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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Avaliação a Distância – AD1 Período - 2017/1º Disciplina: Consultoria Organizacional Coordenador: Murilo Alvarenga Oliveira O modelo de avaliação é composto por 5 questões discursivas para realizar a avaliação; Cada questão vale dois pontos; Questão 1) A utilização de consultores em organizações é importante pelo fato de as mesmas não pos- suírem todas as competências necessárias para a solução de seus problemas. Os consultores são contra- tados quando uma organização não possui pessoal capacitado para solucionar determinados problemas com as mesmas oportunidades de êxito. Quais razões são indicadas para utilizar consultorias nas organizações? A partir dessas razões descreva os principais benefícios gerados pelas consultorias. Algumas razões para utilizar consultorias nas organizações são: I. os gestores geralmente não sabem o que está errado e necessitam de uma ajuda especial para diagnosticar quais são seus problemas atuais; II. os gestores geralmente não sabem que tipo de ajuda os consultores podem lhes oferecer; eles precisam ser ajudados para descobrir que tipo de ajuda procurar; III. muitos gestores têm uma intenção construtiva de melhorar as coisas, porém, necessitam de ajuda na identificação do que melhorar e como. E os principais benefícios das consultorias empresariais são: 1. Visão independente – isto é possível porque o consultor não é um membro da equipe da organização. O consultor traz objetividade e destaca proble- mas organizacionais. Os consultores experientes podem introduzir novas ideias na organização, com o objetivo de melhorar o seu desempenho. 2. Qualificações especiais – consultores com experiência possuem característi- cas e conhecimentos variados que auxiliam as empresas a melhorar seu de- sempenho. 3. Serviço profissional temporário – como pressuposto, qualquer processo de consultoria organizacional é realizado de forma temporária, ou seja, o con- sultor vem para a organização, desenvolve o processo de consultoria, prepa- ra a organização para a mudança e acompanha o processo, até o momento em que deixará a empresa. 1 Questão 2) Como os seres vivos, as organizações também possuem um ciclo de vida, apresentando vá- rias fases de desenvolvimento. Estas fases são divididas, de forma didática, em quatro: crescimento, sus- tentação, maturidade/colheita e descontinuidade/transformação. Nesse ciclo de vida, as organizações podem apresentar processos de DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL e processos de dete- rioração organizacional Apresente a tipologia proposta pelos autores e descreva as características de cada uma repro- duzindo o “ciclo destrutivo das organizações”. Sendo as características das Disfunções de 1º grau: Alto grau de incongruência - falta de relação direta de uma coisa ou fato com o fi m a que se destina. A consequência dessa disfunção é uma situação de desorientação dos indivíduos, podendo conduzir a choques, esforços em direções diferentes e, frequentemente, à apatia e mesmo à paralisia. Falta de definição clara do negócio e dos objetivos das organizações - essa disfunção caracteriza-se pela presença de percepções e divergências de opiniões dos dirigentes sobre o negócio e os objetivos da organização pela qual são responsáveis. Existência de políticas e diretrizes vagas e/ou ambíguas - políticas e diretrizes percebidas como vagas e/ou ambíguas geram incerteza e falta de orientação, fazendo com que os responsáveis por operacionalizá-las muitas vezes se sintam sem condições para tal. A origem dessa disfunção reside no fato de que as políticas e diretrizes são definidas no topo da estrutura organizacional e implementadas em escalões mais baixos. Estruturas com alto grau de ambiguidade com respeito à divisão de tarefas e à autoridade para tomada de decisões - a consequência natural dessa disfunção é o surgimento de áreas de congestionamento, que criam sobrecarga e às vezes paralisia, e de áreas “vazias”, onde tarefas deixam de ser executadas e decisões deixam de ser tomadas. 