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Um projeto mantido e patrocinado pelas empresas: Idealização: e-commercebrasil EXCELÊNCIA EM E-COMMERCE Oferecimento SLOMP HOFFMANN LOGÍSTICA w w w .ecom m ercebrasil.com .br R EV IS TA E-C O M M ER C E B R A S IL 17 www.ecommercebrasil.com.br outubro 2013 / Ano 03 > Edição 17 B R A S IL R $ 34 ,0 0 R EV IS TA B R A S IL EI R A D E CO M ÉR CI O E LE TR Ô N IC O R EV IS TA E -C O M M ER CE B R A S IL EXPERIÊNCIA DO CLIENTE: Investimento importante para aumentar a lucratividade da sua loja BUSINESS INTELLIGENCE: Como obter soluções simples para problemas complicados LOGÍSTICA: uma boa performance de entregas pode fazer a diferença, para você e para o seu cliente MOBILE: App ou site - que caminho seguir com as estratégias da minha empresa? VOCÊ TEM UM PROBLEMA, ELES TÊM A SOLUÇÃO: STARTUPS QUE RESOLVEM TUDO PARA SEU E-COMMERCE C LI C K C LI C K Com mais de 71 anos de atuação, o grupo IBOPE agora possui a primeira empresa no mercado de pesquisa que APRESENTA MÉTRICAS E INFORMAÇÕES INÉDITAS SOBRE O VAREJO ONLINE NO BRASIL. Por meio da solução E-tail Report, o IBOPE e-commerce mensura o comportamento dos consumidores nos principais sites de comércio eletrônico do Brasil, com os seguintes diferenciais: • Reporta informações das maiores lojas de e-commerce do Brasil, for- necendo o fluxo de consumo, taxa de conversão e volume de vendas de cada uma delas. • Permite analisar em detalhes as ca- tegorias, itens e marcas mais anun- ciadas e vendidas na internet. • Apresenta a navegação e compor- tamento de usuários na internet, per- mitindo análise por perfil demográfico dos compradores. • Fornece dados completos sobre ten- dências de mercado para um plane- jamento de marketing mais assertivo. • Reporta, mensalmente, o ticket mé- dio, preços e faturamento das lojas monitoradas. Entre em contato com os nossos representantes comerciais, ecommerce@ibope.com. ibope.com SuMáRIO pág. 8 pág. 14 pág. 18 pág. 20 pág. 24 pág. 26 pág. 28 pág. 32 pág. 34 pág. 36 pág. 38 pág. 42 pág. 44 pág. 46 pág. 47 pág. 48 pág. 50 pág. 52 pág. 54 pág. 56 pág. 58 pág. 60 pág. 62 pág. 64 pág. 66 pág. 67 pág. 68 pág. 72 conteúdo tel: +55 11 3926-0174 www.zupidesign.com expediente PUBLISHER Tiago Baeta CORPO EDITORIAL Rina Noronha (editora), Mariana Anselmo, Nathália Torezani, Tiago Baeta e Vivianne Vilela ZUPI DESIGN Projeto Gráfico / Design JORNALISTA RESPONSÁVEL Rina Noronha (MTB. 2759-ES) COLABORADORES André Ricardo Dias, Andrea Scarano, Celso Hora, Cleyton Soares, Décio Coutinho, Fernando Di Giorgi, Fernando Mansano, Gustavo Abreu, Jefferson Costa Silva, Lucia Freitas, Marco Antonio Murara, Marco Salvi, Mario Mello, Nicole Barros, Patrícia R. Rocha, Pedro Henrique Arruda, Renata Braga Artacho, Rodrigo Maruxo, Ronald Heinrichs, Sheila Dal Ry Issa. EXECUTIVOS DE NEGÓCIO Fernanda Fruet, Rafael Ribeiro, Tiago Baeta e Vivianne Vilela EMPRESAS PARCEIRAS Accesstage, AD.Dialeto, Akatus, All In Mail, Amazon Web Services, Certisign, Chaordic, ClearSale, Cobre Bem, Dev Buscapé Company, Direct, Dotstore, eNext, ExactTarget, GPMídia, Infracommerce, IBOPE, Jet E-Commerce, Kanlo, KPL Soluções, LeadMedia, Locaweb, MercadoLivre, Moip, MundiPagg, NeoAssist, PayPal, Profite, Rakuten, ReAmp, Responsys, SHL Logística, Sieve, Site Blindado, Sebrae, Skalebla, SLI Systems, Splio, TrustSign, Uniconsult, Virtual Target, Vtex. ORGANIZAÇÃO Grupo iMasters ILUSTRAÇÃO André Luiz Massayuki Ota, Lucas Freitas Lobo. EDITORA ZUPI: A revista E-Commerce Brasil é uma publicação da Editora Zupi em parceria com site iMaster > 4.000 EXEMPLARES > ISSN 2179-7315 PUBlICIDADE +55 (11) 3063 5941 contato@ecommercebrasil.com.br www.ecommercebrasil.com.br redacao@ecommercebrasil.com.br Twitter: @Ecommerce_Br Facebook: www.facebook.com/EcommerceBrasil ENDEREÇO: Alameda Santos, 2395, 1º andar - Jardim Paulista, São Paulo, SP - CEP: 01419-002 Eskenazi Indústria gráfi ca ENTREVISTA Jack london PágINAS AzuIS A concentração do mercado de e-commerce ECONOMIA CRIATIVA O espírito do tempo, o e-commerce e a economia criativa: desafi os e oportunidades CAPA Startups sob medida para o e-commerce brasileiro BOX DE NOVIDADES EXPERIÊNCIA DO ClIENTE Como aumentar a lucratividade do seu e-commerce investindo na experiência de compra do cliente? MOBIlE Mobile site ou aplicativo - que caminho seguir com as estratégias da minha empresa? MERCADO Rota moderna das especiarias CASE Era para ser um clube de viagens especial. Mas, no fi nal, virou uma ótica online. BuSINESS INTElIgENCE A era do “small data and big results” COMPORTAMENTO DO CONSuMIDOR Da máquina registradora manual ao cabide “curtidor” e ao e-commerce – a evolução do consumo de Moda BOX DE NOVIDADES ATENDIMENTO Peculiaridades do SAC 2.0 gESTãO O valor do exemplo MARkETINg DIgITAl Invista nos termos de marca, vale a pena! MOBIlE Quando a oferta mobile despertará? gESTãO O que esperar de um mundo tão tecnológico ESPECIAl A fórmula básica do e-commerce e suas tendências MARkETINg Briefi ng: qual a real importância para a divulgação do seu e-commerce? SEguRANÇA Pesquisa aponta: Brasil lidera ranking de sites de governo infectados por malware lOgÍSTICA Performance de entregas: 3 dicas para melhorar seu e-commerce REDES SOCIAIS Desafi os e benefícios do uso estratégico das redes sociais para as marcas e no relacionamento com o cliente gESTãO O e-commerce de gente feito pra gente BOX DE NOVIDADES E-MAIl MARkETINg E-mail marketing como aliado para o m-commerce EMPREENDEDORISMO Empreendedorismo: O caminho das pedras. lEITuRA EM DIA DIRETóRIO Catálogo de fornecedores 6 Editorial Eu ando ficando sem paciência para o uso excessivo e, muitas vezes, oco da palavra, inovação. Cresci com uma mãe professora me demandando certo rigor semântico e me lembrando a todo tempo: se não sabe conceituar não use determinada palavra. Com o perdão da repetição do termo, inovação evoca o novo. E novo é um conceito temporal. No dicionário, “novo” é algo que tem pouco tempo de vida, que apareceu recentemente. Mas este conceito não tem nada de novo. Em verdade, mesmo quando surgiu essa inovação que eu e você ouvimos o tempo todo, não havia nada de novo, porque quem primeiro chamou a atenção sobre o impacto do novo no progresso econômico e social foi Joseph Schumpeter, economista e cientista político austro-americano que viveu entre 1883 e 1950. É de Schumpeter a identificação da inovação como a mais crítica dimensão da mudança econômica. Mas como inovar a inovação no varejo online? Você pode ver alguns bons exemplos na matéria de capa dessa edição, que apresenta algumas startups que oferecem soluções para os mais diversos problemas de uma loja online. E como não dá para inovar sem conhecer e entender os contextos do passado que nos gerou o atual presente fizemos uma entrevista com o Jack London. Pioneiro do e-commerce brasileiro, criador da Booknet, a primeira livraria online do Brasil, que deu origem ao Submarino. Dentro deste espírito do tempo você vai encontrarnesta edição excelentes artigos sobre emprendedorismo; economia criativa e o e-commerce; small data e os desafios de saber perguntar considerando a sua base de dados; o valor do exemplo e o uso estratégico das redes sociais no varejo online. Afinal, o e-commerce nada mais é do que: gente comprando de gente, vendendo pra gente, atendendo gente e servindo gente, mediado por algumas tecnologias. Parafraseando Eistein, eu digo que “não tentes ter somente uma loja bem sucedida, tenta antes ser uma loja que entrega uma proposta de valor e não só preço” para os seus clientes. Vivianne Vilela Diretora Executiva – E-Commerce Brasil 8 ENTREVISTA 1. Como começou a Booknet? A história da Internet no Brasil começa mais ou menos em 93, 94, e se consolida exatamente a partir daí. Em 1994, aproveitei uma visita que fazia aos EUA como consultor de editoras, para realizar um estudo sobre um produto que parecia revolucionário, um tal de CD- ROM, não sei se alguém ainda lembra, e fui comprar direitos de CD-ROMs infantis, principalmente. Numa das editoras, um rapaz me disse que os produtos da DoubleDay já estavam sendo vendidos pela Internet. A Internet no Brasil tinha naquele momento 6 mil usuários. E eu perguntei como fazia para vender na Internet. Ele me contou sobre uma empresa chamada Amazon, de Seattle: a gente entrega o produto pra eles, eles colocam no site, as pessoas compram lá. Pedi o endereço da Amazon, ele tinha e me deu, comprei uma passagem para Seattle e bati na porta do que era o depósito e a logística da Amazon, sem conhecer ninguém. Um rapaz me atendeu, expliquei que era do Brasil e disse que queria conhecer como funcionava. Ele, muito simpático, reconheceu o Brasil de Pelé, carnaval, samba, e passei a tarde inteira vendo como funcionava. Um galpão imenso com mesas de pingue-pongue repletas de livros, atendentes ao lado dessas mesas, e uns carrinhos de compras, de supermercados, que passavam pelo meio cheio de livros. O rapaz do carrinho gritava “livro tal!”, e alguém respondia de uma mesa “é meu!”