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RESUMO CIVIL 1 – PROVA 1 – 2017 Bhrenda Oliveira Velloso Gagno ELEMENTOS ESSENCIAIS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS - MANIFESTAÇÃO DA VONTADE: Expressa (palavra escrita ou falada, gestos ou sinais) e tácita (resultante de um comportamento do agente). Precisa que a outra tenha conhecimento da vontade para que surta efeitos. - BOA FÉ: Deve ser além de subjetiva, que é um estado psicológico, fundado em um erro de fato, mas também objetiva, onde as partes se comportem segundo um padrão ético objetivo de confiança recíproca. - SUJEITO: Capaz. Pode ser tanto pessoa natural quanto pessoa jurídica. No mínimo 2 pessoas. Quando faltar a plena capacidade, o sujeito deve ser devidamente representado ou assistido. - CREDOR: É o titular do direito de crédito ou o detentor do poder de exigir. - DEVEDOR: É a parte a quem incumbe o dever de efetuar a prestação. - OBJETO: Lícito, possível, determinado e determinável. - OBJETO MEDIATO: O objeto em si, uma bola, jarro. - OBJETO IMEDIATO: A ação, pintar, falar, dar. - FORMA: Prescrita ou não em lei. - VÍNCULO JURÍDICO: É o que une o credor ao devedor, ligação entre sujeitos e o objeto. ELEMENTOS ACIDENTAIS - São cláusulas inseridas num negócio jurídico com o objetivo de modificar uma ou algumas de suas consequências naturais. Uma vez colocados, se tornam essenciais. CONDIÇÃO: "SE" ou "ENQUANTO". EVENTO FUTURO E INCERTO. - EXEMPLO: Um pai doa uma casa para a filha, com a condição de que ela não se separe do marido. Se ela divorciar, o imóvel volta para a propriedade do pai. - CONDIÇÃO SUSPENSIVA: Depende de evento futuro e incerto para que o negócio produza seus efeitos (ou tenha eficácia). O direito não será adquirido enquanto não se verificar a condição suspensiva. - CONDIÇÃO RESOLUTIVA: A condição resolutiva extingue ou resolve o direito transferido pelo negócio, ocorrido o evento futuro e incerto. Assim, o negócio produz seus efeitos (tem eficácia) até o implemento do evento futuro e incerto. TERMO: “QUANDO”. EVENTO FUTURO E CERTO. - EXEMPLO: Se alguém estabelecer um contrato de locação com a seguinte data: 01/01/13 a 01/12/14. O termo final será 01/12/14, e Termo inicial futuro será 01/01/13. - O termo inicial é aquele quando verificado dá inicio aos efeitos do negócio jurídico. - O termo final é aquele quando verificado põe fim a eficácia do negócio jurídico. ENCARGO: "PARA FIM DE" ou "COM FIM DE". - EXEMPLO: Uma pessoa realiza a doação de um bem para outra, mas imputa ao donatário um encargo a ser cumprido. Do tipo, só doará um terreno caso a pessoa construa uma escola nele. Caso não seja feito, é revogado a liberalidade. - É uma cláusula a atos de liberdade INTERVIVOS (transfere o direito de receber a alguém) ou INTERMORTUS (herdeiros). OBRIGAÇÃO DE DAR - Subdivide em ENTREGAR (transferência de titularidade) e RESTITUIR (devolução de coisa específica, transferência de posse). OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA - Gênero, quantidade e qualidade. - O credor não é obrigado a receber outra coisa senão o que estiver descrito na obrigação. - O acessório segue o principal. - TRADIÇÃO: Bem móvel. Ato de transferir simbolicamente. - TRANSCRIÇÃO: Bem imóvel. Cartório de registros. - BENFEITORIAS NECESSÁRIAS: Com despesa do devedor e agido de BOA-FÉ, tem o direito de ser indenizado podendo reter a coisa restituível, até que lhe seja pago o valor devido. Em caso de MÁ-FÉ do devedor, ele apenas poderá reclamar indenização pelos acréscimos necessários, sem possibilidade de retenção da coisa. - BENFEITORIAS VOLUPTUÁRIAS: Poderá o devedor retirá-las, senão lhe for pago o valor devido, desde não haja prejuízo para a coisa principal. - FRUTOS: Se o devedor estiver de BOA-FÉ tem o direito aos frutos percebidos, mas em MÁ-FÉ deverá responder por todos os frutos colhidos e percebidos, assim como os que por sua culpa deixou de perceber, desde que começou a ter má-fe. Não havendo possibilidade de restituição ao credor desses frutos, deverá indenizá-lo com o equivalente em pecúnia. TEORIA DOS RISCOS - PERECIMENTO SEM CULPA: Resolve a obrigação para ambas as partes. - PERECIMENTO COM CULPA: Equivalente + perdas e danos. - DETERIORAÇÃO SEM CULPA: Resolve ou aceita a coisa, abatido de seu preço o valor que foi perdido. - DETERIORAÇÃO COM CULPA: Equivalente ou aceitar a coisa no estado que se encontra com direito a reclamar a indenização pelas perdas e danos, em um ou em outro caso. OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR - É a OBRIGAÇÃO REAL. Decorre da própria propriedade sobre um bem. Quem adquire um bem, adquire automaticamente essa obrigação real, decorrente da coisa. - Ocorre a devolução da coisa específica recebida pelo devedor ao credor. - O credor é o proprietário (uso + gozo + dispor) e o devedor é apenas possuidor (uso + gozo) do bem e não dono. - PERECIMENTO SEM CULPA: Resolve sofrendo o credor a perda. - PERECIMENTO COM CULPA: Equivalente + perdas e danos. - DETERIORAÇÃO SEM CULPA: O objeto é devolvido no estado em que se encontra. - DETERIORAÇÃO COM CULPA: Equivalente + perdas e danos (o credor perde a opção de ficar com a coisa deteriorada) OU fica com a coisa deteriorada com direito a reclamar a indenização por perdas e danos.
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