2 Estruturas definidas anualmente - esta disfunção é caracterizada pela renovação, em certa época do ano, da estrutura organizacional, em organogramas e outros documentos destinados a informar remanejamentos de competência e atribuições. Esta visão estática não reflete a dinâmica da vida organizacional, caracterizada por um processo contínuo e orgânico de negociações de papéis dentro e entre as equipes de trabalho. Estruturas com alto grau de centralização e com “MACROCEFALIA” - este termo é usado aqui para mostrar o mal que estruturas organizacionais muito grandes podem provocar na empresa. Um exemplo típico ocorre quando um setor da empresa torna-se tão grande que todas as decisões devem passar por ele. Isto provoca uma concentração no processo de tomada de decisão atrapalhando a participação das pessoas nas atividades da empresa. Grande distância entre a fonte das informações necessárias para as decisões e o local onde elas são tomadas - essa disfunção está intimamente ligada ao aspecto de centralização de decisões apresentado anteriormente. Duas consequências surgem: perda de agilidade no processo de tomada de decisões; decisões baseadas em informações de baixa qualidade, desatualizadas e mesmo incorretas Sistemas de planejamento ineficazes - as organizações não trabalham na base da improvisação. O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos que devem ser atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. Assim, planejar é definir os objetivos e escolher antecipadamente o melhor curso de ação para alcançá-los. O planejamento define aonde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e em que sequência. Porém, muitas organizações possuem sistemas de planejamento que consistem em um trabalho de preenchimento de formulários e extensas reuniões. Nesses termos, o planejamento se torna um gigante consumidor de tempo e energia. Políticas organizacionais inexequíveis no ambiente ou inadequadas devido a mudanças ocorridas e não detectadas a tempo - o processo de planejamento deve ser dinâmico e considerar mudanças ocorridas no ambiente de negócios onde a organização está inserida. Se essas mudanças não forem identificadas e avaliadas, podem provocar a tomada de decisões incorretas que podem comprometer as estratégias e políticas da organização. Descompasso entre as interações do primeiro escalão e as medidas implementadas pelo segundo escalão - a falta de alinhamento entre os vários escalões organizacionais provoca essa disfunção organizacional. Em empresas de menor porte como as micro e pequenas empresas, talvez os efeitos dessa disfunção sejam menores, porém, em empresas de médio e grande porte, se esta disfunção ocorrer, podem acontecer várias consequências negativas para as organizações. Pouca orientação para as missões e os objetivos finalísticos dos órgãos - a falta de conhecimento e de orientação é frequente nas organizações. As pessoas que atuam nos órgãos ficam tão focadas nas tarefas e nas rotinas que se esquecem de focar nos objetivos fins de seu trabalho. As pessoas têm de orientar as suas ações para cumprir a missão e os objetivos da organização. Se isto não for feito, compromete o alcance dos resultados da empresa. Multiplicidade de órgãos cuidando do mesmo problema - o conjunto de várias disfunções podem conduzir à duplicidade de esforços, com consequente pulverização de recursos, confusão de papéis, gerando atritos, abordagens fragmentadas dos problemas a serem resolvidos, indefiniçãode responsabilidades e, no geral, baixo nível de eficácia na resolução 3 de problemas e no aproveitamento de oportunidades. Sendo as características das Disfunções de 2º grau: Falta de compreensão da organização como um sistema total - as organizações são vistas como um sistema, sendo constituídas por recursos que possuem um conjunto de regras mínimas implementadas de forma adequada e que orientam cada parte da empresa para executar de maneira correta e no tempo devido a sua tarefa, em harmonia com as outras. Esta disfunção acomete empresas que vivem em seu mundo com escasso contato com a realidade externa. Essas empresas dão a seus clientes o que acham que necessitam, e não o que eles estão pedindo. Os sintomas são os seguintes: desprezo pela concorrência e pela opinião dos colaboradores, complexo de superioridade dos diretores, investimento escasso em marketing, ausência de BENCHMARKING (busca pelas melhores práticas que conduzem uma empresa à maximização da performance empresarial) e de estudos de mercado etc. Utilização de estratégias comportamentais baseadas no princípio da unilateralidade Verifica- se que este tipo de disfunção é comum nas organizações. Ela caracteriza-se pela utilização de estratégias comportamentais que, consciente ou inconscientemente, visam CONTROLAR UNILATERALMENTE os demais. Em consequência da alta defensividade mútua presente nas interações desse tipo, resulta baixa eficácia e baixa aprendizagem nas organizações. Existência de tabus, formais e informais, sobre a discussão de certos temas - alguns temas que são considerados “tabus”, ao não serem discutidos, impedem a tomada de consciência das disfunções às quais tais temas se vinculam, disfunções essas que deixam de ser tratadas e, consequentemente, resolvidas. Um bom exemplo de tema que pode se tornar-se um tabu são as proibições impostas aos membros da organização e as orientações e fatos tidos como inquestionáveis. Ex: Em casos extremos, podem existir empresas onde há uma regra em que as férias têm que ser vendidas e, se o funcionário