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Corticóides na Reumatologia

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Corticóides na Reumatologia 
 
Corticóides (CE) são hormônios esteróides produzidos no córtex (área 
mais externa) das glândulas suprarrenais que são dois pequenos órgãos 
localizados acima dos rins. São produzidos pelo corpo em pequenas 
quantidades e liberados na corrente sanguínea, mas pequenas alterações 
desta quantidade determinam grandes efeitos, o que ocorre quando as 
adrenais aumentam a liberação em situações de estresse. 
Assim como qualquer hormônio, os corticóides transmitem informações 
entre as células e influenciam a produção de substâncias celulares. Os 
corticóides (CE) são os antiinflamatórios mais potentes que existem. 
 
PRINCIPAIS MECANISMOS ANTIINFLAMATÓRIOS DOS CORTICÓIDES 
 
• Indução da produção de proteínas antiinflamatórias com interrupção da cadeia 
da inflamação 
 
• Redução dos mediadores inflamatórios através da inibição da transcrição 
gênica dos mesmos 
 
• Inibição dos efeitos de diversas moléculas de sinais inflamatórias, as citocinas 
 
• Efeito de estabilização da membrana do lisossomo, dessa forma a membrana 
desse vacúolo intracelular repleto de enzimas degradativas, resiste à ruptura e 
deixa de liberar todo esse conteúdo no interior da célula. 
 
Para exercer todos esses efeitos os CE precisam ter acesso ao interior das 
células e o fazem através da ligação com um receptor localizado na 
superfície da célula, na membrana celular. Quando esta ligação ocorre, a 
via de produção das enzimas e degradação de moléculas e demais ações 
são influenciadas no sentido do bloqueio potente da inflamação. 
 
