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GO I Aula 1 Introducao a gestao de operacoes

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Aula 1:
Gestão de Operações I
Introdução e Evolução Histórica da Gestão de 
Produção e Operações
Prof. Ricardo Pessoa de Queiroz
ricardo.queiroz1@mackenzie.br
Conteúdo
�Introdução e Evolução Histórica da Gestão 
de Produção e Operações
�O que é gestão de produção e operações?
� Evolução histórica e origens
�Operações ao longo do século XX
�Quadro geral de referência para gestão 
estratégica de produção e operações
� Discussão
Introdução
� O que é gestão de produção e operações?
Introdução
� O que é gestão de produção e operações?
� Atividades de gerenciamento estratégico de recursos escassos –
humanos, tecnológicos, informacionais, entre outros.
� Interação de recursos e processos que produzem e entregam
bens e serviços.
� Atendimento das necessidades/desejos de qualidade, tempo e
custo dos clientes.
� Conciliação dos objetivos estratégicos de atendimento com os
recursos existentes.
� Os clientes podem ser internos ou externos e as organizações
podem visar lucro ou não.
Origens
Evolução da gestão de operações
•Daniel Defoe em 1697: trata 
operações como projeto, cita 
estudo a partir de 1680;
• Apesar dos principais estudos e 
contribuições serem do século XX, 
são frutos de desenvolvimentos 
do fim do século XVIII.
Literatura
• Primeira Revolução Industrial 
(máquina a vapor, mecanização)
•American System of 
Manufacturing (ASM);
• Intercambiabilidade de peças;
• As grandes ferrovias.
Século 
XVIII
Flexibilização de linha de produtos
Origem e crescimento por 
aquisições de outras 
empresas, Crença que a 
evolução do mercado norte 
americano geraria novos 
perfis de consumo!
Apostou na segmentação da 
oferta de veículos, 
comandada por Alfred Sloan 
(CEO, por volta dos anos 20).
São os primórdios da mass 
customization!
A Ford não acompanhou tal 
flexibilização, dada a 
necessidade de grandes 
mudanças em seu processo 
produtivo. Perdeu mercado e 
lucratividade!
A GM assumiu a liderança 
mundial de fabricação de 
automóveis, mantendo-a até 
o fim do século XX.
GM
Fases de transição
A mudança –
entre as décadas
de 20 e 30:
- Mercado;
- Mão-de-obra; 
- Atenção aos 
aspectos sociais 
do trabalho;
- Psicologia do 
trabalho.
A crise de 1929:
- Queda da 
produção industrial;
- Esforços para 
redução de custo 
nos processos 
produtivos;
- Redução do 
consumo: cliente 
mais disputado;
- Maior 
preocupação com 
qualidade, 
variedade, design... 
diferenciação
II GGM (1939) –
GO evolui em:
- Logística;
- Controle de 
qualidade;
- Métodos de 
produção mais 
eficientes;
- Início da PO 
(programação e 
análise 
matemática);
- PCP.
Pós-guerra (1945):
- Bolha de consumo;
- Baby boom;
- Reconstrução;
- Comprador menos 
exigente;
- Velocidade de 
entrega;
- Mercado 
comprador;
- Valorização da 
produção em 
massa (FUSCA).
- Estagnação da 
GO no ocidente.
...do Japão para o Ocidente
JUST IN TIME: Surgiu nos anos 40 como 
forma de reconstrução econômica no 
Japão:
- Foi vital para o desenvolvimento do 
Japão;
- Raciocínio simples: identificar e 
eliminar desperdícios;
- Popularizado a partir dos anos 70: na 
primeira crise do petróleo (1973);
- Atribuiu-se ao JIT o milagre industrial 
japonês;
- Contribuiu para que o Japão se 
tornasse uma das maiores potências 
industriais três décadas após a II 
Guerra.
Situação dos USA em 1973 (Crise do Petróleo):
- Indústria japonesa competitiva em mercados 
líderes: automóveis, motocicletas, aparelhos 
elétricos e outros;
- Produtos japoneses com desempenho 
superior aos ocidentais, em preço e 
qualidade;
- Indústria automobilística japonesa domina 
20% do mercado doméstico americano: os 
carros japoneses eram compactos e 
econômicos.
- Fábricas americanas foram fechadas;
- Milhares de pessoas desempregadas;
- Movimentos de contra-reação, nas empresas 
e na academia americana: artigo de 
Wickham Skinner, Universidade de Harvard. 
Wickham Skinner e o Nascimento 
da ”Estratégia da Manufatura”
� Artigo - Manufatura: o elo que falta na estratégia corporativa
� Escrito em 1969, justifica os motivos da perda de
competitividade da indústria automobilística americana;
� Argumento: indústria americana era reativa e operacional;
� Conclusão: falta de tratamento estratégico na manufatura.
� Decisões e impactos:
1. Investimento em capital financeiro e humano das organizações
impacta na geração de resultados;
2. Decisões em operações inclui recursos físicos e devem ser
apoiadas em visão de futuro – “enxergar” impacto longo prazo;
3. Decisões operacionais são difíceis e caras – difíceis de serem
revertidas a curto prazo;
4. Opções estratégicas impactam na competitividade futura.
Qualidade Total
� Prioridade nas agendas dos executivos e acadêmicos:
� Deming, Juran e Feigenbaum: gurus da qualidade total;
� Pioneiros que participaram ativamente da revolução industrial
japonesa do pós-guerra;
� Passaram a ganhar atenção do Ocidente;
� A busca pelo controle de qualidade proporcionou:
1. desenvolvimento de tecnologia de informações;
2. surgimento das primeiras versões dos sistemas integrados de
gestão de ERP, chamados de MRP (Material Requirements
Planning): programa de gestão de recursos materiais.
3. investimentos na capacidade produtiva;
4. competitividade no vocabulário do gestor de operações.
Gestão de Operações para 
serviços
� Production line aproach to service:
� Primeiro artigo a tratar explicitamente a gestão de operações
de serviços;
� Surgiu na Harvard Business Review, em 1972, por Theodore Levitt;
� Objeto de estudo: operações da cadeia de restaurantes
McDonald’s;
� Justificativa: convergência com operações fabris.
1. produção de alto volume;
2. baixa variedade;
3. ênfase nas atividades de back office (sem interação direta com
cliente).
Gestão de operações 
Anos 80
� Redes de operações ou de suprimentos:
� Gestão de operações deixa de se preocupar com operações
isoladas e analisa as redes de operações;
� Passa-se a trabalhar operações-clientes e operações-
fornecedores – cada um representa um nó na rede;
� Operações são gerenciadas de forma sistêmica – “no todo”;
�Melhorias em um nó melhora o desempenho total da rede.
Quadro de Referência completo para Gestão Estratégica de Operações
Atividade
1. Por que embora tenhamos uma evolução de quase 250
anos na área de gestão de operações, seu papel
estratégico só passou a ser uma preocupação mais
explícita no final dos anos 60?
2. A área de gestão de operações tem a maior parte de
sua evolução baseada nas atividades de manufatura.
De que forma a gestão de operações contribui para a
gestão de serviços?
Próxima aula
�Estratégia de Produção e Operações
� Introdução
� Gestão de Operações
� Estratégia de Operações
� Operações: Gestão x Estratégia
� Gestão estratégica de operações
�OBRIGADO!

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