureza instrumental material, na medida em que origina direitos patrimoniais para as partes, e, como corolário lógico dessa ilação, que seus contornos não devem incidir nos processos em andamento. (AgRg no REsp 1160543/RS, 5aT).
1. Esta Corte Superior de Justiça realizando a exegese do art. 1.º-F da Lei n.º 9.494/97, com a redação dada pela Medida Provisória n.º 2.180-35/01, entendeu que este possui natureza instrumental material, na medida em que origina direitos patrimoniais para as partes, e, como corolário lógico dessa ilação, que seus contornos não devem incidir nos processos em andamento.(AgRg nos EmbExeMS 7.411/DF, 3aS, 23/02/2011).
Ocorre que, recentemente, no julgamento do EResp 1.207.197/RS (DJ de 02/08/2011), o STJ mudou seu entendimento, a fim de expressar que “As normas que dispõem sobre juros moratórios possuem natureza eminentemente processual, aplicando-se aos processos em andamento, à luz do princípio tempus regit actum”. E mais, expressou que: “O art. 1º-F, da Lei 9.494/97, modificada pela Medida Provisória 2.180-35/2011 e, posteriormente, pelo artigo 5º da Lei n. 11.960/09, tem natureza instrumental, devendo ser aplicado aos processos em tramitação”.
Tal entendimento segue a tendência já apontada pela jurisprudência do STF. Confira:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. JUROS DE MORA. ART. 1º-F DA LEI 9.494/97 COM REDAÇÃO DA MP 2.180-35. CONSTITUCIONALIDADE. EFICÁCIA IMEDIATA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A norma do art. 1º-F, da Lei 9.494/97, modificada pela Medida Provisória 2.180-35/2001 é aplicável a processos em curso. Precedentes. II – Aplica-se a MP 2.180-35/2001 aos processos em curso, porquanto lei de natureza processual, regida pelo princípio do tempus regit actum, de forma a alcançar os processos pendentes. (STF AI 767094 AgR, 1aT, 02/12/2010).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO: JUROS MORATÓRIOS. CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1º-F DA LEI N. 9.494/97. PRECEDENTE. APLICABILIDADE IMEDIATA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (STF, AI 746268 AgR, 1aT, 15/12/2009).
	STJ
	464
	Recurso -REsp - Reformatio in pejus - Alteração de ofício do termo inicial dos juros 
	A Turma entendeu que os juros moratórios constituem matéria de ordem pública, por isso sua aplicação, alteração ou modificação do termo inicial, de ofício, quando inaugurada a competência deste Superior Tribunal, não enseja reformatio in pejus. 
	STJ - 3aT
	490
	Juros - possibilidade de alteração dos fixados na sentença
	Na fase de execução, a alteração dos juros de mora que haviam sido fixados na sentença não ofende a coisa julgada quando realizada para adequar o percentual aplicado à nova legislação civil (ao novo percentual de juros previstos no CC-2002).
	STJ - 3aT
	490
	Juros - capitalização
	A contratação expressa da capitalização de juros deve ser clara, precisa e ostensiva, não podendo ser deduzida da mera exposição não explicada de números e percentuais no contrato. 
	STJ - 2aS
	EREsp 670.117-PB
	Juros no pé - possibilidade
	A Segunda Seção (3ª e 4ª Turmas) do STJ decidiu que NÃO É ABUSIVA a cláusula de cobrança de juros compensatórios incidentes em períodoanterior à entrega das chaves nos contratos de compromisso de compra e venda de imóveis em construção sob o regime de incorporação imobiliária (Segunda Seção. EREsp 670.117-PB, Rel. originário Min. Sidnei Beneti, Rel. para acórdão Min. Antonio Carlos Ferreira, julgados em 13/6/2012).
Antes dessa decisão da Segunda Seção do STJ, havia certa divergência sobre este tema na Corte e prevalecia a posição de que os “juros no pé” seriam abusivos. Nesse sentido, podemos mencionar os seguintes julgados: AgRg no Ag 1402399/RJ, julgado em 21/06/2011, DJe 28/06/2011; REsp 670.117/PB, julgado em 14/09/2010, DJe 23/09/2010. Esta decisão da Segunda Seção, portanto, representa uma mudança na jurisprudência do STJ. 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	CORREÇÃO MONETÁRIA
	 