. E assim era feito. Esse foi o início do e-commerce no mundo. Antes da Amazon, houve outro site que fez muito sucesso e já não existe, o CDNow, que vendia CDs. Voltei para o Brasil com a ideia de montar um negócio como aquele por aqui. Procurei algumas pessoas para o projeto. Em primeiro lugar, programadores. Um deles, o Carlos Nepomuceno, que tem o Nepôsts (http://nepo. com.br/), que recomendo que vocês leiam de vez em quando, topou. Eu queria que ele entrasse de sócio, para investir menos. Ele disse que não tinha coragem para tanto. Em vez de ter 10% da Booknet, ele me cobrou R$ 8 mil (na época). Quando vendi a Booknet, ele passou uma tarde inteira na minha casa chorando no meu ombro, dizendo como a falta de confiança no futuro afeta até mesmo os mais vanguardistas. Ele era um programador de Internet e não acreditava na rede como um veículo comercial. A versão beta do site ficou pronta em novembro de 95, e a página foi ao ar em fevereiro de 96. Fizemos um lançamento que teve uma repercussão enorme, na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, instalamos 30 linhas telefônicas. Atenção: isso foi antes da privatização, a empresa era a TELERJ, e eu tive que passar meses lá dentro para conseguir 30 linhas com conexões que caíam a cada cinco minutos. E ali havia uma espécie de balcão com os computadores, no qual as pessoas podiam fazer compras ou consultas à Booknet. Mais do que isso, havia uma área restrita com alguns funcionários que recebiam pedidos do resto do Brasil. E eu convidei 30 autores brasileiros, dos mais conhecidos - João Ubaldo, Luís Fernando Veríssimo -, que ficavam nas mesinhas com seus amigos. Vinha uma atendente com um pedido de Joana dos Anjos Almeida, de Caraguatatuba – “ela quer o seu livro, mas quer autografado”. Ele autografava, e o livro seguia sua jornada autografado. Os autores ficaram completamente deslumbrados, mas como eu estou autografando o livro para alguém que não está aqui? E aí o site foi se consolidando... Eu nunca me esqueci do primeiro pedido que nós tivemos, antes disso, em janeiro. Alguém comprou três livros e logo depois nos mandou um e-mail. Era o Vinícius França, empresário do Chico Buarque, que dizia o seguinte “Dona Booknet, comprei três livros e já paguei, não acredito que isso funcione no Brasil, vou perder o meu dinheiro, mas vou tentar!”. Eu guardo esse entrevIstA Por Lucia Freitas, para Redação E-Commerce Brasil Economista, empresário serial, escritor. Jack London é homem de muitos fazeres – e compartilha com gosto os seus saberes, adquiridos ao longo de uma caminhada que começou com a Booknet, a primeira loja online do Brasil, e continua até hoje. No Fórum E-Commerce Brasil 2013, Jack disse com todas as letras: “No primeiro mês, tínhamos três ou quatro encomendas. De repente, eram 500 e logo depois mil”. Perseverar, testar, fazer acontecer. Jack London pratica isso até hoje. 10 ENTREVISTA e-mail até hoje e fui levar os livros pessoalmente. Seis meses depois, a Folha de São Paulo publicou uma matéria de duas páginas inteiras, na parte central do primeiro caderno, uma sobre a Booknet, a Amazon brasileira, e do outro lado chamava a Amazon de Booknet americana. Depois dessa matéria, o crescimento foi exponencial. A estrutura teve que ser modificada a cada mês, porque os pedidos duplicavam, triplicavam. 2. Como foi a proposta de ir para a Nasdaq? Em 1998, recebi um telefonema de um cidadão que se apresentava como representante da Nasdaq no Brasil. Eu fui a São Paulo, e ele me disse que precisava que duas empresas brasileiras fizessem seu IPO. Eu comecei a rir, a empresa tinha dois anos e meio de operação, enfrentava muitas dificuldades, não havia logística como hoje. Eu achei complicado, não entendi. Ele disse que já haviam aberto o capital da StarMidia, do Espuelas, um caso que terminou mal, porque o Fed descobriu que todos os relatórios eram ficções maravilhosas. E eu perguntei se ele queria que eu fizesse o que o Espuelas fez. Eu achava que o comércio eletrônico no Brasil era muito precário pra gente abrir o capital. Ele disse para eu não me preocupar, que já estava tudo pronto. Me indicou a Gabriela Icasa, gerente do Morgan Stanley no Brasil, que já estava com todos os documentos e formulários prontos pra começarmos o IPO. Eu fui conversar com ela, e era uma maçaroca de papel. Disse que não estava convicto da história. Ela afirmou que estava tudo pronto, que a direção da Nasdaq achava que devia investir na empresa e no seu perfil. Levei tudo pra casa, consultei o travesseiro e alguns amigos e resolvi não entrar nessa aventura. Portanto, você está diante de um brasileiro que poderia ter feito o primeiro IPO de uma empresa brasileira na Nasdaq. Até hoje, aliás, ninguém fez. O UOL também começou o processo, mas recuou quando aconteceu o estouro da bolha em 99. 3. Ainda hoje, logística, pagamento, gateways são um sofrimento. Como era para vocês sem ter esse conhecimento anterior? Não existiam manuais, empresas, nem Google. Como resolver essas questões? Nós tivemos uma opção, que no momento foi bem sucedida. Eu procurei por muito tempo empresas de ‘delivery’ no Brasil. Achei uma que tinha espaço para instalar uma empresa dentro da empresa. Eu coloquei a Booknet lá dentro e operava de lá. Eles estavam acostumados a entregar lotes de cartão, lotes de talões e cheque, e nós tivemos que ensinar a empresa a entregar um por um. Mais difícil que entregar era recolher as mercadorias nas editoras e depois em outras empresas. Passamos a vender CDs, objetos pessoais. Nós nunca tivemos estoques. Aprópria Amazon só tomou a decisão de ter grandes estoques em 99, antes disso era a compra em função de cada pedido. Nós tínhamos uma frota de carros para buscar mercadoria - de manhã, os motoristas recebiam uma relação de locais onde tinham que passar. E, na véspera, passávamos os pedidos para a editora, online ou por fax. Ou seja: a editora sabia o que entregar, mas o motorista não sabia o que ia pegar, só que tinha mercadoria para receber. Começamos com um carro, dois, depois uma frota. Não foi fácil, foi muito difícil. Havia uma desconfiança enorme sobre os cartões de crédito. Hoje isso não existe mais, há poucos que têm restrição, mas, naquele tempo, cada palestra que a gente fazia – comecei a palestrar sobre isso em 95, 96 – as primeiras perguntas que apareciam eram: mas o senhor compra livros pela Internet? Coloca o número do seu cartão na internet? Não tem medo de ser roubado? Era uma resistência ao comércio eletrônico que existe até hoje, mas que atualmente assume outras formas. 4. Como acontece a resistência ao e-commerce hoje? Eu tenho para mim que o comércio eletrônico hoje é visto pelo varejo tradicional como uma espécie de incômodo. O e-commerce vem sendo tratado nos últimos tempos pelos estados, municípios e legisladores em geral de uma maneira agressiva e muito inadequada. Como se fôssemos uma espécie de vândalos do comércio no Brasil. Lei de São Paulo e do Rio, agora quem comanda o comércio eletrônico no Brasil é a SENACOM, um órgão do Ministério da Justiça criado para defender os interesses dos consumidores. Eu não tenho nada contra os direitos dos consumidores, mas ao analisar o decreto que criou a SENACOM, vê-se que ela é um órgão genérico para coordenar e comandar os PROCONs locais. E ela tem órgãos genéricos, ela só tem um órgão específico. Uma Secretaria de Comércio Eletrônico e sociedade da informação. E o texto do decreto diz o seguinte: é responsabilidade da SENACOM o controle da operação da sociedade da informação do Brasil. Veja que coisa absurda. É um órgão do Ministério da Justiça que vê o nosso trabalho como algo que tem que ser administrado e controlado por um órgão quase policial. O controle do comércio eletrônico do Brasil tinha que estar no Ministério da Indústria e Comércio, no Ministério da Ciência e Tecnologia, enfim, onde todas as outras formas de comércio estão. Eu vejo que essas dificuldades, esse olhar arrevesado para o comércio eletrônico, não terminaram, existem até hoje. Era o cartão, depois foi passando. Repare, você nunca viu uma matéria num veículo da grande mídia dizendo que o repórter foi a uma loja, que ela estava suja, mal arrumada, sem refrigeração e que foi mal atendido. Isso não é comum no comércio de rua? E por que quando acontece na Internet é um escândalo? Como se os empresários na Internet tivessem outra ética, outra prática, outra sensibilidade do que os empresários do comércio tradicional. Isso faz parte dos problemas que temos que enfrentar e resolver a curtíssimo prazo. Essas dificuldades, a resistência ao comércio eletrônico, existiam há vinte anos e acho que ainda existem hoje, de outra forma. 5. Como o setor pode agir em relação a essas questões? Apoiar o Marco Civil e outras atividades políticas seriam atitudes interessantes para o e-commerce brasileiro? Outro dia vi uma matéria na revista da Fecomercio-SP, do Pedro Guasti, dizendo que havia 50 mil empresas de comércio eletrônico no Brasil. Eu não sei de onde ele tirou esse número, mas ele tem acesso à informação. Acho estranho o número de sites .com que o Brasil tem: três milhões de sites e apenas 50 mil empresas de comércio eletrônico? O que serão as outras 2,950 milhões de empresas? Ou são apenas registros não operados? O setor está desorganizado e sub-representado. Somos mais de 50 mil empresas, com mais de 500 mil pessoas empregadas. Não temos canais de expressão junto à sociedade e aos diversos níveis de governo. As questões do e-commerce são muitas vezes tratadas inadequadamente pela mídia, e não há quem responda e conteste matérias muitas vezes sensacionalistas e mal apuradas. 