 
Corticoidestireoide93.blogspot.com 
 
A inflamação está presente em inúmeras doenças reumáticas, em 
variações de quantidade/grau da inflamação, região comprometida e a 
depender da resposta individual do paciente ao processo patológico que 
acomete o tecido conjuntivo. 
Nas articulações, a inflamação pode ser percebida pela presença de calor 
– dor – inchaço e vermelhidão sobre a região, sendo uma importante 
fonte somática da dor reumática. 
O uso dos CE na Reumatologia é baseado na capacidade potente que estes 
medicamentos possuem em bloquear a atividade inflamatória. 
Os CE estão indicados em toda doença reumática? 
Não. Diversas doenças dispensam o uso do CE. É o caso da artrose e da 
fibromialgia, por exemplo. 
Nas doenças inflamatórias que causam dor ou outras 
manifestações, os CE estão sempre indicados e por longo período de 
tempo? 
Não. Os avanços obtidos em outras modalidades de tratamentos 
farmacológicos, na fisioterapia e noutras técnicas, permitiram que 
inúmeras dessas doenças pudessem ser controladas sem o uso do CE, ou 
sem o uso destes em doses moderadas e altas ou evitam o uso prolongado 
do CE. 
Existem vantagens no uso dos CE quando estes são comparados 
aos anti-inflamatórios comuns (anti-inflamatórios não hormonais)? 
Depende da doença, do tipo do CE escolhido, do tempo de uso, da idade 
do paciente e das complicações presentes na saúde desses. Em geral os 
antiinflamatórios comuns quando são utilizados por período superior a 30 
dias tem grande potencial de lesão que pode superar o risco de problemas 
relacionados ao corticóide do tipo prednisona em baixa dose. Este risco 
depende da classe de anti-inflamatório utilizado. 
Por outro lado, pacientes com espondilite anquilosante costumam 
responder melhor aos antiinflamatórios comuns não hormonais, ou seja 
aos não corticosteróides. 
Em pacientes com artrite reumatóide quando há indicação clínica o CE 
local através da infiltração articular pode apresentar mudança da 
qualidade de vida sem causar prejuízo pra saúde geral. Nestes pacientes 
ainda o uso de doses baixas de corticóide pode auxiliar no controle da 
doença (Drugs, vol 73:31-43; 2013). 
Quais os principais tipos, as potências anti-inflamatórias e vias de 
administração dos CE disponíveis no Brasil? 
1. HIDROCORTISONA 
a. Tem potência semelhante ao cortisol que é a forma do CE 
produzido pelo nosso corpo e encontrado no sangue 
circulante 
b. Costuma ser utilizado pela via de administração endovenosa 
em situações de reações alérgicas, em pacientes 
hospitalizados com indicação de inibição da resposta 
inflamatória e como imunossupressor. Exemplos: asma 
brônquica; em pacientes submetidos a cirurgias para reduzir 
o estresse cirúrgico ao organismo. EXISTEM OUTRAS 
INDICAÇÕES PARA O USO. 
2. METILPREDNISOLONA 
a. Tem potência de 5-7 vezes superior ao cortisol que é a forma 
do CE produzido pelo nosso corpo e encontrado no sangue 
circulante 
b. Costuma ser utilizado pela via de administração endovenosa 
em pulsos (grandes quantidades em curto intervalo de 
tempo, 2- 4 horas) em pacientes com indicação de inibição da 
resposta inflamatória e como imunossupressor. Exemplos: 
pulsoterapia de metilprednisolona em pacientes com nefrite 
causada pelo Lúpus eritematoso sistêmico, pulsoterapia em 
pacientes com vasculite reumatóide grave (causada pela 
artrite reumatóide), em doses menores para controle da 
inflamação da artrite reumatóide antes do efeito de 
medicamentos modificadores da doença ou biológicos. 
EXISTEM OUTRAS INDICAÇÕES PARA O USO. 
3. BETAMETASONA 
a. Tem potência 25 vezes superior ao cortisol que é a forma do 
CE produzido pelo nosso corpo e encontrado no sangue 
circulante 
b. Costuma ser utilizado pela via de administração 
intramuscular, articular ou periarticular em situações com 
indicação de inibição da resposta inflamatória, 
principalmente quando se deseja um efeito rápido em 
situações de dor intensa com forte componente inflamatório. 
EXISTEM OUTRAS INDICAÇÕES PARA O USO. 
4. TRIANCINOLONA 
a. Tem potência 5 vezes superior ao cortisol que é a forma do 
CE produzido pelo nosso corpo e encontrado no sangue 
circulante 
b. É a melhor opção para uso de CE por via intra-articular. 
Indicado em situações de inflamação no interior da 
articulação (sinovite, derrame articular e cisto sinovial) 
EXISTEM OUTRAS INDICAÇÕES PARA O USO. 
5. DEXAMETASONA 
a. Tem potência 25-30 vezes superior ao cortisol que é a forma 
do CE produzido pelo nosso corpo e encontrado no sangue 
circulante 
b. Costuma ser utilizado pela via oral, endovenosa ou 
intramuscular em situações com indicação de inibição da 
resposta alérgica, inflamatória ou imunossupressora 
principalmente quando se indica o CE por curto tempo e se 
deseja um efeito rápido. Em situações de alergia grave, de 
edema cerebral e outras razões neurológicas, de dermatites 
graves, raramente sendo indicado na reumatologia. Este tipo 
de CE está associado a grandes efeitos colaterais se mantidos 
por período maior de tempo em dose inicial. EXISTEM 
OUTRAS INDICAÇÕES PARA O USO. 
6. PREDNISOLONA 
a. Tem potência 4-5 vezes superior ao cortisol que é a forma do 
CE produzido pelo nosso corpo e encontrado no sangue 
circulante 
b. Utilizado por via de administração oral em pacientes com 
indicação de inibição da resposta inflamatória e 
imunossupressora. Exemplos: pacientes com artrite 
reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, cardite por febre 
reumática. EXISTEM OUTRAS INDICAÇÕES PARA O USO. 
7. PREDNISONA 
a. Tem potência 4-5 vezes superior ao cortisol que é a forma do 
CE produzido pelo nosso corpo e encontrado no sangue 
circulante 
b. É o tipo de CE mais utilizado na reumatologia. Utilizado por 
via de administração oral em pacientes com indicação de 
inibição da resposta inflamatória e imunossupressora. 
Exemplos: pacientes com artrite reumatóide, lúpus 
eritematoso sistêmico, cardite por febre reumática. EXISTEM 
OUTRAS INDICAÇÕES PARA O USO. 
8. DEFLAZACORT 
a. Tem potência 3 vezes superior ao cortisol queé a forma do 
CE produzido pelo nosso corpo e encontrado no sangue 
circulante 
b. Utilizado por via de administração oral em pacientes com 
indicação de inibição da resposta inflamatória e 
imunossupressora. Principalmente devido a menor potência 
costuma apresentar menos efeito adverso quando 
comparado a outros CE quando em uso prolongado. 
Exemplos: pacientes com artrite reumatóide, lúpus 
eritematoso sistêmico. EXISTEM OUTRAS INDICAÇÕES PARA O 
USO. 
Quais os principais efeitos colaterais (efeitos indesejáveis) dos CE? 
Os CE são medicações que sempre devem ser utilizados na menor dose 
efetiva, pelo tempo estritamente necessário e prescrito e acompanhado 
por médicos. O risco do surgimento de determinado efeito indesejável 
depende de fatores relacionados à droga e outros relacionados aos 
pacientes como uso concomitante de outra medicação e sensibilidade do 
paciente. O uso de CE em dose moderada a alta por período inferior a 15 
dias é acompanhado por poucos efeitos colaterais. Levando em conta 
todas essas variações os efeitos colaterais mais comuns são: 
• Hipertensão arterial sistêmica 
• Hiperglicemia (aumento da glicemia) ou Diabetes melitus 
• Insônia, irritabilidade 
• Síndrome de Cushing (ocorre quando o corpo é exposto a altos 
níveis do hormônio cortisol endógeno ou externo, se você tomar 
muito cortisol ou outros hormônios esteroides) 
o Sintomas e sinais = obesidade, rosto redondo e cheio, 
manchas roxas, estrias, acnes, pele fina e sensível 
• Insuficiência da glândula adrenal (ocorre quando as glândulas 
adrenais deixam de produzir seus hormônios característicos, que 
são a cortisona e/ou a aldosterona. Pode ocorrer na retirada brusca 
do uso de CE) 
o Sintomas e sinais = fraqueza, náuseas, hipotensão e outros 
• Osteoporose 
• Catarata 
• Outros. Se você está em uso de CE, converse com seu 
reumatologista a respeito.

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