	 
	 
	 
	STJ 3aT
	478
	Correção Monetária - Supressio
	Dessarte, o princípio da boa-fé objetiva torna inviável a pretensão de exigir retroativamente a correção monetária dos valores que era regularmente dispensada, pleito que, se acolhido, frustraria uma expectativa legítima construída e mantida ao longo de toda a relação processual, daí se reconhecer presente o instituto da supressio. (durante 6 anos as partes não fizeram a correção monetária)
	STJ
	Súm 362
	Dano Moral - Correção Monetária
	SÚMULA 362 STJ
A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento.
	STJ 4aT
	478
	Dano Moral - Juros e Correção
	em se tratando de dano moral, os juros moratórios devem fluir, assim como a correção monetária, a partir da data do julgamento em que foi arbitrado em definitivo o valor da indenização.
	STF STJ
	 
	Fazenda Pública - Juros e Correção
	a jurisprudência do STJ era pacífica até recentemente, no sentido de que as normas que alterem a taxa de juros de mora não seriam aplicáveis a processos em curso. Isso, porque esse tipo de disposição tem também conteúdo material, e não meramente processual. A fim de reforçar o que dito, eis os seguintes julgados:
2. Esta Corte Superior de Justiça realizando a exegese do art. 1.º-F da Lei n.º 9.494/97, entendeu que este possui natureza instrumental material, na medida em que origina direitos patrimoniais para as partes, e, como corolário lógico dessa ilação, que seus contornos não devem incidir nos processos em andamento. (AgRg no REsp 1160543/RS, 5aT).
1. Esta Corte Superior de Justiça realizando a exegese do art. 1.º-F da Lei n.º 9.494/97, com a redação dada pela Medida Provisória n.º 2.180-35/01, entendeu que este possui natureza instrumental material, na medida em que origina direitos patrimoniais para as partes, e, como corolário lógico dessa ilação, que seus contornos não devem incidir nos processos em andamento.(AgRg nos EmbExeMS 7.411/DF, 3aS, 23/02/2011).
Ocorre que, recentemente, no julgamento do EResp 1.207.197/RS (DJ de 02/08/2011), o STJ mudou seu entendimento, a fim de expressar que “As normas que dispõem sobre juros moratórios possuem natureza eminentemente processual, aplicando-se aos processos em andamento, à luz do princípio tempus regit actum”. E mais, expressou que: “O art. 1º-F, da Lei 9.494/97, modificada pela Medida Provisória 2.180-35/2011 e, posteriormente, pelo artigo 5º da Lei n. 11.960/09, tem natureza instrumental, devendo ser aplicado aos processos em tramitação”.
Tal entendimento segue a tendência já apontada pela jurisprudência do STF. Confira:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. JUROS DE MORA. ART. 1º-F DA LEI 9.494/97 COM REDAÇÃO DA MP 2.180-35. CONSTITUCIONALIDADE. EFICÁCIA IMEDIATA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A norma do art. 1º-F, da Lei 9.494/97, modificada pela Medida Provisória 2.180-35/2001 é aplicável a processos em curso. Precedentes. II – Aplica-se a MP 2.180-35/2001 aos processos em curso, porquanto lei de natureza processual, regida pelo princípio do tempus regit actum, de forma a alcançar os processos pendentes. (STF AI 767094 AgR, 1aT, 02/12/2010).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO: JUROS MORATÓRIOS. CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1º-F DA LEI N. 9.494/97. PRECEDENTE. APLICABILIDADE IMEDIATA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (STF, AI 746268 AgR, 1aT, 15/12/2009).
	STJ 4aT
	499
	Correção monetária - Variações mensais positivas e negativas - Parâmetros para o cômputo
	Correção monetária significa atualizar o valor nominal da obrigação, ou seja, manter no tempo o poder de compra original daquela quantia. Com isso, evita-se que as oscilações por causa da inflação façam com que seja diminuído o poder de compra do dinheiro. 
 