6. Como você enxerga a oligopolização no e-commerce? Estamos condenados a ela? O que o pequeno lojista pode fazer para continuar independente? O oligopólio é uma característica da Internet. No Brasil, meia dúzia de sites são responsáveis por mais de 80% das vendas do e-commerce. Fora do Brasil a situação não é diferente. No mundo real a situação também não é diferente, as grandes cadeias de varejo tem um forte predomínio nas vendas “reais” e depois de quase 20 anos de varejo online no Brasil estão transferindo esta hegemonia para a rede. Os pequenos varejistas devem trabalhar com olhos voltados para três prioridades: - Rentabilidade: Custos de pequenos varejistas devem acompanhar proporcionalmente os valores de vendas. Rentabilidade não é exclusividade dos grandes, e este é o grande objetivo. - Utilizar ao máximo as oportunidades das redes sociais e da criação de perfis adequados ao seu negócio, sem “fingir” ser grande ou sem imaginar ser capaz de enfrentar, em preços, seus grandes concorrentes. Focar em nichos é um bom caminho. - Aproveitar ao máximo as oportunidades de cooperação e co-operação com outros varejistas do mesmo porte, no sistema de entregas, nas compras e negociação de mercadorias, na gestão e administração dos estoques. 7. Você arriscaria dizer qual a próxima onda tecnológica? A próxima onda tecnológica não será mais dentro da Internet, que passa por um momento de esgotamento criativo – veja o caso Apple, que recentemente recebeu de um dos seus criadores, Steve Wosniak, a pecha de “empresa velha”, e que talvez fosse melhor que ela encerrasse suas atividades. A nova onda tecnológica virá da tecnologia genômica, da nanotecnolgia, das ciências ligadas ao uso do corpo como novo espaço de comunicação. Teremos, por exemplo, a concretização de experiências que estão sendo realizadas hoje, como uma linguagem inoculada no corpo humano.) Há cientistas trabalhando num projeto que retira 4 gramas de DNA, e nessas 4 gramas insere-se toda a sabedoria existente hoje. Já fizeram isso com uma pessoa, e ela pessoa sabe toda a sabedoria humana de todos os séculos de todos os tempos. Parece ficção científica? Parece. Mas, há 40 anos, se dissessem que teríamos um aparelhinho sem fio e que nos conectaria com o mundo, que os eventos poderiam ser transmitidos em tempo real pela rede, acharíamos tão ficcional quanto. Todas as máquinas vão deixar de existir, e o comércio eletrônico vai crescer enormemente. No começo do século 21, o Gartner dizia que o comércio eletrônico seria responsável por 20% do mercado. Não é, hoje, nos Estados Unidos, o comércio eletrônico é responsável por 5% ou 6% do mercado. Aqui, são 2,5% do comércio brasileiro. Ainda temos um enorme potencial de oportunidades pela frente. O momento agora é o mercado mobile. Também tenho a tese de que os big players duram 10 anos - está na 12 ENTREVISTA hora de desaparecerem Apple, Facebook, Microsoft. Quem se lembra de AltaVista, Geocities, SecondLife? Todos eram prevalentes. Todos os big players são hoje fabricantes e operadores de serviço mobile. 8. Como fazer para se manter atualizado com as mudanças tecnológicas? É preciso ter uma rotina permanente de consulta a sites, blogs e outras mídias de universidades, centros de pesquisa e de empresas de desenvolvimento de softwares. Sem isso, você só se atualiza pela grande mídia, que tem às vezes um gap na informação de seis a doze meses. 9. Uma grande afirmação sua é que “nada acaba” (shoppings, livros físicos), mas sempre há novidades. Qual o seu conselho para quem ainda tem dificuldades com o mundo digital? Quem ainda tem dificuldades com o digital tem,na verdade, um problema emocional e afetivo, uma necessidade incontrolável de viver no passado. Há pessoas com essa síndrome, que não sabem que a verdadeira estabilidade está sempre na mudança. A frase não é minha, é do filósofo grego Heráclito, que faz parte de um belíssimo passado, que não acabou nem acabará jamais, seja na era digital ou na era pós-digital. 10 .Como você avalia o mercado de varejo brasileiro hoje? Ainda há espaço para novos investimentos? Sim, há grandes possibilidades de investimentos e áreas ainda não atendidas integralmente pelo comércio eletrônico. Em algumas áreas, como passagens aéreas e hotelaria, já temos mais de 90% das transações na Internet. Este deveria ser um objetivo a ser alcançado pelo mercado em muitas áreas. 11. O que o e-commerce ainda não aprendeu com a história do varejo mundial? De que forma os empresários ainda podem amadurecer e melhorar o mercado online? Este é um processo cumulativo de experiências. O comércio de rua tem mais de 400 anos no Brasil, enquanto o e-commerce ainda não chegou aos vinte anos. Neste caso, a melhor dica é sempre o de Nelson Rodrigues, ao lhe pedirem dar um conselho aos jovens: “Envelheçam meninos, envelheçam...”. 12. Você pode contar quais foram os principais erros que cometeu na vida empresarial? Empresários não são deuses do Olimpo, infalíveis e onipresentes. Do maior ao menor, todos cometemos erros. Já tive cerca de dez empreendimentos, e três deles não foram bem sucedidos, com prejuízos e recuos. Talvez o maior erro tenha sido não perceber que o limite entre a idade adulta e o início da fase do “idoso” estivesse tão perto. Uma certa autossuficiência e arrogância não me permitiram ver que era hora de reduzir a velocidade, o que fiz e faço com muita dificuldade. 13. Negócios são puramente racionais ou existe espaço para intuição? Métodos de gestão são racionais, negócios são absolutamente irracionais, intuitivos e em grande medida gerados pelo acaso e pela oportunidade. Sobre o assunto, o bom conselho é não deixar de ler o livro “O andar do bêbado”. 14. O que é inovação para você? Capacidade de olhar um fenômeno, uma realidade ou uma prática do mundo real com um novo olhar, como se fosse a primeira vez que ele é visto. Isso vale para os negócios, a cultura, a vida pessoal, a política e a ciência. 15. Você tem uma história pessoal recheada de sucessos. Pode compartilhar o segredo? Não há segredos, há muita atenção ao mundo ao redor, sempre com os olhos muito abertos. E, sobretudo, viver como aconselha o poeta: metade de mim delira, metade de mim pondera. 16. Qual recado você daria ao empreendedor do e-commerce brasileiro hoje? Resiliência, coragem, confiança e paixão como instrumentos de bem-fazer na vida e nos negócios. A concentrAção do mercAdo de e-commerce Fernando Di Giorgi Consultor em E-Commerce fernando.dg@gmail.com Este artigo aborda o tema da concentração do mercado de e-commerce e as alternativas para os pequenos varejistas. Por ser uma atividade nova e altamente dependente da tecnologia, é inevitável que, em seu processo de crescimento, as grandes lojas tenham adquirido vantagens competitivas muito expressivas, notadamente, por terem aprendido com suas próprias experiências e, por decorrência, verticalizado suas atividades. Estes imensos recursos ainda estão longe de serem popularizados, sequer chegaram à academia ou às grandes casas de software, sendo unicamente acessíveis a quem os produziu. Também sabemos que no comércio eletrônico brasileiro as 10 maiores lojas do mercado detêm 60% do faturamento. Para se ter uma ideia do que significa este grau de concentração, basta citar que as grandes redes de supermercados detêm perto de 40% do faturamento do setor. Tentar explicar o processo de oligopolização e indagar sobre as alternativas para a grande massa de varejistas são assuntos que este artigo pretende jogar um pouco de luz. O desenvolvimento do tema seguiu a seguinte sequência: a dificuldade para competir no comércio eletrônico (barreiras de entrada), as vantagens naturais de ser grande neste mercado (economias de escala e escopo fertilizadas pelo auto investimento) e alternativas para os pequenos varejistas. Como lembrete, o artigo se absteve de abordar assuntos associados à gestão. Principais barreiras de entrada Capacidade de Investimento O comércio eletrônico, como um canal de vendas, pode ser considerado como uma evolução do varejo fortemente associado ao desenvolvimento tecnológico. Inicialmente, este canal foi desconsiderado pelas grandes redes do varejo, abrindo oportunidade para que algumas lojas pudessem crescer sem grandes investimentos iniciais. Finda a fase de “inovação”, a lógica empresarial se impôs. Assim, a forte capitalização inicial passou a ser regra. Um exemplo doméstico: nove das dez mais do Brasil nasceram muito bem nutridas. Destoando da análise clássica de investimentos, o comércio eletrônico continua atraindo investimentos sem que apresente dados consistentes sobre sua rentabilidade. Este aparente paradoxo pode ser explicado pelas altas taxas anuais de crescimento que o canal tem apresentado e, sobretudo, pelo que ele pode representar no futuro. Embora com todas as incertezas, as grandes redes de lojas estão condenadas a acreditar neste canal, sob risco de serem excluídas de mercado no futuro. Em síntese, a barreira do capital deve se intensificar. Conhecimento acumulado A tecnologia é um componente vital do comércio eletrônico, a ponto de as exigências funcionais e de desempenho não encontrarem soluções no mercado de software, razão pela qual a Amazon foi obrigada 14 PágINAS AzuIS a desenvolver soluções próprias resultando numa empresa de tecnologia independente. A expansão de categorias, a inclusão da comercialização de serviços no canal e o fornecimento de serviços a terceiros exigem sistemas de apoio dotados de funcionalidades muito complexas e inéditas. Esta contínua instabilidade dos processos devido à expansão da abrangência e a comercialização de serviços somente podem ser enfrentadas com um saber coletivo e cumulativo, constituindo-se na principal barreira aos entrantes neste mercado. A abrangência do mercado, a diversidade de itens e o extraordinário aumento do volume de vendas têm gerado modificações profundas na logística interna, desde a descentralização do estoque até a automação da armazenagem e