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Tosse dos Canis

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UNIRV – UNIVERSIDADE DE RIO VERDE 
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA 
ARTHUR SILVA CÔRTES
DIOGO HENRIQUE VAZ DE SOUZA
JOÃO VICENTE MARTINS CARVALHO
MATHEUS ROCHA AGUIAR 
SARAH VIEIRA NARCISO 
WANESSA FARIA FERNANDES
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIONSA CANINA 
(TOSSE DOS CANIS)
RIO VERDE - GO 
2017
ARTHUR SILVA CÔRTES
DIOGO HENRIQUE VAZ DE SOUZA
JOÃO VICENTE MARTINS CARVALHO
MATHEUS ROCHA AGUIAR
SARAH VIEIRA NARCISO
WANESSA FARIA FERNANDES
TRAQUEOBRONQUITE INFECCIONSA CANINA 
(TOSSE DOS CANIS)
Trabalho apresentado à faculdade de Medicina Veterinária da UniRV – Universidade de Rio Verde, como parte das exigências para obtenção de nota na matéria de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos I na medicina veterinária. Orientadora: Prof. Ma. Maria Paz Rodrigues Martins.
RIO VERDE – GO
2017
SUMÁRIO
1 ----------------------------------------------------------------------------------------- Etiologia
2 ------------------------------------------------------------------------------------- Transmissão
3 --------------------------------------------------------------------------------------- Patogênese
4 ---------------------------------------------------------------------------------- Sinais Clínicos
5 --------------------------------------------------------------------------------------- Diagnóstico 
5.1 ------------------------------------------------------------------------------------Hemograma
5.2 ------------------------------------------------------------------------ Radiografia Torácica
5.3 --------------------------------- Exame Citológico de Secreção de Via Respiratória
5.4 ---------------------------------------------------------------------- Cultura microbiológica
6 --------------------------------------------------------------------------------------- Tratamento
6.1 ------------------------------------------------------------------------------------- Antibióticos
6.2 -------------------------------------------------------------------------------- Antitussígenos
6.3 ------------------------------------------------------------------------------ Corticosteróides
6.4 --------------------------------------------------------------------------- Broncodilatadores
7 ----------------------------------------------------------------------------------------- Vacinação
8 --------------------------------------------------------------------------- Prevenção no canil
9. ----------------------------------------------------- Considerações Sobre Saúde Pública
10 ---------------------------------------------------------------- Referência Bibliográfica
1. Etiologia
As duas principais causas de Traqueobronquite Infecciosa Canina (ITB) são vírus da parainfluenza canina (CPIV, CANINE PARAINFLUEZA VÍRUS) e Bordetella bronchiseptica, um cocobacilo aeróbico Gram-negativo. 
Outros microrganismos infecciosos ocasionalmente isolados de cães com tosse incluem adenovírus canino (especialmente CAV-2, canine adenovírus 2), herpesvírus canino, reovírus (tipos 1, 2 e 3) e micoplasmas. No entanto, considera-se que tais microrganismos tenham menor importância. 
Surtos de doença clínica frequentemente envolvem infecção simultânea como mais de um desses microrganismos. O quadro clínico é mais grave em animais infectados com mais de um microrganismo, em comparação com a infecção com um único agente. 
Transmissão
ITB canina é altamente contagiosa, sendo transmitida por contato direto com secreção respiratória, em forma de aerossol (por meio de tosse e espirros), de cães infectados.
Esses microrganismos também podem ser transmitidos por fômites (por exemplo, pessoal, gaiolas e vasilhas de alimento e água).
Os cães infectados por CPIV ou CAV-2 excretam vírus por apenas uma semana após a recuperação. No entanto, cães infectados com B. bronchiseptica ou micoplasma podem se tornar portadores crônicos, com excreção persistente. 
A ITB canina comumente se dissemina em cães confinados em instalações com grande número de animais e com pouca ventilação (por exemplo, canil de madeira, abrigo de animais, pet shop, hospital veterinário e instalações de laboratório animal). 
Patogênese
Em geral, o período de incubação varia de 5 a 7 dias (com variação de 3 a 10 dias). Individualmente, esses microrganismos infecciosos causam doença auto limitante ou se albergam nas vias respiratórias de portadores assintomáticos. É comum a ocorrência de infecções mistas, com sinergismo e manifestação de doença clínica mais grave.
O principal alvo desses microrganismos é o epitélio das vias respiratórias superiores. O resultado é lesão epitelial, inflamação aguda e disfunção de cílios de vias respiratórias.
Sinais Clínicos
É possível notar infecção em qualquer época do ano, porém a maior prevalência é no verão e no outono. 