Se, no período que se busca fazer a correção monetária, houve índices negativos (deflação), tais índices devem ser também considerados no cálculo final da correção monetária. 
 
No entanto, se, no período que se busca fazer a correção, a soma de todos os índices for negativa, não se deve aplicar esse percentual porque senão o credor seria prejudicado e receberia uma quantia menor do que o valor original. O credor seria punido pelo devedor não ter pago no tempo correto. Logo, em tal situação em que a correção monetária for negativa, o credor deverá receber o valor original, sem a aplicação do índice. 
	
	
	
	
	
	
	
	CLÁUSULA PENAL
	
	
	
	
	CJF
	Enunciado 429
	
	Enunciado 429 - V Jornada CJF
Art. 413: As multas previstas nos acordos e convenções coletivas de trabalho, cominadas para impedir o descumprimento das disposições normativas constantes desses instrumentos, em razão da negociação coletiva dos sindicatos e empresas, têm natureza de cláusula penal e, portanto, podem ser reduzidas pelo juiz do trabalho quando cumprida parcialmente a cláusula ajustada ou quando se tornarem excessivas para o fim proposto, nos termos do art. 413 do Código Civil.
	CJF
	Enunciado 430
	
	Enunciado 430 - V Jornada CJF
Art. 416, parágrafo único: No contrato de adesão, o prejuízo comprovado do aderente que exceder ao previsto na cláusula penal compensatória poderá ser exigido pelo credor independentemente de convenção.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	RESPONSABILIDADE CIVIL
	 
	 
	 
	 
	STF
	Súm 28
	
	SÚMULA 28 STF
O estabelecimento bancário é responsável pelo pagamento de cheque falso, ressalvadas as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista.
➔o raciocínio do art. 587, NCC, ratificando a parêmia res perit domino, tem aplicação no contrato de conta-corrente, justificando o entendimento firmado na Súmula 28 do STF. No depósito em conta-corrente o banco se apresenta como mutuário, se responsabilizando pelos eventuais riscos envolvidos. No caso de pagamento de cheque falso, desde que não tenha ocorrido culpa exclusiva ou concorrente do correntista, é o banco (mutuário) que sofrerá o prejuízo.
	STF
	Súm 229
	
	SÚMULA Nº 229
A INDENIZAÇÃO ACIDENTÁRIA NÃO EXCLUI A DO DIREITO COMUM, EM CASO DE DOLO OU CULPA GRAVE DO EMPREGADOR.
	STJ
	Súm 130
	Responsabilidade - Roubo de veículo em estacionamento
	Súmula 130 STJ
A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento.
	STJ
	Súm 132
	Responsabilidade - Ausência do registro de transferência do veículo
	Súmula 132 STJ
A ausência de registro da transferência não implica a responsabilidade do antigo proprietário por dano resultante de acidente que envolva o veículo alienado.
➔RESPONSABILIDADE CIVIL NO CASO DE VENDA DE VEÍCULO CUJO REGISTRO NÃO FOI REALIZADO - mesmo não tendo havido a regularização do registro a responsabilidade não é e não pode ser do antigo proprietário. No momento em que há transferência do veículo o alienante deixa de ser guardião da coisa e a transferência da propriedade implicará transferência de responsabilidade. A notícia ao DETRAN tem efeitos administrativos e tributários, a transferência da posse e propriedade ocorrerá com a tradição.
	STJ 4aT
	472
	Responsabilidade - Programa de TV - revelação de truques de mágica
	não há, no ordenamento jurídico pátrio, norma que proíba a revelação

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