separação, questões ainda abertas para pesquisa operacional, ramo de conhecimento adormecido no varejo tradicional. O novo canal trouxe consigo necessidades que lhe são próprias e que conduzem à especialização e à internalização (sinônimo de verticalização) das soluções. Marca: confiança Em tese, a marca confere a diferenciação a produtos homogêneos. Um exemplo: um televisor de determinado fabricante e modelo pode ser oferecido por muitas lojas, porém, há forte tendência do consumidor escolher aquela que lhe dê mais segurança em termos de sigilo, prazo de entrega e assistência rápida e completa em caso de devolução. Neste sentido o porte e tradição do lojista faz toda diferença. Esta vantagem somente pode ser alcançada com o tempo e alta qualidade de atendimento. Tráfego A quantidade média diária de entrantes numa loja é um patrimônio muito valioso e caro. Os shoppings centers físicos usam o tráfego como argumento para valorização do ponto de venda, porém, em geral, os donos dos shoppings não são donos da principal loja-âncora, eles até favorecem lojas de prestígio para lá se instalarem como para atrair público. No caso do e-commerce, as grandes lojas tendo conquistado grande volume de visitantes têm feito uso deste valor “alugando“ seu espaço virtual para outras lojas configurando o que se convencionou chamarde Marketplace. Com esta receita adicional (percentual do faturamento de cada lojista), as despesas “condominiais” tornam-se menores para a loja-âncora proprietária do Marketplace e a oferta é ampliada com a incorporação de novas categorias. Economia de escala Negocial – uso da discriminação de preço Preço e quantidade guardam relação inversa, quanto maior a compra maior o desconto. O poder de compra das grandes lojas permite a redução do preço de compra em função de seu volume, com isso, ela pode praticar margens mais elevadas ou, mantendo margem equivalente, vender com preço inferior ao da concorrência. Esta força estende-se a todos os fornecimentos: de mercadorias a serviços, incluindo a propaganda, financiamento a clientes e transportes. Virtual O investimento inicial para a construção de um aplicativo é muito alto, todavia o custo de um usuário adicional é praticamente nulo, excetuando a capacidade de armazenamento e processamento. A fim de liberarem- se da rigidez imposta pelo hardware, as grandes lojas têm mantido seus sistemas em nuvem (a Amazom, com AWS de sua propriedade). Assim, permitem que terceiros utilizem parte de seus aplicativos aumentando a receita sem prejuízo de suas próprias operações. Alguns exemplos de internalização de serviços virtuais básicos que as grandes lojas têm oferecido a terceiros: a) Prevenção de Fraude: quanto maior for a base de dados (pedidos analisados) maior será a assertividade da análise; b) Gateway: o volume de pagamentos está intimamente ligado à redução das despesas financeiras; c) Site, tendo desenvolvido para si os componentes fundacionais deste aplicativo, sua transformação em produto está a um passo. Somente para marcar a diferença sobre o grau de verticalização do e-commerce e o tradicional, as grandes redes de lojas físicas não desenvolveram sistema de frente de loja (grosso modo, equivalente ao Site) Física Logística Interna e Atendimento a Clientes são atividades que envolvem muita mão de obra, ocupam muito espaço e exigem instalações e dispositivos específicos. Dado que a mercadoria vai do depósito diretamente ao consumidor final e que todos os contatos são virtuais, as grandes lojas foram obrigadas a investir pesadamente no aumento da produtividade e na qualidade dos serviços, aumentando sua capacidade de produção. Ao oferecer serviços de fulfillment e SAC a terceiros, a grande loja, além de diluir custos fixos da grande loja comunica sua qualidade ao processo de venda do terceiro. Economia de escopo Há operações que, se feitas em conjunto com outras, têm custo menor do que feitas isoladamente, caracterizando uma economia de escopo. As grandes lojas, tendo o B2C como operação fundamental, podem oferecer ao mercado operações correlatas que se aproveitam do conhecimento, da tecnologia, das instalações e do tráfego no site. Seguem alguns exemplos que contribuem para a diluição de custos fixos: B2B Há muitas empresas que desejam ter uma loja virtual e que não tem intenção em construir e/ou administrar uma plataforma própria de e-commerce para sua operação, razão pela qual fazem uso de plataformas preexistentes no mercado. A plataforma é alugada e a loja parametrizada para retratar características próprias do cliente. Bônus em mercadorias Uma forma comum de premiação de funcionários, clientes ou representantes é distribuir “pontos“ transformados em “vales” que se tornam meios de pagamento na compra de mercadorias de certas lojas. As lojas virtuais são ideais para este tipo de premiação. A empresa que premia se beneficia de descontos repassados aos premiados pelo volume da negociação e a loja, além da venda, tem a oportunidade de cativar o cliente, praticamente, sem despesas de marketing. Marketplace Trata-se de um aproveitamento do tráfego da marca da grande loja para ativar a venda de mercadoria de terceiros. Há grande variedade de serviços a serem oferecidos além da exposição: Fraude e Gateway, fulfillment (logística interna), negociação de transporte, gestão de estoque e pós-venda. Alternativas Visto este panorama amplamente positivo para as grandes lojas, há espaço para o pequeno lojista independente? Quais seriam suas alternativas? Tentando responder estas questões, seguem alguns princípios a serem considerados quando da escolha das categorias a serem comercializadas, visto que o processo de venda é padronizado. Cauda longa A diversidade de itens implica especialização de compradores, aumento das despesas com a “produção do item“ (fotos, descrição técnica, dados logísticos e fiscais), aumento do capital de giro, métodos específicos de armazenamento, aumento da capacidade de armazenagem e morosidade na separação. Uma forma de enfrentar estas dificuldades é a especialização. Não é tarefa fácil ser especialista e generalista ao mesmo tempo, razão pela qual as grandes lojas têm evitado trabalhar diretamente com categorias desta natureza. Complexidade logística No comércio eletrônico, cada unidade de cada item deve ser perfeitamente identificada, preferencialmente com código de barras. Vestuário, calçado, joias, vinho, artesanato, peças de reposição, brinquedos etc. requerem serviços preliminares ao recebimento. Há itens perecíveis, que não exigem apenas o tradicional controle de validade, mas têm prazo limitado entre a preparação para expedição e a entrega ao cliente – exemplo: mozzarella fatiada, alface fresca. Há itens que exigem estruturas especiais de armazenagem: móveis, 16 PágINAS AzuIS tapetes, autopeças etc. Enfim, quanto maiores forem os requisitos da logística interna, mais longe estas categorias estarão das grandes lojas. Sazonalidade Um fabricante de vestuário, a cada estação (quatro por ano) pode lançar 30 modelos, cada um deles com 5 tamanhos, cada um dos tamanhos em 5 cores, assim, em um ano, ele terá fabricado 4 x 30 x 5 x 5 = 3.000 itens. Caso haja 30 fabricantes, seriam 30 X 3.000 = 90.000 itens por ano a serem cadastrados. Caso isso não bastasse, passada a estação, todas as unidades não vendidas deverão ser tratadas de modo especial em termos comerciais e logísticos. A sazonalidade implica grande esforço de cadastramento e, devido ao curto ciclo de vida, maior probabilidade de devolução e risco de estoque. Não foi a toa que somente depois de dez anos de atividade o grande varejo cautelosamente tem começado a comercializar produtos sazonais. Regionalização Embora pouco comentado, o sentimento regionalista ainda é forte, justificando a preferência de compra por uma loja da própria região. O grande varejo do comércio eletrônico, não tendo restrição territorial, invadiu espaços comerciais com mercadorias de uso generalizado, porém foi mantido o mercado de produtos de aceitação circunscrita com base em costumes e preferências locais: artes, vestuário regional, acessórios, calçados, saúde e beleza etc. Abrangência de mercado Eliminando a barreira territorial, o comércio eletrônico ampliou a abrangência de mercado do varejista. Produtos regionais, cujo consumo estava restrito ao consumidor local, passaram a ser oferecidos para um mercado muito mais amplo. Os migrantes poderão ter acesso às mercadorias originais de seus estados de origem assim como admiradores da cultura regional. Importância do conteúdo Toda mercadoria cuja compra exija aconselhamento técnico do vendedor especializado não é cobiçada pelas grandes lojas devido aos seus elevados custos comerciais. Quanto mais conteúdo for necessário para a venda, melhor para o comércio especializado - cativa-se o cliente através da correta especificação de sua demanda e este bom serviço gradualmente é recompensado. Exemplos Seguem alguns poucos exemplos de categorias naturalmente “protegidas”, pois, em tese, as grandes lojas,por voltarem-se à produtividade para ganho de escala, fogem das excepcionalidades, tentando capturá- las através da oferta de associação ao Marketplace: acessórios para motos, instrumentos musicais, produtos eróticos, peças de carros antigos, peças eletrônicas, ferramentas e suas especializações, som (microfones, DJ ...), modelismo (aero, barcos, carros etc.), aventura(camping, montanhismo, caça e pesca), esportes(náutica, ciclismo, golfe...), saúde(ortopédicos, odontológicos, cirúrgicos) etc. Considerações finais - Não