Início agudo de tosse curta, frequentemente superficial, débil, paroxística e alta deve-se à traqueobronquite. Ainda que a tosse, às vezes, seja descrita como seca, a ITB caracteriza-se por maior produção de muco. 
A tosse pode ser de alta frequência devido a laringe e ao edema nas cordas vocais. A tosse pode ser mais frequente durante exercício, excitação ou alterações da temperatura e na umidade do ar inspirado. 
A tosse pode ser estimulada pela palpação da traqueia ou pela pressão da coleira. Crises de tosse paroxísticas podem ser acompanhadas por náuseas ou ânsias de vômito, que podem ser confundidos com vômitos e asfixia. 
Pode se notar discreta secreção óculo nasal serosa ou muco purulenta tipicamente, os cães infectados continuam a se alimentar, permanecem ativos e atentos e não apresentam febre. Nos casos graves, pode haver febre depressão e anorexia.
É possível constatar pneumonia bacteriana secundaria, e raros casos de morte, na doença grave, especialmente onde há infecções mistas em filhotes de cães não vacinados, que vivem em ambientes com muitos animais, como em pet shop e abrigos de animais.
Curso clínico: em geral, os sinais clínicos durante 7 a 14 dias em casos não complicados. 
Diagnóstico
Defina o diagnóstico de ITB com base no histórico de exposição e nos sinais clínicos, em particular no início agudo de uma tosse grave de um cão anteriormente sadio histórico de contato recente com outros cães, em especial com aqueles de canil, é típico, porém não constatado em todos os casos. Não são indicados exames hematológicos e radiográficos, tão pouco citologia e cultura microbiológica de secreções de vias respiratórias, a menos que a doença seja grave, com febre e pneumonia. Na ITB não típica não-complicada, esses exames de auxiliares de diagnostico são poucos uteis ou revelam achados inespecíficos.
 5.1 Hemograma
ITB discreta: em geral, o hemograma e normal ou mostra uma resposta de estresse (neutrofilia madura, linfopenia). 
ITB grave: leucocitose por neutrofilia com desvio à esquerda quando é constante quando há pneumonia secundaria.
 5.2 Radiografia torácica
ITB discreta: em geral, normalmente; ocasionalmente, notam-se ligeiro aumento da densidade intersticial do pulmão.
ITB grave: na branca pneumonia secundária, verifica-se padrão intersticial e alveolar, com consolidação lobular 
 5.3 Exame Citológico de Secreção de Via Respiratória
É indicado apenas na ITB grave, febril ou complicada. Obtém amostras por aspiração transtraqueal lavado de tubo endotraqueal ou lavado ou swab de broncoscópio. Os achados incluem maior quantidade de muco, exsudato mucopurulento e, algumas vezes bactérias.
 5.4 Cultura microbiológica
Amostras de secreções taqueobronquial ou swabs nasais podem ser submetidos a cultura para Bordetella e micoplasma. O isolamento de Bordetella ou micoplasma permite apensa diagnostico presumível, pois esses microrganismos podem se alojar no trato respiratório de portadores subclínicos. 
Virologia e Sorologia: o isolamento de vírus podem identificar CPIV e CAV-2 em swab nasofaringeanoou de traqueia, mais é impraticável na rotina clínica. 
Sorologia (títulos convalescentes e agudos pareados)
Pode revelar exposição viral, mais sua utilidade é limitada. 
Tratamento
Orientações gerais
Sempre que possível, submeta o cão ao tratamento ambulatorial de ITB, a fim de evitar a transmissão da doença a outros animais hospitalizados. Na ITB típica, a doença é discreta e autolimitante, regredindo em 7 a 14 dias. Assim, pode não ser necessária terapia específica. No entanto, na maior parte dos casos, o uso empírico de antibiótico é justificado, juntamente com medicamento antitussígeno. Caso necessário, pode-se administrar uma dose anti-inflamatória de glicocorticoide nos primeiros dias da doença, desde que não haja complicações. 
Na ITB grave complicada, com broncopneumonia bacteriana com risco de morte, institua um tratamento agressivo. Evite o uso de antitussígeno ou glicocorticoides quando há suspeita de broncopneumonia. 
Em casos de tosse com duração além de 14 dias, considere a possibilidade de outras doenças: faça radiografias de tórax, hemograma completo,, exame citológico e cultura microbiológica de secreção de vias respiratórias e outros testes auxiliares de diagnostico quando apropriados. 
 6.1 Antibióticos
Na ITB discreta autolimitante, o uso de antibióticos é opcional, mais a maior parte dos casos trarada empiricamente para possível infecção pir bordetella e para minimizar o risco de indecção secundária oportunista, utilizando um dos seguintes medicamentos 
- Doxiciclina (5 a 10 mg/kg/BID, VO), durante 2 a 4 semanas; eficaz para Bordetella e micoplasma. 