tirar férias, ele será mandado embora. Crença de que competência técnica é mais vital para a consecução dos objetivos organizacionais do que a competência interpessoal - na realidade, tanto as competências técnicas quanto as interpessoais são fundamentais para o crescimento da empresa. Pessoas criativas, proativas e que possuem visão de negócio fazem toda a diferença para a organização. É importante saber equilibrar estes dois tipos de competências. Falta de consciência de que existem causas importantes de deterioração embutidas dentro da própria organização - as organizações são sistemas que devem funcionar de forma eficiente e eficaz, porém o que se verifica na prática são inúmeras disfunções que provocam problemas nas mesmas. Não reconhecer que estas disfunções ocorrem ou atribuí-las a causas de deficiências naturais ou a circunstâncias externas imprevisíveis pode levar a empresa à morte. Reconhecer estas disfunções internas é o primeiro passo para que se possa atacá-los de forma mais eficiente e eficaz. Postura dos membros da organização de encarar crenças, objetivos, políticas e estruturas como rígidas, inflexíveis, inelásticas e imutáveis - esta disfunção acomete as organizações e caracterizam-se pela incapacidade de se mexer diante das mudanças do mercado. Os sintomas aparecem sob a forma de produtos obsoletos, pouca possibilidade de inovar, queda na visibilidade da marca, punição por erros cometidos etc. “Memória organizacional” muito limitada ou pouco difundida - esta disfunção é caracterizada pela perda de vista das metas. As pessoas cometem erros repetidos. Os comentários são ignorados ou negados. As pessoas mantêm as mesmas rotinas mesmo em 4 momentos de crises. Relutam em modificar a maneira de se fazer as coisas. A organização não se preocupa em fazer o questionamento: “O que aprendemos com esta experiência?”. Para evitar esta disfunção, faz-se necessário estabelecer objetivos de melhoras e aprendizado. Questão 3) A carreira de consultor assim como em outras carreiras depende da vocação. Com base nas referências sobre competências de um consultor organizacional, explique os aspectos do tripé que sustenta a vocação de um consultor. Os aspectos do tripé são: A integridade do consultor - está relacionada com o comprometimento do consultor com o projeto da empresa cliente. Podemos citar como competências para essa integridade: clareza e transparência dos objetivos a serem alcançados e conhecimentos implementados, sigilo em relação às atividades e informações de seus clientes, dentre outras. O valor que o profissional de consultoria proporciona para a empresa cliente - é aquele que resulta da mudança proporcionada pelo consultor na empresa cliente, ou seja, o resultado no curto, médio e longo prazo que seu serviço propiciará. A felicidade que o consultor tem e expressa por sua atuação profissional - é um elemento extremamente subjetivo, uma vez que está relacionado à motivação e à realização profissional, ou seja, às suas características pessoais e a seus anseios. Questão 4) A atividade de consultoria é um processo de Desenvolvimento Organizacional (DO). Para que o consultor possa ter sucesso ele deve estimular a organização a ajustar sua cultura e o clima organizacional para desenvolver uma capacidade inovadora. Comente as capacidades inovadoras sugeridas pela abordagem do DO. Adaptabilidade capacidade de resolver problemas e de reagir de maneira flexível às exigências mutáveis e inconstantes do meio ambiente; Consistência conjunto de valores e princípios que aglutinem o comportamento dos participantes e criem um senso de identidade coletivo; Envolvimento integração entre os participantes, de tal forma que a organização possa obter o compartilhamento e comprometimento de todos os participantes quanto aos objetivos da organização; Visão e Objetivos Claros percepção realista através da capacidade de investigar, diagnosticar e compreender o meio ambiente e estabelecer objetivos de longo prazo. 5 Questão 5) O processo de consultoria é dividido em uma sequência essencial de etapas a serem seguidas, independentemente do tipo de consultoria em questão, para um melhor desempenho e controle dos serviços. Descreva o processo de consultoria em suas três fases distintas, comentando a finalidade de da primeira etapa que é o diagnóstico organizacional. 1. O diagnóstico organizacional tem o objetivo de analisar os recursos de que a empresa cliente dispõe e as atividades que esses recursos proporcionam, avaliar o desempenho desses recursos e identificar oportunidades para que os resultados apresentados por eles sejam melhorados. Ao final do processo do diagnóstico organizacional, o consultor poderá chegar à conclusão de quais poderão ser as futuras intervenções na empresa cliente. 6
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