há como competir com a tecnologia das grandes lojas. Para os pequenos, resta esperar a popularização dos sistemas básicos para comércio eletrônico (bom e barato) para se diferenciarem pela mercadoria ofertada, o grau de conhecimento da mercadoria e do mercado e pelo serviço; - Embora em estado embrionário no Brasil, o processo de oferta de serviço das grandes lojas aos pequenos varejistas deve se intensificar; - Os serviços ofertados pelas grandes lojas deverão ser modulares, porém, sistemas simultaneamente integrados e modulares é um desafio técnico ainda a ser enfrentado pelas grandes lojas brasileiras; - Deve-se abrir um novo espaço de competição entre as casas de software muito especializadas em determinados serviços (Site, Fraude, Gateway, SAC, Fulfillment) e grandes lojas oferecendo especialização moderada em conjunção com a integração de processo; - As grandes lojas enfrentarão dificuldades organizacionais e técnicas na transformação de aplicativos desenvolvidos para consumo próprio em aplicativos orientados para o mercado, afinal, elas especializaram-se em vender mercadorias e não serviços; - Por serem muito sensíveis ao volume, alguns serviços a serem ofertados serão muito atraentes aos pequenos varejistas, principalmente pelo aumento da competição com empresas especializadas, por exemplo, Fraude e Gateway; - No Brasil, devido à legislação, o serviço de fulfillment será difícil de ser ofertado; - Os Marketplaces, pelo benefício do tráfego, passam a absorver as despesas de marketing de seus associados concorrendo com os meios de comunicação tradicionais do setor, o que é saudável para o mercado em termos concorrenciais; - As grandes lojas devem convidar o pequeno varejista a associar-se ao Marketplace independentemente da manutenção de sua própria loja; - Os pequenos lojistas não têm a menor chance de sucesso comercializando categorias com preço de compra sensível à quantidade comprada, alto valor unitário, bem duráveis sensíveis ao crédito, serviços logísticos padronizados e sob oferta de mercado oligopolizado; - Há categorias que têm proteção “natural” à investida das grandes lojas; Em “O poder da identidade”, Castells reúne ideias e análises de 25 anos de estudos sobre movimentos sociais e processos políticos de várias regiões do mundo, discutidas à luz da teoria da Era da Informação. Castells examina as duas grandes tendências conflitantes que moldam a sociedade da informação: a globalização e a identidade. Estuda a sociedade em rede, no âmbito da revolução tecnológica e informacional e da nova economia, onde ressalta o surgimento de uma onda poderosa de identidade coletiva que desafia a globalização e o cosmopolitismo em função da singularidade cultural e autocontrole individual. A Economia Criativa, que tem na sua essência a identidade e a cultura, nos desafia a pensar diferente. Hoje, pode-se facilmente ter acesso às tecnologias de produção que permitem tratamento profissional de texto, imagens fixas e em movimento, som e multimídia com curvas de aprendizagem impressionantemente rápidas e a preços muito baratos - algo que, há não mais que duas décadas, teria sido simplesmente impensável. Assim, vivenciamos uma explosão do tamanho dos mercados culturais, do número de produtores, de modo que se torna cada vez mais difícil distinguir entre produtores culturais e consumidores - os papéis são trocados a todo o momento. Um bom exemplo dessas mudanças é o perfil do Instagram “Receitasem15s”. Nele, de forma intuitiva, um jovem, que não é chef nem cursou gastronomia, gerou uma inovadora ideia de apresentar em 15 segundos receitas simples que podem ser facilmente reproduzidas. A cultura está cada vez menos dependente de tempos e lugares específicos. Estamos cada vez mais imersos numa a-territorialidade e a-temporalidade da cultura, com mais atividades culturais em rede, híbridas entre o físico e o digital, com tempos e espaços flexíveis. Estamos conectados, subimos, baixamos e distribuímos informações e arte. Isso implica que os projetos culturais podem interagir com o público em qualquer lugar e em momentos diferentes, e que podem ser mais facilmente encontrados por qualquer pessoa. Mas o que são os bens e serviços culturais e criativos, de que contexto de mercado falamos? Normalmente, não se compra um livro pela quantidade de papel ou tinta, ou um o bilhete de cinema para alugar a cadeira. Compra-se uma espécie de direito de uso ou experiência de proposição de valor, capaz de acessar o conteúdo que é intangível. É a dimensão mágica de valor cultural e criativo proposta na experiência que ocorre durante o show no palco, em um filme, no prazer dos alimentos, em um tour cultural ou na visita a um museu. Essa dualidade entre o material e o imaterial é o que determina o valor de um bem ou serviço criativo em um determinado contexto de mercado complexo. A complexidade é que não se adquire a obra em si, mas a representação da ideia, de um conteúdo em um objeto, a experiência ou a lembrança de uma vivência. A cultura e a arte gerada e consumida domesticamente é infinitamente maior do que a vista e acessada nos espaços tradicionais públicos. No mix de espaços híbridos, temos uma cultura expandida. Não podemos pensar a atividade cultural unicamente ancorada em um espaço (museu, galeria, rua, cidade) ou em um programa fechado. Os espaços se multiplicam, as atividades podem ser levadas em qualquer lugar, com a participação em tempo real e integral. Galerias de arte virtuais e os museus onipresentes em celulares divulgam a arte digitalmente. Não há necessidade de tecnologias complexas para trazer cultura para a sociedade. É preciso criatividade e uma boa rede de pessoas interessadas. São outras formas Décio Coutinho gestor Cultural, especialista em Economia Criativa decio.go@gmail.com o espÍrIto do tempo, o e-commerce e A economIA crIAtIvA: desAfIos e oportunIdAdes 18 ECONOMIA CRIATIVA de geração de cultura, outras maneiras de participar, em novas estruturas espaciais, onde intermediários físicos e hierárquicos se reduzem. A inteligência coletiva é o que constrói esse fluxo contínuo e ubíquo da cultura. Os principais benefícios do E-Commerce para a Economia Criativa seriam na (a?) criação de plataformas, contêineres e diretrizes para o fluxo de informações dispersas, que já estão na rede, mas que são “tensionadas” pelos mais diversos buracos, gaps digitais. As ferramentas tecnológicas e os canais de comercialização podem ajudar a gerar contextos apropriados para que essa criatividade líquida e pós-moderna se materialize de forma robusta. Pensando nisso, foi criado o Estrombo, www.estrombo. com.br, primeiro projeto de economia criativa apoiado pelo BID no mundo, que visa a servir de modelo para implementação de ações semelhantes em outros países latino-americanos. Uma rede com o objetivo de capacitar, formalizar e apoiar pessoas e empreendimentos do ramo musical para atuarem em novos modelos de negócios e novos canais de distribuição baseados na Internet e nas novas tecnologias. Para obter o máximo benefício, devemos abrir nossas mentes para modelos de negócio baseados na lógica da abundância, na colaboração genuína e circulação de ideias, conhecimentos e recursos,ter pessoas nas equipes que saibam os seus usos e aplicações. É esse o espírito do tempo. As tecnologias estão mudando os papéis de todos os participantes nos ecossistemas de valor: a produção, distribuição e comercialização de bens e serviços culturais com foco criativo está cada vez menos centrada em grandes empresas e mais descentralizada em milhares de pequenas empresas, graças às interações agora possíveis. É um processo de maturidade, no qual esses mecanismos digitais podem e devem desenvolver a capacidade de interpretação, no papel de um tradutor, atuando como elemento de transporte entre fronteiras, como plataformas de catálise e de sublimação, estimulando o surgimento de jovens redes culturais virtuais. Jovens talentos enredados podem propiciar uma “Destilação Cultural” que os alemães chamam Zeitgeist, ou tendência geral de pensamento e de sentimento, onde quantidade gera qualidade e que se desdobra, segundo Richards, R., em uma “Criatividade Significativa”, a que efetiva a mudança. Os consumidores dos bens e serviços da Economia Criativa pelo Comércio Eletrônico não são meros consumidores de novas tecnologias, mas verdadeiros líderes em processos de mudança em seus territórios, instituições e grupos. O valor cultural pode, no meio digital, constituir importante alavanca a ser usada para o reequilíbrio das oportunidades a um universo de empreendedores de micro e pequeno porte, artistas e agentes culturais. O Brasil tem todas as condições para ampliar essa inovadora “janela de oportunidades” que aponta o E-Commerce para a Economia Criativa. Possui toda uma série de arquiteturas culturais e de atividades criativas que estão disseminadas pelos principais núcleos urbanos e rurais, mas falta ainda estabelecer conectividade de qualidade de forma mais orgânica, reposicionando assim o país no mercado mundial da Economia Criativa. Decio Coutinho é Mestre em Gestão do Patrimônio Cultural pela PUC-Goiás. Especialista em “Sociedades Pós-Industriais e Organizações Criativas” na S3 Studium - Itália, com o sociólogo Domenico de Masi, e em “Economia Criativa” na Fundação Barcelona Media - Espanha. Foi Coordenador de Cultura no SEBRAE Nacional e atualmente é Superintendente Executivo da Secretaria de Estado da Cultura em Goiás. www.deciocoutinho.com.br 20 CAPA Encontrar boas soluções para resolver os