- Amoxicilina/clavulanato (12,5 a 25 mg/kg/BID, VO), durante 2 a 4 semanas. 
- Azitromicina (5mg/kg/SID, VO), durante 5 a 7 dias. 
- Outros: enrofloxacino, trimetropima/sulfa. 
Na ITB grave complicada por broncopneumonia ou por infecção refratária por Bordetella, escolha o antibiótico com base no resultado da cultura microbiológica e antibiograma, sempre que possível. 
Na infecção refratária por Bordetella, aplique aerossol de gentamicina, na dose de 50 mg diluída em 2 a 3 ml de solução salina, com nebulizador manual, durante 10 min, com intervalos de 12 horas, por 3 a 5 dias. Antibiótico aplicado por meio de aerossol pode ser mais efetivo contra bordetella, pois a bactéria se fixa aos cílios da superfície da mucosa, sendo difícil alcança-la com antibióticos injetáveis sistêmicos. 
 6.2 Antitussígenos
Em casos de doença com tosse produtiva, geralmente não recomenda o uso de antitussígeno, mas na ITB sem cmplicação (sem febre ou evidências de broncopneumonia), a tosse pode ser um desconforto para o proprietário e o paciente, que frequentemente necessita de antitussígeno para seu alívio.
Exemplos: Hidrocodona (0,22 mg/kg, VO, em intervalo de 6 a 12 horas) e butorfanol (0,55 a 1,1 mg/kg, VO em intervalo de 6 a 12 horas). 
Medicamentos humanos para tosse ove-the-counter (dextrometorfano, guaifenesina) não são efetivos no tratamento de ITB. 
 6.3 Corticosteróides
Utilize dose anti-inflamatória de corticosteroides (0,25 a 0,5 mg de prednisolona/kg/BID, VO) quando houver necessidade de controlae tosse refratária na ITB sem complicações. Limite seu uso a cinco dias ou menos; não o utilize em cães com broncopneumonia. 
 6.4 Broncodilatadores
A eficácia de bronco dilatadores na ITB não está definida, mas eles podem reverter a bronco constrição desencadeada pela irritação das vias respiratórias, minimizando o desconforto e a tosse.
Exemplo: Teofilina, aminofilina, albuterol e terbutalina.
Cuidades de Suporte
Propicie ingestão adequada de fluidos, umidecimento de vias respiratórias, suporte nutricional e repouso. 
 7. Vacinação
Há disponibilidade de vacinas contra CAV-2, parvovirus canino e Bordetella injetáveis e intranasais. As vacinas contra contra CAV-2 e CPIV contém vírus vivo modificado. As vacinas para Bordetella são derivadas de bacterinas mortas (indesejáveis) ou cultura viva avirulenta (intranasal). 
As vacinas intranasais têm a vantagem de estimular a imunidade local, proteger após uma dose, iniciar a proteção de forma mais rápida e interferir de maneira mínima nos anticorpos maternos, possibilitando seu uso em filhotes de cães, de 2 a 4 semanas de idade. Os efeitos colaterais de vacinas intranasais podem incluir secreção nasal, espirro e tosse, 2 a 5 dias após a vacinação. 
A duração máxima de imunidade induzida por tais vacinas, após vacinação inicial de filhotes caninos e um reforço depois de um ano, não está bem definida. No entanto, espera-se que a imunidade contra CAV-2 e CPIV dure, no mínimo, três anos; ao passo que a imunidade para Bordetella pode ser de apenas seis meses ou menos.
Para Bordetella, recomenda-se um reforço 1 e 2 semanas antes de exposição conhecida (por exemplo, viagem ou exposição), caso o animal não tenha sido vacinado nos últimos 6 meses.
 8. Prevenção no Canil
- Evite ambiente com superlotação de animais
- Isole os animais infectados (com tosse). Animais recuperados podem excretar o vírus na ITB durante 1 a 2 semanas e excretar Bordetella e micoplasmas por três meses e mais.
- Institua programa de higiene dos cuidados dos animais, de modo a evitar a propagação dos microrganismos por meio de fômites. 
- Assegure ventilação adequada ao canil (pelo menos 12 trocas de ar por hora: 15 a 20 é o ideal)
- Aplique desinfetantes, como hipoclorito de sódio, clorexidina e cloreto de benzalcônio.
 9. Considerações Sobre Saúde Pública
As pessoas são potencialmente suscetíveis a B. bronchiseptica, especialmente quando imununocomprometidas. No entanto, considera-se mínimo o risco de infecção adquirida de um animal de estimação. 
 10. Referência Bibliográfica
BRICHARD, STEPHEN; SHERDING, ROBET. Manual Saunders de Clínica de Pequenos Animais, São Paulo: ROCA, 2013, p. 154-157.

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