problemas do seu e-commerce não é mais uma tarefa das mais difíceis – atualmente existem empresas oferecendo os mais diferentes tipos de ideias distintas. Pensando nisso, a Revista E-Commerce Brasil decidiu fazer uma breve lista de startups – pequenas empresas inovadoras – que ofereçam diferenciais para o e-commerce brasileiro. Na nossa relação, você encontrará sugestões que vão desde a venda até o pós-venda, passando pelo buzz marketing. É apenas uma curta amostra do que o mercado brasileiro já é capaz de oferecer. Para encontrar essas empresas, conversamos com dois grandes incentivadores da inovação no Brasil: Diego Remus, jornalista e editor do Startupi, uma startup que acaba de receber sua segunda rodada de investimentos, e João Kepler, empreendedor e investidor anjo. Diego edita há 7 anos o Startupi (http://startups.ig.com.br) e conhece de perto o mercado brasileiro, acompanhando lançamentos, sucessos e fracassos por longos anos. Ele mesmo, hoje, é foco de investimentos e está na luta por um negócio sustentável. E solta: “Startups são, por definição, indefinidas. Por estarem em condições de incerteza sobre seu modelo de negócio, não contam com um legado ou uma estrutura. E é justamente nessa falta de coisas que reside sua maleabilidade, sua liberdade. Portanto, é natural que grandes inovações sejam criadas fora de grandes corporações, fora de ambientes que, de tantas regras e processos, não conseguem mais ser algo diferente do que se tornaram. Isso também é natural. Por sorte, startups e corporações, ou empresas estabelecidas em geral, vêm convivendo muito bem, fazendo um tipo de inovação aberta, em forma tanto de parceria comercial, joint venture, patrocínio, aquisição, coinvestimento, e inclusive da tradicional relação cliente-fornecedor”. Para Diego, startups são experimentos, hipóteses de negócio colocadas à prova na prática. “A maioria dos testes falham, descobre-se que não são viáveis, mesmo quando podem ser viabilizados com investimento. A falta de aderência, de tração no mercado, é o maior risco que uma startup enfrenta, e desde o início as startups praticam customer development para construírem apenas o que terá aderência, tração, clientes. Por analogia, chega a ser muito mais tentador criar uma inovação próxima dos fluxos de dinheiro, ou seja, em torno de vendas ou de pagamentos. A cadeia do comércio eletrônico tem a vantagem de estar constantemente bem servida de produtos substitutos, similares e, principalmente, novos produtos realmente inovadores. Em diversos casos, também é perto das vendas e dos pagamentos, ou da distribuição, que acontecem as rupturas - como nos mercados fonográfico, cinematográfico e de hospedagem de dados”. João Kepler é CEO da Show de Ingressos e investidor anjo. “Ser investidor anjo é uma atividade complementar ao meu trabalho de palestrante, escritor e CEO da Plataforma B2B de Internet Ticketing Show de Ingressos. O início dessa atividade se deu por ter empreendido em vários negócios; uns vitoriosos, outros nem tanto”. “De repente, me vi carente de apoio em um nível superior. Tanto em relação a ideias, rumos a seguir, como a atitudes a tomar e conselhos. A minha experiência vem de atuar como Empreendedor Serial “bootstraping”, ou seja, de fazer negócios sem investimentos financeiros de terceiros, com recursos próprios, escassos e limitados ou usando a geração de caixa do próprio negócio”. João conta que a partir da sensação de se sentir órfão, de ter que na prática “se virar nos trinta”, carimbou seu passaporte para a assertividade na escolha dos projetos que ele acredita que merecem ser apoiados. “Histórias de empreendedores que transformaram uma boa ideia (Investimento anjo) em algo milionário só acontecem nas revistas ou nos contos mirabolantes baseados no“american dreams”. Trazendo para a realidade, uma boa ideia serve apenas de diferencial para ativar o processo inicial de conquista do investidor anjo ideal. stArtups sob medIdA pArA o e-commerce brAsIleIro Por Lucia Freitas, para Redação E-Commerce Brasil As variáveis a partir daí são muitas e precisam estar bem estabelecidas”. Sacada genial: comprar direto do Instagram (e, no futuro, em uma rede social perto de você) Viu, gostou, comprou. Transformar um perfil do Instagram em loja exigiu montanhas de trabalho e integrações da equipe do Arco (http://arco.vc). O sistema, desenvolvido por Diana Assennato, Luciana Obniski e Camilla Barella em conjunto com a empresa Jurema, responsável pela cocriação e pelo desenvolvimento, permite aos usuários comprar direto do aplicativo, com um cadastro bem simples, que une as contas do Instagram e do PayPal. Operando em beta desde o começo de agosto, a simplicidade mostra, mais uma vez, que dá trabalho. “A compra e venda no Instagram já existe, o que fizemos é facilitar”, conta Diana. Jornalista com mestrado em mídias digitais em Londres, Diana vê no Instagram um jeito de humanizar o ambiente digital. A fase beta envolveu dez vendedores e o teste do modelo: o vendedor tira foto e publica com a hashtag mais três informações: preço, quantidade e descrição. O sistema entra na conta do vendedor e edita a legenda lá no sistema do Instagram. Para comprar, o cliente só precisa comentar na foto: comprar (depois de se cadastrar no site). A transação é concluída automaticamente, sem confirmação, instalação de aplicativo, nada. Tudo acontece diretamente:o vendedor recebe o pedido e o endereço do cliente (e o dinheiro na conta, menos 5,5%, que é a comissão da plataforma). Para a iniciativa funcionar, as empreendedoras precisaram de autorizações no Instagram (para editar os comentários em nome do usuário), e pré-aprovação no PayPal. Embora os usuários “se assustem” com a facilidade, Diana conta que os vendedores adoraram. Detalhe: para evitar confusão, cada cliente só pode comprar uma vez por post. Segundo Diana, embora o Brasil não seja um polo de inovação, somos um mercado mais receptivo. Os próximos passos? “Expandir para o Facebook e o Pinterest”, conta Diana. Mas, antes, é preciso abrir o cadastro para vendedores (por enquanto, o site só aceita cadastro de usuários) e continuar a fazer pequenos acertos. E, se depender do sucesso, expandir para o mundo, por que não? Por que isso é bom para o lojista: o Instagram permite uma relação direta com os fãs da sua marca. Seja qual for o seu tamanho, este é um canal para vender – e muito. A adesão ao #usearco permite que você feche o negócio exatamente quando o impulso do comprador acontece. E a simplicidade garante boa taxa de conversão. Fidelização, engajamento e recorrência A Tracksale (http://tracksale.co) ganhou o concurso IBM de empreendedorismo em 2012. É uma plataforma simples para o pós-venda, altamente configurável, que permite acompanhar a satisfação dos clientes através de bônus. Fundada por Tomás Duarte, a plataforma é baseada no Net 22 CAPA Promoter Score, índice que permite saber se o consumidor é indiferente, fã ou antagonista da sua empresa em uma escala de zero a dez. Ele ainda pode falar o que quiser, no campo de feedback. Além de enviar a pergunta de forma automatizada para o consumidor, a Tracksale permite ao lojista personalizar o layout, o nome dos clientes, e tem como política a oferta de um bônus (prazo de uso definido pelo lojista) para incentivar a resposta. O cupom é personalizável, e o sistema funciona como as principais ferramentas de disparo de e-mail marketing. “No Brasil, mais de 70% das empresas não trabalham o pós-venda”, conta Tomás Duarte. A plataforma foi tão bem recebida que teve mais de 200 empresas cadastradas em apenas um mês e meio de funcionamento. Na plataforma, o lojista coloca seu logo, faz as perguntas e oferece um bônus para as respostas. Sim, é bastante útil oferecer um incentivo para que as pessoas invistam o seu tempo para te ajudar a saber mais sobre elas. O próximo passo, para Tomás, é aplicar o conceito para negócios offline (padarias e lojas, por exemplo) com o sistema funcionando em um iPad próximo aos caixas. Por que isso é bom para o lojista: marketing de relacionamento bem feito, com facilidade e sem necessidade de grandes equipes. O Tracksale ajuda a sua empresa a conhecer melhor o cliente e cria novas oportunidades de venda ao permitir compartilhamentos (só das opiniões positivas) no Twitter e no Facebook. Outra startup que ajuda a resolver a questão de engajamento e recomendação é a Influentio (http://influentio.com). Nascida em Rio Claro, SP, resultado do trabalho de três jovens, a Influentio cria um Social Dashboard que permite engajar o usuário e facilita a criação de um social commerce de verdade. Integrado com Facebook, Twitter, Google+ e SlideShare, o Influentio é fácil de implantar (bastam duas linhas de código). Através do Social Dashboard, você descobre quem falou bem ou desejou o seu produto e acompanha as repercussões, permitindo que seus produtos ou serviços ganhem outra dimensão. A fase beta começou a funcionar há pouco tempo, no início de agosto. Tudo começou durante o TEDxRioClaro em 2012: Raíssa Belchior e Ibrahim César, organizadores do evento, se inspiraram na palestra de Alessandro Gil (CEO da Rakuten) e começaram a pensar em um produto. Depois de mostrarem suas ideias ao executivo e ouvirem seus conselhos, voltaram à fábrica de software onde trabalhavam, conseguiram o apoio de Carlos Nascimento e... lançaram a plataforma, totalmente operacional, durante o Fórum E-Commerce Brasil 2013. Alessandro Gil, CEO da Rakuten, no evento, ficou surpreso com o resultado. E hoje a Influentio é parceira da empresa, oferecendo a solução aos lojistas através do programa de afiliados. “Para o e-commerce, o Influentio funciona por CPA. Só pagam se funcionar e quando funcionar”, explica Raíssa. Por enquanto são cinco clientes, mas há três em fase de implantação, sem contar os lojistas que usam a plataforma da Rakuten. Também há mais uma plataforma de e-commerce em contato com a empresa do interior paulista. Por que isso é bom para o seu negócio: fazer social commerce não é assunto simples. Engajar, criar boca-a-boca, medir os resultados e ajustar rumos é complexo, exige acompanhamento e atenção. Com o Social Dashboard, é mais fácil fazer tudo isso, além de ganhar escala na divulgação. Adeus, inadimplência; olá, cliente! Uma tendência que se vê ao investigar o mercado de startups são produtos que se propõem a ajudar as empresas no setor financeiro. O setor varejista registrou, no mês de maio, um crescimento de 1,97% na inadimplência em relação a maio de 2012. Comparado a abril deste ano, houve um avanço de 2,22% do número de calotes. Cobrar é um problema para muitos varejistas, porque tira o foco no que é mais importante: vender. No Fórum E-Commerce Brasil 2013 estava Bruno Santos, fundador do SaldoColetivo (www.saldocoletivo.com. br). O sistema foi criado para automatizar a cobrança, a renegociação e a retomada de clientes inadimplentes. Tudo é bastante simples: depois de um cadastro, cria-se uma proposta de negociação da dívida e um produto com desconto é oferecido para o consumidor. A partir daí, os clientes são convidados a visitar a plataforma e avaliar a proposta. Os boletos são gerados, e o pagamento vai para a conta da empresa. O principal cuidado de Bruno ao criar a plataforma foi com a segurança – ele usa toda a tecnologia disponível para blindar dados e transações. Enquanto vai criando uma inteligência de mercado, Bruno ganha experiência. Com um mês de atividade em beta, conseguiu recuperar 40% dos consumidores. Por que isso é bom para o seu negócio: para o pequeno e-commerce, lidar com cobrança e inadimplência é um grande fardo e tira a energia do principal, que é vender. Com o SaldoColetivo, você ganha um parceiro que tem bom retorno e pode acompanhar todo o processo e interferir sempre que desejar. De olho no bolso do consumidor O Baixou (http://baixou.com.br) monitora preços na Internet. O foco é no usuário, mas quem ganha é o lojista. Com mais de 30 lojas parceiras, o sistema recebe os arquivos xml dos parceiros e divulga os melhores negócios para o usuário. Funciona, claro, com comissão do lojista. A plataforma foi desenvolvida pelo capixaba Patrick Nery Nogueira, que aprendeu tudo do zero para desenvolver o produto. Ele teve apoio da Startup You Accelerator, uma aceleradora do Espírito Santo que promove os negócios por lá. Por que isso é bom para o seu negócio: sabemos que a guerra de preços é efetiva na Internet. O Baixou é uma grande ajuda para colocar o seu produto lado a lado com os grandes portais e gerar tráfego de forma eficiente e barata. Na hora de contratar, é preciso ter know-how Claro que a história não é tão simples na prática como no mundo das ideias. Por que confiar em startups? Segundo João Kepler, é possível confiar, sim, no empreendedor. O que é preciso é avaliar bem a pessoa e checar a sua estabilidade. “Contratos não são nada, em geral quem já tem um investidor anjo ou uma aceleradora que apostou na ideia é alguém de maior confiança, porque eles têm mais tranquilidade financeira e não vão largar tudo por um bom emprego”, diz o investidor. As dicas delesão bem simples: avalie a estabilidade do empreendedor; em caso de desconfiança, contrate com taxas de sucesso (CPA) e sempre verifique quantos clientes a empresa já tem. Segundo Kepler, seguindo essas regras, não haverá nenhum grande problema futuro – mesmo se a empresa não prosperar. Lembre-se de que quando você contrata uma startup também está agindo como um incentivador de novos negócios. Porque é com esse contrato que elas irão crescer e fazer um produto melhor. Portanto, dê feedback, converse e peça funcionalidades de que precisa. É por isso que startups são bacanas: têm mais espaço para conversa que grandes empresas já estabelecidas. O espaço para novos negócios e boas ideias está mais que aberto. “Nós, investidores anjo, andamos o Brasil todo em busca de negócios”, conta João à beira de um embarque para conhecer empreendimentos em Alagoas. Segundo ele, a grande tendência é a integração do online com o offline, com realidade aumentada ou geolocalização. “Empresas que criarem, para a realidade brasileira, coisas como o Shopkick (http://shopkick.com) estão no caminho certo. A história é que o varejo tradicional também tem muito abandono de loja”, explica João. 24 BOX DE NOVIDADES >> Vender mais com o SAC? Sim. Mais e melhor. Call Center, ou melhor, relacionamento com o cliente. Os e-commerces se preocupam com a plataforma, em ter um layout bonito e otimizado, com campanhas de mídia e links patrocinados que superem o concorrente, e com outros serviços importantes. Enquanto o mercado procura por um SAC, a infracommerce ajuda a loja a vender mais no relacionamento com o consumidor. Estatisticamente, mais de 50% das compras online dependem de algum auxílio da loja. Isso acontece principalmente em três fases: pré-compra (quando o cliente tem dúvidas sobre o produto), compra (dificuldades de pagamento/ fechar pedido) e pós-venda (entrega/defeitos). Nos três, um SAC eficiente tem o poder de amplificar os resultados da loja, pois tem uma vontade ativa e presencial do consumidor. Além disso, trabalhar os dados recolhidos durante os atendimentos pode contribuir muito na direção de indicar a prioridade da resolução de bugs ou implementação de novas funcionalidades nos sistemas envolvidos. >> Prepare seu e-commerce para as grandes vendas de final de ano com o Site Seguro Certisign. Com a proximidade de grandes datas comemorativas e comerciais, como Black Friday e Natal, a melhor medida para aumentar a sua taxa de conversão de vendas é oferecer um ambiente seguro para os seus clientes. Cuidando da segurança da sua loja virtual, você diminui a taxa de abandono de carrinho de compra, adiciona valor a sua marca e ao mesmo tempo ganha a confiabilidade dos seus clientes. O Certificado SSL da Certisign, utilizado por cerca de 70% das maiores lojas virtuais do Brasil, é o mais recomendado para a proteção do e-commerce e concedem o direito de uso do Selo Site Seguro, o selo de maior confiabilidade da internet. >> NeoAssist lança Telefonia Integrada ao Atendimento A NeoAssist integrou o serviço de Telefonia VoIP à sua plataforma de Atendimento. A solução conta com Unidade Resposta Audível (URA) e PABX inteligentes em nuvem. A distribuição automática de chamadas é realizada por um computador, que faz a gravação, registrando todos os contatos no histórico do consumidor na plataforma NeoAssist. Outro benefício é a identificação das chamadas não atendidas, para contato posterior. A integração da URA ao ERP (sistema de gestão empresarial) é um diferencial que possibilita conhecer o motivo da chamada e a consulta ao status do pedido por meio do atendimento automático. A ferramenta VoIP, voz pela Internet, é voltada a qualquer empresa ou e-commerce que tenha um Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) ou queira integrar seus serviços de telefonia, ou novos empreendimentos que pretendem reduzir o custos de infraestrutura. >> Benefícios do pagamento online O comércio eletrônico oferece grandes possibilidades ao varejo nacional e, até o final de 2013, deverá movimentar R$ 28 bilhões em compras, segundo o e-Bit. Neste contexto, ferramentas de pagamento, como PayPal, tanto facilitam a compra dos consumidores – que podem realizar aquisições de diversos e-commerce no mundo de forma simples, a partir de poucos cliques – quanto estimulam os negócios dos lojistas. O PayPal estimula a rapidez no ciclo de compra: em média, dos 100 consumidores que ingressam em algum e-commerce, 60 finalizam a compra. Ao colocar o botão da plataforma em seu portal, os varejistas brasileiros abrem as portas aos estrangeiros. Este público, que muitas vezes não conhece mercado local, enxerga na presença da marca o selo de qualidade e segurança primordiais para realizar uma compra. Para saber mais sobre oportunidades no varejo internacional, leia o artigo de Mario Mello, diretor Geral do PayPal na América Latina, na página 32. >> A ExactTarget agora é uma empresa Salesforce A ExactTarget agora é definitivamente uma empresa SalesForce e esta transação propicia ainda mais oportunidades para apoiar de forma completa os profissionais de marketing. A combinação das soluções de automação e gerenciamento de campanhas de marketing digital (email,mobile,social) da líder de mercado ExactTarget e das principais soluções de marketing para mídias sociais da salesforce.com – monitoramento com Radian 6, publicação com Buddy Media e publicidade com Social.com - integrará uma poderosa plataforma de marketing para os CMOs. A combinação entre ExactTarget e salesforce.com irá incrementar a proposta de valor para os clientes de ambas. Para os clientes ExactTarget, será proporcionado acesso a novos recursos de marketing social e maior facilidade na utilização das soluções de gestão de vendas, serviços e plataforma da salesforce.com, maximizando a experiência dos consumidores finais. >> Comunicação eficiente com o futuro shopper do varejo brasileiro Ascensão da classe C, expansão da oferta de crédito, popularização da Internet, acessibilidade por dispositivos móveis. A união desses fatores criou um fenômeno no varejo brasileiro: a mudança no perfil do consumidor, o futuro shopper. Esse cliente é mais exigente e, por estar munido de informações, é muito mais difícil de ser fidelizado. Ele já entra em uma loja física sabendo o que vai comprar. Com o celular na mão, pesquisa os preços na Internet. Nesse contexto, o processo de fidelização do cliente não depende mais somente de preço e prazo. É preciso cativar o cliente, encantá-lo, ir além da simples venda de produtos. Para isso, a comunicação é essencial, e o e-mail marketing pode ser uma importante ferramenta. Desenvolva ações específicas para informar o cliente, possibilitando que ele use as campanhas para se atualizar e, assim, adquirir o seu produto. O consumidor tornou-se mais ativo e o mercado evolui cada vez mais. (Com informações de Virtual Target) >> TrustSign lança novo website e plataforma de segurança A TrustSign apresenta novo site com novas soluções para aumentar a segurança da informação de ecommerces e websites em geral. O novo site traz um conceito mais ágil, com conteúdo didático e que auxilia nas principais dúvidas sobre as soluções de segurança, como e onde usá-las. Também oferece três linhas que atendem às demandas diferentes de pequenas, médias e grandes empresas. A empresa lança também uma plataforma que disponibiliza em um único lugar o gerenciamento de todas as soluções que oferece: certificados digitais, scan de vulnerabilidades (Site + Seguro) e monitoramento e bloqueio de ataques em tempo real (Site Monitorado). Assim é possível garantir o maior nível de autonomia, agilidade e controle que o cliente necessita para ter resultados realmente efetivos. Em breve a empresa lançará um e-commercepara a comercialização de seus produtos e será a primeira empresa no Brasil a fazer todo o processo de compra e emissão através do site. Confira: http:// www.trustsign.com.br >> SlI inicia abertura de capital A SLI Systems realizou sua IPO no final de maio, com objetivo de levantar 27 milhões de dólares neozelandeses. As ações tiveram valorização de 31,33%, atingindo NZ$ 1,97 desde a oferta inicial de NZ$ 1,50. A SLI Systems já está estabelecida internacionalmente, com forte presença nos EUA, Brasil, Reino Unido e Austrália. De acordo com Shaun Ryan, CEO e Co-Founder da empresa, “há uma demanda global para os nossos serviços devido ao grande valor que eles oferecem aos clientes. Nós temos um board executivo muito experiente, uma receita recorrente garantida e uma previsão de crescimento enorme”. De 01 de julho de 2011 a 30 de junho de 2012, a receita anual recorrente da empresa, com base nos clientes existentes à época, foi de NZ$ 15,5 milhões. A previsão é de que esse número cresça para NZ$ 19,2 milhões no período de julho/2012 a junho/2013. No Brasil, a SLI Systems é responsável pelo sistema de buscas de e-commerces como Centauro e Nova Pontocom (Ponto Frio, Casas Bahia e Extra). >> All In faz parte do Grupo locaweb Com o objetivo de aumentar ainda mais seu portfólio de produtos, a Locaweb, empresa líder em Hosting e Infrastructure Services no Brasil e América Latina segundo a IDC, anunciou a compra da All In. Com a aquisição da plataforma especializada no envio e gerenciamento de campanhas de e-mail marketing para os maiores nomes do e-commerce nacional, os clientes da Locaweb passam a ter acesso facilitado aos serviços de alta performance oferecidos pela All In. Entre eles, os disparos baseados em comportamento de navegação, abandono de carrinho, segmentação comportamental, envios automáticos e consultoria especializada em entregabilidade, além dos recursos fundamentais para o sucesso do negócio. Para quem já era cliente da All In, a qualidade dos serviços e do atendimento continua a mesma, o que mudou é que agora podem contar com toda a expertise da Locaweb quando o assunto é avanço tecnológico e infraestrutura. >> Moip Marketplace: A Mais completa solução de pagamentos para marketplaces Focado em marketplaces (shoppings virtuais), plataformas, crowdfunding e em empresas de venda direta que precisam oferecer uma solução de pagamento integrada para seus lojistas, o Moip Marketplace é um conjunto de APIs que permite gerenciar os pagamentos de vários lojistas de forma simples e o mais transparente possível. Diferente de outros facilitadores, o Moip atua como uma solução completa de pagamentos online. Com um sistema que não exige um cadastro de compradores, o Moip auxilia a interface dos vendedores com os compradores do marketplace. Isso é possível graças a API de cadastro integrado, configurações flexíveis de taxas e recebimento para os lojistas e ferramentas de pós-venda, como o reembolso total e parcial para o comprador. Pela complexidade do mercado, as empresas atendidas pelo Moip ainda contam com suporte e consultoria para o desenvolvimento do negócio desde o seu planejamento. Esta abordagem é o que atraiu os líderes de mercado para utilizarem o Moip Marketplace. >> Posthaus adota solução de personalização da Chaordic Como parte de sua estratégia online de 2013, o Posthaus passa a contar com as soluções de personalização da Chaordic. Por meio da análise do comportamento, da navegação e de compras dos usuários, o e-commerce poderá recomendar produtos mais relevantes para seus clientes, que serão apresentados nas diversas páginas do seu site. “Ficamos muito felizes em ter o Posthaus como nosso parceiro. Trabalhar com um dos maiores portais de moda do país é um grande desafio e os resultados estão sendo bem positivos”, afirma Everton Veiga, da Chaordic. >> AWS Professionals no Brasil A Amazon Web Services, através do canal brasileiro AWSHUB. com.br, atingiu a marca de 100 Amazon Professionals no Brasil - profissionais reconhecidos e aprovados em exames rigorosos sobre o uso dos produtos AWS. O perfil completo da cada profissional recomendado, incluindo os seus conhecimentos e skills, os especialistas Amazon Web Servides dedicados ao mercado de e-commerce no Brasil, e informações diárias para melhor uso dos recursos AWS no e-commerce podem ser encontrados em www.awshub.com.br. 26 EXPERIÊNCIA DO ClIENTE Estava pensando em qual imagem me vem à cabeça ao falar em recursos para quem busca um atendimento diferenciado e lembrei-me imediatamente da propaganda da Nespresso. Aquela com o ator George Clooney e uma mulher comum sendo recebidos na loja da marca, numa noite chuvosa, já no fim do dia e com as portas quase fechadas sendo abertas para eles. Essa mulher, que poderia parecer comum, para aquela loja não era tão comum assim, pois lá ela podia se sentir especial, se sentir como uma celebridade, maior que a própria estrela - que no caso estava ao seu lado – aquele internacional premiado e famoso ator em carne e osso! Naquele contexto, a cliente percebe que é recebida de forma especial ao comparar que recebe a mesma atenção que uma celebridade, pois a loja sabe do que ela gosta e como ela gosta... ser reconhecido é algo que não tem preço para um cliente, e isso faz com que ele volte na primeira oportunidade. Para reconhecer o tipo de produto preferido pelo cliente A ou B, uma empresa precisa investir recursos, energia e ter sua estratégia voltada para isso. Não é uma tarefa fácil, rápida, ou tampouco o mais barato método de obter reconhecimento da sua marca e retorno. Pode ser considerado “lugar comum” falar na consolidação do e-commerce como um canal estratégico e relevante do varejo brasileiro, assim como o fato de que é irreversível e tende a se manter nos próximos anos na estratégia de marketing e vendas das empresas que estão pensando no futuro, com olhos na tecnologia, no crescimento do consumo e na adesão dessas novas tecnologias, para vender, para se relacionar e para obter resultados. Sim, estamos falando em vender e se relacionar e se relacionar para vender em lojas virtuais. E, nesse universo, contamos com diversas técnicas que permitem reconhecer o comportamento do cliente, SEO, engajamento e experiência e, se considerarmos que, segundo o e-bit, “nos últimos dois anos, a entrada de novas lojas no setor aconteceu no long tail, ou seja, as pequenas empresas, que representam 20% do faturamento do setor”, o desafio do novo empresário será se manter relevante e atrativo – fazendo a diferença para seu cliente. Don Peppers e Marta Rogers, fundadores do Peppers & Rogers Group, reconhecida consultoria de gestão de clientes e precursores do marketing 1 to 1, em seu último livro “Confiança extrema” de 2012, discorrem por centenas de páginas exatamente sobre o valor da “confiançabilidade” ou Trustability e provocam empresas e convidam gestores a pensar em como monitorar as reações de seu cliente na busca desse reconhecimento. No mundo do comércio virtual é que se encontra o ambiente perfeito para medir esse tipo de comportamento, e é também onde cresce dia-a-dia a busca por recursos Patrícia R. Rocha gerente de Desenvolvimento de Negócios da VTEX patricia.rocha@vtex.com.br como AumentAr A lucrAtIvIdAde do seu e-commerce InvestIndo nA experIêncIA de comprA do clIente? capazes de identificar e definir um modelo de indicador que permita ao gestor aferir resultados, bem como que aponte o valor de um mesmo cliente voltando, recomendando e recomprando em sua loja virtual. O desafio da empresa é ser capaz de confirmar que essa visão de longo prazo é o caminho certo para otimizar os investimentos de marketing na captação de novos clientes, usando inicialmente recursos como Google Analytics
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